Teses e Dissertações

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Teses e dissertações defendidas no contexto dos programas de pós graduação da Instituição.

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    Estudo epidemiológico da leishmaniose tegumentar na área urbana do município de Viçosa: prevalência canina e descrição dos casos humanos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-12-11) Alves, Waneska Alexandra; Bevilacqua, Paula Dias; http://lattes.cnpq.br/9231815058121949
    As leishmanioses representam, na atualidade, uma das mais importantes zoonoses do mundo. O estudo epidemiológico destas doenças torna-se importante, pois nosso país apresenta quadros graves de epidemias e endemias. Adicionalmente, em algumas áreas, estas doenças apresentam caráter emergente. O presente trabalho pretendeu avaliar a existência de condições propícias para a manutenção e transmissão da leishmaniose tegumentar na área urbana do município de Viçosa-MG, assim como, realizar a identificação e a descrição do perfil de ocorrência da doença no município. Foi realizada análise de banco de dados, constituído a partir do inquérito sorológico canino e da aplicação de questionário individualizado, contendo informações demográficas e sobre hábitos do animal, permitindo assim, caracterizar a distribuição da infecção canina no município. Foi encontrada taxa de prevalência da infecção canina de 9,9%, a qual variou segundo os distritos e bairros analisados. Não foram encontradas associações entre infecção canina e as variáveis sexo, idade, raça e tipo de pelagem do animal. Entretanto, cães com o hábito de “irem à rua sozinho” apresentaram maior chance de infecção, o que pode significar fator de risco para dispersão da doença pelo município e regiões circunvizinhas. Foi encontrado um alto percentual de cães assintomáticos reforçando a importância de animais aparentemente sadios, porém infectados, que servem como fonte de infecção para vetores e destes para o ser humano. Adicionalmente, foram analisadas as fichas de notificação de leishmaniose tegumentar humana existentes na Secretaria Municipal de Saúde de Viçosa, tendo sido observada a existência de casos autóctones humanos nas áreas urbana e rural. Estes achados associados à descrição prévia dos vetores Lutzomia whitmani e L. intermedia corroboram a hipótese de transmissão da leishmaniose tegumentar humana e canina no município de Viçosa. O fato de terem sido identificados casos autóctones humanos e caninos na área urbana sugere a existência de um processo de urbanização da leishmaniose tegumentar nesta área. Os dados obtidos denotam a importância desta zoonose no município de Viçosa, indicando que medidas de prevenção e controle da infecção canina devem ser implementadas, para que os níveis de prevalência humana e animal não aumentem.
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    Variedades de soja e seus efeitos na regulação do metabolismo do colesterol em ratos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000-10-26) Esteves, Elizabethe Adriana; Monteiro, Josefina Bressan Resende; http://lattes.cnpq.br/0467793003733051
    O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos de um novo cultivar de soja (UFV116), geneticamente melhorado para ausência das lipoxigenases 2 e 3, na regulação do metabolismo do colesterol. Utilizou-se uma variedade comercial (OCEPAR-19), para fins comparativos. Foram determinados os teores de proteínas e lipídios totais e a composição em aminoácidos, ácidos graxos e isoflavonas em farinhas obtidas dos grãos de ambos os cultivares. Não houve diferença significativa entre eles, com relação ao teor de proteína. O cultivar UFV116 apresentou maior teor de fenilalanina, treonina, tirosina, glicina, ácidos aspártico e glutâmico. O teor de lipídios totais foi menor para UFV116, que no entanto apresentou maiores teores de ácidos palmítico e linoléico e menores para esteárico, linolênico e oléico. Este cultivar apresentou maior teor de isoflavonas nas formas agliconas. Numa segunda etapa, grupos de ratos machos Wistar foram alimentados com dietas semipurificadas, nas quais as fontes protéicas foram provenientes dos cultivares UFV116 (UFV) e OCEPAR-19 (OCP) e da caseína (CAS), com ou sem a adição de colesterol dietético (0,25%), por 28 dias. O cultivar UFV116 foi mais eficaz na redução do colesterol sérico na dieta sem adição de colesterol que a variedade OCEPAR- 19. Contudo, não teve influência no acúmulo de colesterol no fígado, com e sem a adição de colesterol dietético. Ambos os cultivares reduziram o colesterol do sangue e seu acúmulo no fígado, em comparação à caseína, independente da adição de colesterol na dieta. Houve redução dos níveis de mRNA para 3-hidroxi-3-metilglutaril coenzima A redutase (HMGR) nas dietas de soja, quando comparadas com a caseína, independente da adição de colesterol dietético. As dietas de soja promoveram aumento nos níveis de mRNA para colesterol 7α-hidroxilase (CYP7A), com e sem a adição de colesterol dietético, em comparação à caseína. Isto foi acompanhado por maior excreção de ácidos biliares fecais, especificamente ácidos biliares secundários. Não houve diferença significativa entre os cultivares de soja nos parâmetros avaliados. A adição de colesterol às dietas experimentais provocou aumento da excreção de esteróides neutros. Estes resultados evidenciam que o colesterol hepático provavelmente foi convertido em esteróides e excretado nas fezes, primariamente como ácidos biliares. Adicionalmente, a síntese hepática de colesterol foi reduzida, contribuindo para a manutenção dos baixos níveis séricos. É importante ressaltar que os componentes não-protéicos dos cultivares podem ter influenciado os seus efeitos hipocolesterolemiantes.
