Navegando por Autor "Rodrigues, Cristiana Tristão"
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Item Demanda por nutrientes nas principais regiões metropolitanas do Brasil no período de 1995-2003(Universidade Federal de Viçosa, 2010-02-11) Rodrigues, Cristiana Tristão; Gomes, Adriano Provezano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666H9; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Coelho, Alexandre Bragança; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707938D3; http://lattes.cnpq.br/6589443552217993; Duarte, Maria Sônia Lopes; http://lattes.cnpq.br/0643907110512852; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6No Brasil, nos últimos anos, percebe-se a ocorrência de alterações favoráveis à melhoria nos padrões de consumo alimentar da população. Além disso, diversas transformações sócio-econômicas têm ocorrido na estrutura da sociedade, as quais podem causar impactos significativos no consumo de nutrientes e, conseqüentemente, no estado de saúde da população. Diante desse quadro de mudanças, principalmente após a implantação do Plano Real em 1994, torna-se essencial conhecer o padrão de consumo de nutrientes das famílias brasileiras, bem como sua evolução ao longo do tempo, a partir da análise da sensibilidade do consumo de nutrientes frente a variações de preço e dispêndio, e ainda, considerando-se a influência de outras variáveis sócio-econômicas. Assim, este trabalho teve como objetivo principal analisar o padrão de consumo de nutrientes das famílias brasileiras no período de 1995 a 2003, com base nos dados das Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF) realizadas em 1995/1996 e 2002/2003, para as principais regiões metropolitanas do país. O referencial teórico utilizado baseou-se na teoria da demanda do consumidor, e na abordagem alternativa do problema do consumidor, considerando que a utilidade deste seja derivada das propriedades ou características intrínsecas dos bens. A forma funcional utilizada para especificar as funções de demanda estimadas neste trabalho foi o Almost Ideal Demand System (AIDS). Os resultados mostram que todas as variáveis sócio-econômicas consideradas neste estudo afetaram significativamente o consumo de pelo menos um nutriente. A análise da sensibilidade do consumo das famílias em relação aos preços mostrou que os preços influenciam negativamente o consumo de todos os nutrientes, tanto em 2003 quanto em 1995. Além disso, variações nos preços dos nutrientes, nos dois anos, não causam grandes efeitos na demanda dos mesmos. A conclusão para o ano de 2003 é que as famílias tendem a demandar relativamente mais gorduras, colesterol e carboidratos, do que vitaminas e minerais. Sendo assim, pode-se deduzir que políticas de redução de preços, com intuito de melhorar a qualidade nutricional, poderiam não alcançar o resultado pretendido. Constatou-se, conforme era esperado, que as relações de substitutibilidade entre os nutrientes, nos dois anos, são menores que as de complementariedade. Em relação às influências dos dispêndios para o consumo de nutrientes, constatou-se que para 1995, os dispêndios influenciam positivamente o consumo de todos os nutrientes. Já em 2003, variações no dispêndio não causam impactos no consumo do ferro, fósforo e vitamina C. No seu conjunto, os resultados apresentados mostram que os aumentos de dispêndio levarão a aumentos no consumo de nutrientes, porém, os impactos no consumo nutricional, devido às variações no dispêndio com nutrientes, serão menos que proporcionais às variações nos dispêndios. Por outro lado, pode-se dizer que políticas de renda, as quais possibilitam aumentos do dispêndio, podem ser mais eficazes na influência de padrões de consumo nutricional do que políticas de preço. Conclui-se que os consumidores, diante do quadro de mudanças favoráveis ao consumo, principalmente a partir da década de 90, não necessariamente irão consumir produtos mais nutritivos, o que por muitas vezes poderá resultar na deterioração do padrão de consumo de nutrientes.Item The impact of the Bolsa Família Program on food consumption: a comparative study of the southeast and northeast regions of