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Tipo: Dissertação
Título: Avaliação de risco ambiental associado a produtos farmacêuticos e desreguladores endócrinos em águas superficiais brasileiras
Environmental risk assessment of pharmaceutical products and endocrine disruptors in Brazilian surface waters
Autor(es): Rezende, Amanda Teixeira de
Abstract: Os fármacos e desreguladores endócrinos são considerados micropoluentes orgânicos ou contaminantes de preocupação emergente, por serem capazes de causar efeitos adversos aos ecossistemas e ao homem, mesmo em baixas concentrações no ambiente. A ocorrência desses contaminantes em águas superficiais tem sido reportada em diversos países, inclusive no Brasil, em concentrações na ordem de ngL -1 , enquanto as concentrações em que são observados efeitos tóxicos são, frequentemente, na faixa de mgL -1 a µgL -1 . Entretanto, embora os efeitos decorrentes desta poluição sejam estudados, poucos trabalhos caracterizam os riscos aos quais estes ecossistemas estão expostos. Desta forma, a proposta do presente trabalho foi avaliar o risco ambiental ao qual diversos corpos hídricos brasileiros estão sujeitos, em decorrência da presença de produtos farmacêuticos e estrogênios naturais e sintéticos. Ao todo foram selecionados 29 compostos presentes em cursos hídricos brasileiros, dentre os quais o grupo dos desreguladores endócrinos foi o mais detectado (39,8% das concentrações reportadas), em segundo lugar tem-se os anti-inflamatórios (16,3%), seguido do estimulante cafeína (8,7%) dos antibióticos (6,6%), antisséptico (tendo tricolsan como único representante), analgésicos (5,1%), anti-hipertensivos (4,6%), e em menor proporção, controladores lipídicos, anticonvulsivos e antidepressivos, anti- histamínicos, antivirais e corticoides . Bisfenol-A (BPA) foi o composto detectado com maior frequência nas águas superficiais brasileiras, seguido da cafeína (CAF), do diclofenaco (DCF), 17-β-estradiol (E2), 17-α-etinilestradiol (EE2), naproxeno (NPX), triclosan (TCS) e 4-n-nonilfenol (NP). Ao avaliar a ecotoxicidade intrínseca dos compostos selecionados, verificou-se que 58,6% destes são considerados tóxicos ou muito tóxicos. Constatou-se que 38% corpos hídricos estudados foram classificados como “risco alto” (hazard index, HI > 1,0). Os compostos desreguladores endócrinos se mostraram determinantes na caracterização do risco ambiental, sendo os hormônios EE2 e E2 consideravelmente mais tóxicos que BPA e NP. Além dos desreguladores endócrinos, os grupos farmacológicos considerados de maior risco médio associado foram os anti-inflamatórios, seguido dos anticonvulsivos. Considerando os fármacos individualmente, tem-se em ordem decrescente de risco: o diclofenaco, triclosan, carbamazepina, sertralina, ibuprofeno e diazepam. Palavras-chave: Ambiente aquático. Contaminantes de preocupação emergente. Fármacos. Hormônios. Micropoluentes orgânicos. Risco ecológico.
Pharmaceuticals and endocrine disruptors are considered organic micropollutants or contaminants of emerging concern, since they can cause adverse effects to ecosystems and humans, even at low concentrations in the environment. The occurrence of these contaminants in surface waters has been reported in several countries, including Brazil, at concentrations on the order of ngL -1 , while the concentrations at which toxic effects are observed are often in the range of mgL -1 to µgL -1 . However, although the effects of these contaminants have been studied, few studies characterize the risks to which Brazilian aquatic ecosystems are exposed. Thus, the proposal of the present study was to evaluate the environmental risk to which several Brazilian water bodies are subject, due to the presence of pharmaceutical products and natural and synthetic estrogens. Altogether, 29 compounds present in Brazilian water courses was selected, among which the group of endocrine disruptors was the most frequently detected (39.8% of the reported concentrations), with anti- inflammatory drugs in second place (16.3%), followed by the stimulant caffeine (8.7%), antibiotics (6.6%), antiseptic (with triclosan the only representative), analgesics (5.1%), antihypertensive drugs (4.6%), and to a lesser extent, lipid controllers, anticonvulsants, antidepressants, antihistamines, antivirals and corticosteroids. Bisphenol-A (BPA) was the most frequently detected compound in Brazilian surface waters, followed by caffeine (CAF), diclofenac (DCF), 17-β-estradiol (E2), 17-α-ethinylestradiol (EE2), naproxen (NPX), triclosan (TCS) and 4-n-nonylphenol (NP). Upon evaluation of the intrinsic ecotoxicity of the selected compounds, it was found that 58.6% of these are considered toxic or very toxic. It was also found that 38% of the water bodies studied were classified as “high risk” (hazard index, HI > 1.0). Endocrine disrupting compounds proved to be decisive in the characterization of environmental risk, with the hormones EE2 and E2 being considerably more toxic than BPA and NP. In addition to endocrine disruptors, the pharmacological groups considered to have the highest average associated risk were anti-inflammatory drugs, followed by anticonvulsants. Considering the drugs individually, a decreasing order of risk were found for: diclofenac, triclosan, carbamazepine, sertraline, ibuprofen and diazepam. Keywords: Aquatic environment. Contaminants of emerging concern. Drugs. Ecological risk. Hormones. Organic micropollutants.
Palavras-chave: Água - Microbiologia
Água - Poluição
Medicamentos
Hormônios
Contaminação microbiana
Avaliação de riscos ecológicos
CNPq: Saneamento Ambiental
Editor: Universidade Federal de Viçosa
Titulação: Mestre em Engenharia Civil
Citação: REZENDE, Amanda Teixeira de. Avaliação de risco ambiental associado a produtos farmacêuticos e desreguladores endócrinos em águas superficiais brasileiras. 2022. 96 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2022.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Identificador DOI: https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.782
URI: https://locus.ufv.br//handle/123456789/30562
Data do documento: 22-Jul-2022
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