Teses e Dissertações

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Teses e dissertações defendidas no contexto dos programas de pós graduação da Instituição.

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    Fatores socioeconômicos, demográficos e condições de saúde como preditores de óbitos por COVID-19 em gestantes adultas hospitalizadas no Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2024-03-13) Azevedo, Francilene Maria; Franceschini, Sylvia do Carmo Castro; http://lattes.cnpq.br/8994838218575876
    Globalmente, ocorreram mais de 6,9 milhões de mortes pela COVID-19 até março de 2023, uma infecção respiratória com espectro de pacientes assintomáticos até a síndrome respiratória aguda grave (SRAG). A doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), foi identificada em 2019 e posteriormente declarada como uma pandemia. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, as gestantes compõem um grupo com maior risco de evoluir para casos mais graves da doença, sobretudo quando apresentam comorbidades. Ainda, as medidas de isolamento implementadas para mitigação do contágio causaram impacto socioeconômico importante, principalmente para a população mais vulnerável social e economicamente, e acarretou a piora de indicadores de desenvolvimento e de saúde. O presente trabalho objetiva avaliar a inter-relação entre a doença COVID-19 e as condições sociodemográficas e de saúde de gestantes brasileiras. Trata-se de um estudo longitudinal, realizado a partir da análise de dados secundários. O conjunto de dados consiste nas notificações nacionais de Síndrome Respiratória do Ministério da Saúde, disponíveis no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP Gripe). Os dados foram selecionados para integrar a amostra de 16202 casos da doença em gestantes adultas (≥20 anos) hospitalizadas em todo período da pandemia. A variável dependente foi a evolução dos casos de hospitalizações por COVID-19 (cura/óbito) e as independentes: idade, etnia, escolaridade, trimestre gestacional e comorbidades (doença cardiovascular, doença hematológica, síndrome de Down, doença hepática, asma, diabetes mellitus, doença neurológica, pneumopatia crônica, imunodeficiência, doença renal e obesidade). Também foram avaliados indicadores de saúde materno infantil (adequação do pré-natal e mortalidade neonatal) e socioeconômicos (Gini, Indice de Desenvolvimento Humano - IDH) e o Índice de Desigualdades Sociais para Covid-19 (IDS COVID-19) dos municípios de residência das gestantes. A imunização contra COVID-19 foi avaliada conforme número de doses, 1ª e 2ª doses ou dose única e o reforço. As análises foram conduzidas no ambiente de desenvolvimento integrado do R, o RStudio, versão 4.3.2. Uma avaliação descritiva foi realizada para caracterização da amostra. A regressão de Poisson com estimativa do risco relativo foi aplicada para verificação de variáveis associadas ao óbito. A análise de regressão Joinpoint foi utilizada para avaliar a tendencia da letalidade da COVID-19. As técnicas de Machine Learning foram adotadas para construção dos modelos preditivos do desfecho da infecção pelo SARS-CoV-2. Ainda, foi realizada a espacialização do IDHM e do IDS COVID-19 segundo a mortalidade materna pela COVID-19 por município brasileiro. O uso de dados secundários dispensa a submissão ao Comitê de Ética e Pesquisa (CEP), segundo os termos da Lei 12527, de 18 de novembro de 2011. A idade mediana entre as gestantes avaliadas foi de 30 anos (P25- 25; P75- 35). A letalidade foi de 7,62% (n = 1236). O risco para o óbito foi maior para mulheres não vacinadas (RR: 4,29; IC: 2,97 – 6,50), com idade ≥ 35 anos (RR: 1,37; IC: 1,13 - 1,67) e com obesidade (RR: 2,08; IC: 1,66 – 2,58). Os fatores socioeconômicos e de saúde materno-infantil municipais apresentaram associação com o óbito, com exceção do índice GINI. Assim como fatores sociodemográficos individuais, a citar-se a etnia e escolaridade, que estiveram relacionadas ao óbito e à adesão ao imunizante. Por fim, o modelo boosting apresentou melhor desempenho no Machine Learning, com acurácia de 74,6%, sensibilidade de 73,3% e especificidade de 76,0%. Na análise espacial, observou-se maior mortalidade materna por COVID-19 em municípios da região Norte e Nordeste. A idade, escolaridade, obesidade e ausência da imunização foram os principais fatores individuais que elevaram o risco de óbito por COVID-19 entre gestantes brasileiras. Além disso, o menor IDHM, menor prevalência de adequação ao pré-natal e maior mortalidade neonatal apresentaram relação com a ocorrência do óbito, assim como o IDS COVID-19, que representa a desigualdade social em saúde no Brasil. O Machine Learning pode ser uma técnica aplicada na predição do desfecho de hospitalizações por COVID-19 a partir de variáveis individuais e indicadores municipais de saúde e sociodemográficos. Sugere-se que na ocorrência de doenças semelhantes, as gestantes sejam priorizadas no esquema de vacinação, sobretudo, aquelas que apresentarem obesidade, com maior idade e de estratos sociais mais vulneráveis. Palavras-chave: Comorbidade. Gestação. Brasil. SARS-CoV-2. Fatores Socioeconômicos.