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    Atividade física, padrão dietético e composição corporal de adultos jovens australianos: caracterização e comparação de métodos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-06-30) Liberato, Selma Coelho; Monteiro, Josefina B. Resende; http://lattes.cnpq.br/0550963861789203
    Foram conduzidos três estudos em Brisbane, Austrália. Os participantes foram selecionados ao acaso e o único critério de inclusão no estudo era que fossem homens saudáveis entre 18 e 25 anos. A maioria era estudante universitário. No primeiro estudo, com o objetivo de avaliar a acurácia em estimar o gasto energético e os padrões de atividade física sob condições de vida livre, o diário de atividade física (B-PAR) foi comparado com o acelerômetro triaxial RT3 em 11 participantes durante 4 dias consecutivos. No segundo estudo foram comparados dois métodos de consumo alimentar: recordatório alimentar de 24 horas (24hDR) e o diário alimentar de quatro dias (4dFR) em 34 participantes. Também foi possível quantificar a subestimação do consumo alimentar, estimada por 24hDR e 4dFR, comparado ao gasto energético e avaliar a acurácia do método de Goldberg para identificar subestimação. No terceiro estudo, para diagnosticar e adotar medidas corretas de intervenção para tentar reduzir a obesidade e as doenças cardiovasculares, foram avaliadas em 38 participantes: composição corporal por meio de medidas antropometricas, pregas cutâneas e absortometria de raios X de dupla energia (DEXA); taxa metabólica basal (RMR) por meio de calorimetria indireta, padrão de lipídios sanguíneos, consumo alimentar por meio de 4dFR, padrão de atividade física por meio de B-PAR e o fitness cardiorespiratorio por meio de teste direto da capacidade máxima. No primeiro estudo, o gasto energético foi superestimado em 14,7% pelo B-PAR em relação ao acelerômetro RT3. As limitações do método de B-PAR e a falta de comprometimento com o estudo contribuíram para a superestimativa do gasto energético pelo B-PAR. O preenchimento de um diário de atividade física enquanto usando o acelerômetro permitiu constatar que, quando fazendo atividade física intensa, algumas vezes os participantes tiraram o acelerômetro. No segundo estudo, houve boa concordância no consumo de macronutrientes estimado por 24hDR e 4dFR em nível de grupo mas não em nível individual. Em nível de grupo, tanto obesos quanto não obesos subestimaram consumo alimentar. Em nível individual, 20,6% e 8,8% dos participantes subestimaram consumo energético por 4dFR e 24hDR, respectivamente considerando o critério do limite de confiança de 95% para consumo energético em relação ao gasto energético. A sensibilidade e especificidade do método de Goldberg foram 0,86 e 0,93, respectivamente para 4dFR. Para o 24hDR, essesvalores foram 1,00 e 0,90, respectivamente. A ausência de diferença no consumo de macronutrientes expressos como percentagem de energia entre os relatos aceitáveis e aqueles que subestimaram o consumo de alimentos sugere que os dados do presente estudo podem ser usados em análises com outras variáveis na evolução da relação entre dieta e saúde, desde que expressos em valores energéticos. Dos participantes deste estudo, 10,5% foram abaixo do peso (índice de massa corporal, IMC < 20 kg.m-2), 47,4% saudáveis (20 24,9 kg.m-2), 31,6% sobrepeso (25 IMC IMC 29,9 kg.m-2) e 10,5% obesos (IMC 30 kg.m-2). Quando mensurada por DEXA, a gordura corporal dos participantes variou de 6,0 a 37,0%. Obesos e não obesos tiveram similar massa livre de gordura e conteúdo mineral ósseo. Mais de 70% do conteúdo mineral ósseo e mais de 80% da massa livre de gordura estão localizados nos braços e pernas. O RMR dos obesos também foi similar ao dos não obesos, provavelmente devido a similar quantidade de massa livre de gordura. O consumo médio de gorduras e carboidratos dos participantes do corrente estudo estive acima (32,3%) e abaixo (47,1%), respectivamente do recomendado (30% e 50%, respectivamente). O consumo de ácidos graxos poliinsaturadas (13,4 g.d-1) e fibras (25,8 g.d-1) esteve abaixo do recomendado (18,6 g.d-1 e 38 g.d-1, respectivamente). O consumo de quase todas as vitaminas e minerais esteve entre a recomendação (RDI) e o limite superior (UL). Somente o consumo de niacina esteve acima da UL (35 mg.d-1). Em média, o tempo gasto em atividades moderadas e intensas pelos participantes foi 140,4 minutos. Obesos gastaram mais tempo fazendo atividades moderadas e intensas que não obesos. O nível de fitness cardiorespiratório foi excelente para os não obesos (55 ml.kg-1.min-1) e na media para os obesos (44 ml.kg-1.min-1) comparado aos valores publicados pela American College of Sports Medicine (> 51 ml.kg-1.min-1 e de 42 a 48 ml.kg-1.min-1, respectivamente). Aumentando a atividade física e tendo uma dieta saudável e balanceada pode aumentar a massa corporal magra, a qual aumenta a taxa metabólica basal. Uma maior taxa metabólica basal contribui para um maior gasto energético, o qual contribui para um desbalanço entre gasto energético e consumo alimentar no sentido de perder peso e conseqüentemente reduzir a obesidade. Além de colaborarem com a redução da obesidade, o aumento da atividade física e uma dieta saudável também podem estar colaborando com a melhora dos padrões de lipídio sanguíneo, onde 68% dos participantes tiveram colesterol total acima dos limites recomendados (4,0 mmol.L-1). Medidas combinadas podem resultar em maiores benefícios para a saúde que medidas isoladas.
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    Influência do volume de iogurte convencional e light nas sensações subjetivas do apetite de indivíduos eutróficos e com excesso de peso
    (Universidade Federal de Viçosa, 2002-03-18) Nobre, Luciana Neri; Monteiro, Josefina Bressan Resende; http://lattes.cnpq.br/2396573980522650
    A obesidade é uma patologia multicausal, considerada, atualmente, como um dos principais problemas de saúde pública. Sua prevalência vem crescendo muito nas últimas décadas alcançando índices alarmantes no Brasil e no mundo. Independente de fatores associados com predisposição genética, essa patologia está sempre acompanhada de distúrbios na ingestão alimentar e de alto consumo de refeições com alta densidade energética e com o sedentarismo. Deste modo, a obesidade ocorre quando se tem uma perda de equilíbrio entre a ingestão alimentar e o gasto energético. Tendo em vista esses aspectos este trabalho avaliou o efeito do volume de iogurte convencional e light e convencional, independente de outras variáveis, sobre os parâmetros de ingestão alimentar usando incorporação de ar em iogurte convencional e light por adição de um produto comercialmente disponível – Emustab – (6g/300mL) com posterior homogeneização em liqüidificador semi-industrial. Utilizaram-se três volumes de ambos iogurtes 300, 450 e 600 mL. Trabalhou-se com 40 participantes saudáveis, sendo 20 eutróficos, Índice de Massa Corporal (IMC) entre 19 e 24.9 Kg/m2, e 20 com excesso de peso (IMC ≥ 25 Kg/m2). Os participantes receberam cada volume de iogurte em três diferentes dias pela manhã em jejum de 12 horas. A escala de analogia visual (VAS) foi utilizada para avaliar sensações subjetivas de fome e desejo por alimentos específicos. Os volumes dos iogurtes convencional e light afetaram a saciedade dos dois grupos estudados, sendo que o maior volume exerceu melhor essa ação (p < 0,01). O maior escore para fome foi detectado após ingestão do volume de 300 mL seguido de 450 e 600 mL (p < 0,01). O desejo por alimentos doces, salgados, gordurosos e tira-gosto foi influenciado pelo tempo e volume dos iogurtes para ambos os grupos (p < 0,01). A ingestão energética subsequente ao experimento não diferiu estatisticamente entre os dias do estudo e o dia sem iogurte (p < 0,05). O resultado desse estudo sugere que o volume de iogurte light e convencional, independente de outras variáveis, pode afetar fome e saciedade.