Brazil(Ciência & Saúde Coletiva, 2016-06-18) Sperandio, Naiara; Rodrigues, Cristiana Tristão; Franceschini, Sylvia do Carmo Castro; Priore, Silvia EloizaThe aim of this study was to evaluate the impact of the Bolsa Família Program (PBF) on food consumption in the northeast and southeast regions of Brazil. The database was obtained from the individual food consumption module of the Household Budget Survey conducted in 2008-09. Consumption was assessed through two food records. The food was categorized into four groups: fresh or minimally processed food; culinary ingredients; processed food; and ultra-processed food. To analyze the impact, the propensity score matching method was used, which compares the individual recipients and non-recipients of the PBF in relation to a group of socioeconomic characteristics. After the propensity score was calculated, the impact of the PBF was estimated through the nearest-neighbor matching algorithm. In both regions, more than 60% of the daily total calories consumed by PBF recipients came from foods that had not undergone industrial processing. The recipients of PBF had a low level of consumption of processed and ultra-processed food in both regions, and an increased level of consumption of fresh or minimally processed food in the northeast. The results indicate the importance of adopting intersectoral policies in parallel to the PBF in order to strengthen healthy eating practices.Item Impacto do Programa Bolsa Família no consumo de alimentos: estudo comparativo das regiões Sudeste e Nordeste do Brasil(Ciência & Saúde Coletiva, 2017-06) Rodrigues, Cristiana Tristão; Franceschini, Sylvia do Carmo Castro; Priore, Silvia Eloiza; Sperandio, NaiaraObjetivou-se avaliar o impacto do Programa Bolsa Família no consumo de alimentos nas regiões Nordeste e Sudeste. A base de dados procedeu do módulo sobre o consumo alimentar individual da Pesquisa de Orçamento Familiar realizada em 2008-09. O consumo foi avaliado por meio de dois registros alimentares. Os alimentos foram classificados em quatro grupos: in natura ou minimamente processados, ingredientes culinários, processados, e ultraprocessados. Para análise da medida de impacto utilizou-se o método Propensity Score Matching que assemelha os indivíduos beneficiários e não beneficiários em relação ao conjunto de características socioeconômicas. Após cálculo do propensity score estimou-se o impacto do programa através do algoritmo de pareamento do vizinho mais próximo. Mais de 60% do total calórico diário consumido pelos beneficiários do programa, em ambas as regiões, provém de alimentos que não sofreram processamento industrial. Os participantes do programa apresentaram menor consumo de alimentos processados e ultraprocessados, em ambas as regiões, e maior consumo de alimentos in natura ou minimamente processados na região Nordeste. Os resultados ratificam a importância da adoção de políticas intersetoriais, em paralelo ao programa, para o fortalecimento de práticas alimentares saudáveis.Item Impactos dos programas de transferência de renda sobre consumo e preços de alimentos(Revista de Ciências Humanas, 2008-12) Rodrigues, Cristiana Tristão; Gomes, Adriano ProvezanoAs transferências de recursos pelos programas sociais do governo federal às famílias pobres têm se expandido rapidamente. A expansão da renda afeta de forma significativa o consumo alimentar, uma vez que os recursos trans- feridos serão utilizados prioritariamente para a aquisição de alimentos. Assim, programas como o Bolsa Família (PBF) podem exercer pressão sobre a demanda interna de alimentos. Este fato, soma- do ao cenário internacional de alta inflacionária para alimentos, requer maior atenção dos formuladores de política econômica e políticas públicas. Diante do exposto, este estudo objetivou analisar o comportamento de consumo ali- mentar das famílias de baixa renda do município de Viçosa - MG, buscando determinar a sensibilidade de itens alimentícios em relação à renda. A alta elasticidade-renda do dispêndio revelada para a alimentação no domicílio, bem como para alguns itens que compõem este subgrupo, indica que qualquer aumento de renda recebido