A nômade de passos largos: uma autoetnografia de quem se torna pesquisadora em linguística aplicada a partir de suas identidades, crenças e emoções
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Data
2024-03-20
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Universidade Federal de Viçosa
Resumo
Nesta pesquisa, você acompanha meu percurso no mestrado em Letras buscando compreender como as identidades (Norton, 2013; Hall, 2014; Silva T., 2014) interagem com as crenças (Barcelos, 2006) e emoções (Ahmed, 2014; Lupton, 2012) em minha formação como pesquisadora na Linguística Aplicada (LA) brasileira contemporânea (Moita Lopes, 2006; 2013). Entre março de 2022 e março de 2024, componho com o espaço universitário, com a cidade de Viçosa (MG) e com a ciência pós-moderna um currículo, um currere (Pinar, 2011; 2016), que me faz perguntar e prosseguir: como identidades, crenças e emoções constroem o sujeito que me torna pesquisadora na Linguística Aplicada contemporânea? Nesse deslocamento investigativo, sigo pelo caminho metodológico da autoetnografia (Adams; Jones; Ellis, 2016), tipo de pesquisa incorporada e situada (Haraway, 1997) em que o sujeito pesquisador se coloca a observar a si mesmo enquanto investiga, relacionando suas experiências pessoais a fenômenos sociais e coletivos. Desse modo, entre minhas anotações em cadernos de aula, diário de campo e diário pessoal, conversas, leituras, fotografias e insights, também observo qual contexto da LA brasileira contemporânea se revela quando acompanho o desenvolvimento de meu pesquisar por esse campo científico. Reflito sobre os fios que me tecem nessa rede, pois falar de mim é falar de pesquisa científica, de Linguística Aplicada, de linguagens, de ensino, de universidade, de formação, de espaço, de tempo, de escrita, de experiência, de família, de amizades e de muitos encontros mais. Além disso, experimento nesse pesquisar a autoetnografia como processo teórico- metodológico, buscando compreender como se dá esse desenvolvimento que altera paradigmas no “fazer ciência” contemporâneo para se tornar pesquisa e ser apresentada em sua performance escrita como uma. Esta é, portanto, uma dissertação autoetnógrafica. Palavras-chave: autoetnografia; formação de pesquisadora; Linguística Aplicada; ciência pós-moderna; identidades, crenças e emoções.
In this research, you follow my journey through my master's degree in Letras while I seek to understand how identities (Norton, 2013; Hall, 2014; Silva T., 2014) interact with beliefs (Barcelos, 2006) and emotions (Maturana, 2005; Ahmed, 2014; Lupton, 2012) in my education process of becoming a researcher in contemporary Brazilian applied linguistics (AL) (Moita Lopes, 2006; 2013). From March 2022 to March 2024, I compose with the university, with the city of Viçosa (MG), and with post-modern science a curriculum, a “currere” (Pinar, 2011; 2016), which makes me ask and move my steps aside and beyond: how do identities, beliefs, and emotions form the subject that makes me a researcher in contemporary applied linguistics? In this quest, I walk the methodological path of autoethnography (Adams; Jones; Ellis, 2016), a type of embodied and situated research (Haraway, 2009) in which the researcher observes himself/herself while investigating, by relating their personal experiences to social and collective phenomena. For that purpose, I use my notes from class notebooks, field diaries, and personal diaries, in addition to records of conversations, readings, photographs, and insights to also observe what context of contemporary Brazilian AL is revealed when I follow the development of my research in this scientific field. I reflect on the threads that weave me into this network since talking about myself is talking about scientific research, applied linguistics, languages, teaching, university, education, space, time, writing, experience, family, friendships, and many other encounters. Additionally, I experience autoethnography as a theoretical-methodological process, seeking to understand how such type of inquiry changes paradigms in our scientific practices in the present days so much so as to also be performed and delivered in its written form as a scientific research paper. Therefore, this is an autoethnographic dissertation as well.Keywords: autoethnography; researcher education; postmodern science; identities, beliefs and emotions.
In this research, you follow my journey through my master's degree in Letras while I seek to understand how identities (Norton, 2013; Hall, 2014; Silva T., 2014) interact with beliefs (Barcelos, 2006) and emotions (Maturana, 2005; Ahmed, 2014; Lupton, 2012) in my education process of becoming a researcher in contemporary Brazilian applied linguistics (AL) (Moita Lopes, 2006; 2013). From March 2022 to March 2024, I compose with the university, with the city of Viçosa (MG), and with post-modern science a curriculum, a “currere” (Pinar, 2011; 2016), which makes me ask and move my steps aside and beyond: how do identities, beliefs, and emotions form the subject that makes me a researcher in contemporary applied linguistics? In this quest, I walk the methodological path of autoethnography (Adams; Jones; Ellis, 2016), a type of embodied and situated research (Haraway, 2009) in which the researcher observes himself/herself while investigating, by relating their personal experiences to social and collective phenomena. For that purpose, I use my notes from class notebooks, field diaries, and personal diaries, in addition to records of conversations, readings, photographs, and insights to also observe what context of contemporary Brazilian AL is revealed when I follow the development of my research in this scientific field. I reflect on the threads that weave me into this network since talking about myself is talking about scientific research, applied linguistics, languages, teaching, university, education, space, time, writing, experience, family, friendships, and many other encounters. Additionally, I experience autoethnography as a theoretical-methodological process, seeking to understand how such type of inquiry changes paradigms in our scientific practices in the present days so much so as to also be performed and delivered in its written form as a scientific research paper. Therefore, this is an autoethnographic dissertation as well.Keywords: autoethnography; researcher education; postmodern science; identities, beliefs and emotions.
Descrição
Palavras-chave
Linguística aplicada, Etnologia, Pesquisadores - Formação, Ciência, Identidade (Conceito filosófico), Crença e dúvida, Emoções
Citação
STÜRMER, Helena. A nômade de passos largos: uma autoetnografia de quem se torna pesquisadora em linguística aplicada a partir de suas identidades, crenças e emoções. 2024. 144 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2024.