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    Multimistura alimentar: biodisponibilidade de cálcio, zinco e ferro e seu efeito no estado nutricional relativo ao ferro em pré- escolares
    (Universidade Federal de Viçosa, 2002-03-27) Sant’ana, Luciana Ferreira da Rocha; Costa, Neuza Maria Brunoro; http://lattes.cnpq.br/9659045107622246
    A prática da alimentação alternativa vem sendo disseminada no Brasil, principalmente para grupos populacionais vulneráveis do ponto de vista biológico e econômico. Utiliza-se de alimentos não convencionais, ricos em vitaminas e minerais na forma de multimisturas. Com o objetivo de avaliar a biodisponibilidade de minerais fornecidos por uma multimistura, composta por 33% de farinha de trigo, 33% de fubá, 32% de farelo de trigo, 1% de pó de folha de mandioca e 1% de pó de casca de ovo, foram conduzidos três ensaios biológicos para a avaliação da biodisponibilidade de cálcio, zinco e ferro em ratos machos Wistar. A biodisponibilidade de cálcio foi avaliada medindo-se a absorção fracional de 45 Ca no fêmur dos animais. Foi observado que a biodisponibilidade do cálcio na mistura arroz+feijão+multimistura (na proporção de 50:48:2) foi superior à encontrada para a multimistura consumida isoladamente, que por sua vez foi similar à oferecida por uma dieta de arroz+feijão (50:50). A biodisponibilidade de zinco foi avaliada segundo o teor de zinco no fêmur, fígado, rim, soro e cérebro de ratos; bem como sua relação com o ganho de peso e atividade de fosfatase alcalina nos animais experimentais. O zinco fornecido pela multimistura apresentou menor biodisponibilidade quando comparado ao padrão, carbonato de zinco, uma vez que foi observada menor concentração de zinco nos ossos dos animais que receberam multimistura, assim como maior concentração no fígado, menor excreção renal e menor atividade de fosfatase alcalina. A biodisponibilidade de ferro da multimistura foi avaliada isoladamente e no contexto de uma dieta de arroz e feijão. Os resultados mostraram que os animais que receberam multimistura apresentaram menor ganho de peso em relação ao grupo padrão, embora o consumo alimentar entre os dois grupos tenha sido similar; indicando uma menor eficiência alimentar da dieta de multimistura. O ganho de hemoglobina foi estatisticamente igual entre as dietas controle (sulfato ferroso), de multimistura e de arroz+feijão+multimistura (50:48:2). Foi ainda avaliado o efeito da adição desta multimistura no estado nutricional relativo ao ferro em pré-escolares, com idades entre 25 e 68 meses, não anêmicas, estudadas por um período de 70 dias. Foram selecionadas três creches que receberam produtos de panificação (bolos e biscoitos) sem adição de ferro (creche placebo, n=9), contendo sulfato ferroso (creche padrão, n=12) ou adicionados de multimistura (creche multimistura, n=15). Os produtos contendo sulfato ferroso tinham o mesmo teor de ferro fornecido por 10g de multimistura, acrescentada às preparações da referida creche. As crianças foram submetidas a análises antropométricas (peso e estatura), dietéticas e bioquímicas (hemoglobina, hematócrito, hemácias, ferritina e ferro sérico), no início e ao final do estudo. O estudo não comprovou efeito de tratamento, fonte de ferro (ferro muito aquém das necessidades orgânicas deste mineral. Os produtos fornecidos cobriam cerca de 10% destas necessidades, não sendo, portanto, suficiente para reverter um quadro de deficiência. O estudo não comprovou efeito de tratamento, fonte de ferro, dado que as creches que receberam suplementação apresentaram redução dos níveis hematológicos avaliados, o que não ocorreu na creche placebo, que não tinham fortificação de ferro nos produtos testados. Em se tratando de crianças que já tinham um nível de comprometimento no estado nutricional relativo ao ferro, a importância da quantidade de ferro pode ter superado a da fonte, sulfato ferroso ou multimistura, limitando as conclusões quanto à utilização da multimistura em estudo.
