Meteorologia Agrícola
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Item Análise de métodos simplificados de estimativa da ETo e da sensibilidade das variáveis do cálculo da lâmina de irrigação para a cultura do café(Universidade Federal de Viçosa, 2003-09-10) França Neto, Adjalma Campos de; Matovani, Everardo Chartuni; http://lattes.cnpq.br/5776016318597973A determinação da evapotranspiração de referência (ETo) é um parâmetro básico de extrema importância para a definição das necessidades hídricas das culturas e do momento da irrigação. No manejo desta são necessárias informações meteorológicas que permitam estimar, com maior nível de precisão, a evapotranspiração das culturas. A utilização de estações meteorológicas automáticas nem sempre é possível em propriedades agrícolas em razão do seu elevado custo inicial e da infra-estrutura necessária, tornando o uso de estações simplificadas que medem temperatura e precipitação uma das únicas opções viáveis. Nesse caso não é possível o emprego da metodologia-padrão de Penman-Monteith, sendo necessário o uso de outros métodos mais simples e menos precisos. Este trabalho constituiu-se de duas etapas. A primeira teve como objetivos: a) a avaliação e calibração da evapotranspiração de referência (ETo) de dois métodos simplificados, Hargreaves-Samani (HS) e Blaney-Cridle-FAO (BC-FAO), ao método-padrão (Penman-Monteith); e a realização de ajustes para otimização dos métodos simplificados, gerando informações importantes para suporte ao manejo de irrigação nas principais regiões produtoras de café do país. Ainda na primeira etapa, os resultados das estimativas foram obtidos em função dos dados climáticos disponíveis de cada localidade em estudo, com o auxílio do software IRRIGA. As cidades de interesse para o estudo foram selecionadas de acordo com a representatividade das características da região entre os principais centros produtores de café: Cerrado, Leste, Sul e Zona da Mata de Minas Gerais, Oeste e Sudoeste da Bahia, sendo as cidades escolhidas Araguari, Patrocínio, Caratinga, Lavras, Varginha e Viçosa, em Minas Gerais; e Vitória da Conquista e Barreiras, na Bahia. Os sistemas de plantio foram separados em dois grupos: lavouras mecanizadas e lavouras não-mecanizadas. Em todas as localidades, a equação de Hargreaves & Samani se ajustou melhor à equação de Penman-Monteith, sendo esta a recomendável para o manejo da irrigação em condições de limitação de disponibilidade de dados climáticos. A segunda etapa teve o objetivo de promover uma análise de sensibilidade da lâmina bruta de irrigação aos componentes do modelo. E a utilização do método de Hargreaves & Samani para determinação da evapotranspiração de referência (ETo) foi o parâmetro que apresentou maior coeficiente de sensibilidade relativa (Sr), de 0,60. O erro na utilização desse método com relação ao método-padrão transferiu um erro médio compreendido entre 3,10 e 3,90%, variando de acordo com a combinação com outros parâmetros necessários à determinação da lâmina bruta, como: coeficiente de estresse hídrico (Ks), coeficiente de localização (Kl), coeficiente de cultura (K c ) e a eficiência de aplicação do sistema. O coeficiente de localização (Kl) apresentou 0,5 como valor médio do coeficiente de sensibilidade (Sr); porém, devido à discrepância entre os valores dos dois métodos utilizados (Keller e Fereres) para o cálculo do Kl, os erros médios transferidos alcançaram valores de até 17,80%.Item Capacidade de retenção e freqüência de aplicação de solução nutritiva ao sistema radicular da alface em cultivo hidropônico (NFT)(Universidade Federal de Viçosa, 2003-08-11) Pugliesi, Nelson Luiz; Zolnier, Sérgio; http://lattes.cnpq.br/6102815823364524O experimento foi conduzido em casa-de-vegetação não climatizada, na área experimental da Meteorologia Agrícola, da Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, em 2002. O sistema hidropônico utilizado foi do tipo NFT, técnica do fluxo laminar de nutrientes. Foram estudadas três cultivares de alface (Lactuca sativa L.). A semeadura foi em 19 de abril, o transplante para as bancadas definitivas em 10 de maio, e a colheita final foi 29 dias após o transplantio, foi observado um total de 438,18oC graus-dia acumulados (GDac) ao final do cultivo. Os objetivos deste trabalho foram: a) determinar experimentalmente uma equação de regressão para a retenção de solução nutritiva nas raízes para as três variedades de alface estudadas, e b) simular o regime de acionamentos do conjunto moto-bomba controlado por um sistema dinâmico que estima, em tempo real, o balanço hídrico em função das variáveis climáticas e da água disponível no sistema radicular da alface. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com três tratamentos (cultivares), e duas repetições (bancadas de cultivo). Foram efetuadas seis amostragens em intervalos de cinco dias. Foram pesados sistemas radiculares, espumas fenólicas e água retida no sistema radicular. A capacidade de retenção de água no sistema radicular foi modelada por meio de uma equação expolinear, usando como termo independente GDac. A capacidade de retenção de água pela espuma fenólica não apresentou variação significativa entre variedades, sendo igual a 6,0 g planta -1 . Em contrapartida, a capacidade de retenção de água pelas raízes externas à espuma fenólica apresentou variação que pôde ser expressa na forma de equações expolineares, com R 2aj de 95,8%, 99,7% e 98,8%, para as cultivares Regina, Grand Rapids e Great Lakes, respectivamente. Nos primeiros dias após o transplantio a capacidade de retenção de água do sistema radicular foi igual à da espuma fenólica (6,0 g planta -1 ). Resultados obtidos na simulação do regime de acionamentos do sistema permitem dizer que, de forma geral, sistemas hidropônicos temporizados manejados conforme indicações encontradas na literatura, especialmente os regimes com intervalos entre irrigações de 30 minutos ou menos, superestimam a demanda evapotranspirométrica, além de serem insensíveis ao desenvolvimento radicular da cultura e às condições climáticas. A simulação indicou ainda a redução no consumo de energia elétrica do sistema dinâmico de pelo menos 64 % quando comparado ao consumo no sistema temporizado.Item Captura e utilização da radiação na cultura da soja [Glycine max (L.) Merrill] com e sem irrigação em diferentes estádios de desenvolvimento(Universidade Federal de Viçosa, 1997-10-06) Confalone, Adriana Elisabet; Costa, Luiz CláudioObjetivando avaliar o comportamento da cultura da soja [Glycine max (L.) Merril], variedade Capinópolis, sob estresse hídrico, foi conduzido um experimento de campo na área experimental Vila Chaves, na Universidade Federal de Viçosa, Viçosa-MG. Neste experimento. foram estudadas as variações na eficiência de utilização da radiação, observando o comportamento da cultura em relação à captura e utilização da radiação em condições de estresse hídrico, aplicado durante os estádios vegetativo, de florescimento e de enchimento de grãos. No período vegetativo, o estresse hídrico provocou uma redução no índice de área foliar, cujos valores atingiram de 5,5 a 3,6, para o tratamento irrigado e o não-irrigado, respectivamente. Houve ocorrência de perda da radiação, provocada pelo fechamento lento do dossel, e consequente diminuição da matéria seca, nos tratamentos estressados. Esse estresse intensificou-se ao longo do ciclo, no tratamento não-irrigado. O tratamento que começou a ser irrigado no período de florescimento apresentou grande recuperação dos elementos de captura de radiação. A perda de radiação observada nos tratamentos que estavam sob estresse hídrico foi compensada por um aumemo na eficiência de utilização da radiação. Nos outros períodos fenológicos, essa compensação foi parciaI. Os valores da eficiência de utilização da radiação variaram entre 1.73 e 2.87, dependendo do tratamento e do período fenológico. Quando a cultura foi irrigada, a eficiência de utilização da radiação permaneceu relativamente constante, devendo-se ressaltar que na fase vegetativa ocorreram os maiores aumentos dessa eficiência. Não foram encontradas difereças significativas quanto a modificações na estrutura do dossel, nos tratamentos néo-irrigados, mas houve tendência a menores valores do coeficiente de extinção da luz o que provocou melhor distribuição da luz dentro do dossel.Item Estimativa da evapotranspiração do tomateiro em dois sistemas de condução(Universidade Federal de Viçosa, 2003-12-22) Palaretti, Luiz Fabiano; Mantovani, Everardo Chartuni; http://lattes.cnpq.br/2852057270640619Este trabalho foi desenvolvido na área experimental da empresa Agrotech, situada na cidade de Pará de Minas -MG,durante os meses de junho a novembro. A área experimental possui 2500 m 2 e foi cultivada com tomate. Foram transplantadas 1880 mudas de tomate da variedade Sheila e 1640 mudas da