Ciências Exatas e Tecnológicas

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    Biocontrole de Salmonella enterica em pele de frango de corte
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-02-10) Hungaro, Humberto Moreira; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; Pinto, Cláudia Lúcia de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783521J6; Mendonça, Regina Célia Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790986E3; http://lattes.cnpq.br/8309143011476182; Andrade, Nélio José de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788281Y5; Peña, Wilmer Edgard Luera; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4730660Z8
    Em função da necessidade de formas alternativas de controle de micro-organismos em alimentos e da crescente demanda dos consumidores por produtos mais saudáveis, este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade de bacteriófagos na redução de Salmonella enterica em pele de frango. Os bacteriófagos foram isolados de fezes de aves de criação extensiva de propriedades na região de Viçosa-MG, utilizando Salmonella Enteritidis como hospedeiro. Foram selecionados cinco bacteriófagos para descontaminação de pele de frango, por meio de avaliação do perfil lítico em comparação com bacteriófago P22. Os bacteriófagos selecionados foram avaliados quanto à especificidade em relação a várias estirpes de micro-organismos, morfologia e atividade sobre Salmonella Enteritidis em meio de cultivo. Os bacteriófagos foram utilizados na descontaminação de pele de frango inoculada com Salmonella Enteritidis e comparados com outros métodos de descontaminação. Foram também testados para verificar a redução da contagem de Salmonella Enteritidis em amostras de pele de frango armazenadas sob refrigeração e congelamento ao longo de 30 dias de estocagem. Os bacteriófagos de Salmonella foram isolados de 24 amostras de fezes de aves em 62,5 % das propriedades avaliadas, e atingiram concentrações de 108 a 1010 PFU mL-1 após propagação. Os cinco bacteriófagos selecionados apresentaram atividade sobre várias estirpes de Salmonella enterica, porém dois desses bacteriófagos foram inespecíficos e lisaram Escherichia coli e Cronobacter muytjensii. Em relação à morfologia, todos apresentaram cabeça icosaédrica e pequenas caudas o que indica serem da ordem Caudovirales e da família Podoviridae. O efeito dos bacteriófagos sobre a contagem de Salmonella em meio de cultura foi dependente da concentração de bacteriófago utilizada. As maiores reduções de células viáveis de Salmonella de, aproximadamente, 2,5 log UFC mL-1 foram obtidas nos cultivos adicionados de bacteriófagos na concentração inicial de 109 PFU mL-1 e na temperatura de 25 °C. A redução de Salmonella em pele de frango com mistura de bacteriófagos foi de, aproximadamente, 0,92 log UFC.cm-2, e equivalente a outros métodos de descontaminação avaliados, tais como tratamentos com solução de dicloroisocianurato a 200 mg.L-1 , solução de ácido peracético a 112 mg.L-1, e solução de ácido lático a 2 % (v/v). Observou-se uma tendência de diminuição na contagem de Salmonella dos fragmentos de pele de frango armazenados sob refrigeração e congelamento à medida que se aumentava a concentração da mistura de bacteriófagos adicionada, e as maiores reduções de, aproximadamente, 2,0 log UFC.cm-2 foram obtidas com adição da mistura de bacteriófagos na concentração de 109 PFU mL-1. As reduções na contagem de Salmonella dos fragmentos de pele de frango não foram influenciadas pela variação da contaminação dos fragmentos de pele nem pela condição e período de armazenamento. A concentração de bacteriófagos na pele de frango armazenada sob refrigeração e congelamento permaneceu constante durante o período avaliado. Os bacteriófagos selecionados apresentam potencial de utilização como tecnologia complementar no controle de Salmonella em carne de aves.
