Teses e Dissertações

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Teses e dissertações defendidas no contexto dos programas de pós graduação da Instituição.

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    Resistência a inseticidas e incidência de endossimbiontes no biótipo B de Bemisia tabaci
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-08-10) Dângelo, Rômulo Augusto Cotta; Guedes, Raul Narciso Carvalho; http://lattes.cnpq.br/4509353667348881
    A mosca-branca (Bemisia tabaci Gennadius) é um pequeno inseto que se alimenta do floema de plantas. Essa praga é capaz de causar tanto danos diretos e indiretos, principalmente como potencial vetor de transmissão de diversos vírus fitopatogênicas. Além disso, a mosca-branca possui associações benéficas com simbiontes capazes de afetar seu desenvolvimento e comportamento. A fim de evitar maiores prejuízos, os produtores adotam essencialmente o controle químico através do uso intenso de inseticidas, o que acarreta em seleção de indivíduos resistentes. Com isso, a resistência de mosca-branca aos mais diversos inseticidas já existe em diversas regiões do Brasil e do mundo. Assim, esse trabalho teve como objetivos: 1) Determinar os níveis de resistência de diversos inseticidas em onze diferentes populações contrastantes de mosca-branca, oriundas de plantios diversos de regiões agrícolas do sudeste e centro- oeste do Brasil; 2) verificar o risco de falha de controle das populações a esses compostos; 3) realizar o levantamento em campo da resistência desse inseto aos inseticidas lambda-cialotrina e espiromesifeno em ampla área contínua do estado de Goiás, Brasil; 4) realizar o levantamento em campo da incidência dos endossimbiontes de B. tabaci em ampla área contínua do estado de Goiás, Brasil; 5) verificar a coocorrência da resistência aos dois inseticidas testados; 6) confrontar a resistência aos dois inseticidas com a frequência de endossimbiontes encontrados em mosca-branca; 7) testar a relação de coocorrência na frequência de endossimbiontes encontrados em mosca-branca. Foram encontrados níveis distintos de resistência entre diferentes populações, refletindo em falhas potenciais de controle de mosca-branca dentre as localidades estudadas. As populações de B. tabaci de Cristalina e Taquara foram as que apresentaram níveis mais acentuados de resistência, enquanto Domingos Martins e Patos de Minas foram as duas populações que se mostraram mais suscetíveis aos inseticidas testados. No estudo onde se utilizou a geoestatística, as moscas brancas tiveram de moderada a alta mortalidade na área estudada na exposição ao inseticida lambda-cialotrina com 24 e 48 horas de avaliação e baixas a moderadas mortalidades na exposição ao inseticida espiromesifeno nos mesmos períodos de teste. Nesse estudo, também se verificou heterogeneidade na área com relação à frequência dos endossimbiontes secundários encontrados (Hamiltonella sp. e Rickettsia sp.), com focos de alta incidência dessas bactérias. Além disso, foram encontradas correlações positivas entre a incidência dos dois endossimbiontes, entre as mortalidades de mosca-branca aos dois inseticidas testados e entre a incidência de Rickettsia sp. e a mortalidade de B. tabaci causado por lambda-cialotrina. Avaliações periódicas através do levantamento e monitoramento em campo da resistência de B. tabaci, além da verificação da presença de falha de controle dos inseticidas mais utilizados são essenciais para se evitar perdas econômicas na lavoura devido à evolução da resistência.
