Navegando por Autor "Siqueira, Rafael Gomes"
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Item Análise do perfil dos incêndios florestais no parque estadual da serra do brigadeiro e entorno (MG)(Ciência Florestal, 2018-07) Torres, Fillipe Tamiozzo Pereira; Torres, Carlos Moreira Miquelito Eleto; Lima, Gumercindo Souza; Martins, Sebastião Venâncio; Mendes, Ana Eurica de Oliveira; Padovani, Michele Tidisco; Siqueira, Rafael Gomes; Moreira, Gilberto Fialho; Valverde, Sebastião RenatoO fogo é um dos principais problemas do bioma Mata Atlântica, mesmo em áreas protegidas, como as Unidades de Conservação (UCs). Sendo assim, o objetivo deste estudo foi conhecer o perfil dos incêndios florestais no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (PESB) e entorno, bem como suas respostas frente às variações ambientais. Para isto, foram analisadas as informações dos Registros de Ocorrências de Incêndios (ROIs) e suas inter-relações com os sistemas ambientais do PESB, por meio das análises dos planos espaciais (uso e cobertura do solo e relevo) e temporais (elementos climatológicos). De acordo com os resultados, 38% dos registros apresentaram as causas dos incêndios, destas, 77% foram identificadas como antrópicas. Analisando-se a área queimada, observou-se o maior número de ocorrências dentro da classe III (4,1 - 40,0 ha). A vegetação herbácea, por conta de suas características favoráveis, foi a mais atingida. O relevo também influenciou as ocorrências, a declividade, exposição das vertentes e altitude participaram significativamente do regime de incêndios no parque. A atividade antrópica mostrou sua influência com o aumento do tamanho da área queimada nas proximidades de vias de acesso (trilhas e estradas). Já o clima controlou a disposição temporal das ocorrências, no qual períodos de menor umidade relativa do ar tornaram os meses de agosto e setembro como os pertencentes à estação normal de perigo de incêndios e a precipitação acumulada determinou os anos mais problemáticos. Os resultados aqui apresentados fornecerão informações para subsidiar a tomada de decisões de forma mais segura e confiável na prevenção das ocorrências de incêndios florestais no PESB e entorno, visto que contribuem com um melhor entendimento dos fatores que controlam as ocorrências de incêndios na região.Item Aprendizado de máquinas aplicado ao mapeamento digital de solos na Antártica: modelagem e predição espacial de classes e atributos do solo(Universidade Federal de Viçosa, 2023-05-10) Siqueira, Rafael Gomes; Filho, Elpídio Inácio Fernandes; http://lattes.cnpq.br/9254221584773247O mapeamento convencional de solos baseado em modelos mentais é uma abordagem comum para compreensão da distribuição dos solos na Antártica. No entanto, o Mapeamento Digital de Solos baseado em modelos empíricos e quantitativos tem sido escassamente aplicado no continente. As vantagens do mapeamento digital são de grande relevância em paisagens remotas como as áreas livres de gelo da Antártica, onde coletas de solos são muito limitadas. Além disso, existe uma necessidade de dados precisos de solos para a Antártica, especialmente sob as pressões impostas atualmente pelas mudanças climáticas e distúrbios antrópicos no continente. Neste trabalho foram preditas as distribuições espaciais, nas regiões da Antártica Marítima e Península Antártica, de importantes atributos físico-químicos do solo: areia, silte, argila, soma de bases, H+Al, pH, carbono orgânico total, P, Na e P remanescente; e de classes de solos identificadas com os sistemas Soil Taxonomy and World Reference Base – FAO. Para isso, foi utilizada a base de dados de solos do Grupo Terrantar da Universidade Federal de Viçosa - Brasil, compilada a partir de trabalhos de campo realizados durante 20 anos na Antártica. Também foi usado um grande conjunto de covariáveis preditoras representando os fatores do modelo scorpan: atributos do terreno gerados a partir de Modelo Digital de Elevação, dados multiespectrais Sentinel representando covariáveis de vegetação, distâncias euclidianas para geleiras, costa e pinguineiras, geologia, coordenadas e outros atributos do solo. Para a modelagem e mapeamento, técnicas de Aprendizado de Máquinas foram aplicadas e diferentes modelos foram testados, destacando-se o modelo Random Forest. Este estudo mostra o potencial da aplicação da metodologia do Mapeamento Digital de Solos para produção de mapas detalhados na Antártica, um continente geralmente negligenciado para mapeamentos devido à ausência de dados de solos robustos. Com nossos resultados, pretendemos subsidiar a tomada de decisão sobre solos na Antártica, além de fornecer dados pioneiros que podem ser incorporados em modelos ecológicos globais. Palavras-chave: Antártica. Aprendizado de Máquinas. Mapeamento Digital de Solos. Modelagem. Predição espacial.Item Risk mapping of fires in vegetation in the Serra do Brigadeiro state park (MG) and surroundings(Revista Árvore, 2017-11-21) Torres, Fillipe Tamiozzo Pereira; Siqueira, Rafael Gomes; Moreira, Gilberto Fialho; Lima, Gumercindo Souza; Martins, Sebastião Venâncio; Valverde, Sebastião RenatoThe aim of this study is to analyze the factors that affect the occurrence of fires in the vegetation, in the area of the Serra do Brigadeiro State Park (PESB) and its surroundings, and through this information to establish the most appropriate methodology to generate a risk map for fires in the place. A risk cartogram for fires was developed with the help of the ArcGIS 10.1 software, by the generation of maps of slope, aspects and land use. These maps were intercrossed, enabling the determination of the areas most susceptible to fires. Tested