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    Atividade de extratos vegetais sobre sistema de efluxo multidrogas em Campylobacter spp. multirresistentes a antimicrobianos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-20) Hungaro, Humberto Moreira; Moreira, Maria Aparecida Scatamburlo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797678J6; Leite, João Paulo Viana; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763897U8; Mendonça, Regina Célia Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790986E3; http://lattes.cnpq.br/8309143011476182; Cunha, Luciana Rodrigues da; http://lattes.cnpq.br/3546793877060403; Pinto, Cláudia Lúcia de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783521J6
    A elevada ocorrência de Campylobacter spp. em carne e subprodutos de frango e sua crescente resistência a antimicrobianos têm preocupado as autoridades sanitárias em todo o mundo. Os objetivos deste estudo foram avaliar a contaminação de carcaças de frango por Campylobacter spp. e a resistência a antimicrobianos dos isolados; bem como investigar a capacidade de extratos vegetais em modular a atividade de antimicrobianos e de inibir os sistemas de efluxo expressos por este micro-organismo. Noventa e cinco carcaças de frangos abatidos em Minas Gerais Brasil foram analisadas por meio da técnica de Número Mais Provável (NMP) com confirmação pela reação de polimerase em cadeia (PCR). Os isolados foram submetidos ao teste de resistência a antimicrobianos por disco de difusão em ágar, e os principais genes e mecanismos de resistência foram investigados. Vinte extratos vegetais etanólicos foram avaliados quanto às atividades antimicrobiana, moduladora de resistência e de acumulação de brometo de etídeo. As principais classes de metabólitos secundários de extratos vegetais com maior atividade biológica foram analisadas por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). Campylobacter spp. foi identificado em 16,8 % das amostras, as contagens variaram entre 60,0 - 184 NMP/carcaça, e a espécie C. jejuni foi prevalente (93.8 %). Os isolados foram resistentes a no mínimo cinco (31,2 %) dos antimicrobianos testados e maior resistência foi observada para cefalosporinas (75 - 100 %), quinolonas (95 %), tetraciclina (50 %) e ampicilina (45 %). A resistência a ciprofloxacina foi associada a mutações no gene gyrA, enquanto que 40 % da resistência à tetraciclina foi relacionada à presença do gene tet(O). O gene blaOXA-61, que codifica uma β-lactamase, foi encontrado em isolados resistentes e suscetíveis a ampicilina. A maioria dos isolados apresentou os três genes do sistema de efluxo CmeABC. O uso de fenilalanina-arginil- naftilamida (PAβN), um inibidor de sistemas de efluxo, diminuiu a MIC de ciprofloxacina, tetraciclina, ampicilina e sais biliares entre 2 e 128 vezes, o que confirmou a atividade deste mecanismo de resistência. Os extratos vegetais apresentaram fraca atividade antimicrobiana em comparação com os antibióticos, com a MIC variando entre 0,1 e >16,38 mg/mL. Entretanto, a maioria deles apresentou sinergismo em combinação com sais biliares quando utilizados em concentrações subinibitórias, com diminuição da MIC destes antimicrobianos entre 2 e 16 vezes. Observou-se que dez extratos vegetais aumentaram a acumulação de brometo de etídeo por Campylobacter spp., o que indica a inibição de sistemas de efluxo. Os extratos de Alpinia zerumbet e Vernonia polyanthes apresentaram maior efeito sinérgico com sais biliares, enquanto que os extratos de Cyperus rotundus e Struthanthus flexicaulis foram mais eficazes na inibição dos sistemas de efluxo. Grande variedade de compostos fenólicos, principalmente flavonóides, foi observada nestes extratos vegetais, os quais podem estar envolvidos nas atividades biológicas. Apesar do baixo número de carcaças de frango positivas para Campylobacter spp. observado neste estudo, a identificação de altos níveis de resistência a antimicrobianos é um importante problema e enfatiza a necessidade de monitoramento contínuo e de novas formas de controle deste patógeno na cadeia produtiva de aves. Os resultados aqui reportados sugerem que extratos vegetais podem ser utilizados para controlar Campylobacter spp. em carne de frango e subprodutos por meio da redução da colonização das aves. Contudo, existe a necessidade de trabalhos futuros para caracterização mais detalhada dos extratos vegetais, isolamento e identificação dos princípios ativos, bem como estudos para avaliar sua atividade in vivo.