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    Toxicity assessment of reduced-risk (bio)pesticides on non-Apis bees
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-01-08) Barbosa, Wagner Faria; Guedes, Raul Narciso Carvalho; http://lattes.cnpq.br/7238720100539414
    It has been said that the human beings and nature would be seriously impacted if bees were wiped out from the world. Indeed, bees are crucial organisms for pollination without which the maintenance and conservation of different biomes would be compromised. Such ecological relevance is accompanied by their economic and social importance through the pollination of numerous wild and cultivated plant species, besides of producing of honey, royal jelly, wax and propolis. In recent decades, the concern with the bee pollinator loss has become increasingly real with many reports of bee declines. Substantial efforts have been made to investigate the causes and consequently to conceive mitigation actions against bee decline. A long list of causes of such decline has been recognized including poisoning by pesticides, particularly insecticides, which has been reported as one of the main factors involved. However, the majority of ecotoxicological risk studies have been restricted to a single model species, the honeybee Apis mellifera, despite the importance of a wide variety of bee species throughout the world. Indeed, honeybees are pollinators of irrefutable value, particularly in the Northern Hemisphere where their commercial pollination is intensively used, and therefore, they deserve attention. Furthermore, as a second shortcoming, these studies have been circumscribed to a few compounds such as neonicotinoid insecticides, which may neglect the potential risks of other compounds to bees. The well-regarded reduced-risk insecticides and bioinsecticides have been presented as alternative compounds for crop management with allegedly low toxicity to bee pollinators. However, because the emphasis of regulatory studies on honeybees, and specifically the perception that the natural origin of bioinsecticides determines their low potential risk to beneficial organisms, the perceived safety of such compounds to non-target species, particularly wild pollinator species, is questionable and should be the target of scrutiny. This work comes to light in order to fill some of these gaps in risk assessments exploring, through laboratory studies, the potential impacts of a select group of reduced-risk insecticides and bioinsecticides on native bees, whose ecological and economic importance can even surpass the honey bee A. mellifera. In the first study performed, the contact and ingestion of spinosad showed high toxicity to workers of two stingless bee species, Partamona helleri and Scaptotrigona xanthotrica, which are important pollinators of wild and cultivated plants in the Neotropical America. However, azadirachtin and chlorantraniliprole exhibited low toxicity to these species with around 100% of surviving individuals after the contact or ingestion at their respective field recommended concentration. Both compounds, however, impaired the vertical free-flight activity of these insects. In the second study performed, lethal and sublethal effects of azadirachtin and spinosad were evaluated through contaminated larval diet of the stingless bee Melipona quadrifasciata anthidioides, another important pollinator in the Neotropics. In this study, the larval survival and pupal weight decreased with increasing doses of both compounds. Both azadirachtin and spinosad also produced deformed pupae and adults. In addition, workers that survived the larval exposure to insecticides had their walking activity compromised only by spinosad, not by azadirachtin. Finally, in a third study, the chronic ingestion of azadirachtin impaired the survival and reproduction of microcolonies of the bumblebee Bombus terrestris, an important bee pollinator species prevailing in the Northern Hemisphere, which is extensively used for commercial pollination in greenhouses. Furthermore, in a laboratory bioassay where the bumblebee workers needed to forage, the lethal and sublethal effects on their reproduction were stronger than the bioassay without foraging under the effect of azadirachtin ingestion. Such findings may challenge the safety notion of reduced-risk insecticides and bioinsecticides when non-Apis bee species are used in toxicology studies, which deserve attention. As future perspectives, we recommend complementary studies with assessments in field and semi-field conditions, where on the one hand, the degradation and the small amount of insecticides that usually reach the pollen and/or nectar can mitigate potential harmful effects, but on the other hand, the need for foraging in more realistic environments may exacerbate the risk of insecticide exposure.
