Effect of black corn (Zea mays L.) on adipogenesis, inflammation, oxidative stress and intestinal health in vivo

Imagem de Miniatura

Data

2023-02-07

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Federal de Viçosa

Resumo

Black corn (Zea mays L.) is a type of colored corns, which shows different colors depending on its chemical composition. Over the past years, colored corn has been targeted for investigation due its bioactive components. Black corn is a source of anthocyanins, which is a water-soluble pigment responsible to the black-purple color. Anthocyanin is a subclass of flavonoids, and its consumption is associated with health promoting effects. Anthocyanin exerts antioxidant and anti-inflammatory effects, besides to modulate the intestinal function. However, anthocyanin shows a different effect depending on its origin, food matrix, or if it is isolated as an extract. The black corn TO 002 belongs to the Germplasm Activate Bank from Embrapa and showed a promising composition of phenolic compounds and anthocyanin. However, the biological effects of this genotype in vivo have never been tested. Therefore, we hypothesized that the black corn have a health-promoting effect in adipogenesis, inflammation, oxidative stress and on intestinal function. Objectives: To critically review the effects of anthocyanin supplementation on intestinal parameters in animal studies (Paper 1); To evaluate the effects of black corn whole flour associated with a high-fat diet in the adipogenesis, inflammation, oxidative stress and on the modulation of intestinal function (Paper 2 and 3); To investigate the effects of black corn soluble extract on the intestinal functionality, morphology and microbiota in vivo (Paper 4); To analyze the effects of black corn anthocyanin-rich extract on intestinal functionality, morphology and microbiota in vivo (Paper 5). Therefore, the general objective of this work was to investigate the effect of black corn (Zea mays L.) on the adipogenesis, inflammation, oxidative stress and on the intestinal health in animal models. Methods: Paper 1: For the systematic review, articles were reviewed following the PRISMA guidelines. The data search was performed at PubMed, Cochrane and Scopus for experimental studies, which evaluated the supplementation of anthocyanin on intestinal parameters. For the original studies: Paper 2 and 3: thirty adult male C57BL/6 mice were randomly divided into 3 groups (n=10/group): NC: normal control – AIN-93 M diet; HF: high-fat diet; HFC: high-fat diet + black corn whole flour (20%), receiving the diets for 8 weeks. The intestinal function was assessed in the content from cecum at the end of the experiment, and gut microbiota composition was evaluated by 16S ribosomal gene sequencing. Paper 4: The biological experiment was conducted by the intra-amniotic approach (Gallus gallus). For this, the eggs were divided into 4 groups (n= 6 - 10/group): No Injection; 18 MΩ H 2 O Injection; 5% black corn soluble extract (BCSE); 15% BCSE. The intra-amniotic administration was performed at the day 17 of embryonic incubation. Sample collection and evaluation of intestinal functionality, morphology and gut microbiota were performed after the hatching (day 21). Paper 4: The biological experiment was conducted by the intra-amniotic approach (Gallus gallus). For this, the eggs were divided into 4 groups (n= 8/group): No Injection; 18 MΩ H 2 O Injection; 5% black corn anthocyanin-rich extract (BCE); cyanidin-3-glucoside (C3G). The intra-amniotic administration was performed at the day 17 of embryonic incubation. Sample collection and evaluation of intestinal functionality, morphology, and gut microbiota were performed after the hatching (day 21). Results: Paper 1: 27 studies in animal’s models were included in the systematic review. The anthocyanin supplementation promoted an enrichment of Bacteroidetes abundance and a decrease of Firmicutes. Further, it improved short chain fatty acids (SCFA) production, which resulted in a lower pH and intestinal permeability, and an increase of goblet cell (GC), tight junction protein expression, and improvements at the villi morphology. Paper 2 and 3: HFC animals improved the total antioxidant capacity and demonstrated lower adipogenesis by showing a decrease at adipocyte number and length by downregulating sterol regulatory element-binding protein-1c (SREBP-1c) and peroxisome proliferator-activated receptor-γ (PPARγ). The consumption of HFC demonstrated to promote hepatic β-oxidation by