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    Fatores associados ao estado nutricional de iodo de nutrizes e lactentes do município de Viçosa, Minas Gerais: um recorte do Estudo Multicêntrico de Deficiência de Iodo (EMDI Brasil)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-02-28) Azevedo, Francilene Maria; Carmo Castro, Franceschini Sylvia do; http://lattes.cnpq.br/8994838218575876
    A iodação do sal foi implantada para controlar a deficiência de iodo em diversos países do mundo. No entanto, a deficiência ainda acomete quase 2 bilhões de pessoas. Dentre essas, o grupo materno-infantil demanda maior preocupação, devido à alta prevalência de deficiência. Durante a lactação, a deficiência pode prejudicar o desenvolvimento do recém-nascido, causando danos irreversíveis, sobretudo no desenvolvimento neuropsicomotor. Portanto, estudos populacionais devem ser conduzidos a fim de verificar os fatores associados ao estado nutricional de iodo nesse grupo. Objetivo: Avaliar a relação entre o estado nutricional de iodo de nutrizes e lactentes, bem como os principais fatores associados à deficiência. Metodologia: Esse estudo faz parte do Estudo Multicêntrico de Deficiência de Iodo (EMDI-Brasil). Para as revisões sistemáticas, foi adotado a metodologia Preferred Reporting Items for Systematic Reviews. Após a busca nas bases e exclusão das duplicidades, os artigos foram selecionados conforme os critérios de inclusão por dois pesquisadores independentes, de acordo com a leitura de títulos, resumos e texto completo. Os dados dos artigos selecionados foram sintetizados e discutidos. Para o artigo original, foi avaliada uma amostra parcial do estudo transversal realizado no município de Viçosa-MG. Participaram do estudo 128 nutrizes com 18 anos ou mais, entre 15 e 90 dias após o parto e seus respectivos filhos. A amostra compreendeu indivíduos das áreas urbanas e rurais, usuários da rede pública de saúde do município. Não foram incluídas mulheres com histórico de doenças tireoidianas, assim como crianças que receberam qualquer outro alimento nos últimos 15 dias que antecederam a coleta, além do leite materno. Os dados foram coletados de janeiro a setembro de 2019. As mães foram identificadas nas Unidades Básica de Saúde e no Hospital Maternidade e convidadas a participar do estudo. Aquelas que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido responderam a um questionário com informações socioeconômicas, demográficas, ambientais e de saúde da mãe e da criança. Também foram avaliados o conteúdo de iodo na urina da mãe e da criança para verificar a ingestão atual de iodo, sal de cozinha e temperos utilizados nos domicílios. O conteúdo de iodo na água das unidades de saúde foi dosado para representar as regiões do município. As análises estatísticas foram realizadas nos softwares Statistical Package for Social Sciences® (SPSS) e STATA® Statistical Software, versão 13.0. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (número de parecer 2.496.986). Resultados: As revisões sistemáticas apontaram que existe uma forte correlação entre a concentração de iodo urinário da criança e da mãe, bem como entre concentração de iodo no leite materno e iodo urinário dos lactentes. Além disso, os filhos apresentaram menor prevalência de inadequação do estado nutricional de iodo, em comparação à mãe, exceto para situações em que as nutrizes faziam uso de tabaco, que compromete a nutrição de iodo do lactente. Ainda, foram apontados como fatores associados ao uso do sal iodado, a concentração de iodo na água. Já o uso da suplementação durante a gestação foi capaz de melhorar o desenvolvimento psicomotor, comportamental e a resposta ao som. Além disso, melhores resultados foram observados quando a suplementação foi mantida durante a lactação. No estudo realizado em Viçosa-MG, a prevalência de deficiência foi de 36,7% e 11,6% para nutrizes e lactentes, respectivamente. Não foi observada correlação significativa entre a iodúria materna e do lactente, assim como entre a iodúria materna e o conteúdo de iodo no sal, no tempero e na água de consumo. O aumento na idade do lactente, no período interpartal e na renda, reduziram as chances de deficiência de iodo nas nutrizes. Considerações finais: No município de Viçosa-MG, a prevalência de deficiência de iodo foi maior para nutrizes, quando comparado aos lactentes e não houve relação com a iodúria materna. Alguns fatores como o consumo de iodo por meio da água e do sal iodado apresentaram-se como principais fatores associados ao estado nutricional de iodo para o grupo materno-infantil. Enfatiza-se a necessidade de realizar pesquisas com propósito de evidenciar a condição de cada local e assim incentivar a implementação de políticas de prevenção e de um ponto de corte para classificação do consumo excessivo de iodo em lactentes e nutrizes de acordo com a concentração de iodo urinário. Palavras-chave: Iodo. Lactente. Concentração de Iodo Urinário. Nutriz.