Ciências Exatas e Tecnológicas

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    Atividade antioxidante in vitro da fração fenólica, das oleorresinas e do óleo essencial de Pimenta rosa (Schinus terebinthifolius Raddi)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2006-05-03) Bertoldi, Michele Corrêa; Stringheta, Paulo César; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781394D8; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4742508H9; Pinto, Cleide Maria Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783638A4; Ramos, Afonso Mota; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787801T3; Minim, Valéria Paula Rodrigues; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761407T6; Gomes, José Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788278D6
    Schinus terebinthifolius Raddi, pertencente à Família Anacardiaceae, é utilizada principalmente na medicina popular, no tratamento de doenças venéreas, reumatismo, dores, gengivite e febre. Muitos dos efeitos benéficos atribuídos à espécie estão associados à presença de compostos fenólicos, os quais conferem a ela propriedades antioxidantes. Além disso, a utilização dos frutos secos de Schinus terebinthifolius Raddi como condimento, conhecido como pimenta rosa, tem sido bastante difundida, apresentando elevada demanda e alto valor mercadológico. Neste contexto, o presente estudo teve por objetivo geral avaliar o rendimento e o potencial antioxidante da fração fenólica, do óleo essencial e da oleorresina de pimenta rosa. Para se determinar as melhores condições de extração de compostos fenólicos foram avaliados diferentes solventes (água, metanol, acetona, etanol, acetato de etila) em proporções variadas, a temperatura de extração e, o pH do meio (HCl concentrado). O conteúdo fenólico total foi quantificado pelo ensaio com o reagente Folin-Denis. Avaliou-se também o efeito de dois métodos de extração, em soxhlet (6h) e a frio (25°C/48h) e cinco solventes no rendimento e na atividade antioxidante da oleorresina. A fração fenólica foi extraída com acetona 70% (v/v) e a oleorresina com acetona a frio. O óleo essencial foi obtido por hidrodestilação, por um período de 3 horas. A atividade antioxidante das frações foi determinada pelo ensaio do radical DPPH (2,2-difenil-1- picrilhidrazil). A aceitabilidade da pimenta rosa foi avaliada em chocolate e em salmão, utilizando escala hedônica de nove pontos. O sistema extrator mais eficiente na ressuspensão de fenólicos totais foi acetona 70% (v/v) acidificada com 1% de HCl concentrado, o que sugere a predominância de compostos poliméricos de alto peso molecular na pimenta rosa, como os taninos. O efeito do solvente no rendimento e na atividade antioxidante da oleorresina foi dependente do método de extração utilizado. A oleorresina extraída com etanol em soxhlet apresentou a maior atividade antioxidante e o maior rendimento. Para a extração das oleorresinas em soxhlet, a ordem do rendimento e da atividade antioxidante das oleorresinas acompanhou a ordem de polaridade dos solventes: etanol > acetona > éter etílico > éter de petróleo = hexano. A maior contribuição à atividade antioxidante da pimenta rosa advém de compostos polares, principalmente compostos fenólicos. Em contrapartida, o óleo essencial apresentou a menor participação na atividade antiradical dos frutos. A pimenta rosa apresentou elevada aceitabilidade, tanto em chocolate quanto em salmão. O condimento aumentou a aceitabilidade do salmão. A média da aceitação do salmão situou-se entre os termos hedônicos gostei moderadamente e gostei muito e a média do salmão com a pimenta rosa entre os termos hedônicos gostei muito e gostei extremamente . Em chocolate preto a aceitabilidade da pimenta rosa situou-se entre os temos hedônicos gostei moderadamente e gostei muito . As propriedades antioxidantes da espécie poderão ser potencializadas através da aplicação do seu extrato fenólico, ou mesmo de outras frações como a oleorresina e o óleo essencial, em produtos farmacêuticos, alimentos e cosméticos. Além disso, a comercialização dos frutos na forma desidratada apresenta grande potencialidade de consumo quando utilizada na gastronomia, em razão de sua elevada aceitabilidade.
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    Capacidade antioxidante, efeitos anticarcinogênicos e absorção de polifenóis de de manga (Mangifera indica L.) in vitro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-12-09) Bertoldi, Michele Corrêa; Oliveira, Tânia Toledo de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787758J2; Talcott, Susanne U.; Stringheta, Paulo César; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781394D8; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4742508H9; Gomes, José Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788278D6; Soares, Nilda de Fatima Ferreira; SOARES, N. F. F.