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    Efeito de bixina sobre os parâmetros bioquímicos séricos em ratos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-11-27) Souza, Eliana Carla Gomes de; Stringheta, Paulo César; http://lattes.cnpq.br/1749833699813885
    A bixina é muito utilizada na indústria de alimentos como corante, principalmente na forma de extratos que a contém. Com o objetivo de identificar os efeitos da bixina sobre os parâmetros bioquímicos séricos, foi conduzido um ensaio biológico, com 96 ratos (48 machos e 48 fêmeas) (Rattus norvergicus), variedade albinus, da raça Wistar, recém-desmamados, com 24 dias de idade. Os animais foram distribuídos em quatro grupos de 24, sendo que o grupo 1 não recebeu a substância-teste, os outros três grupos receberam a substância-teste que era um corante utilizado na indústria de alimentos que contém 28% de bixina; grupo 2 (70 mg) , o grupo 3 (350 mg) e o grupo 4 (700 mg). Eles receberam água e alimento “ad libitum”, a temperatura ambiente variando entre 20 e 24 0C e com iluminação controlada com 12 horas de claro e escuro por um período de cento e oitenta dias. A administração do extrato foi feita diariamente, por via oral, misturada à ração. O extrato foi caracterizado através da determinação dos teores de proteína (5,33%), cinzas (2,04%), umidade (5,49%), extrato etéreo (50,49%), pH (2,62%), ponto de fusão (1800), teor de bixina após 12 meses sob refrigeração (20,8%). Pelo primeiro ensaio biológico foi verificado que a bixina tem efeito hipocolesterolêmico em fêmeas e em machos reduziu os níveis de triacilgliceróis, teve efeito hiperglicemiante nas fêmeas (30 mês), embora os níveis do grupo controle, tanto de machos quanto de fêmeas, estivessem alto devido à anestesia com éter realizada para sacrificar os animais. Houve alteração nos níveis séricos de fósforo nos grupos das fêmeas no 60 mês, também quanto à relação Ca:P houve alteração nos grupos das fêmeas. Os níveis de AST e ALT encontraram-se aumentados, inclusive no grupo controle de ambos os sexos, devido à intoxicação por cobre, a bixina mostrou-se capaz de ajudar a regenerar as lesões hepáticas. Os níveis de uréia e creatinina também se mostraram alterados, talvez devido à intoxicação por cobre que pode ter levado a uma disfunção renal, interferindo no balanço nitrogenado. No segundo ensaio, onde foi feito o teste de tolerabilidade cutânea, foram comparados os sítios de aplicação da bixina com os sítios controles e pode-se verificar que não houve alterações cutâneas relativas à eritema, escaras e edema em nenhum dos tempos observados. Diante dos parâmetros avaliados podemos concluir que a substância não apresentou nenhuma alteração tóxica e teve efeitos farmacológicos.
