Navegando por Autor "Travenzoli, Natália Martins"
Agora exibindo 1 - 4 de 4
- Resultados por Página
- Opções de Ordenação
Item Citogenética clássica e molecular com ênfase na evolução cromossômica em Meliponini(Universidade Federal de Viçosa, 2018-07-31) Travenzoli, Natália Martins; Salomão, Tânia Maria Fernandes; http://lattes.cnpq.br/8388545717303606Os Meliponini são um grupo é monofilético, em que as espécies Neotropicais formam um grupo irmão com as espécies Afrotropicais e Indo-Malaia-Australásia. Citogeneticamente, a maioria dos estudos está relacionada à descrição do número de cromossomos nas espécies Neotropicais (n=8 a 22 cromossomos, predominando n=17 e n=18). Para as demais espécies da Tribo, essa descrição está restrita a cinco espécies Afrotropicais (n=17 e n=18) e uma única espécie da região Indo-Malaia- Australásia (n=20). Baseada nos números cromossômicos dessas espécies, a Teoria da Interação Mínima (TIM) passou a ser a mais aceita para explicar a evolução cromossômica em abelhas dessa Tribo. Segundo essa proposta, o ancestral das espécies viventes apresentaria baixo número cromossômico, o qual aumentaria ao longo da evolução por fissões com posterior acúmulo de heterocromatina. Consequentemente os cromossomos dessas espécies apresentaria um braço cromossômico eucromático e outro heterocromático. Uma exceção ao padrão foi observada em Melipona, que possui espécies com baixo e alto teor de heterocromatina. Nesse contexto, os padrões heterocromáticos em Meliponini e a predominância do alto número cromossômico (n=17 e n=18) são características de interesse a serem investigadas nessa Tribo. Assim, os objetivos desse estudo foram: (i) inferir o número cromossômico ancestral entre as espécies de Meliponini, bem como a do grupo irmão Bombini, a fim de propor hipóteses de evolução relacionadas às alterações cromossômicas; (ii) descrever o cariótipo de Austroplebeia australis baseados no número cromossômico, padrão heterocromático, riqueza em pares de base Citosina-Guanina e Adenina-Timina e o mapeamento dos sítios de rDNA, microssatélites GA (15), GAG (10) , CAA (10) CGG (10) e as regiões teloméricas TTAGG (6) ; (iii) caracterizar o cariótipo de Melipona (Melikerria) interrupta com base nos padrões heterocromáticos e as regiões ricas em pares de base Citosina-Guanina (CG) e Adenina-Timina (AT) nos cromossomos, bem como o mapeamento dos sítios de rDNA, microssatélites GA (15), GAG (10) , CAA (10) CGG (10) e as regiões teloméricas TTAGG (6) ; (iv) realizar uma análise comparativa das informações citogenéticas existentes para Melipona e um mapeamento cromossômico das sequências de DNA repetitivas; (v) infereir o padrão heterocromático do ancestral comum das espécies de Melipona, para melhor entender o surgimento da heterocromatina e a diversificação cariotípica do gênero. Os resultados obtidos sugerem: (i) que o cariótipo ancestral entre Meliponini e Bombini possuía n=18 cromossomos e o dos Meliponini n=17 cromossomos, sendo que os números haploides inferiores se originaram por fusões adicionais; (ii) O cariótipo de A. australis possui 2n=36 cromossomos, os quais são constituídos por grande quantidade de heterocromatina. Os padrões de DAPI + - CMA 3+ divergiram do encontrado para a tribo e as sequências de DNA repetitivo hibridizaram apenas em regiões de eucromatina; (iii) Melipona (Melikerria) interrupta apresentou 2n=18 cromossomos, alto teor de heterocromatina, marcações do CMA3 + e DNA ribossomal 18S foram observadas na região intersticial próxima a junção da eucromatina e heterocromatina do primeiro par cromossômico cromossômico; (iv) Melipona possui espécies com número cromossômico conservado (2n=18) e as regiões de heterocromatina são importantes marcadores para separar as espécies do Grupo I e II, assim como o DAPI-CMA 3+ e o 18S. As sondas de DNA repetitivos foram restritas à eucromatina dos cromossomos, com padrões de distribuição distintos entre as espécies de baixo e alto teor de heterocromatina. A sequência TTAGG (6) foi observada nos telômeros dos cromossomos de Melipona; (v) observamos que o ancestral comum de Melipona possuía baixo conteúdo de heterocromatina, o qual aumentou no ancestral comum de Michmelia e independentemente em Melikerria, com diferentes constituições heterocromáticas. Concluímos que o número cromossômico ancestral n=18 se manteve ao longo da evolução em diferentes espécies da Tribo, sendo os eventos de fusão os principais responsáveis pelas variações dos números haploides. O baixo número de cromossomos encontrado em Melipona é uma apomorfia do gênero. Em A. australis, a grande quantidade de heterocromatina é semelhante ao cariótipo das espécies do Grupo II de Melipona. Entretanto, a constituição da cromatina baseada na riqueza de bases AT e CG é mais semelhante ao observado em espécies solitárias. As espécies de Melipona possuem características citogenéticas conservadas, o que possivelmente é resultado do tempo recente de diversificação dessas espécies. O baixo conteúdo heterocromático é o caráter ancestral do gênero e a alta quantidade de heterocromatina o resultado de sua amplificação a partir da região centromérica, surgindo em momentos independentes nas espécies.Item Comparative cytogenetics in three Melipona species (Hymenoptera: Apidae) with two divergent heterochromatic patterns(Genetics and Molecular Biology, 2018-10) Cunha, Marina Souza da; Travenzoli, Natália Martins; Ferreira, Riudo de Paiva; Cassinela, Edson Kuatelela; Silva, Henrique Barbosa da; Oliveira, Francisco Plácido Magalhães; Salomão, Tânia Maria Fernandes; Lopes, Denilce MenesesThe genus Melipona is subdivided into four subgenera based on morphological characteristics, and two groups based on cytogenetic patterns. The cytogenetic information on this genus is still scarce, therefore, the goal of this study was to characterize Melipona paraensis, Melipona puncticollis, and Melipona seminigra pernigra using the following techniques: C-banding, DAPI/CMA3 fluorochromes, and FISH with an 18S rDNA probe. Melipona paraensis (2n=18) and M. seminigra pernigra (2n=22) were classified as high heterochromatin content species (Group II). Their euchromatin is restricted to the ends of the chromosomes and is CMA3+; the 18S rDNA probe marked chromosome pair number 4. Melipona puncticollis (2n=18) is a low heterochromatin content species (Group I) with chromosome pair number 1 marked with CMA3 and 18S rDNA. Low heterochromatin content is a putative ancestral karyotype in this genus and high content is not a monophyletic trait (Melikerria presents species with both patterns). Differences concerning the karyotypic characteristics can be observed among Melipona species, revealing cytogenetic rearrangements that occurred during the evolution of this genus. Studies in other species will allow us to better understand the processes that shaped the chromatin evolution in Melipona.Item Cytogenetic and molecular data demonstrate that the Bryconinae (Ostariophysi, Bryconidae) species from Southeastern Brazil form a phylogenetic and phylogeographic unit(Public Library of Science One, 2015-09-15) Travenzoli, Natália Martins; Silva, Priscilla Caroline; Santos, Udson; Zanuncio, José Cola; Oliveira, Claudio; Dergam, Jorge AbdalaBrycon spp. occur in Neotropical watersheds to the west and east of the Andes, and as they are sensitive to anthropogenic changes, many these species are endangered in southeastern Brazil. Coastal rivers in southeastern Brazil are characterized by the presence of relatively few freshwater fish species and high endemism of this fauna. The objective of this study was to examine whether Brycon spp. occurring in the coastal basins of southeastern Brazil are monophyletic, using cytogenetic data, mitochondrial, and nuclear molecular markers. All the species showed a diploid number of 50 chromosomes, a conserved number within the subfamily Bryconinae. However, the karyotypic formulas were unique to most species, including Brycon devillei (26m+22sm+2st), Brycon