Navegando por Autor "Castro, Mayara Badaró Arthidoro"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
- Resultados por Página
- Opções de Ordenação
Item Efeitos citotóxicos no intestino médio, glândulas hipofaríngeas e cérebro de operárias da abelha Apis mellifera expostas a concentrações subletais crônicas do inseticida lambda-cialotrina(Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-19) Castro, Mayara Badaró Arthidoro; Serrão, José Eduardo; http://lattes.cnpq.br/7909903882769229A abelha Apis mellifera é economicamente importante, tanto pelos seus produtos como mel, cera e própolis, quanto pelos serviços de polinização em diversas culturas. As ameaças à sobrevivência desses insetos, no entanto, vêm provocando grandes perdas e elevados prejuízos tanto na agricultura como na apicultura. Dentre as causas envolvidas na perda das abelhas melíferas, a intensificação do uso de pesticidas em cultivos agrícolas é uma das principais. Embora atualmente testes para a regularização do uso de inseticidas considerem os seus efeitos tóxicos agudos sobre os polinizadores, pouco se sabe sobre efeitos de exposição crônica a doses subletais que podem persistir no ambiente. Este trabalho investigou o efeito da exposição crônica a doses subletais do inseticida piretroide lambda-cialotrina no intestino médio, glândula hipofaríngea e cérebro de A. mellifera. As abelhas foram alimentadas por oito dias com sacarose a 50% contendo a CL50/100 do inseticida. Posteriormente, o intestino médio, a glândula hipofaríngea e o cérebro das abelhas foram analisados em microscopia luz e eletrônica de transmissão. A organização tecidual do intestino médio não foi afetada após a exposição, exceto na região posterior deste órgão, com a presença de alguns fragmentos celulares no lúmen e alterações nas mitocôndrias. A glândula hipofaríngea foi severamente afetada pelo inseticida com alterações na organização do retículo endoplasmático rugoso, que mudou para aspecto vesicular, e algumas características de morte celular. O cérebro apresentou extensas lacunas tanto na região de neurópila quanto na região dos corpos celulares, principalmente nos corpora pedunculata bem como alterações celulares semelhantes a processos de morte. Os resultados obtidos neste trabalho indicam que mesmo em concentrações subletais e ingerido cronicamente, o inseticida lambda-cialotrina é tóxico para abelhas causando danos no intestino médio, glândulas hipofaríngeas e cérebro, podendo afetar aspectos fisiológicos e comportamentais destes insetos.