variedade Débora. O trabalho teve como objetivos o estudo da evapotranspiração e necessidades hídricas do tomateiro em condições de campo, utilizando-se dois sistemas de condução da cultura; Estudar a lâmina de irrigação nas variedades Sheila e Débora; Estudar a interferência da lâmina de irrigação na incidência do distúrbio fisiológico conhecido Podridão apical (“fundo preto”); Comparar dois sistemas de condução, em relação ao desenvolvimento e a produtividade: (1) espaçamento de 0,80 metros entre plantas, com duas hastes por planta; (2) espaçamento de 0,40 metros entre plantas com uma haste por planta; Determinar o coeficiente de cultura (Kc) para os sistemas de produção citados em condições de canteiros com e sem cobertura plástica; Determinar os valores de graus dias para a cultura do tomateiro. A lâmina de irrigação que proporcionou os melhores resultados de produtividade e uma menor incidência de podridão apical foi a de 696 mm para as duas variedades.A incidência de podridão apical foi maior na lâmina de 463 mm. Não houve interação significativa para a relação condução x lamina aplicada.Observou-se um maior numero de frutos totais, comerciais e não comerciais para o sistema de condução 1 em relação ao 2. Observou-se uma maior incidência de podridão apical no sistema de condução 1 em relação ao 2, fato explicado pela maior quantidade de frutos de um em relação a outro. O sistema de condução 2 apresenta frutos com maior peso em relação ao sistema de condução 1. Pode-se concluir que embora o sistema 2 apresente menos frutos que o sistema 1, a sua superioridade em relação a produtividade foi da ordem de 33 t/ha. Para adoção desse novo sistema de condução se faz necessário um estudo da relação custo beneficio levando em conta um maior custo inicial com aquisição de mudas. O ciclo total da cultura foi de 148 dias, totalizando 1548 graus dias para essas condições de cultivo, considerando uma temperatura basal de 10o C. O software IRRIGA apresentou-se como uma excelente ferramenta para a realização do manejo da irrigação propiciando um rigoroso gerenciamento da quantidade de água a ser aplicada e o momento exato da aplicação. O efeito da cobertura do solo acarretou um aumento na demanda hídrica da cultura, no vigor vegetativo e no desenvolvimento das raízes. Percebeu-se também que o sistema de condução com 0.4 metros entre plantas com uma haste/planta teve uma maior demanda hídrica, fato que pode estar relacionado com o stand de plantas/ha. Os valores de Kc encontrados para o sistema de condução 0,8 metros entre plantas com duas hastes/planta para os canteiros com cobertura plástica foram de 0,75; 1,10; 1,15 e 0,86 e 0,53; 0,80; 1,08 e 0,73 para os canteiros sem cobertura nos respectivos estádios de desenvolvimento (floração, frutificação, colheita 1 e colheita 2). Os valores de Kc encontrados para o sistema de condução 0,4 metros entre plantas com uma haste/planta para os canteiros sem cobertura plástica foram de 0,80; 1,05; 1,12 e 0,85 e 0,92; 1,17; 1,22 e 1,03 para os canteiros com cobertura plástica.Item Estimativa da radiação global e do termo aerodinâmico da equação de Penman para Cajamarca - Peru(Universidade Federal de Viçosa, 1989-10-19) Diaz Uriarte, Santiago Joaquin; Sediyama, Gilberto ChohakuPara as condições de Cajamarca, na Serra Norte do Peru, com latitude 7°10'S. longitude 78°30'w e altitude 2600m, foram determinados, por regressão linear, os parâmetros mensais e anuais do modelo Angstrom-Prescott, que quantifica a irradiância solar global (Q) em função da irradiância solar no topo da atmosfera (Qo), e os valores da razão entre o brilho solar medido (n) e a duração do sol acima do horizonte (N). Os resultados da análise de covariância mostram que não existem diferenças significativas entre as regressões mensais,sendo possível o uso do modelo anual. Dentre os parâmetros utilizados no modelo de Angstrom-Prescott para a estimativa da irradiância solar, os determinados por Glover e McCulloch, em 1958. são tão precisos quanto os desenvolvidos no presente trabalho, sendo que os desenvolvidos por Penman, Prescott e Bennet apresentam os maiores erros de estimativa em comparação com os valores medidos com o piranômetro. A partir dos dados da evaporação no evaporimetro de Piche, da velocidade do vento e do défcit da pressão de saturação de vapor d'água, foi desenvolvido um modelo similar ao apresentado por Penman (1956), para a estimativa do poder evaporante da atmosfera, cujos valores apresentam di{erenças significativas a 1% de probabilidade. sendo menores os valores do modelo original. 