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    Avaliação da composição de ácidos graxos de peixes de água doce
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-04-25) Castro, Fátima Aparecida Ferreira de; Sant Ana, Helena Maria Pinheiro; http://lattes.cnpq.br/3795013300567403
    Foram determinadas as composições dos ácidos graxos de três peixes de água doce (tilápia do Nilo - Oreochromis niloticus; carpa comum - Cyprinus carpio e híbrido tambacu: tambaqui - Colossoma macropomum e pacu - Piaractus mesopotamicus). Os peixes foram avaliados na forma crua, assada e cozida à vapor, com pele e sem pele, nos tempos 0, 15, 30 e 45 dias de armazenamento sob congelamento. Os lipídios foram extraídos pelo método de Folch et al. (1957), esterificados pelo método Hartman e Lago (1973) e analisados por cromatografia gasosa (CG). Os ácidos palmítico (16:0) e oléico (18:1) foram os ácidos graxos presentes em maior proporção nos peixes estudados, considerando-se os tempos de estocagem e os modos de cocção. Foram verificados altos percentuais de ácidos graxos saturados (em média, 43,3 e 37,4%) para tilápia e tambacu, respectivamente) e monoinsaturados (em média 53,8%) para carpa. Os ácidos graxos polinsaturados foram encontrados em menor percentual (em média 17,5%) para tilápia. De maneira geral, a composição de ácidos graxos dos três peixes avaliados não apresentaram grandes variações em função do tempo de congelamento e do modo de preparo. Por outro lado, os percentuais dos ácidos graxos aumentaram com a retirada da pele, em todos os tempos de estocagem sob congelamento e modos de cocção. Os maiores percentuais de ácidos graxos polinsaturados foram encontrados na carpa assada, com e sem pele (23,3 a 27,3%); na tilápia cozida à vapor, com e sem pele (26,2 a 35,1%) e no tambacu cozido à vapor, com e sem pele (27,1 a 35,5%) após 45 dias de estocagem sob congelamento, indicando que a cocção e o congelamento exerceram um efeito positivo sobre o percentual deste grupo de ácidos graxos, de grande importância para a saúde humana. Os maiores percentuais de DHA e EPA foram encontrados nos peixes submetidos à cocção (úmida e seca), indicando que os métodos de cocção utilizados tiveram efeito positivo sobre os principais ácidos graxos polinsaturados da série ω-3. Concluiu-se que, dentre os peixes estudados, a tilápia, apesar do menor percentual de ácidos graxos polinsaturados encontrado, mostrou-se a mais promissora para a prescrição de dietas que requerem baixo teor de lipídios (0,79%), além de uma relação mais elevada entre os ácidos graxos da série ω-3/ω-6 (0,84).
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    Caracterização de portadores de diabetes mellitus tipo 2 quanto ao tratamento clínico -nutricional e risco de complicações
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-03-25) Vieira, Maria Aparecida de Queiroga Milagres; Rosado, Gilberto Paixão; http://lattes.cnpq.br/6529863880551893
    Este trabalho foi realizado no Programa de Atendimento a Diabéticos do Ambulatório de Especialidades da Prefeitura do município de Viçosa, MG, com portadores de diabetes mellitus tipo 2, no período de junho a setembro de 2002. O seu objetivo foi avaliar indivíduos portadores de diabetes mellitus tipo 2 quanto ao tratamento clínico-nutricional e risco de complicações. Para tal, foram avali ados 111 pacientes assistidos pelo Programa. Realizou-se avaliação nutricional pelos métodos antropométricos de Índice de Massa Corporal (IMC), Circunferência da Cintura (CC) e pelo método da Bioimpedância Elétrica (BIA); avaliação dietética utilizando a história dietética, questionário de freqüência alimentar e recordatório de 24 horas; e avaliação bioquímica, cujos dados foram obtidos dos prontuários médicos dos indivíduos. O tratamento adequado (dieta, atividade física e, se necessário, hipoglicemiantes), foi relatado por 64% dos pacientes. Trinta e dois deles usavam apenas insulina, 55 hipoglicemiante oral e 24 utilizavam os dois associados. A prática de ativida de física foi relatada por 64%, porém apenas 49% faziam-na de forma regular e adequada. A avaliação nutricional revelou que a maioria dos pacientes apresentou sobrepeso ou obesidade pelos três métodos utilizados. A avaliação dietética revelou consumo alime ntar adequado em termos qualitativos, porém, em termos quantitativos, observou-se inadequação de energia, fibras e cálcio, com valores inferiores ao recomendado. A avaliação bioquímica revelou níveis elevados de hemoglobina glicada, colesterol total e LDL, níveis baixos