    Polifenóis presentes em polpa de manga, incluindo galotaninos, glicosídeos de flavonóides, ácido gálico, derivados da benzofenona, e mangiferina, têm demonstrado propriedades anticarcinogênicas. A etapa de deglicosilação por β-glicosidases tem se mostrado necessária ao metabolismo e à absorção de polifenóis derivados da dieta pelo organismo humano, o que poderia influenciar suas propriedades anticarcinogênicas. O objetivo deste estudo foi elucidar os efeitos anticarcinogênicos de polifenóis extraídos da polpa de manga de diferentes variedades (Francis, Kent, Ataulfo, Tommy Atkins e Haden) em diferentes tipos de câncer. Os efeitos antiproliferativos de polifenóis de manga foram estudados utilizando modelos in vitro de cultura de células cancerosas, incluindo as linhagens celulares de câncer humano Molt-4 (leucemia), A-549 (câncer de pulmao), MDA-MB-231 (câncer de mama), LnCap (câncer de próstata), SW-480 (câncer de colón) e células de colón não cancerosas CCD-18Co. Os mecanismos moleculares envolvidos nas propriedades anticarcinogênicas de polifenóis de manga foram investigados. O efeito do tratamento com polifenóis na expressão gênica, na regulação do ciclo celular e na produção de espécies reativas de oxigênio em células cancerosas de colón humano SW-480 foi investigado por RT-PCR, citometria de fluxo e quantificação da intensidade de fluorescência, respectivamente. Além disso, o efeito da hidrólise de polifenóis de manga pela enzima β-glicosidase na atividade antioxidante, na supressão do crescimento tumoral e na absorção intestinal in vitro através da monocamada de células de adenocarcinoma de colón humano Caco-2 foi avaliado. Ademais, o efeito antiproliferativo de frações fenólicas enriquecidas com polifenóis de baixo e elevado peso molecular em células cancerosas de colón (SW-480) e mama (MDA-MB-231) foi estudado. Células cancerosas foram tratadas com extratos fenólicos das variedades Ataulfo e Haden, as quais foram selecionadas em razão da maior capacidade antioxidante quando comparada a outras variedades. Polifenóis de Ataulfo e Haden inibiram o crescimento de todas as linhagens celulares. SW-480 (câncer de cólon), MOLT-4 (leucemia) e MDA-MB-231 (câncer de mama) apresentaram igualmente maior sensibilidade ao tratamento com polifenóis de Ataulfo, enquanto SW- 480 e MOLT-4 mostraram-se mais sensíveis ao tratamento com polifenóis de Haden, segundo resultados obtidos por contagem de células. O efeito antiproliferativo dos extratos fenólicos de todas as variedades de manga foi avaliado em células cancerosas de colón humano (SW-480). As variedades Ataulfo e Haden demonstraram maior efeito supressor, seguidas de Kent, Francis e Tommy Atkins. Quando células cancerosas de colón SW-480 foram tratadas com 5 mg GAE/L de polifenóis de Ataulfo, o crescimento celular foi inibido em ~79%, enquanto a proliferação de miofibroblastos não cancerosos CCD-18Co não foi inibida. A supressão do crescimento celular pelo tratamento com polifenóis de Ataulfo e Haden em células de câncer de colón SW-480 foi associada com o aumento na expressão gênica de biomarcadores de apoptose (caspase 8, Bax e Bim) e reguladores do ciclo celular (PKMYT1), atraso do ciclo celular e alteração na produção de espécies reativas de oxigênio. Os extratos fenólicos da polpa de manga continham ácido gálico, mangiferina, derivados de ácidos fenólicos e galotaninos, os quais foram caracterizados por análises em HPLC-DAD e HPLC-ESI-MSn antes e após a hidrólise enzimática (0.17 mg β-glicosidase 1000 KU/g polpa de manga / 4 h / 35°C). Ácidos fenólicos incluindo ácido gálico, caféico, ferúlico, p-coumárico e p-hidroxibenzóico consistiram os principais compostos derivados da hidrólise enzimática. Monocamadas de células Caco-2 foram incubadas por 2h no compartimento apical com extratos controle e hidrolisado. Quando incubadas com o extrato hidrolisado, ácido gálico, caféico, ferúlico, p-coumárico, vanílico e p-hidroxibenzóico foram detectados no compartimento basolateral, enquanto apenas ácido gálico foi detectado quando as células foram tratadas com o extrato controle. Polifenóis de elevado peso molecular, incluindo mangiferina e galotaninos, não foram transportados. Polifenóis de polpa (controle) de todas as variedades inibiram a proliferação de células humanas de câncer de colón HT-29 (0-27 μg de ácido gálico equiv./mL) e de mama MDA-MB-231 (0-24 μg GAE/mL) em até 99.8 e 89.9 %, respectivamente. Apesar da hidrólise enzimática ter aumentado a absorção de polifenóis de manga, não houve aumento significativo na atividade antioxidante, no conteúdo fenólico e na supressão do crescimento de células cancerosas de colón e mama. Ademais, ambas as frações fenólicas enriquecidas com polifenóis de baixo (138-194 Da) e elevado (422; 788-1852 Da) peso molecular inibiram o crescimento de células cancerosas de colón e mama na mesma extensão (0- 20 μg GAE/mL), o que poderia indicar que a atividade anticarcinogênica de polifenóis de manga seria independente da hidrólise enzimática. Estes resultados corroboram resultados obtidos em estudos in vivo, que sugerem que a grande parte dos polifenóis não seriam absorvidos em sua forma intacta através do intestino delgado, mas poderiam ser hidrolisados por enzimas intestinais em ácidos aromáticos de baixo peso molecular, os quais seriam posteriormente absorvidos; ou ainda, quando não absorvidos, poderiam, alcançar o intestino grosso, modulando a microflora intestinal e, desta forma, contribuiriam para reduzir o risco de câncer de cólon. Desta forma, polifenóis de polpa de manga de diferentes variedades exibiram efeitos anticarcinogênicos em modelos de cultura de células, os quais poderiam não ser necessariamente dependentes da hidrólise enzimática pela β-glicosidase.