downregulating the hepatic gene expression of SREBP-1c and acetyl CoA carboxylase 1. Further, the HFC intake prevented disorder at the intestinal function promoted by a high-fat diet. Animals fed a HFC diet had higher abundance of the genus Ruminococcus, Roseburia, and Provotellacea_UCG-001, and lower abundance of the genus Bacteroides and Faecalibaculum. These changes were observed with no changes at SCFA concentration, and with an increase at goblet cell (GC) proliferation. Paper 4: The intra- amniotic administration of BCSE (5 and 15%) demonstrated an anti-inflammatory effect by downregulating the gene expression of duodenal inflammatory biomarker: tumor necrosis factor-alpha (TNF-α), interleukin 6 (IL6), and the transcriptional nuclear factor kappa beta (NF- κB). Further, the BCSE increased the relative abundance of cecal E. coli and Clostridium and improved the duodenal morphology by increasing GC number and size and Paneth cell number. Further, the BCSE demonstrated potential to improve the physical barrier integrity by upregulating the gene expression of AMP- activated protein kinase (AMPK) and caudal-related homeobox transcriptional factor 2 (CDX2). Paper 5: The intra-amniotic administration of BCE demonstrated to increase the relative abundance of the genus Bifidobacterium and Clostridium and to decreased E coli abundance. The BCE maintained biomarkers of intestinal inflammation and functionality similar to the control group. Further, the duodenal morphology was maintained similar to the control after the intra-amniotic administration of BCE. General Conclusion: The black corn demonstrated to exert a beneficial effect in vivo, by acting as an anti-inflammatory and antioxidant component, and by modulating the intestinal function. Thus, the black corn should be considered as a potential source of anthocyanin and phenolic components with proved beneficial effect. Keywords: Anthocyanin. High-fat. Intestinal microbioma. Soluble extract. Whole flour. Anthocyanin rich-extract
Milho preto (Zea mays L.) é considerado um tipo de milho colorido o qual possui distintas colorações dependendo da sua composição química. Durante os últimos anos, milhos coloridos tem sido alvo de pesquisas cientificas devido a presença de compostos bioativos. O milho preto é considerado fonte de antocianinas, as quais são pigmentos solúveis em água responsáveis pela coloração preta/roxa. Antocianinas são consideradas uma subclasse do grupo dos flavonoides, e seu consumo é associado com efeitos benéficos a saúde, uma vez que demonstram efeito antioxidante e anti-inflamatório, além de modular a função intestinal. No entanto, as antocianinas apresentam um efeito distinto dependendo de sua origem, da matriz alimentar ou se for isolada na forma de extrato. O milho preto TO 002 pertence ao Banco de Germoplasma Ativo da Embrapa e apresentou composição promissora de compostos fenólicos e antocianinas. No entanto, os efeitos biológicos deste genótipo in vivo ainda não foram testados. Assim, nossa hipótese considera que o milho preto teria efeito promotor de saúde na adipogênese, inflamação, estresse oxidativo e na função intestinal. Objetivos: Revisar de maneira critica os efeitos da suplementação de antocianinas nos parâmetros intestinais em estudos com animais (Artigo 1); Avaliar os efeitos da farinha integral de milho preto associada a uma dieta hiperlipídica na adipogênese, inflamação, estresse oxidativo e na modulação da função intestinal (Artigos 2 e 3); Investigar os efeitos do extrato solúvel de milho preto na funcionalidade intestinal, morfologia e microbiota in vivo (Artigo 4); Analisar os efeitos do extrato rico em antocianinas de milho preto na funcionalidade intestinal, morfologia e microbiota in vivo (Artigo 5). Assim, o objetivo geral deste trabalho foi investigar o efeito do milho preto (Zea mays L.) na adipogênese, inflamação, estresse oxidativo e na saúde intestinal em modelo animal. Métodos: Artigo 1: Para a revisão sistemática, os artigos foram analisados seguindo o protocolo PRISMA. A busca de dados foi realizada no PubMed, Cochrane e Scopus para estudos experimentais, que avaliaram a suplementação de antocianina em parâmetros intestinais. Para os estudos originais: Artigos 2 e 3: trinta camundongos C57BL/6 machos adultos foram divididos randomicamente em 3 grupos (n=10/grupo): NC: controle normal – dieta AIN-93 M; HF: dieta hiperlipídica; HFC: dieta hiperlipídica + farinha integral de milho preto (20%), recebendo as dietas por 8 semanas. A função intestinal foi avaliada no