Navegando por Autor "Serra, Raissa Santana"
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Item Alterações histopatológicas e citotóxicas no intestino médio de Apis mellifera (Hymenoptera: Apidae) causadas por acaricida e fungicida(Universidade Federal de Viçosa, 2020-02-17) Serra, Raissa Santana; Serrão, José Eduardo; http://lattes.cnpq.br/9748751800760712Polinizadores, incluindo abelhas melíferas, são responsáveis pela reprodução de mais de 87% das espécies de plantas angiospermas, sendo vitais para a saúde dos ecossistemas e dos serviços agrícolas ao redor do mundo. A abelha Apis mellifera tem seu desaparecimento ligado a utilização de pesticidas, que além da mortalidade direta causam efeitos subletais, tais como alteração na função de órgãos. O epitélio do intestino médio é responsável pela digestão e absorção de nutrientes, além da detoxificação de substâncias ingeridas, como inseticidas. O objetivo deste estudo foi avaliar as mudanças histológicas e citológicas do intestino médio de operárias de A. mellifera causadas pelo acaricida espiromesifeno e pelo fungicida azoxistrobina. O teste-limite foi conduzido de forma que se assegurasse DL50 acima de 100 μg/abelha para cada pesticida. Confirmada a não toxicidade dos compostos, a dose recomendada para campo foi administrada per os, dissecando-se o intestino após 24h e 48h de exposição para análises. O intestino médio do grupo controle apresentou uma única camada de células digestivas, com núcleos esféricos, ninhos de células regenerativas e lúmen revestido de matriz peritrófica. As abelhas tratadas com ambos os pesticidas apresentaram mudanças histológicas, como desestruturação do epitélio, vacuolização e fragmentos celulares liberados para o lúmen, e mudanças citológicas, como aumento no número e alteração de mitocôndrias, alteração do labirinto basal e desestruturação do retículo endoplasmático rugoso. A ocorrência de danos ao intestino médio em A. mellifera é uma indicação de estes pesticidas devem ser investigados para garantir que sua utilização seja segura para as abelhas. Palavras-chave: Abelhas. Azoxistrobina. Espiromesifeno. Toxicologia.Item Aspectos morfométricos e comportamentais da oviposição de rainhas e operárias em duas espécies de Scaptotrigona (Hymenoptera, Apidae, Meliponini)(Universidade Federal de Viçosa, 2016-02-22) Serra, Raissa Santana; Serrão, José Eduardo; http://lattes.cnpq.br/9748751800760712As abelhas indígenas sem ferrão (Hymenoptera, Apidae, Meliponini) ocorrem em colônias eussociais permanentes que diferem em muitos aspectos de outras abelhas. A determinação de sexo em Meliponini e outros Hymenoptera ocorre por haplodiploidia: ovos não fecundados, haploides, desenvolvem-se em machos e ovos fecundados, consequentemente diploides, dão origem às fêmeas. Os ovos são colocados sobre o alimento, nas células de cria, que são operculadas em seguida. Na maioria das espécies, as operárias podem contribuir na produção da colônia, colocando ovos haploides que darão origem a machos. Em Scaptotrigona, geralmente os ovos reprodutivos de operárias são colocados ao lado dos ovos da rainha, o que resulta em canibalismo entre larvas. Esse fenômeno, também chamado de larvofagia obrigatória, resulta em um macho filho da operária. Já os ovos tróficos não são viáveis e são colocados na margem da célula, servindo de alimento para a rainha. Ovos reprodutivos de operárias de S. postica são maiores que os da rainha, e seu tamanho pode variar entre as colônias, assim como os ovos de rainha. O objetivo deste trabalho foi estudar alguns aspectos dos ovos de rainhas e operárias em S. postica e S. xanthotricha, como morfometria e ploidia dos ovos e ocorrência de canibalismo entre as larvas. Seis colônias foram utilizadas, três de S. postica (em São Luís – MA) e três de S. xanthotricha (em Viçosa – MG). Nas colônias de S. postica, comparou-se o tamanho dos ovos de rainhas e operárias e correlacionou-se o tamanho dos ovos da rainha com a precipitação pluviométrica total, enquanto que em S. xanthotricha, os ovos de rainhas e operárias foram comparados e separados para desenvolvimento e posterior sexagem da larva. A variação do tamanho do ovo da rainha de S. postica se deu conforme a taxa de precipitação em todas as três colônias, mesmo que estas apresentassem médias diferentes, provavelmente devido à disponibilidade de alimento que varia conforme as estações. Já em S. xanthotricha, o estudo confirmou a diferença de tamanho entre ovos de rainhas e operárias e a ocorrência de larvofagia, e também revelou uma maior frequência de ovos haploides de rainha acompanhando os ovos de operárias. Este trabalho lança novos olhares sobre o que rege o tamanho dos ovos de rainhas e operárias, além de trazer uma nova informação sobre os padrões de canibalismo.