0s resultados anteriormente mencionados foram introduzidos no modelo de Penman para a estimativa da ETp, cujos resultados para os dados de 1981, segundo o teste t, apresentam diferenças significativas a 1% de probabilidade. 0 modelo original subestima a ETp, em virtude. basicamente, do erro na estimativa do balanco de radiação.Item Estudo de sensores de baixo custo para estação meteorológica automática(Universidade Federal de Viçosa, 2003-08-29) Sugawara, Márcio Takeshi; Mantovani, Everardo Chartuni; http://lattes.cnpq.br/5069174971792948A utilização de estações meteorológicas automáticas é importante para diversas atividades na agricultura moderna, com destaque para o manejo da irrigação, previsão de safra, previsão de doenças e aplicação de defensivos agrícolas. Apesar dos avanços tecnológicos e de preços, tem-se observado, ainda, dificuldades, por parte dos produtores rurais na instalação de estações meteorológicas automáticas, principalmente em razão dos custos de implantação e de manutenção. Assim, este trabalho objetivou o estudo de sensores com componentes eletrônicos comerciais, visando ao desenvolvimento de uma estação meteorológica automática de baixo custo. Os testes foram realizados no Laboratório de Automação e Irrigação de Precisão do Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa. Foram testados sensores para medir a temperatura, a umidade relativa e a irradiação solar. Os sensores foram ligados a circuitos divisores de tensão e conectados a um sistema de aquisição automática de dados, ligado a um microcomputador do tipo PC, por meio da porta serial. No sensor de temperatura foi testado o termistor tipo coeficiente de temperatura negativo (NTC) com resistência de 10kΩ, a 25°C, e constante do material de 4000K (óxido de ferro e titânio). Como sensor de irradiação solar foi testado o transistor 2N3055 (Toshiba e SID). No sensor de umidade relativa foi testado o sensor capacitivo HIH-3610 (Honeywell), enquanto o de temperatura teve desempenho adequado, com ajuste linear com r 2 de 99%, e não foi afetado pelo tipo de abrigo, já o sensor de umidade relativa apresentou erros de 4,9 e 2,31% para os abrigos de polietileno e alumínio, respectivamente. Por sua vez, o sensor de radiação apresentou erros de 0,42 e 1,41Wm -2 , respectivamente para os intervalos de 265 a 1,300Wm -2 e 0 a 265Wm -2 . Os resultados indicaram a viabilidade de uso dos sensores alternativos na estação meteorológica, a fim reduzir custos, ressaltando-se que os sensores-teste e o abrigo de sensores representaram 3,7% do custo do sensor-padrão.Item Extremos climáticos na África Sub-Sahariana: 1976-2005 e 2020-2050(Universidade Federal de Viçosa, 2018-06-29) Talacuece, Manuel António Dina; Justino, Flávio Barbosa; http://lattes.cnpq.br/6952428435312325O presente estudo examina o comportamento das tendências e significância de oito índices climáticos extremos com base em séries de 30 anos (1976-2005) e futuro mais próximo de 31 anos (2020-2050) da África Sub-Sahariana (do inglês, SSA), assim como, as correlações entre índices climáticos extremos com quatro índices oceânicos e com os rendimentos da produtividade do feijão comum e milho nos períodos de 1976-2005 na área do domínio do estudo. Com base nos cálculos das tendências e das correlações foi possível determinar as regiões correlacionadas e afetadas com os índices. As tendências futuras foram avaliadas com base nas projeções de seis modelos regionais climáticos do projeto Coordinated Regional Climate Downscaling Experiment (CORDEX), e com a média dos seis modelos em causa, forçados por dois cenários de média emissão RCP4.5 e de alta emissão RCP8.5. No período histórico, existe uma tendência positiva na precipitação total anual, é por isso que, o número de dias secos consecutivos aumenta menos significativamente, o número de dias consecutivos úmido aumenta menos significantemente, máximo de 5 dias de chuva aumenta menos significante, valor máximo e mínimo de temperatura diária aumentam significantemente, duração do período quente e amplitude térmica diária aumenta menos significantemente. O clima futuro mostra um aumento negativo na precipitação total anual, para o RCP4.5 e um aumento positivo para o RCP8.5, o número de dias secos consecutivos aumenta para RCP4.5 e diminui no RCP8.5, o