Navegando por Autor "Emerick, Sabrina de Oliveira"
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Item Avaliação da proteção conferida a camundongos BALB/c contra Leishmania infantum chagasi após imunização com proteína ligante de heparina do parasito (PLHLc)(Universidade Federal de Viçosa, 2016-08-22) Emerick, Sabrina de Oliveira; Silva, Eduardo de Almeida Marques da; http://lattes.cnpq.br/3677692062400750A leishmaniose visceral (LV) é uma doença causada por protozoários parasitas intracelulares da espécie Leishmania infantum chagasi nas Américas. Esses parasitos possuem forte tropismo por órgãos viscerais, especialmente baço, fígado e medula óssea, onde se proliferam e provocam lesões podendo ser letal caso não sejam tratadas. O parasito possui moléculas consideradas fatores de virulência que vem sendo intensamente investigadas. Entre elas destacamos as proteínas ligante de heparina (PLH), glicoproteínas relacionadas em diversos trabalhos na literatura com o processo de adesão e internalização do parasito à célula hospedeira. Nesse trabalho utilizamos a PLH de L. infantum chagasi (PLHLc) em experimentos de imunização de camundongos BALB/c para avaliar a proteção conferida a esses animais após desafio com as formas promastigotas do parasito. Foram avaliadas a carga de parasitos no baço e no fígado, produção de citocinas (IFN- , TNF, IL-2, IL-17, IL-6, IL-10 e IL-4) e de óxido nítrico (NO) após imunização com PLHLc isolada ou associada ao Adjuvante Incompleto de Freund (AIF) e Adjuvante Saponina (SAP), quatro semana após o desafio. Os camundongos foram imunizados por via intraperitoneal ou subcutânea, sendo submetidos a duas doses de reforço utilizando o mesmo protocolo da primeira imunização. Quinze dias após a última dose os camundongos foram infectados com 1 x 10 7 promastigotas de L. infantum chagasi em fase final logarítmica de crescimento. Quatro semanas após a infecção os animais foram eutanasiados e o baço e o fígado foram coletados para ensaio da quantificação da carga parasitária e avaliação da produção de citocinas e NO por citometria de fluxo e pelo método de Griess, respectivamente. Nossos resultados mostraram que o grupo imunizado apenas com PLHLc não apresentou redução da carga parasitária e os esplenócitos estimulados in vitro com antígeno particulado de L. infantum chagasi (AgLc) produziram citocinas IL-6 e IL-17, ambas de padrão de resposta imune Th17 e a citocina IL-10. O grupo imunizado com PLHLc + AIF apresentou redução da carga de parasitos apenas no baço e produziram citocinas IFN- e IL-2 (Th1), IL-6 e IL-17 (Th17) e IL-10. O grupo imunizado com PLHLc + SAP apresentou redução da carga parasitária no baço e no fígado. Os esplenócitos desse grupo estimulados in vitro com AgLc produziram maiores médias de citocinas de padrão de resposta imune Th1 e Th17 e a citocina reguladora IL-10 comparado com os grupos anteriores. Em relação a produção de NO por esplenócitos estimulados in vitro com AgLc níveis basais foram detectados pelo método de Griess em todos os grupos avaliados. Os resultados alcançados nos mostra que a PLHLc associada ao adjuvante Saponina representa uma forte candidata a vacina contra LV e nos direciona para uma nova etapa de investigação, a proteção conferida pela PLHLc recombinante.Item Avaliação in vitro de atividades citotóxica, antioxidante e antileishmanial do extrato de Bixa orellana (Bixaceae) contra Leishmania braziliensis(Universidade Federal de Viçosa, 2023-02-24) Emerick, Sabrina de Oliveira; Silva, Eduardo de Almeida Marques da; http://lattes.cnpq.br/3677692062400750As propriedades farmacológicas de Bixa orellana, comumente conhecida como urucum, são investigadas e descritas na literatura e seu potencial terapêutico como cicatrizante, anti- inflamatório, antioxidante, antibacteriano, antifúngico, antiparasitário, dentre outros, é explorado. O presente trabalho avaliou, in vitro, as atividades citotóxica, antioxidante e antileishmanial do extrato de B. orellana, como perspectiva de potencial uso terapêutico contra lesões de Leishmaniose Cutânea (LC), uma enfermidade dermatológica de grande ocorrência no mundo e associada a estigma social. O extrato de B. orellana foi avaliado em ensaios de citotoxicidade de macrófagos RAW 264.7, ensaio de atividade sequestradora do radical livre DPPH∙ e atividade antileishmanial contra formas promastigotas e amastigotas intracelulares de Leishmania braziliensis. Foi avaliada, ainda, a produção de NO, TNF-α e IL- 10 em sobrenadante de cultura de macrófagos infectados e tratados com o extrato. O extrato na concentração de 0,25% e usado em tratamento por 24 horas apresentou baixa citotoxicidade em macrófagos e foi capaz de reduzir em aproximadamente 60% a carga parasitária nessas células, no entanto não apresentou atividade antileishmanial contra formas promastigotas do parasito. Na concentração de 0,25%, o extrato também apresentou atividade antioxidante capaz de inibir em torno de 60% o radical livre DPPH∙. Os resultados sugerem que a redução da infecção in vitro por L. braziliensis possa estar relacionada a um efeito citotóxico do extrato sobre macrófagos e, ou ação direta sobre as formas amastigotas intracelulares e não pela ativação de vias microbicidas dos macrófagos. Essa hipótese é suportada uma vez que não foi detectada produção de NO no sobrenadante de cultura de macrófagos infectados e de ter ocorrido produção não significante da citocina TNF-α por estas células. O extrato de B. orellana avaliado demonstrou potencial terapêutico in vitro que nos leva propor avaliar em modelo de infecção in vivo por L. braziliensis como terapia única ou associada com o tratamento padrão contra LC. Palavras-chave: Bixa orellana, Leishmaniose Cutânea, DPPH, Antileishmanial