Navegando por Autor "Carvalho, Cristiane Junqueira de"
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Item Efeito agudo e crônico do exercício aeróbico e resistido sobre a pressão arterial dos pacientes atendidos no Centro Hiperdia de Viçosa(Universidade Federal de Viçosa, 2015-04-23) Carvalho, Cristiane Junqueira de; Lima, Luciana Moreira; http://lattes.cnpq.br/8950559096530523A literatura estabelece que a atividade física regular traz inúmeros benefícios à saúde, haja vista a associação entre sedentarismo e maior risco de doenças, principalmente as cardiovasculares. Desse modo, o treinamento físico tem sido recomendado por diretrizes atuais como medida preventiva e como ferramenta adicional à terapia farmacológica no tratamento da hipertensão arterial sistêmica (HAS) e suas manifestações patológicas, apesar da persistência de incertezas acerca da melhor metodologia de prescrição de treinamento para controle da pressão arterial. Uma ampla parcela da população hipertensa é composta por portadores de uma doença resistente, hiporresponsiva a terapia medicamentosa e associada a uma combinação de comportamentos e fatores de risco cardiovasculares. Torna-se necessário destacar que estudos sobre a resposta desta parcela de hipertensos aos exercícios físicos ainda não é uma realidade difundida. O objetivo geral desta dissertação foi analisar o efeito agudo e crônico dos exercícios aeróbicos e resistidos sobre a pressão arterial (PA) de pacientes hipertensos atendidos no centro Hiperdia de Viçosa, MG. Os objetivos específicos foram verificar a prevalência, de acordo com o sexo, dos comportamentos de risco e das comorbidades associadas à hipertensão nos pacientes atendidos no Centro Hiperdia de Viçosa, MG; investigar e comparar o comportamento da pressão arterial antes e após uma única sessão de exercício aeróbico e resistido, avaliando o fenômeno de hipotensão pós-exercício; investigar e comparar a PA antes e após 12 semanas de um programa de exercícios físicos aeróbicos e resistidos através de monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA), avaliando, portanto o efeito crônico do treinamento e por último investigar e comparar o impacto dos programas de exercícios supervisionados sobre o perfil lipídico, o perfil glicêmico e as medidas antropométricas dos pacientes hipertensos. O primeiro estudo avaliou 172 prontuários de hipertensos maiores de 18 anos acompanhado no centro Hiperdia com o objetivo de verificar a prevalência, de acordo com o sexo, dos comportamentos de risco e das comorbidades associadas à hipertensão. Observou-se uma prevalência maior de homens entre os hipertensosvi analisados e as taxas de etilismo e tabagismo foram significativamente maiores neste grupo. As mulheres apresentaram uma taxa maior de obesidade. O sedentarismo e a dislipidemia estiveram presentes em 77% e 44% dos pacientes, respectivamente, sem diferença entre os sexos. Baixa escolaridade também foi uma característica muito presente entre os estudados. Dentre as condições clínicas relacionadas à hipertensão, houve um predomínio da hipertrofia do ventrículo esquerdo, seguida pela doença renal e pela doença cerebrovascular. No segundo estudo, 12 pacientes com hipertensão arterial resistente foram divididos em dois grupos aleatoriamente: treinamento resistido e treinamento aeróbico, ambos de moderada intensidade. A pressão arterial foi registrada por MAPA, durante 24 horas, num momento basal e logo após uma sessão de exercícios. Foi verificada que, durante as 24horas que se seguiram à sessão de exercícios, tanto a pressão arterial sistólica (PAS) quanto a pressão arterial diastólica (PAD) se mantiveram mais baixas do que no momento basal, porém com maior diferença numérica após a sessão de exercícios resistidos e com significância estatística sendo alcançada somente durante o período do sono após esta modalidade. Não foi observada variação significativa do descenso noturno em nenhum dos dois grupos avaliados. O terceiro estudo avaliou onze pacientes da amostra do estudo anterior e registrou a pressão arterial por MAPA, durante 24 horas, no momento basal e após 12 semanas de treinamento aeróbico ou resistido. Foram analisados também as medidas antropométricas, de composição corporal e o perfil bioquímico. A randomização do segundo estudo foi mantida, porém com a perda de um paciente ao longo das 12 semanas de treinamento. No