Navegando por Autor "Garcia, Ingrid Rabite"
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Item Análise da vacinação BCG segundo a classificação operacional e gênero nos casos novos de hanseníase no município de Ubá/MG, de 2000 a 2016(Universidade Federal de Viçosa, 2018-02-07) Garcia, Ingrid Rabite; Silva, Eduardo de Almeida Marques da; http://lattes.cnpq.br/1660439179548274A hanseníase é uma doença de notificação compulsória que permanece como um problema de saúde pública no Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS), com intuito de facilitar a classificação da doença para fins de tratamento, adotou a classificação operacional que estabelece os pacientes com até cinco lesões como paucibacilares e aqueles com seis ou mais lesões como multibacilares. A presença da cicatriz de BCG é reconhecida como um fator protetor contra a hanseníase. Alguns estudos demonstram que uma dose adicional de BCG oferece um acréscimo na proteção. Além disso, há estudos em que a BCG proporciona maior proteção contra as formas multibacilares. Diante desse quadro, o presente trabalho tem como objetivo descrever e relacionar as variáveis classificação operacional, vacinação BCG e o gênero dos casos novos de hanseníase ocorridos na comunidade ao redor da Casa de Saúde Padre Damião (CSPD), município de Ubá, no período de 2000 a 2016. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa dos dados e inter-relacional das variáveis. Os dados foram coletados das fichas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), contidas nos prontuários dos pacientes, ou por entrevista para observação da cicatriz vacinal de BCG. Foram identificados e analisados 43 casos novos de hanseníase. A análise descritiva das variáveis demonstrou o predomínio do gênero feminino, forma multibacilar e de vacinados entre os casos novos. Ao relacionarmos as variáveis, na distribuição da classificação operacional segundo vacinação ocorreu uma diminuição significativa na porcentagem de casos multibacilares entre os sem cicatriz de BCG (94%) e aqueles com uma ou duas cicatrizes (65%). Quando feita a análise de estratificação por gênero, essa diminuição foi observada entre nenhuma (100%) e uma cicatriz de BCG (58%) nas mulheres. Nos homens, essa diminuição ocorreu entre nenhuma ou uma cicatriz (85%) e aqueles com duas cicatrizes de BCG (0%), sendo todos classificados como paucibacilares. Os achados desse estudo sugerem que a presença da cicatriz de BCG (1 ou 2) possa oferecer maior proteção contra a forma multibacilar e a segunda cicatriz, possa oferecer um acréscimo de proteção nos homens contra essa forma.Item Avaliação in silico da interação do derivado de heparina não anticoagulante Dociparstat Sodium (DSTAT) com LPG3 e de seu efeito in vitro na infecção de macrófagos por Leishmania chagasi(Universidade Federal de Viçosa, 2023-06-26) Garcia, Ingrid Rabite; Silva, Eduardo de Almeida Marques da Silva; http://lattes.cnpq.br/1660439179548274Contextualização: Há uma necessidade urgente de novos tratamentos para combater a Leishmaniose Visceral (LV). A proteína LPG3 de Leishmania chagasi foi considerada por nosso grupo de pesquisa como potencial alvo para novos fármacos contra LV.O bloqueio dessa proteína pela heparina sódica reduziu a internalização de formas promastigotas do parasita em macrófagos. No entanto, o uso da heparina sódica na LV é limitado devido a sua potente atividade anticoagulante. Objetivo: Investigar in silico e in vitro a hipótese de que o bloqueio da proteína LPG3 pela heparina não-anticoagulante (DSTAT) interfere no processo de infecção parasitária. Métodos: Primeiramente, previmos in silico a interação de DSTAT com a proteína LPG3, bem como sua afinidade de ligação, utilizando docking molecular do tipo receptor-ligante. Em seguida, DSTAT foi utilizada em ensaios in vitro para testar a toxicidade em macrófagos RAW 264.7, sua atividade leishmanicida contra formas promastigotas de L. chagasi e sua atividade antileishmania em processos de adesão e internalização de formas promastigotas de L. chagasi em macrófagos. Resultados: O docking molecular revelou a ligação de DSTAT no sítio previsto para heparina na proteína LPG3 com uma afinidade de ligação ligeiramente maior que a heparina sódica. Nos ensaios in vitro, as concentrações testadas de DSTAT não foram tóxicas para os macrófagos e a maior concentração selecionada (300 µg/mL de DSTAT) não apresentou efeito leishmanicida contra formas promastigotas de L. chagasi. Por outro lado, DSTAT (100 µg/mL) levou à redução na internalização de L. chagasi em macrófagos, sem interferir na adesão parasitária. Conclusão: Tratamento com heparina não-anticoagulante DSTAT interfere na infecção de macrófagos por formas promastigotas de L. chagasi, provavelmente pelo bloqueio da proteína LPG3 do parasito, sem causar toxicidade para ambas células. Palavras-chave: LPG3. Leishmaniose Glicosaminoglicanos. Heparina. Visceral. Leishmania chagasi.