de HDL e níveis de triglicerídeos normais. As complicações decorrentes do diabetes verificadas foram disfunção erétil (68%), hipertensão arterial (50%), alterações oculares (39%), alterações circulatórias (29%), dislipidemia (19%), alterações cardíacas (18%), alterações renais (8%) e lesões nos pés (5%). Os principais fatores de risco associados estatisticamente (p< 0,05) com desenvolvimento das complicações foram idade, sexo, tempo de diabetes, consumo de fibras, IMC, hipertensão, tipo de tratamento, consumo de gordura monoinsaturada e alterações circulatórias. Conclui- se que a alta prevalência de hipertensão e alterações oculares é justificada pela soma dos fatores de risco modificáveis e fatores de risco não-modificáveis. As altas prevalências de disfunção erétil e alterações circulatórias podem ser justificadas por outros fatores de risco não avaliados neste estudo, como alterações metabólicas, uso de insulina e efeitos deletérios do cigarro, mesmo em ex-fumantes. As baixas prevalências de dislipidemia, alterações renais e lesão de pé podem ser justificadas pelo adequado manejo da doença pelos profissionais de saúde deste Programa , o que reforça a importância de se implantarem programas de atendimentos específicos à população diabética, com profissionais aptos a lutar, junto com os pacientes , por melhor qualidade de vida, caracterizada morbimortalidade. principalmente por redução da morbimortalidade.
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    Aspectos socioeconômicos, de saúde e nutrição, com ênfase no consumo alimentar, de idosos atendidos pelo Programa Municipal da Terceira Idade (PMTI), de Viçosa – MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-03-28) Abreu, Wilson Cesar de; Tinôco, Adelson Luiz Araújo; http://lattes.cnpq.br/3590885508812169
    Foi realizado um estudo epidemiológico nutricional, com o objetivo de avaliar as condições socioeconômicas, de saúde e nutrição de idosos cadastrados no Programa Municipal da Terceira Idade (PMTI) – Viçosa – MG, dando ênfase ao consumo alimentar dos idosos. Participaram deste estudo 183 idosos com idade entre 60 e 90 anos. As variáveis socioeconômicas e de saúde foram avaliadas por entrevista utilizando-se um questionário que foi aplicado a cada idoso. O estado nutricional foi avaliado através do Índice de Massa Corporal (IMC) e da Relação Cintura Quadril (RCQ). Para avaliar o consumo alimentar, utilizou-se a média obtida a partir da soma do consumo encontrado entre o Recordatório de 24horas e Questionário de Freqüência Alimentar Semi Quantitativo (QFCA-s). A adequação do consumo de nutrientes e energia foi calculada com base na Ingestão Dietética de Referência (Dietary Reference Intakes DRI’s). Verificou-se que a população estudada é predominantemente de baixa renda e possui baixo nível de escolaridade. A maioria possui casa própria e mora em domicílios multigeracionais. A proporção de mulheres vivendo sozinhas e viúvas é maior do que entre os homens. A freqüência de tabagismo e consumo de álcool foi baixa e a prática de atividade física atingiu quase 40% dos idosos. Encontrou-se alta prevalência de edentulismo (82,5%). Quase 90% dos idosos relataram ter pelo menos uma doença, sendo a mais freqüente a hipertensão arterial. Também foi elevado o consumo de medicamentos, sendo que 81,3% consumiam pelo menos um medicamento por dia. Os idosos apresentaram uma bipolarização do perfil nutricional, com alta prevalência de baixo peso (15,1%) e de sobrepeso (40,8%). A freqüência de RCQ inadequada e CC aumentada foi significantemente maior nas mulheres, sendo que ambos os sexos apresentaram altas freqüências. A ingestão energética ficou abaixo da necessidade estimada para quase todos os idosos, no entanto, observou-se elevada ingestão de energia de fontes lipídicas (52,5%). Verificou-se elevada freqüência de inadequação no consumo de vitaminas (vitamina C, vitamina A, vitamina B1, vitamina B2 e vitamina B6). O consumo mediano de cálcio foi cerca de 1/3 do valor recomendado. Os fatores baixa renda, morar sozinho ou com três gerações, edentulismo, uso de medicamentos e sedentarismo, interferiram negativamente no consumo alimentar. Os alimentos mais consumidos pelos idosos foram o café, feijão, arroz, leite/derivados, pães e frutas. As inadequadas condições socioeconômicas, de saúde e nutrição observadas na população estudada interferem negativamente na qualidade de vida destes idosos. Assim, faz-se necessário a implementação de políticas públicas, especialmente direcionadas a este grupo populacional.