número de dias consecutivos de úmido diminui para o RCP4.5 e aumente para RCP8.5 e o máximo de 5 dias de chuva aumenta menos significante para RCP4.5 e RCP8.5. O valor máximo e mínimo de temperatura diária, duração do período quente aumentam para RCP 4.5 e RCP 8.5, enquanto a amplitude térmica diária diminui para os cenários RCP 4.5 e RCP 8.5.Item Fração da radiação fotossinteticamente ativa absorvida pela Floresta Tropical Amazônica: uma comparação entre estimativas baseadas em modelagem, sensoriamento remoto e medições de campo(Universidade Federal de Viçosa, 2004-02-12) Senna, Mônica Carneiro Alves; Costa, Marcos Heil; http://lattes.cnpq.br/6979755116834577Esta tese tem o objetivo de comparar a fração da radiação fotossinteticamente ativa absorvida (FAPAR) pela floresta tropical Amazônica obtida por medições de campo, e estimada por modelagem e sensoriamento remoto. Os dados de campo foram coletados na Floresta Nacional de Tapajós, localizada em Santarém (PA). O modelo utilizado foi o IBIS, que simula os fluxos no sistema solo- vegetação-atmosfera considerando duas camadas de vegetação. Foi utilizado o produto mensal da FAPAR do MODIS, sensor a bordo do satélite Terra. A FAPAR baseada em observações de campo foi calculada a partir da PAR incidente e refletida no topo do dossel, e incidente a 15 m de altura, e foi posteriormente corrigida para ser representativa de todo o dossel, sendo obtido o valor médio de 0,91. A FAPAR simulada pelo IBIS apresentou um valor médio de 0,76. A média da FAPAR estimada pelo MODIS foi 0,85. Os resultados baseados nas medições de campo são coerentes, pois encontram respaldo na literatura. Os valores obtidos pelo IBIS, apesar de inferiores, concordam com os obtidos pelo modelo CLM, porém a amplitude da absorção da PAR pelo dossel precisa ser melhor representada.Item Influência de variáveis meteorológicas na produção e decomposição de liteira na estação científica Ferreira Penna, Caxiuanã, PA(Universidade Federal de Viçosa, 2004-10-27) Silva, Rosecélia Moreira; Costa, José Maria Nogueira da; http://lattes.cnpq.br/2265654785335940A avaliação da influência da exclusão da água de chuva sobre a variação na produção de liteira foi realizada na Reserva Florestal de Caxiuanã – Estação Científica Ferreira Penna (1o 42’ S, 51o 31’ W) durante o período de março de 2001 a fevereiro de 2003, visando identificar as principais variáveis meteorológicas e do balanço hídrico mensal que influenciaram a produção e decomposição de liteira. Este trabalho é parte do subprojeto EXPERIMENTO DE SECA NA FLORESTA (ESECAFLOR), que visa estudar o impacto de seca prolongada na floresta nos ciclos de massa e de energia. A sazonalidade na produção de liteira e de seus componentes (folhas, gravetos e partes reprodutivas) ficou bem caracterizada, com a ocorrência da maior produção nos meses da estação menos chuvosa. A produção total mensal de liteira variou durante o período experimental, de 294,78 kg.ha-1 a 1758,69 kg.ha-1, com um valor médio de 777,70 kg.ha-1, com uma distribuição nas frações folhas, gravetos e partes reprodutivas de 61,40%, 18,45% e 20,14%, respectivamente. Os resultados obtidos na parcela sob condições naturais foram aproximadamente, 25% superior aos valores de produção de liteira na parcela submetida a estresse hídrico devido a exclusão da água da chuva na parcela. As taxas de decomposição de liteira para as malhas grossa, média e fina foram satisfatoriamente descritas pelo modelo exponencial proposto por Olson (1963). As variáveis mais fortemente correlacionadas com a produção de liteira e, ou, suas componentes foram a velocidade do vento, a radiação solar global, a radiação fotossinteticamente ativa, a temperatura do solo (a 5 cm de profundidade) e a precipitação. Dentre as variáveis do balanço hídrico destacaram-se as correlações com o teor de umidade do solo, excesso hídrico e deficiência hídrica. As análises de regressão realizadas entre a produção total de liteira e suas componentes com as variáveis meteorológicas e, ou, do balanço hídrico mensal não foram satisfatórias para fins preditivos.Item Irradiância solar direta: desenvolvimento e avaliação de modelos, e sua distribuição espacial e temporal para o estado de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 1995-11-08) Souza, Maria José Hatem de; Alves, Adil Rainier; http://lattes.cnpq.br/7970272190518262Com o propósito de fazer um levantamento do potencial de energia solar