Navegando por Autor "Silva, Iolanda de Fátima Cesar da"
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Item Relação entre estilo parental de alimentação, qualidade alimentar e estado nutricional em crianças com mães servidoras e/ou estudantes de instituições públicas de ensino superior no Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2022-12-21) Silva, Iolanda de Fátima Cesar da; Araújo, Raquel Maria Amaral; http://lattes.cnpq.br/6123374302597530O estilo parental de alimentação é definido como práticas ou estratégias alimentares utilizadas com o intuito de orientar as crianças na alimentação, e refletem o clima emocional no qual essas práticas ocorrem. Estudos mostram relação dos estilos com condições alimentares e nutricionais da criança que necessitam ser ainda explorados. Objetivo: Analisar as associações do estilo parental de alimentação com a qualidade da alimentação e estado nutricional da criança. Metodologia: Estudo transversal, realizado com servidoras e estudantes de instituições de ensino superior públicas do Brasil e seus filhos de 18 meses a 6 anos. Foi aplicado questionário online com questões sobre condições sócio demográficas; consumo alimentar e antropometria das crianças. Os estilos maternos de alimentação foram identificados a partir do questionário Estilos Parentais de Alimentação (QEPA). Os valores de peso e comprimento da criança foram relatados pelas mães e calculado o índice de massa corporal/idade (IMC/I). As análises estatísticas foram compostas de análise descritiva e análises univariadas. Para testar associação entre variáveis categóricas foi utilizado o Teste de qui-quadrado ou exato de Fisher, e a regressão logística múltipla para examinar as relações que se desejava analisar, com estimativa da odds ratio e intervalo de confiança de 95%.O nível de significância estatístico adotado foi de 5%. Resultados: Foram avaliadas 416 díades mãe-filho, e os estilos maternos de alimentação predominantes foram o indulgente (75,5%) e autoritativo (24,3%). A maioria possuía ensino superior completo, pertencia aos estratos socioeconômicos A e B, morava com companheiro e estava em trabalho remoto. As crianças menores de 2 anos, filhas de mães autoritativas, apresentaram 8,7 vezes mais chances de consumir ultraprocessados e 5,3 vezes menos chance de consumir alimentos ricos em vitamina A, comparadas às filhas de mães indulgentes. As crianças a partir de dois anos, filhas de mães autoritativas, apresentaram 2,5 vezes mais chances de ter o hábito de realizar refeições assistindo à televisão; 2,0 vezes mais chances de consumir biscoitos recheados, doces e guloseimas; e 2,3 vezes menos chances de ter o hábito de realizar no mínimo as três refeições principais no dia, comparadas às filhas de mães indulgentes. A chance das crianças com baixo peso terem mães com estilo autoritativo foi duas vezes menor que em crianças com excesso de peso (1/0,477=2,1). Conclusão: A alta exigência em mães com ocupação, elevada escolaridade, boa condição socioeconômica e alta responsividade na alimentação dos filhos representou maiores chances das crianças consumirem alimentação não saudável e de terem excesso de peso. Palavras-chave: Estilo parental. Qualidade alimentar. Criança. Mães. Estado nutricional.