ferox (26m+12sm+12st), Brycon insignis (22m+20sm+8st), Brycon opalinus, and Brycon vermelha (24m+20sm+6st), indicating the prevalence of pericentric and paracentric inversions in the chromosomal evolution of these species. All of them had nucleolar organizer regions in the first pair of subtelocentric chromosomes and no equilocal distribution of heterochromatin in the first pair of chromosomes of the karyotype. These two features, not seen in any other Brycon spp. examined to date, indicate that Bryconinae species from the Brazilian southeastern coastal basins, including the monotypic genus Henochilus, are monophyletic. Also, this is the first study that reports NOR location and C-banding patterns as synapomorphies for a Neotropical fish species group. The monophyly was also supported by a phylogenetic analysis of 16S rDNA (16S), cytochrome oxidase subunit I (COI), alpha-myosin (MYH6) genes and S72 intron molecular data. Our results partially corroborate the “Brycon acuminatus” group proposed by Howes in 1982: our proposed clade keeps B. devillei, B. ferox, and B. insignis; but it also includes B. opalinus, B. vermelha, and H. weatlandii whereas it excludes B. nattereri. The phylogeographic unit formed by Bryconinae species in southeastern Brazil reflects the long and isolated paleohydrological history of these coastal basins relative to the continental watersheds.Item FILOGENIA CITOGENÉTICA E MOLECULAR DE Brycon devillei, Brycon ferox, Brycon insignis, Brycon opalinus e Brycon vermelha (CHARACIDAE: BRYCONINAE) DO LESTE DO BRASIL(Universidade Federal de Viçosa, 2013-08-21) Travenzoli, Natália Martins; Zanuncio, José Cola; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787556T2; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; http://lattes.cnpq.br/8388545717303606; Santos, Udson; http://lattes.cnpq.br/8715098938592033; Giudice, Gisele Mendes Lessa Del; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786794H3O gênero Brycon é o principal representante da subfamília Bryconinae, com espécies ocorrendo nas bacias hidrográficas do oeste e leste dos Andes. No Brasil, os briconíneos estão distribuídos nos principais sistemas hidrográficos, e por serem sensíveis às alterações negativas no ambiente de correntes das ações antrópicas, a maioria das espécies dessa subfamília estão ameaçadas de extinção. O objetivo deste trabalho foi testar a hipótese de existência de uma possível unidade filogeográfica dos Bryconinae que ocorrem nas bacias costeiras do leste brasileiro, uma região caracterizada pelo alto grau de endemismo, utilizando dados citogenéticos (coloração convencional, regiões organizadoras de nucléolos NORs e banda C) e moleculares mitocondriais (citocromo oxidase I e DNA ribossomal 16S). As espécies de Brycon devillei, Brycon ferox, Brycon insignis, Brycon opalinus e Brycon vermelha apresentaram número diploide 2n=50, semelhante às outras espécies de Bryconinae. Porém, suas fórmulas cariotípicas foram características de cada espécie: B. devillei (26m+22sm+2st), B. ferox (28m+18sm+4st), B. insignis (22m+20sm+8st), B. opalinus (24m+20sm+6st) e B. vermelha (24m+20sm+6st). Todas as espécies presentes nas bacias costeiras do leste do Brasil apresentaram NORs no primeiro par de cromossomos subtelocêntricos e o primeiro par de cromossomos do cariótipo apresentou padrão não equilocal de heterocromatina, indicando que todas essas espécies, junto ao gênero monotípico Henochilus, formam um grupo reciprocamente monofilético em relação às espécies continentais. O gene 16S permitiu recuperar as relações filogenéticas mais antigas entre as espécies de Bryconinae, e o gene COI foi utilizado na reconstrução da filogenia das espécies do leste brasileiro. O padrão obtido por ambos os genes corroboraram com a hipótese de monofiletismo das espécies de Bryconinae das bacias costeiras do leste do Brasil. Esta condição provavelmente foi propiciada pela longa história de isolamento das bacias costeiras do leste em relação às bacias continentais.