Navegando por Autor "Vegi, Aline Siqueira Fogal"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
- Resultados por Página
- Opções de Ordenação
Item Envelhecimento ativo e ambiente: índice de caminhabilidade, obesidade e incapacidade funcional(Universidade Federal de Viçosa, 2019-08-02) Vegi, Aline Siqueira Fogal; Ribeiro, Andréia Queiroz; http://lattes.cnpq.br/3807473363338251Características do ambiente no qual as pessoas vivem, como nível socioeconômico da vizinhança, disponibilidade para a aquisição de gêneros alimentícios e a infraestrutura para a caminhada, têm sido propostas como fatores associados ao envelhecimento saudável em diversos países. No entanto, ainda existem lacunas de conhecimentos e controvérsias sobre quais os componentes do ambiente podem influenciar a obesidade e a incapacidade funcional na população idosa. O objetivo geral deste estudo foi investigar a relação entre o ambiente, a obesidade e a incapacidade funcional em população idosa urbana. Para tanto, realizou-se estudo seccional, com amostra aleatória simples de 499 idosos, residentes na região urbana do município de Viçosa (MG), em 2009. Realizou-se a coleta de dados individuais através de entrevistas domiciliares aplicando-se questionário semi-estruturado, com variáveis relativas a condições demográficas, socioeconômicas, de saúde e nutrição. Adicionalmente, foram aferidos o peso e a estatura. Para caracterizar o ambiente, foram utilizadas informações georreferenciadas obtidas por meio de avaliação objetiva do ambiente referentes aos estabelecimentos de venda de alimentos da cidade de Viçosa (in natura, ultraprocessados e mistos). Também foram utilizados dados secundários obtidos a partir do censo demográfico do ano de 2010, com informações censitárias de limites geográficos de setores censitários, entorno residencial e variáveis sociodemográficas. A partir das variáveis coletadas, calculou-se o Índice de Vulnerabilidade Social e foi criado um índice de caminhabilidade para a cidade composto por densidade residencial e comercial, conectividade de ruas, presença de calçadas e iluminação pública. As variáveis de desfecho de interesse do estudo foram a incapacidade funcional e a obesidade. As variáveis explicativas de interesse foram sexo, idade, coabitação, escolaridade, raça/cor, renda (individuais) e estabelecimentos de aquisição de alimentos, índice de vulnerabilidade social, densidade residencial, densidade populacional, presença de calçadas, arborização, iluminação pública, declividade do terreno, índice de caminhabilidade (ambientais). Realizaram-se análise descritiva dos dados, comparação entre grupos por meio dos testes Wilcoxon-Mann-Whitney, qui-quadrado de Pearson e de tendência linear e análise múltipla utilizando modelos de Equações de Estimativa Generalizadas (GEE) e modelos de regressão logística multinível. Foi realizada uma análise comparativa das variáveis individuais e ambientais referentes aos conglomerados de maior e menor prevalência de obesidade. As áreas de alta prevalência foram caracterizadas pelo menor nível de escolaridade e maioria do sexo feminino quando comparado às áreas de baixa prevalência de obesidade. Ainda, os conglomerados de alta prevalência de obesidade apresentaram menor densidade de estabelecimentos de venda de alimentos mistos, menor proporção de ruas com declividade acessível, menor presença de árvores e maiore índice de caminhabilidade. Em relação à incapacidade funcional, após análise de regressão, verificou-se que os idosos residentes em áreas com maior caminhabilidade apresentaram menores razões de chance de incapacidade funcional mesmo após ajuste por variáveis confundidoras. O presente estudo evidenciou relação entre o ambiente construído, a incapacidade funcional e a obesidade. Promover mudanças no ambiente construído pode ser eficaz na minimização da incapacidade funcional e obesidade à medida que a população envelhece, favorecendo o envelhecimento ativo e saudável. Palavras-chave: Idosos. Obesidade. Incapacidade funcional. Análise ambiental.