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    Características socioculturais, nutricionais e hábitos de vida de adolescentes eutróficas com gordura corporal elevada, em Viçosa - MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-03-31) Vieira, Poliana Casagrande Ribeiro; Priore, Silvia Eloiza; http://lattes.cnpq.br/5979551282566235
    Sabe-se que o excesso de gordura corporal aumenta os riscos de desenvolvimento de doenças crônicas. Encontra-se na literatura uma alta prevalência de adolescentes eutróficas com elevado percentual de gordura corporal. Objetivou-se conhecer as variáveis biológicas, comportamentais e de saúde de 120 adolescentes eutróficas, que foram divididas em dois grupos, o de estudo (n=60) com gordura corporal elevada, e o controle (n=60) com gordura corporal normal. Foram aferidos o peso, a estatura, a porcentagem de gordura corporal pela Tanita e pelo somatório das quatro pregas cutâneas (bicipital, tricipital, subescapular e suprailíaca), a circunferência braquial, da cintura e do quadril e o comprimento de perna. As técnicas utilizadas foram as propostas na literatura. As adolescentes responderam a um inquérito sobre os fatores de risco, registraram a sua atividade física durante 24 h, e 20% do total amostral foi sorteado para aferição do gasto energético basal, através do monitor Deltratac II. Calculou-se a Odds Ratio, considerando-se como significantes os valores de p<0,05. Os dados foram analisados pelo software Epi Info e Sigma Stat. Os grupos não se diferiram quanto à idade cronológica, etnia informada, peso ao nascer, aleitamento materno, tempo de aleitamento, uso de dieta para emagrecer, tabagismo e presença de enfermidades crônico-degenerativas nos familiares. Quanto às variáveis antropométricas, não se observou diferença na estatura, no comprimento de perna, na massa magra e no IMCLG. O número de refeições realizadas, o consumo energético total, a inadequação dos nutrientes da dieta analisados segundo as DRIs, as preferências e a freqüência alimentar de consumo, também, não foram significantemente diferentes, com exceção das hortaliças cruas cujo consumo foi maior para o grupo de estudo. O consumo de bebidas alcoólicas foi maior no grupo de estudo que no controle. O grupo de estudo apresentou peso, circunferência da cintura, do quadril, gordura em quilos, IMC e tempo gasto em atividades sedentárias superiores ao grupo controle. Esse tempo maior refletiu em maior gasto energético nessas atividades. A taxa metabólica basal e o metabolismo basal de gordura foi maior nas adolescentes do grupo controle que no de estudo. Um maior número de adolescentes do grupo de estudo omitia o desjejum, possuía menor consumo de carboidratos em gramas, e menor percentual destes na dieta com maior porcentagem de proteínas em relação ao VET total. Apresentaram- se mais inadequadas em relação às recomendações propostas pela SBAN, e tinham um consumo maior de alimentos diet/light ou desnatados que o grupo controle. Os fatores de risco para a gordura corporal elevada foram o uso de adoçantes e produtos diet/light, ou desnatados, omissão do desjejum, consumo de bebidas alcoólicas, presença de obesidade na infância, baixo consumo de carboidratos, consumo de proteínas acima de 12% do VET e idade da menarca menor que 12 anos.Verificou-se a importância de avaliar a composição corporal detalhada e não simplesmente a utilização do IMC para classificação do estado nutricional de adolescentes, uma vez que o IMC não prevê o excesso de gordura corporal. Alguns fatores biológicos e sociais estão associados ao elevado percentual de gordura corporal. Na vida adulta, o excesso de gordura corporal está associado ao aumento de peso e este, por sua vez, com o aumento da morbimortalidade. Alguns dos fatores de risco encontrados são, também, fatores de risco para a obesidade e devem ser tratados com cautela. Com a análise da composição corporal e desses fatores, pode-se fazer um diagnóstico precoce do excesso de gordura corporal, propor intervenções e modificações nos hábitos inadequados.