methodologies varied in the form of assigning grades to each predictor class of fire as well as in the division of risk classes. According to the results, the assignment of notes to each predictor class, depending on the size of the burned area and taking into account the history of events, reflected the risk of fires in vegetation in the region more satisfactorily.Item Solos, geoformas e interrelações da paisagem livre de gelo de Cape Lamb, Ilha Vega, Antártica(Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-21) Siqueira, Rafael Gomes; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://lattes.cnpq.br/9254221584773247Cape Lamb localiza-se no sudoeste da Ilha Vega, que faz parte do arquipélago James Ross, à nordeste da Península Antártica. A região é considerada uma zona de transição climática entre a Antártica Continental e a Antártica Marítima, e o clima é caracterizado pela condição semiárida. A geologia é marcada por rochas sedimentares marinhas de idade Cretácica e rochas vulcânicas do Neógeno. A compreensão dos processos morfogenéticos e pedogenéticos atuantes na paisagem de Cape Lamb tem grande importância para o entendimento dos efeitos das mudanças climáticas pretéritas e atuais nos ambientes livres de gelo da Antártica. No segundo capítulo deste trabalho, teve-se como objetivo identificar e mapear as principais geoformas de Cape Lamb. O mapa geomorfológico foi produzido a partir de trabalhos de campo e fotointerpretação de imagens de satélite. Vinte e cinco geoformas foram mapeadas em Cape Lamb, envolvendo extensas morainas laterais, geleiras de vale, terraços marinhos soerguidos, tálus, scree slopes sedimentares e vulcânicos, planícies fluvioglaciais, plataformas de crioplanação, platôs vulcânicos, thermokarts, entre outros. Observou-se uma complexa interação de processos glaciais, proglaciais, periglaciais e paraglaciais, com amplo domínio do paraglacialismo, que representa 45% da área total. A grande complexidade de geoformas mapeadas é explicada pela diversidade de processos morfogenéticos identificados: periglaciais, glaciais, fluviais, eólicos, marinhos, lacustres, gravitacionais, tectônicos e estruturais. De forma geral, a condição paraglacial de Cape Lamb evidencia o estado de instabilidade da sua paisagem e de dinâmico reajuste de uma condição glacial para uma não-glacial, devido à recente exposição pela deglaciação. O terceiro capítulo teve como objetivo analisar os principais fatores e processos de formação dos solos de Cape Lamb. Para isto, perfis de solos representativos foram descritos e amostrados. Foram feitas análises químicas: pH H 2 O, pH KCl, Ca 2+ , Mg 2+ , Al 3+ , H+Al, P-rem, COT, condutividade elétrica e P, K, Na e S disponíveis; e físicas: análise granulométrica e densidade de partículas. Os teores semi-totais de elementos (Si, Al, Fe, Ca, Mg, K, Ti, Mn, S e P) foram obtidos por fluorescência de raio-X. Análises mineralógicas foram feitas por difratometria de raio-X e adicionalmente foram determinados os teores de Fe livre por ditionito-citrato-bicarbonato e oxalato na fração argila. Os solos foram classificados segundo a Soil Taxonomy e a WRB/FAO. Para interpretação dos dados, foram feitas análises de estatística multivariada, como Análise de Componentes Principais e agrupamentos (K-means e hierárquico), e correlação de Spearman. O controle geológico assume grande importância na distribuição das classes de solos de Cape Lamb, com Gelisols predominando nos solos de rochas sedimentares e os Entisols nos solos vulcânicos. A geologia também influencia de forma determinante as características dos solos da área, permitindo a subdivisão de três grupos principais: solos sedimentares-vulcânicos; solos sedimentares sulfatados e solos vulcânicos. Em geral, os solos de Cape Lamb apresentam textura arenosa, valores ínfimos de carbono, pH neutro a alcalino e caráter eutrófico. Os solos sedimentares vulcânicos constituem um grupo de solos de contribuição mista, envolvendo solos vulcânicos retrabalhados por processos glaciais e fluviais e solos sedimentares pouco ou nada afetados por sulfatos. Os solos sedimentares sulfatados são os solos mais ácidos de Cape Lamb apresentando o maior grau de intemperismo devido à sulfurização. Outros processos marcantes nos solos de Cape Lamb são a crioturbação, salinização e formação de pavimentos desérticos. Os solos sedimentares sulfatados se caracterizam pelos maiores teores de argila, maior conteúdo de Al 3+ e menor presença de bases. Os baixos teores de P e P-rem tem relação com os altos teores de Fe livre, evidenciando alta capacidade de adsorção de fósforo devido à presença de óxidos de ferro pouco cristalinos. Os solos vulcânicos são os menos desenvolvidos, apresentando caráter esquelético, pouca profundidade e altos teores de areia grossa. São também os mais ricos quimicamente, com destaque para a presença de Ca 2+ e Na. Em relação à mineralogia, destaca-se a presença da jarosita nos solos sulfatados e de minerais ferromagnesianos e zeólitas nos solos vulcânicos. Verificou-se que a crioclastia é o principal processo de intemperismo, evidenciada pela presença de minerais primários na fração argila, principalmente quartzo. A presença de caulinita é indicativa do forte pré-intemperismo das rochas sedimentares sob clima quente e úmido no Cretáceo. A principal classe de solo encontrada foi a “Sulfuric” Haploturbel pela Soil Taxonomy e “Thionic”-Turbic Cryossol pela WRB/FAO, mostrando a dominância de solos com permafrost, feições túrbicas e horizontes sulfúricos, evidenciando a necessidade de inclusão de qualificadores adequados para a classificação de solos bem drenados afetados por sulfatos na Antártica.