grupo que realizou o treinamento aeróbico, os valores médios de PAS, PAD e pressão arterial média foram significativamente mais baixos no subperíodo de vigília e no total das 24 horas, com quedas de 14mmHg, 7mmHg e 10mmHg, respectivamente. O grupo de treinamento resistido não apresentou alteração significativa da pressão arterial, apesar da melhora significativa de 22% nos níveis de HDL. Os demais parâmetros bioquímicos e antropométricos não variaram significativamente em ambos os grupos. Dessa forma, verificamos pelo primeiro estudo que os hipertensos atendidos no Centro Hiperdia de Viçosa eram, em sua maioria, classificados como hipertensos resistentes e, além desta séria condição, os mesmos ainda apresentavam uma combinação de comportamentos e fatores de risco que conferem um alto risco de complicações cardiovasculares. O segundo e terceiro estudos revelam que o treinamento aeróbico e o resistido apresentaram resultados clinicamente relevantes e significativos para a amostra de hipertensos resistentes selecionada dovii Centro Hiperdia. Tanto o controle pressórico quanto o perfil lipídico foram impactados pela prática de exercícios físicos supervisionados. O segundo artigo destacou que o exercício resistido provocou um importante benefício agudo no ritmo circadiano da PA, particularmente no período do sono e, como apresentado no terceiro artigo, a realização de um exercício aeróbico de baixa à moderada intensidade em sujeitos hipertensos resistentes, mesmo por um período curto de aderência de 12 semanas, também se mostrou estatisticamente e clinicamente significativa. A metodologia proposta de treinamento resistido ou o tempo de realização não permitiu obter os mesmos resultados do treinamento aeróbico no terceiro artigo, porém esta modalidade de treinamento resultou em aumento significativo do HDL.Item Effects of different exercise programs and minimal detectable changes in hemoglobin A1c in patients with type 2 diabetes(Diabetology & Metabolic Syndrome, 2016-02-16) Lade, Carlos Gabriel de; Marins, João Carlos Bouzas; Lima, Luciana Moreira; Carvalho, Cristiane Junqueira de; Teixeira, Robson Bonoto; Albuquerque, Maicon Rodrigues; Reis, Janice Sepúlveda; Amorim, Paulo Roberto dos SantosThe incidence of diabetes mellitus is increasing worldwide, resulting in a global epidemic. The most common type, the type 2 diabetes mellitus, constitutes of 90–95 % of the cases and is characterized by the action of and/or impaired insulin secretion. Regular exercise is a recommended strategy in several studies and guidelines for type 2 diabetes control and complications associated with it. Therefore, we evaluated and compared the effects of aerobic and strength exercise programs on the glycemic control in patients with type 2 diabetes. The selected patients were divided into groups which performed moderate strength training (ST) and aerobic training (AT). The study lasted 20 weeks and was divided into two 10 week phases with anthropometric (body mass index, waist, abdomen and hips circumferences, waist/hip ratio) and biochemical (glycemic and lipid profile) assessments at baseline, 10 weeks and 20 weeks. For intra and inter analyses a mixed ANOVA model was used. Individual changes were calculated using the minimum detectable change, based on a 90 % confidence interval. Eleven patients (five men and six women) completed the 20 weeks of training; five from the ST group and six from the AT. No significant changes were observed in any anthropometric variable in either group. Statistically significant differences were found in mean hemoglobin A1c in both groups between baseline (AT: 8.6 ± 2.5; ST: 9.2 ± 1.9) and 10 weeks (AT: 7.2 ± 1.7; ST: 7.9 ± 1.2) (p = 0.03), and baseline (AT: 8.6 ± 2.5; ST: 9.2 ± 1.9) and 20 weeks (AT: 7.5 ± 1.7; ST: 7.4 ± 0.9) (p = 0.01). For the minimal detectable changes, 40 % of the ST and 33 % of AT achieved these changes for hemoglobin A1c. Both aerobic and strength exercises can help the metabolic control in patients with type 2 diabetes, even without significant changes in anthropometry over the 20 weeks of training. However, this period was sufficient to cause changes in hemoglobin A1c values and the estimated average glucose, which are important parameters in controlling diabetes, thus signaling an important consequence of adhering to an exercise routine for type 2 diabetic patients.Item