Navegando por Autor "Santos, Karina Dobscha"
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Item Alianças estratégicas no cooperativismo: o caso da Central Leite Nilza(Universidade Federal de Viçosa, 2005-03-30) Santos, Karina Dobscha; Gomes, Sebastião Teixeira; http://lattes.cnpq.br/1828924512108441Este trabalho objetivou analisar a estratégia de aliança nas cooperativas de leite no Brasil, identificando fatores que levaram à sua implementação e seus resultados. O estudo foi realizado nas cooperativas associadas à Central Leite Nilza, criada em 2001 através da joint venture de três cooperativas singulares: Coonai, Casmil e Coopercarmo. Sabe-se que a aliança é uma estratégia eficaz, que é utilizada quando a organização deseja alavancar o crescimento e melhorar sua competitividade, sendo atualmente muito usada nas cooperativas dos principais países produtores de leite. No Brasil, a aliança foi adotada em poucas cooperativas, pois muitos fatores dificultaram sua implantação, como o receio de demissões por parte dos funcionários e a perda do status de dirigentes, entre outros. A abordagem deste trabalho considerou a Teoria de Crescimento da Firma, que procurou identificar os fatores que levaram as cooperativas a adotarem a estratégia, e a análise do setor financeiro, de produção, de recursos humanos e a eficiência social. A razão que levou as cooperativas a formarem a aliança foi a possibilidade de resolverem as dificuldades que cada uma possuía na época. Os principais resultados positivos foram o aumento da escala produtiva e a consolidação da marca. A Coonai foi beneficiada com a estratégia porque repassou sua dívida para as associadas e conseguiu aumentar o indicador de liquidez corrente, porém sua receita operacional líquida diminuiu. Na Coopercarmo houve aumento do endividamento, os índices de liquidez reduziram e sua rentabilidade permaneceu em baixos patamares, mas a receita operacional líquida aumentou, ao contrário do que ocorreu nas principais cooperativas de leite do país. A Central apresentou aumento dos índices de liquidez, redução da rentabilidade e aumento do endividamento no período analisado. A cooperativa Casmil não forneceu dados à pesquisa, o que impossibilitou analisá-la através de indicadores. A divergência de interesses entre os próprios dirigentes dificultou o processo de estruturação da aliança e impulsionou a saída da Casmil em 2004. Portanto, conclui-se que, para as cooperativas de leite terem resultados positivos ao formarem alianças estratégicas, devem primeiramente realizar reformas “internas”, ou seja, que visem melhorar o funcionamento da cooperativa, como a liquidação de dívidas, a profissionalização da gestão e a transparência na administração, por exemplo. A aliança estratégica tem o intuito de alavancar e melhorar a eficiência das cooperativas que estão preparadas, não trazendo resultados positivos para aquelas que tentam utilizar essa estratégia para solucionar os seus problemas.