Patrimônio Cultural, Paisagens e Cidadania
URI permanente para esta coleçãohttps://locus.ufv.br/handle/123456789/8662
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Item A força pública na transformação da paisagem de Belo Horizonte: influências do policiamento da cidade na Primeira República(Universidade Federal de Viçosa, 2021-02-10) Lourenzato, Augusto Cezar; Araújo, Patrícia Vargas Lopes de; http://lattes.cnpq.br/5662657323379826Esta pesquisa teve como objetivo analisar a influência da Força Pública na transformação da paisagem de Belo Horizonte, através do policiamento, durante a Primeira República (1889- 1930). Esse período é marcado por grandes transformações, no mundo, no Brasil e, especificamente, no estado de Minas Gerais. O processo de mudança da capital mineira da cidade de Ouro Preto para Belo Horizonte, inicialmente denominada Cidade de Minas, provocou uma série de alterações na paisagem do antigo arraial do Curral d’El Rei, que passaria a sediar a administração estadual. O projeto do engenheiro Aarão Reis, para a nova capital, representava os interesses da elite mineira, que defendia a implementação dos ideais de modernidade que se desenvolviam no mundo ocidental e tinham como origem as concepções iluministas do século XVIII. Esse projeto refletiu todo o racionalismo e tecnicismo de reformas urbanistas que o precederam, como a de George-Eugène Hausmann, em Paris, que priorizou o fluxo de pessoas e mercadorias. Entendendo que a produção da paisagem urbana de Belo Horizonte não se limitou ao período de sua construção, esse trabalho investigou a ação da Força Pública de Minas Gerais na repressão de indivíduos considerados indesejáveis e que eram incompatíveis com o projeto modernista da época. Para tanto, esse estudo apoiou-se no conceito do geógrafo Denis Cosgrove, para quem a paisagem seria uma representação cultural e se manifestaria numa relação de dominância entre as culturas. Dessa forma, essa pesquisa focou nas atividades da Guarda Civil de Belo Horizonte, representadas pelas prisões correcionais. Visando contribuir com a história das polícias no Brasil, processou-se também um apanhado sobre a formação da Força Pública e, dentro dela, dos papéis da Guarda Civil e do Chefe de Polícia. Palavras-chave: Polícia. Belo Horizonte. Primeira República. Paisagem. Modernidade.Item Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do município de Belo Horizonte: relações raciais e políticas patrimoniais(Universidade Federal de Viçosa, 2023-08-30) Santos, Eduarda Alves; Silva, Thiago Henrique Mota; http://lattes.cnpq.br/9722688700860469A proposta desta pesquisa consiste em analisar a atuação do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte- CDPCM-BH na implementação da política patrimonial, de natureza material, no que diz respeito às ações voltadas para as relações raciais. O recorte temporal desta pesquisa compreende as décadas de 1984-1995, período em que a cidade de Belo Horizonte foi marcada por mudanças significativas, que refletiram na política patrimonial na capital mineira. O período também compreende os tombamentos do Terreiro Ilê Wopo Olojukan: Deus mais do que tudo (1995), e da Irmandade Nossa Senhora do Rosário do Jatobá (1995). Os documentos referentes a estes acontecimentos compõem a fonte deste trabalho, considerando que objeto da pesquisa é o racismo na política patrimonial de Belo Horizonte. Por se tratar de uma política patrimonial pouco discutida pela literatura acadêmica, buscou-se, neste estudo, analisar as principais características e a dinâmica desses ocorridos em face dos critérios universalizantes que regulam os procedimentos de tombamento e elegibilidade de seus beneficiários. Esses critérios reforçam relações de poder discriminatórias, constituindo desigualdades e demarcando fronteiras. No produto desta pesquisa destaca-se a importância da Educação Patrimonial Antirracista como um importante instrumento para superar as imagens negativas das histórias negras; fortalecer as experiências, as contribuições e as perspectivas negras, como também oportunizar uma nova forma de pensar e olhar os corpos e as expressões negras, atuando assim na luta contra as desigualdades raciais na capital mineira. Palavras-chave: Racismo. Política patrimonial. Educação patrimonial antirracista.