pelas famílias carentes de Viçosa será direcionado mais que proporcionalmente para estes bens, podendo, assim, exercer pressão sobre a demanda de alimentos. Cabe destacar que o resultado se mostrou preocupante, pois, justamente os produtos mais sensíveis ao aumento de renda, foram os que tiveram maior tendência de elevação de preços, caso do leite e derivados, que apresentaram elevada elasticidade-renda do dispêndio e grande variação de preços. Por fim, destacou-se que a inflação terá impacto diferenciado nas diferentes classes de renda. Portanto, uma alta inflacionária merece atenção dos formulado- res de políticas públicas, já que esta alta tende a recair principalmente sobre as famílias de baixa renda.Item Mudanças no perfil de pobreza no Brasil: uma análise multidimensional a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2002-2003 e 2008-2009(Universidade Federal de Viçosa, 2014-01-15) Rodrigues, Cristiana Tristão; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Helfand, Steven M.; http://lattes.cnpq.br/7500417981576662; http://lattes.cnpq.br/6589443552217993; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Salvato, Márcio Antônio; http://lattes.cnpq.br/2172044497745150; Neder, Henrique Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728120U4; Coelho, Alexandre Bragança; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707938D3Durante muito tempo, houve uma controvérsia na literatura de pobreza sobre qual indicador seria o mais apropriado para mensurar o bem-estar das famílias. O consumo, por diversas razões, passou a ser apontado como uma medida de bem-estar mais acurada do que a renda. Diante destes fatos, surge a necessidade de definir uma medida que capte o bem-estar de forma mais consistente. Portanto, a primeira parte desta tese tem como objetivo principal definir um novo perfil de pobreza para o Brasil e analisar as mudanças ocorridas no período de 2003 a 2009, utilizando-se os dados de consumo, da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), como medida de bem-estar. São apresentadas as metodologia para estimação da linha de pobreza alimentar e linhas de pobreza ajustadas para itens não alimentares, bem como a metodologia para construção de medidas-resumo adequadas do agregado de pobreza. Além disto, apresenta-se metodologia de imputação para correção de erros de mensuração no consumo alimentar da POF. A conclusão que se chega sobre a incidência da pobreza no Brasil, é que, de fato, esta vem declinando ao longo da última década, o que corrobora com os resultados dos diversos estudos de pobreza que vem sendo realizados no Brasil. Porém, o grande diferencial, é que neste trabalho constata-se que a pobreza tem caído no Brasil, com base no consumo como medida de bem-estar, o que ainda não foi apresentado na literatura sobre o assunto. Ao se utilizar esta medida de bem-estar, nota-se que a incidência de pobreza é menor do que quando se considera a renda monetária como medida de bem-estar. Além disto, a queda na pobreza também foi menos expressiva ao se considerar o consumo como medida de bem-estar. Portanto, a utilização da renda monetária, além de superestimar a incidência da pobreza, tende a gerar quedas mais expressivas nas taxas de pobreza ao longo do tempo. Este resultado se torna pertinente, devido ao fato de que a renda monetária tem, xviitradicionalmente, sido utilizada, para calcular os índices de pobreza, apesar do consumo ser apontado na literatura como uma medida de bem-estar mais acurada do que esta última. É importante ainda destacar que as taxas de pobreza estimadas com base nas linhas de itens alimentícios e não alimentícios são maiores que as taxas estimadas com base nas linhas administrativas do governo. Sendo assim, o governo ao usar estas linhas administrativas pode estar deixando de atender importante parcela da população que precisa de auxílio. Por outro lado, estudos recentes têm enfatizado que apesar do consumo ser uma medida de bem-estar mais acurada do que a renda, este indicador, por si só, não é um indicador completo de pobreza. Ou seja, a substituição da renda pelo consumo na definição das linhas de pobreza não resolve o problema