Ciências Exatas e Tecnológicas

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    Potencial de aminas bioativas como indicadoras do estádio de maturação e o papel da microbiota endógena do leite cru na inocuidade e características do queijo Minas artesanal
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-08-02) Araújo, Tatiane Ferreira; Gloria, Maria Beatriz Abreu; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783318E0; Perrone, ítalo Tuler; http://lattes.cnpq.br/8641512358409239; Ferreira, Célia Lúcia de Luces Fortes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793681U9; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4253275P5; Cunha, Luciana Rodrigues da; http://lattes.cnpq.br/3546793877060403; Pinto, Cláudia Lúcia de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783521J6
    O queijo Minas artesanal (QMA) é reconhecido por suas características sensoriais únicas. Fabricado em cinco regiões já caracterizadas (Araxá, Cerrado, Campo das Vertentes, Canastra e Serro), o QMA possui duas tecnologias de fabricação diferenciadas pelo tipo de prensagem: unicamente com a pressão das mãos (Serro) e prensagem manual com a utilização de um tecido (Araxá, Cerrado, Campo das Vertentes e Canastra). Tal diferença constitui a base da definição dos dois períodos mínimos de maturação atualmente praticados para os queijos do Serro (17 dias) e da Canastra (22 dias). Esses períodos mínimos de maturação foram definidos em função do tempo de permanência do micro-organismo Staplylococcus aureus ao longo da maturação até atingir o limite estabelecido pela legislação (2 log UFC g -1). No entanto, a maior parte da produção do QMA é comercializado com período inferior ao atualmente estabelecido por lei. Sabe-se que a microbiota endógena do leite por meio da maturação, contribui para a inocuidade do produto. Verificou-se também por meio de pré-experimentos no presente estudo que diferentes aminas bioativas (AB) são acumuladas ao longo da maturação dos QMA. Assim, a pesquisa teve como objetivo: a) avaliar o papel na microbiota endógena do leite cru na inocuidade do QMA; b) Verificar o potencial de AB na indicação do período de maturação do QMA. Para avaliação do fenômeno relacionado à inocuidade inferida pela maturação utilizou-se como modelo o QMA do Serro. Avaliou-se ao longo de 60 dias de maturação (8, 17, 30 e 60 dias) nos QMA feitos com leite cru (NP) e com leite pasteurizado (P) parâmetros físico químicos (pH, acidez titulável, cloretos, gordura, atividade de água, cinzas, nitrogênio total), extensão de profundidade de proteólise; perfil de ácidos orgânicos e aminas bioativas; parâmetros Lactobacillus, microbiológicos (unidades formadoras de colônias de Lactococcus, Enterococcus, mesófilos aeróbios, mofos e leveduras, Enterobacteriaceae , coliformes a 30oC e 45°C; Staplylococcus aureus e parâmetros sensoriais (textura e cor). Os resultados demonstraram diferença (P<0,05) nas variáveis pH, acidez titulável, gordura, gordura no extrato seco (GES), umidade e nitrogênio xi total. A proteólise mais intensa no queijo fabricado com leite cru afetou a textura e cor da massa dos queijos (P<0,05) tornando possível estabelecer uma correlação com o estágio de maturação. O tratamento térmico pode ter alterado a microbiota endógena qualitativamente uma vez que as concentrações dos grupos microbianos avaliados não diferiram com exceção de S. aureus que permaneceu com contagens superiores (20 e 35 dias respectivamente para os queijos feitos com leite cru e pasteurizado) às definidas pela legislação atualmente. Esta constatação corrobora o papel da microbiota endógena na inocuidade do QMA feito com leite cru. O tratamento térmico afetou a microbiota, alterou o perfil de ácidos orgânicos (lático, cítrico, butítrico, propiônico e acético) e de aminas bioativas. Observou-se o potencial da amina bioativa histamina como indicadora de estágio de maturação. Sugere-se uma faixa entre 8,65-9,29 mg/100g de histamina para o QMA do Serro com 17 dias de maturação, fabricado com leite cru. Além do comprometimento da inocuidade inferido pelo tratamento térmico ao leite, constatou-se também que a textura e cor foram alteradas no QMA do Serro feito com leite pasteurizado quando comparado ao produto tradicional feito com leite cru,. Sugere-se que mais estudos sejam realizados para identificar as espécies microbianas que predominam no queijo feito com leite cru e que são eliminadas pelo tratamento térmico, para um melhor entendimento do fenômeno que tem garantido um produto maturado seguro para consumo.