We, predators: humans, apex predators and their preys in the Atlantic Forest trophic cascades
Data
2016-12-15
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Editor
Universidade Federal de Viçosa
Resumo
Tropical forests represent Earth's richest biodiversity ecosystems and yet are severely
threatened by anthropogenic effects. Humans major trends affecting tropical forests are
habitat loss, fragmentation, and degradation of remaining forest. When large vertebrate
species are able to persist in fragmented landscapes, the remaining habitat and the
reorganization of species biotic interactions may influence their distribution and
abundance. Yet, it is difficult to separate those effects from the direct impact of humans.
Therefore, in addition to habitat modification we must also account for the direct impact of
vertebrate harvest by humans in Neotropical forests. In the following chapters, we
observed the current picture of medium and large mammals’ distribution in one the core
forest remnants and proposed to incorporate humans as a “hyperkeystone” species in the
Atlantic forest food webs. In Chapter I, we described the spatio-temporal dynamics of
meso and large mammals, using a joint-species distribution model to the data recorded
by camera-traps. We observed that the medium and large terrestrial mammal community
varied in their responses to environmental conditions and showed patterns of co-
occurrences that may indicate shared environmental niches or intra-guild interactions
across time and space. In Chapter II, we proposed a conceptual model with four likely
scenarios for the role of apex predators and human beings in natural interaction webs.
We concluded that poaching has outsized impacts on the food webs and must not be
considered an “invisible” threat. Thus, from the ecological and conservationist
perspective, we must account for our own species not as external separate entity, but as
an active part of the ecosystems that have direct impacts on trophic interactions.
Florestas tropicais são os ecossistemas mais biodiversos do planeta e, no entanto, se encontram severamente ameaçadas por impactos antrópicos. Entre os principais impactos, destacam-se a perda de habitats e a fragmentação e degradação das áreas remanescentes (e.g. caça, extração de madeira, queimadas). Quando grandes vertebrados conseguem persistir nesses ambientes, tanto o habitat remanescente como a reorganização intraespecífica podem influenciar a distribuição e a abundância das espécies. No entanto, é difícil separar os efeitos dentro das comunidades daquele causados por seres humanos, como a maior parte dos trabalhos faz. Por isso, além da modificação dos habitats é preciso considerar o impacto direto da caça furtiva nessas florestas tropicais. Nesse contexto, na presente tese abordamos a distribuição espaço- temporal dos mamíferos de médio e grande porte em um dos maiores remanescentes de Floresta Atlântica Brasileira e propusemos a inserção dos humanos como uma espécie com impacto desproporcional na cadeia alimentar. No Capítulo I descrevemos a dinâmica espaço-temporal da comunidade de mamíferos de médio e grande, registradas por meio de armadilhas-fotográficas, utilizando um modelo de distribuição agrupada de espécies. Neste capítulo conseguimos observar que os mamíferos terrestres de médio e grande porte apresentaram respostas variadas às condições ambientais, bem como padrões de co-ocorrência que podem indicar compartilhamento de nichos ambientais e de interações intraguilda. No Capítulo II propusemos um modelo conceitual com quatro cenários, incluindo o papel dos predadores de topo e dos seres humanos na cadeia alimentar. Nele concluímos que a caça furtiva apresenta grande impacto nas cadeias alimentares e não deve ser tratada como uma ameaça “invisível”.
Florestas tropicais são os ecossistemas mais biodiversos do planeta e, no entanto, se encontram severamente ameaçadas por impactos antrópicos. Entre os principais impactos, destacam-se a perda de habitats e a fragmentação e degradação das áreas remanescentes (e.g. caça, extração de madeira, queimadas). Quando grandes vertebrados conseguem persistir nesses ambientes, tanto o habitat remanescente como a reorganização intraespecífica podem influenciar a distribuição e a abundância das espécies. No entanto, é difícil separar os efeitos dentro das comunidades daquele causados por seres humanos, como a maior parte dos trabalhos faz. Por isso, além da modificação dos habitats é preciso considerar o impacto direto da caça furtiva nessas florestas tropicais. Nesse contexto, na presente tese abordamos a distribuição espaço- temporal dos mamíferos de médio e grande porte em um dos maiores remanescentes de Floresta Atlântica Brasileira e propusemos a inserção dos humanos como uma espécie com impacto desproporcional na cadeia alimentar. No Capítulo I descrevemos a dinâmica espaço-temporal da comunidade de mamíferos de médio e grande, registradas por meio de armadilhas-fotográficas, utilizando um modelo de distribuição agrupada de espécies. Neste capítulo conseguimos observar que os mamíferos terrestres de médio e grande porte apresentaram respostas variadas às condições ambientais, bem como padrões de co-ocorrência que podem indicar compartilhamento de nichos ambientais e de interações intraguilda. No Capítulo II propusemos um modelo conceitual com quatro cenários, incluindo o papel dos predadores de topo e dos seres humanos na cadeia alimentar. Nele concluímos que a caça furtiva apresenta grande impacto nas cadeias alimentares e não deve ser tratada como uma ameaça “invisível”.
Descrição
Palavras-chave
Mamíferos - Mata, Ecossistemas - Modelos estatísticos, Níveis tróficos
Citação
PERILLI, Míriam Lucia Lages. We, predators: humans, apex predators and their preys inthe Atlantic Forest trophic cascades. 2016. 94 f. Tese (Doutorado em Ecologia) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2016.