da insuficiência de indicadores unidimensionais, para a análise da qualidade de vida e, por conseguinte da pobreza. Diante destas considerações, a segunda parte deste trabalho tem como objetivo fornecer estimativas de pobreza para o Brasil que vão além da dimensão de renda e consumo, utilizando-se de uma abordagem mais sofisticada para a combinação de um conjunto mais amplo de variáveis que captam outras dimensões importantes da qualidade de vida, no intuito de propiciar assim a definição de um perfil multidimensional e subjetivo para o Brasil, bem como uma análise das mudanças ocorridas nestes perfis no período de 2003 a 2009, utilizando-se para tanto os microdados da Pesquisa de Orçamento Familiar. Apresenta-se a metodologia de Alkire e Foster (2011a) para mensuração da pobreza multidimensional. Esta metodologia consiste de um método de identificação que estende a tradicional abordagem da união e interseção, e de um método de agregação da pobreza. A etapa de identificação emprega a abordagem de "dual cutoff". A etapa da agregação emprega as tradicionais medidas FGT, apropriadamente ajustadas para considerar a multidimensionalidade do fenômeno da pobreza. A conclusão deste trabalho é que, em relação à pobreza de renda, que caiu drasticamente na última década, a pobreza multidimensional tem diminuído de forma mais gradual. Identificou-se que a Pobreza multidimensional é um problema mais grave nas áreas rurais e nas regiões Norte e Nordeste. Desta forma, o Índice de Pobreza Multidimensional pode contribuir para o planejamento das políticas sociais de enfrentamento da pobreza na medida em que revela a intensidade da pobreza em diferentes grupos populacionais, possibilitando melhor focalização. Isso é um avanço, pois permite que áreas com pobreza muito severa sejam priorizadas. Além disto, o Índice traz informações também sobre as dimensões que mais contribuem para a pobreza, o que pode ajudar a potencializar o efeito dos investimentos sociais e a orientar políticas públicas. A análise de decomposição mostra que privações em educação, consumo em necessidades básicas e condições de moradia são as que mais contribuem para o índice de pobreza xviiimultidimensional total. Sendo assim, as intervenções de políticas públicas deveriam ser direcionadas na intenção de garantir melhorias no acesso à estes três indicadores, o que levaria a menor grau de incidência da pobreza. Melhoria na percepção que as famílias têm de suas próprias condições de vida, por meio da queda nas taxas de pobreza subjetivas, corrobora o declínio na pobreza multidimensional, o que é um indicativo de melhoria nas condições de vida da população. As decomposições, no entanto, mostram um quadro um pouco diferente, com a insuficiência de renda, alimentação e saúde/acesso à serviços contribuindo mais para a pobreza multidimensional subjetiva. Embora a pobreza tenha diminuído, as taxas de pobreza multidimensional e subjetivas permanecem elevadas.Item Perfil de consumo de nutrientes nas principais regiões metropolitanas do Brasil.(Revista de Economia e Agronegócio, 2010-11-10) Rodrigues, Cristiana Tristão; Coelho, Alexandre Bragança; Braga, Marcelo José; Gomes, Adriano ProvezanoEste estudo buscou analisar o padrão de consumo de nutrientes nas principais regiões metropolitanas do país, procurando identificar a adequação desse consumo nas famílias brasileiras, bem como a sua evolução ao longo do tempo. Com esse intuito, empregou-se o modelo Almost Ideal Demand System (AIDS) para estimar a demanda dos nutrientes e utilizou-se os dados da Pesquisa de Orçamento Familiar de 1995 e 2003. Os resultados indicaram que a demanda de nutrientes da população mostrou-se pouco sensível às variações dos preços. Além disso, as famílias tendem a demandar relativamente mais gorduras, colesterol e carboidratos do que vitaminas e minerais. Constatou-se que houve diminuição no padrão de consumo para a maioria dos nutrientes de 1995 a 2003, em relação às recomendações nutricionais diárias. Assim, apesar das mudanças favoráveis ao consumo alimentar que tem ocorrido nas últimas décadas, percebeu-se uma redução de qualidade nos padrões de consumo de nutrientes.