Navegando por Autor "Barbosa, Alice Pita"
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Item Alterações fisiológicas causadas pelo arsênio, genotoxidade e importância do mecanismo mismatch repair no reparo do DNA em Arabidopsis thaliana(Universidade Federal de Viçosa, 2013-04-02) Barbosa, Alice Pita; Loureiro, Marcelo Ehlers; http://lattes.cnpq.br/3328314264518039O arsênio (As) é um elemento não só tóxico, mas também altamente genotóxico aos seres vivos. Muitas lacunas precisam ser preenchidas com relação aos processos causadores de toxidade do As em plantas, bem como os mecanismos de tolerância e sensibilidade a este metalóide. Para isso, plantas de Arabidopsis thaliana (WT, mutantes msh2 e transgênicas repórteres em mutações) e Allium cepa foram expostas a 0, 2, 8 e 16 mg As L -1, durante cinco dias, em sistema hidropônico ou em meio de cultura. As plantas acumularam grandes teores de As nas raízes e apresentaram elevado fator de translocação para a parte aérea, e também alterações no acúmulo de nutrientes. Os sintomas visuais se intensificaram com o aumento da concentração de As na solução nutritiva. As raízes adquiriram coloração escura e aspecto gelatinoso, danificado e aumento no comprimento e densidade dos pêlos; a parte aérea apresentou aumento dos teores de antocianinas e sinais de senescência precoce, bem como alterações na espessura de tecidos. O estresse oxidativo e a redução dos teores de fósforo foram apontados como os principais efeitos do As capazes de causar toxidez, evidenciando os danos indiretos deste elemento no organismo. Foram verificadas importantes alterações fotossintéticas, bem como indícios de danos ao processo de respiração celular devido o aumento da expressão de genes codificantes de oxidases alternativas. Também foram observadas alterações nos teores de açúcares em folhas jovens, maduras e raízes. O As promoveu fragmentação do DNA nos ápices radiculares de A. cepa e aumento das taxas de mutação pontual e de recombinação-não homóloga em A. thaliana. O significativo aumento da expressão dos genes msh2 e msh7, codificadores de enzimas-chave do processo mismatch repair, que realiza o reparo de bases danificadas ou erroneamente inseridas no DNA, sugeriu a importância deste mecanismo no combate à genotoxidade do As em A. thaliana. Isso foi confirmado pela maior sensibilidade observada nas plantas mutantes msh2 ao As, detectada visualmente via aumento da peroxidação de lipídios. Observou-se inibição da atividade da protease caspase-3, associada ao processo de morte celular programada, reforçando a capacidade de inibição da atividade enzimática pelo As.Item Efeitos do arsênio em raízes de plântulas de Cajanus cajan (L.) DC (Fabaceae)(Universidade Federal de Viçosa, 2009-03-09) Barbosa, Alice Pita; Meira, Renata Maria Strozi Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706996Y7; Ribas, Rogério Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777511A8; Azevedo, Aristéa Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787822Y7; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4718401A2; Silva, Kellen Lagares Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760725A9; Silva, Luzimar Campos da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799707J8; Otoni, Wagner Campos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786133Y6A contaminação ambiental por arsênio (As) constitui um problema sério em várias regiões do mundo, visto que este elemento apresenta elevada toxidade para os seres vivos. Metodologias físico-químicas para detecção deste poluente no ambiente são bastante laboriosas, sendo o uso de espécies vegetais sensíveis uma boa alternativa para processos de bioindicação. Avaliações dos efeitos tóxicos do As em raízes de plântulas de Cajanus cajan (Fabaceae) foram realizadas após exposição ao poluente. Para isso, procedeu-se a análise do crescimento das raízes laterais e principal; caracterização anatômica, incluindo análises micromorfométricas e histoquímica; e avaliação da genotoxidade, por meio da determinação do índice mitótico. Os experimentos foram conduzidos em casa de vegetação, na Unidade de Crescimento de Plantas da Universidade Federal de Viçosa. No primeiro experimento, plântulas de C. cajan foram expostas, em solução nutritiva, às concentrações de 0,0 e 1,5 mg L-1 de As, na forma de arsenato de sódio, durante dez dias consecutivos. No experimento posterior foram utilizadas as concentrações de 0,0; 0,5; 1,0 e 2,0 mg L-1 de As e a exposição teve duração de três dias. A sensibilidade de C. cajan foi confirmada. Verificou-se que o As promoveu redução no crescimento da raiz principal e das laterais, estas últimas não visualizadas no tratamento com 2,0 mg L-1 de As. Contudo, microscopicamente, foi possível notar que os primórdios foram formados, mas permaneceram retidos no córtex. Notou-se que as raízes adquiriram aspecto gelatinoso e coloração escurecida com o passar do tempo de exposição. Também foram detectados problemas na formação da coifa e encurvamento do ápice radicular. A anatomia mostrou ser uma ferramenta eficiente na detecção da sensibilidade de C. cajan. Alterações anatômicas mais severas, como desintegração tecidual, nas regiões adjacentes às raízes laterais, na zona de ramificação, sugerem que esta possa ser uma importante via de entrada do poluente. Nessa mesma região células do felogênio e do câmbio apresentaram formato e planos de divisão incomuns, o que acarretou a formação de um xilema secundário assimétrico. Na zona de alongamento foram observadas células com formato alterado, indicando perda de turgidez celular. O As promoveu aumento na proporção ocupada pelo cilindro vascular, redução na proporção de espaços intercelulares no córtex, em função do maior adensamento celular nessa região, e também redução na área, em secção transversal, dos elementos de vaso. O teste histoquímico revelou acúmulo de compostos fenólicos na região do cilindro vascular e acúmulo de pectinas ao redor da raiz, possivelmente em função da ocorrência de alterações na composição química e/ou da estrutura da parede celular. A determinação do índice mitótico nos ápices radiculares evidenciou que o As apresenta elevado grau de genotoxidade, uma vez que houve um decréscimo no número de células em divisão mitótica com o incremento de As na solução nutritiva. Esse fator, aliado à redução nas taxas de alongamento celular, observada nas células corticais, são fatores que explicam a redução nas taxas de crescimento radicular.