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    Extratos botânicos como alternativa ecológica de controle de Sitophilus zeamais (Coleoptera: Curculionidae) e Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-01-15) Tavares, Wagner de Souza; Zanuncio, José Cola; http://lattes.cnpq.br/7962213929958561
    Amendoeira-da-praia ou castanheira, Terminalia catappa L. (Combretaceae); açafrão- da-terra, Curcuma longa L. (Zingiberaceae) e Psychotria spp. (Rubiaceae) ocorrem em todo Brasil, incluindo os locais com cultivos de milho, Zea mays L. (Poaceae). O impacto de extratos e óleo essencial dessas plantas sobre o gorgulho-do-milho, Sitophilus zeamais Motschulsky, 1855 (Coleoptera: Curculionidae) e a lagarta-do- cartucho, Spodoptera frugiperda J.E. Smith, 1797 (Lepidoptera: Noctuidae), pragas do milho, é pouco conhecido. O objetivo desta tese foi avaliar os efeitos inseticida e repelente de extrato bruto de folhas de T. catappa; ar-turmerona, extraída dos rizomas de C. longa e extratos brutos de quatro espécies de Psychotria abundantes no bioma Cerrado (tipo-Savana) do Brasil, sobre adultos de S. zeamais e ovos e lagartas de S. frugiperda. Soluções dos extratos e óleo essencial foram aplicadas sobre grupos de 20 ovos recém-depositados ou com um ou dois dias de idade de S. frugiperda; as lagartas eclodidas oriundas desses ovos foram contadas por grupo de ovos após quatro dias da aplicação das soluções. Lagartas de três dias de idade de S. frugiperda foram introduzidas em copos de plástico sobre a dieta artificial tratada com as soluções dos extratos e óleo essencial; a mortalidade dessas lagartas foi avaliada a cada 24 h; lagartas sobreviventes após este tratamento, com 13 dias de idade, foram utilizadas para a medição dos parâmetros largura da cápsula cefálica, comprimento e peso corporal; os Índices Nutricionais foram avaliados no segundo e terceiro capítulos desta tese com os dados das lagartas sobreviventes oriundas deste experimento. A mortalidade de S. zeamais foi avaliada até 30 dias da alimentação com grãos de milho tratados com as soluções dos extratos e óleo essencial. Indivíduos de S. zeamais foram pesados antes do início de um experimento e até 30 dias para obtenção da atividade inibidora da alimentação das soluções. A atividade repelente das soluções contra S. zeamais foi realizada tratando 20 g de grãos de milho com as soluções com avaliação após 24 h e a atividade repelente residual com recipientes contendo os grãos de milho tratados reinfestados após terem sido armazenados por até 45 dias; o Índice de Preferência foi calculado no segundo e terceiro capítulos desta tese com os dados de repelência. O extrato de folhas de T. catappa apresentou alto poder ovicida e lagarticida sobre S. frugiperda, controlando maior número de imaturos até o terceiro dia de exposição e reduziu a largura cefálica, o peso e comprimento do corpo das lagartas sobreviventes desse inseto. Indivíduos de S. zeamais morreram após seis dias de contato com ar- turmerona a 1% (m.m–1), enquanto os de S. frugiperda mostraram uma taxa de mortalidade de 58% após ingestão desse composto a 1% (m.v–1). A largura da cápsula cefálica, o comprimento e o peso do corpo das lagartas sobreviventes de S. frugiperda expostas a ar-turmerona foram 60,0%; 59,6% e 93,8% menores que aquelas lagartas do controle, respectivamente. Peso seco do alimento ingerido, fezes produzidas, ganho de peso e peso seco do alimento assimilado e metabolizado por lagartas sobreviventes de S. frugiperda foram menores com dieta artificial tratada com ar-turmerona. Eclosão de lagartas de ovos recém-depositados ou com um ou dois dias de idade de S. frugiperda tratados com ar-turmerona foi 48,63%; 14,18% e 48,53%, respectivamente. A toxicidade de Psychotria spp. para as pragas de milho variou entre as espécies e partes (caules ou folhas) dessas plantas; extratos de caules de Psychotria hoffmannseggiana (Willd. ex Roem. & Schult.) Müll. Arg. e de Psychotria capitata Ruiz & Pavon foram mais tóxicos para S. zeamais e aqueles de caules de Psychotria goyazensis Müll. Arg. para S. frugiperda. Os extratos e óleo essencial das plantas testadas têm potencial, em baixas concentrações, para o controle de S. zeamais e S. frugiperda em cultivos de milho no Brasil.