Teses e Dissertações

URI permanente desta comunidadehttps://locus.ufv.br/handle/123456789/1

Teses e dissertações defendidas no contexto dos programas de pós graduação da Instituição.

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 2 de 2
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Efeitos das mudanças climáticas globais na agricultura brasileira: análise da irrigação como estratégia adaptativa
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-06-29) Cunha, Dênis Antônio da; Feres, José Gustavo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761673T2; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Coelho, Alexandre Bragança; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707938D3; http://lattes.cnpq.br/1033658951252242; Itaborahy, Cláudio Ritti; Dias, Roberto Serpa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798512T4; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6
    O desafio da economia às mudanças climáticas globais tem sido oferecer respostas confiáveis a respeito da direção e magnitude dos impactos nos diversos setores econômicos e sobre onde, quanto, como e quando se deve investir em mitigação e adaptação. Para o setor agrícola de países em desenvolvimento, esperam-se os maiores efeitos negativos. Considerando que a produção agropecuária responde por parcela expressiva da renda brasileira, pode-se afirmar esse é um tema de especial relevância para a agenda de desenvolvimento do país. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo analisar os efeitos das mudanças climáticas no setor agrícola nacional, incluindo as estratégias de adaptação na estimativa dos impactos. Partiu-se da pressuposição de que os agricultores não continuarão realizando a(s) mesma(s) atividade(s) sem alteração de suas técnicas produtivas. A estratégia adaptativa considerada foi a irrigação, já que o país tem ampla disponibilidade de água e condições favoráveis para o desenvolvimento sustentável dessa atividade. O estudo foi fundamentado na visão teórica de que a vulnerabilidade de um setor é condicionada pela magnitude das alterações do clima e também pela sua capacidade de empreender ações de adaptação. O modelo econômico utilizado procura explicar a decisão de irrigar dos produtores como um processo de maximização de benefícios, no qual somente são observadas escolhas ótimas. Analiticamente, estimou-se um modelo de Efeito de Tratamento, por meio da técnica de Pareamento por Escore de Propensão, que permitiu avaliar os retornos da prática de irrigação e compará-los aos da produção de sequeiro. As previsões futuras das variáveis climáticas (temperatura e precipitação) se referem a três períodos de 30 anos (de 2010 a 2039, de 2040 a 2069 e de 2070 a 2099), sob dois cenários de mudanças climáticas (A1B e A2). Os resultados obtidos confirmaram a expectativa de que a irrigação é influenciada pelas variações climáticas e, dessa forma, pode ser modelada como medida adaptativa. De modo geral, a análise dos fatores associados à sua adoção no Brasil indicou que, para ser um irrigante, o produtor precisa ter renda suficiente para arcar com os custos de investimento, conhecimento técnico e capacidade administrativa. Além disso, sua propriedade deve ter disponibilidade hídrica e boas condições de solo. No que se refere ao efeito da irrigação sobre os rendimentos dos produtores, os resultados apontam duas conclusões distintas. No período atual, foram estimados retornos maiores para a produção de sequeiro. Essa resposta está diretamente ligada aos custos elevados de implantação de um sistema de irrigação. Não obstante, quando se consideram os cenários futuros de mudanças climáticas, o resultado se inverte. Foi possível identificar que a renda dos irrigantes tende a ser crescente e mais estável. Produtores de sequeiro, por outro lado, serão impactados negativamente, podendo ter seus ganhos reduzidos em até 14% do valor atual. Conclusões semelhantes foram obtidas para pequenos produtores, embora as perdas esperadas para a produção de sequeiro sejam consideravelmente maiores do que os impactos médios do setor agrícola. De modo geral, os resultados desta pesquisa reforçam a necessidade da formulação de políticas públicas no Brasil que busquem estratégias de combate aos efeitos do aquecimento global no setor. Ademais, dada a comprovação da importância da irrigação como medida adaptativa, deve-se incentivar a criação de políticas nacionais de crédito específicas para a implementação dessa prática, principalmente para os produtores menos capitalizados.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Integração de preços no mercado internacional de café
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-06-30) Cunha, Dênis Antônio da; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; Vale, Sônia Maria Leite Ribeiro do; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788186D2; http://lattes.cnpq.br/1033658951252242; Nogueira, Fernando Tadeu Pongelupe; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4581558A1; Silva, Orlando Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781281D9; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1
    Até 1989 o mercado de café foi marcado por um longo histórico de regulamentação. Além do Acordo Internacional do Café, que ditava as regras em nível internacional, em cada país o preço pago aos produtores era determinado pelo Estado de acordo com as necessidades locais, independentemente das condições de oferta e demanda. Como isso era feito de maneira distinta em cada país, os preços deixavam de refletir qualquer tendência de equilíbrio. Assim, o principal objetivo deste estudo foi investigar se, com a liberalização, os preços em nível de produtor passaram a ser integrados, compartilhando uma tendência comum de comportamento no longo prazo. Foi analisado também o grau de integração, medido pelo tempo necessário para que o mercado retornasse ao equilíbrio após um choque. O trabalho foi fundamentado na teoria de integração de mercados e nas relações estabelecidas entre produtores e firmas processadoras, que caracterizam um processo de interdependência oligopsônica. Analiticamente, utilizou-se um modelo multivariado de co-integração, por meio do procedimento de Johansen (1988), e perfis de persistência. Os resultados indicaram que Brasil, Colômbia, México, Guatemala, Peru e Honduras, representantes do mercado de café arábica (no período de janeiro de 1990 a junho de 2007) foram integrados entre si. Igualmente, os preços de café robusta do Vietnã, Brasil e Indonésia (entre janeiro de 1988 e maio de 2005) também foram integrados. Em cada país, os preços reagiram de maneira significativa às alterações no preço internacional. Acredita-se que o fato de poucas firmas controlarem o comércio de café verde, comprando o produto dos mesmos exportadores e, possivelmente, aplicando políticas semelhantes, permitiu que houvesse co-movimento de preços. Contudo, não se deve negligenciar o papel das condições da oferta para explicar essa integração. O padrão de relacionamento não foi caracterizado por extrema interdependência ou integração perfeita e deixou claro que questões relativas à liberalização do mercado ainda exercem influência sobre o equilíbrio de longo prazo. Os ajustes mais rápidos ocorreram entre os preços internacionais e os do Brasil e Vietnã, numa clara indicação de que, quanto maior a participação na produção e exportação, mais alto é o grau de integração. Concluiu-se, portanto, que no período analisado houve um fluxo comum e único de informações ao longo dos diversos players do setor, que responderam às condições do mercado mundial. Uma conclusão geral é a de que o mercado não é segmentado e há transmissão de preços, mesmo prevalecendo uma estrutura de concorrência imperfeita e, portanto, políticas de controle de preços não são mais viáveis.