Navegando por Autor "Freire, Rita de Cássia Moreira"
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Item Efluente do reator anaeróbio de uma usina de compostagem: caracterização e avaliação como biofertilizante(Universidade Federal de Viçosa, 2021-05-28) Freire, Rita de Cássia Moreira; Lopes, Renata Pereira; http://lattes.cnpq.br/0869719044903219Em grandes instalações de compostagem, efluentes líquidos têm sido gerados, os quais são compostos por diversas substâncias que contêm elementos, tais como, nitrogênio, fósforo e potássio. Tendo em vista que estes são macronutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento de plantas, estes efluentes se tornam uma alternativa para serem utilizados como biofertilizantes. Assim, o objetivo deste trabalho foi caracterizar e avaliar a eficiência do efluente de reator anaeróbio como biofertilizante líquido em cultura de alface e comparar o seu efeito no crescimento desta cultura com a aplicação da adubação mineral. O efluente coletado de um reator anaeróbio foi caracterizado através das análises de pH, N-NH 3 , NKT, fósforo, COT, DQO, DBO, ST, STV, STF, SST, SSV, SSF e metais e, posteriormente aplicado na cultura da alface. Também foi realizada a coleta do efluente não tratado a fim de avaliar a eficiência do tratamento, por meio de comparação entre os valores obtidos para parâmetros da amostra do efluente tratado (ET) e não tratado (ENT). Com relação a análise de metais no efluente tratado, o potássio foi o metal encontrado em maior concentração (1737 mg L -1 ) e o magnésio, foi o segundo mais abundante (129 mg L -1 ). Metais tóxicos, como cádmio, chumbo e cromo foram detectados em concentrações muito baixas nas amostras, estando os seus valores bem abaixo dos limites máximos permitidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para fertilizantes orgânicos e condicionadores de solo. Após a caracterização do efluente tratado, este foi aplicado como biofertilizante em cultura de alface. Foram 10 tratamentos, com 4 repetições. As seguintes doses foram aplicadas por vaso: T1: 0 mL; T3: 25 mL; T4: 50 mL; T5:100 mL; T6: 150 mL; T7: 250 mL; T8: 350 mL; T9: 500 mL e T10: 650 mL. Para o tratamento T2, utilizou-se adubação mineral, suprindo os nutrientes nitrogênio e potássio (NK). Todos os tratamentos foram divididos em cinco aplicações. Para comparar a produção de matéria fresca (MF) e matéria seca (MS), utilizou-se o teste de Dunnett, a 5 % de significância e, pelos resultados pôde-se observar que os tratamentos T7 (MF = 204,77 e MS = 13,92), T8 (MF = 208,95 e MS = 13,98) e T9 (MF = 214,77 e MS = 14,45), se mostraram estatisticamente equivalentes entre si e equivalentes à adubação mineral (T2 (MF = 223,75 e MS = 15,09)). Macro e micronutrientes foram encontrados na parte aérea da alface. Metais tóxicos, como níquel e chumbo não foram detectados na parte aérea da alface. Diante dos resultados obtidos, pode-se concluir que o efluente tratado, proveniente da empresa de compostagem apresenta potencial para ser utilizado como biofertilizante. Palavras-Chave: Sustentabilidade. Tratamento de resíduos sólidos orgânicos. Resíduos alimentares. Fertilizantes. Alface (Lactuca sativa).