Navegando por Autor "Silva, Fernanda Pereira da"
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Item Caracterização biológica e molecular de um bacteriófago específico para Xanthomonas campestris pv. campestris(Universidade Federal de Viçosa, 2015-02-25) Silva, Fernanda Pereira da; Zerbini, Poliane Alfenas; http://lattes.cnpq.br/7651923743467176Os vírus que infectam bactérias são denominados bacteriófagos, sendo também referidos como “fagos”. Os bacteriófagos que infectam bactérias fitopatogênicas, tem despertado crescente interesse devido ao seu potencial para o biocontrole. A bactéria Gram negativa Xanthomonas campestris pv. campestris, é o agente causal da podridão negra das brássicas (Brassicaceae), sendo responsável por perdas econômicas, resultantes do difícil controle. Assim, este trabalho teve como objetivo realizar o isolamento e a caracterização biológica e molecular de bacteriófagos infectando Xanthomonas campestris pv. campestris. Para isso, plantas da família Brassicaceae apresentando sintomas da podridão negra e solo rizosférico, foram coletados em campos de cultura em Coimbra-MG e triados para a presença de bacteriófagos adotando a técnica de formação de placas de lise por meio da sobrecamada de ágar. Das nove amostras analisadas, uma amostra apresentou placas de lise persistente nos quatro ciclos de propagação. O fago foi denominado Xacp1 e apresentou cabeça icosaédrica de aproximadamente 30 ± 5 nm de diâmetro e uma cauda curta com 6 ± 0,2 nm de comprimento e 7 ± 0,2 nm de diâmetro. O bacteriófago possui ácido nucleico composto por uma única molécula de DNA fita dupla (dsDNA) com tamanho estimado em 65 Kpb. De acordo com a morfologia e tipo de genoma, o bacteriófago Xacp1 foi classificado na família Podoviridae (Ordem Caudovirales). A sequencia do genoma completo do fago está sendo analisada e será utilizada para estudar o relacionamento filogenético com outros bacteriófagos que infectam Xanthomonas campestris. O bacteriófago mostrou capacidade em infectar apenas isolados de Xanthomonas vcampestris pv. campestris no teste de susceptibilidade, apresentando placas de lise com coloração, tamanho e formato padrão. Isolados bacterianos relacionados e não relacionados a Xanthomonas campestris pv. campestres não foram suscetíveis à infecção. Em conjunto esses resultados demostram que Xacp1 apresentou características ideais de especificidade e virulência que motivam futuros estudos para sua utilização como uma ferramenta biotecnológica para a utilização no biocontrole da podridão negra em brássicas.Item Genomic and biological characterization of a new member of the genus Phikmvvirus infecting phytopathogenic Ralstonia bacteria(Archives of Virology, 2018-12) Xavier, André da Silva; Silva, Fernanda Pereira da; Vidigal, Pedro Marcus Pereira; Lima, Thamylles Thuany Mayrink; Souza, Flavia Oliveira de; Alfenas-Zerbini, PolianeBacterial wilt caused by Ralstonia spp., soil-borne Gram-negative bacteria, is considered one of the most important plant diseases in tropical and subtropical regions of the world. A large number of bacteriophages capable of lysing or physiologically reprogramming cells of Ralstonia spp. have been reported in Asia. Despite the potential use of these organisms in the management of bacterial wilt, information on viruses that infect Ralstonia spp. is nonexistent in the Americas. We isolated a virus that infects Ralstonia spp. from a soil sample in the state of Minas Gerais, Brazil. Microscopy and genomic and phylogenetic analysis allowed us to classify the virus as a member of the family Podoviridae, genus Phikmvvirus. In spite of its relationship to Ralstonia virus RSB3, an Asian isolate, genomic and biological characteristics showed that the virus isolated in Brazil, tentatively named “Ralstonia virus phiAP1” (phiAP1), belongs to a new species. phiAP1 has EPS depolymerase activity and contains two putative virion-associated peptidoglycan hydrolases (VAPGHs), which reveals a robust mechanism of pathogenesis. Furthermore, phiAP1 specifically infects Ralstonia solanacearum, R. pseudosolanacearum and R. syzygii, causing cell lysis, but it was not able to infect thirteen other bacteria that were tested. Together, these characteristics highlight the biotechnological potential of this virus for the management of bacterial wilt.Item Virulência e resistência de Salmonella enterica exposta ao peptídeo antimicrobiano nisina(Universidade Federal de Viçosa, 2019-06-13) Silva, Fernanda Pereira da; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://lattes.cnpq.br/7651923743467176Salmonella enterica é um importante patógeno de origem alimentar de impacto global, que causa gastroenterite e febres entéricas. Alternativas para o controle do crescimento microbiano utilizando peptídeos antimicrobianos têm sido demonstradas ao longo dos anos e a nisina se destaca como uma substância considerada segura (GRAS). Nisina é um peptídeo catiônico que se liga ao lipídio II da membrana interna dos procariontes e tem sido intensamente utilizado no controle de bactérias Gram-positivas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a ação da nisina no crescimento, formação de biofilme, expressão gênica, virulência e resistência de Salmonella Enteritidis PT4 578. O efeito inibidor da concentração sub-inibitória (sub-MIC) de nisina de 11,72 μM foi potencializado na presença de pH baixo (4,0; 4,5 e 5,5) e de NaCl (1,5, 2,5 e 5,0%), mas não na presença de 500 e 1000 µM de H 2 O 2 . Quando S. enterica foi exposta a concentrações sub-MIC de nisina de 11,72 μM e 46,88 μM, o perfil de alguns genes transcritos aumentou a expressão, como os genes de resistência (pagC), virulência (invA e invF) e formação de biofilme (fimF). O aumento da virulência de S. enterica promovido por concentrações sub-MIC de nisina foi confirmado em larvas de Galleria mellonella, que apresentaram maior taxa de mortalidade em menor tempo pós-inoculação e interferência na resposta imune celular e humoral, com redução do número de hemócitos totais, formação de nodulação e pseudópodes (protrusões), biossíntese de melanina (melanização) e regulação de proteínas de defesa (cactus e peroxidases). Estes resultados demonstram que agentes estressores potencializam o efeito da nisina no controle do crescimento de S. enterica e que nisina aumenta a virulência desse patógeno em um modelo animal.