conteúdo do ceco ao final do experimento, e a composição da microbiota intestinal foi avaliada pelo sequenciamento do gene ribossômico 16S. Artigo 4: O experimento biológico foi conduzido pela técnica metodológica intra- amniótica (Gallus gallus). Para isso, os ovos foram divididos em 4 grupos (n= 6 - 10/grupo): Sem administração; Administração de 18 MΩ H 2 O; 5% de extrato solúvel de milho preto (BCSE); 15% BCSE. A administração intra-amniótica foi realizada no dia 17 da incubação embrionária. A coleta de amostras e avaliação da funcionalidade intestinal, morfologia e microbiota intestinal foram realizadas após a eclosão (dia 21). Artigo 5: O experimento biológico foi conduzido pela técnica metodológica intra-amniótica (Gallus gallus). Para isso, os ovos foram divididos em 4 grupos (n= 8/grupo): Sem administração; Administração de 18 MΩ H 2 O; 5% de extrato rico em antocianinas de milho preto (BCE); cianidina-3-glicosideo (C3G). A administração intra-amniótica foi realizada no dia 17 da incubação embrionária. A coleta de amostras e avaliação da funcionalidade intestinal, morfologia e microbiota intestinal foram realizadas após a eclosão (dia 21). Resultados: Artigo 1: 27 estudos em modelos animais foram incluídos na revisão sistemática. A suplementação com antocianinas promoveu um enriquecimento da abundância de Bacteroidetes e uma diminuição de Firmicutes. Além disso, melhorou a produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), o que resultou em um menor pH e permeabilidade intestinal, e um aumento de células caliciformes (CC), expressão de proteínas de junção e melhorias na morfologia das vilosidades. Artigo 2 e 3: Animais alimentados com a dieta HFC melhoraram a capacidade antioxidante total e demonstraram menor adipogênese, mostrando uma diminuição no número e comprimento de adipócitos pela menor expressão de sterol regulatory element-binding protein-1c (SREBP-1c) e do receptor ativado por proliferador de peroxissoma-γ (PPARγ). O consumo de HFC demonstrou promover a β-oxidação hepática, por meio da redução da expressão gênica hepática de SREBP-1c e acetil CoA carboxilase 1. Além disso, a ingestão de HFC preveniu alterações na função intestinal ocasionados pela dieta hiper lipídica. Animais alimentados com a dieta HFC apresentaram maior abundância dos gêneros Ruminococcus, Roseburia e Provotellacea_UCG-001, e menor abundância dos gêneros Bacteroides e Faecalibaculum. Estas modificações foram observadas sem alterações na produção de AGCC, e com um aumento na proliferação de células caliciformes. Artigo 4: A administração intra-amniótica de BCSE (5 e 15%) demonstrou um efeito anti-inflamatório, pela menor expressão gênica do biomarcador inflamatório duodenal: fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), interleucina 6 (IL6) e o fator nuclear transcricional kappa beta (NF-κB). Além disso, o BCSE aumentou a abundância relativa de E. coli e Clostridium cecal e melhorou a morfologia duodenal aumentando o número e tamanho de GC e o número de células de Paneth. Ainda, BCSE demonstrou potencial para melhorar a integridade da barreira física regulando positivamente a expressão gênica da proteína quinase ativada por AMP (AMPK) e do fator de transcrição caudal-related homeobox 2 (CDX2). Artigo 5: A administração intra-amniótica de BCE demonstrou aumentar a abundância relativa dos gêneros Bifidobacterium e Clostridium e diminuir a abundância de E coli. O BCE manteve inalterado biomarcadores de inflamação intestinal e funcionalidade. Além disso, a morfologia duodenal foi mantida semelhante ao controle após a administração intra-amniótica de BCE. Conclusão: O milho preto demonstrou exercer um efeito benéfico in vivo, atuando como componente anti- inflamatório e antioxidante, e modulando a função intestinal. Assim, o milho preto deve ser considerado como uma fonte potencial de antocianinas e componentes fenólicos com comprovado efeito benéfico. Palavras-chave: Antocianinas. Obesidade. Dieta hiper lipídica. Microbioma intestinal. Extrato solúvel. Farinha integral. Extrato rico em antocianina

Descrição

Palavras-chave

Antocianinas, Lipídios na nutrição humana, Obesidade, Microbioma gastrointestinal, Farinha de milho na nutrição humana

Citação

VEREDIANO, Thaísa Agrizzi. Effect of black corn (Zea mays L.) on adipogenesis, inflammation, oxidative stress and intestinal health in vivo. 2023. 177 f. Tese (Doutorado em Ciência da Nutrição) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2023.

Avaliação

Revisão

Suplementado Por

Referenciado Por