Índices de massa magra: curvas de referência e associação com risco cardiometabólico em adultos(Universidade Federal de Viçosa, 2019-08-30) Carvalho, Cristiane Junqueira de; Ribeiro, Andréia Queiroz; http://lattes.cnpq.br/8950559096530523Para a avaliação do estado nutricional, o índice de massa corporal (IMC) é um dos parâmetros mais utilizados. No entanto, algumas limitações deste índice antropométrico para a predição de risco cardiometabólico têm sido discutidas, uma vez que esta medida não é capaz de discriminar entre massa gorda e massa magra e não avalia a distribuição destes componentes na composição corporal. O uso da absorciometria por dupla emissão de raios X (DXA) possibilitou avançar no conceito de composição corporal e condições de saúde, uma vez que a partir de suas informações é possível estabelecer índices de composição corporal independentemente do estado nutricional estabelecido pelo IMC. Entre os índices de composição corporal estudados, destacam-se os índices de massa magra (IMM). O objetivo geral desta tese é avaliar o comportamento dos IMM e sua relação com o risco cardiometabólico em adultos. Para isso, os objetivos específicos se dividem em: obter valores de referência para os IMM, específicos para sexo e idade na amostra e compará- los com outras populações; investigar a associação entre os IMM e a síndrome metabólica (SM) e analisar a associação entre eles e os fenótipos metabólicos em adultos eutróficos e com excesso de peso. Trata-se de um estudo transversal e de base populacional com adultos de 20 a 59 anos de idade. O processo de amostragem foi por conglomerados, em duplo estágio, sendo os setores censitários as unidades de primeiro estágio e os domicílios as de segundo estágio. Após cálculo amostral, a amostra estimada foi de 697 adultos, sendo que participaram do primeiro e segundo artigos 689 adultos e do terceiro artigo 660 adultos. No primeiro artigo foram construídas curvas de percentis ajustadas por uma função polinomial de terceiro grau para IMM, índice de massa gorda, % de gordura e índices de carga e capacidade metabólica (ICCM), a partir de dados do DXA. O IMM peso e o IMM IMC apresentaram declínio desde a terceira década de vida em ambos os sexos, ao passo que o IMM altura não foi capaz de identificar perda de massa magra ao longo das idades estudadas. Já entre os americanos e chineses, a curva do percentil 50 do IMM altura apresentou declínio mais precoce. As curvas das estimativas de adiposidade e dos ICCM alcançaram o pico entre 40-49 anos e americanos e chineses mantiveram uma curva ascendente ao longo de toda a idade adulta. Para o segundo artigo, a regressão logística foi utilizada para estimar a associação entre cada IMM (IMM altura , IMM peso , IMM IMC ) e a SM. Os indivíduos mais idosos, obesos e com SM predominaram no terceiro tercil de IMM altura , ao passo que, ao se analisar o IMM peso e o IMM IMC esses indivíduos foram a maioria no primeiro tercil destes índices. Em homens e mulheres, o modelo de regressão logística ajustado revelou que o IMM peso (OR 0,06; IC 95%: 0,02-0,21 e OR 0,25, IC 95%: 0,10-0,61) e o IMM IMC (OR 0,14, IC 95% 0,05-0,37 e OR 0,31, IC 95% 0,13-0,76) associaram-se negativamente à SM. Por outro lado, o IMM altura associou-se positivamente à SM em ambos os sexos (OR 4,17, IC 95%: 1,80-9,66 e OR 5,35, IC 95%: 2,20-12,99, respectivamente em homens e mulheres). Por fim, no terceiro artigo, a regressão logística foi utilizada para estimar a associação entre cada IMM (IMM peso , IMM IMC ) e os fenótipos metabólicos em indivíduos eutróficos e com excesso de peso. Os indivíduos metabolicamente doentes eram mais velhos em ambos os sexos. Os homens metabolicamente doentes apresentaram os menores valores de IMM e o maior percentual de gordura em comparação com os metabolicamente saudáveis e os IMM associaram-se inversamente com o fenótipo metabolicamente doente naqueles com excesso de peso. Nos homens eutróficos, esta associação foi verificada apenas quando se utilizou o IMM peso Entre as mulheres, os IMM não apresentaram associação significativa com os fenótipos. O conjunto dos resultados contribui para a avaliação individual e coletiva do estado nutricional de adultos brasileiros no que se refere à massa muscular e sua associação com a saúde cardiometabólica. Palavras-chave: Composição Corporal. Síndrome Metabólica. DXA Scan. Músculo Esquelético.