direta no Estado de Minas Gerais, avaliaram-se o desempenho de vários modelos e as metodologias para a estimação da irradiância solar direta, sobre uma superfície horizontal. Dentre as metodologias e os modelos avaliados, o que apresentou o melhor desempenho, para Viçosa – MG, foi o modelo linear de Hussain, que correlaciona a irradiância solar direta com a insolação, com os coeficientes determinados para a localidade de Calcutá, Índia, tanto para a estimação da irradiância direta horária quanto para a estimação da direta diária, média mensal sobre uma superfície horizontal. Este modelo foi testado, juntamente com outros, para a localidade de Januária – MG, apresentando bons resultados. Em virtude do bom desempenho apresentado pelo modelo linear de Hussain, determinou-se, por análise de regressão linear, o valor anual do coeficiente angular de Hussain, utilizando os dados de radiação direta e de insolação, obtidos em Viçosa. Esta equação foi empregada para estimar a radiação direta diária para Januária, obtendo-se resultados ligeiramente melhores que os obtidos pela equação de Hussain, com os coeficientes de Calcutá. Com o intuito de fazer uma estimativa preliminar do potencial de radiação direta para o Estado de Minas Gerais, utilizaram-se dados de insolação referentes ao período de 1961 a 1990 de 77 estações do INMET, sendo 49 do Estado de Minas Gerais e as restantes pertencentes aos estados vizinhos, para estimar a radiação direta diária, sobre uma superfície horizontal, a partir da equação desenvolvida para Viçosa. Com base nesta estimação, foram confeccionados mapas com isolinhas de irradiância solar direta para o Estado de Minas Gerais. Em termos de aproveitamento da energia solar direta apesar de algumas áreas apresentarem baixos valores, o potencial do Estado é elevado. Considerando os valores de incidência de radiação direta de todas as localidades de Minas, tem-se uma média geral de 9,2 MJ.m-2.dia-1, durante o ano, sendo o Norte do Estado a região de maior incidência e o Sul de menor. Outras áreas com valores intermediários, Noroeste e Oeste, também têm potencial apreciável.Item Modelagem ecofisiológica de cultivos de eucalipto em regiões subtropicais do Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2015-06-23) Klippel, Valéria Hollunder; Ribeiro, Aristides; http://lattes.cnpq.br/1423964721747306O sul do Brasil tem se mostrado promissor à expansão da silvicultura, como uma área de interesse para a implantação de novos plantios de eucalipto. Contudo, essa região apresenta condições climáticas bastante peculiares, com frios bem rigorosos sendo comum a ocorrência de geadas em algumas áreas. São importantes estudos com espécies de Eucalyptus resistentes ao frio, buscando conhecimento sobre os processos ecofisiológicos e a produtividade dos plantios dessas espécies em condições de campo, diante das diferentes variações sazonais do clima verificadas na região Sul do Brasil. Diante disso o estudo teve como objetivo avaliar a produtividade potencial e as trocas gasosas de plantios jovem e adulto de Eucalyptus saligna e estudar o comportamento ecofisiológico de três espécies de eucalipto de clima subtropical (Eucalyptus saligna, E. dunnii e E. benthamii), em diferentes períodos climáticos. Assim, um experimento foi conduzido em áreas pertencentes à Empresa CMPC, no município de Eldorado do Sul – RS. Para avaliação do comportamento ecofisiológico de plantios jovens (idades de 15, 19 e 22 meses) de Eucalyptus saligna, E. dunnii e E. benthamii e de plantios jovens (15 a 22 meses) e adulto (57 a 76 meses) de Eucalyptus saligna foram realizadas medições ecofisiológicas em julho de 2013 (período frio), novembro de 2013 (período intermediário) e fevereiro de 2014 e 2015 (período quente). A fim de parametrizar, calibrar e validar o modelo 3-PG para plantios de Eucalyptus saligna foram coletados, ao longo de um ciclo produtivo (12 a 103meses), dados de inventário, biomassa da parte aérea e raiz e volume de lenho. Foram determinadas a área foliar específica (AFE) e a fração de galho e casca em relação à biomassa da parte aérea (FGC) excluindo as folhas. Foi estimado o índice de área foliar (IAF) e monitorada a taxa de queda de serapilheira. Com base nos parâmetros fisiológicos avaliados, nota-se melhor desempenho do E. benthamii, sendo este, sempre igual ou melhor que o E. saligna e E. dunnii. No entanto, o E. saligna apresentou maior IAF. Menores valores de Ψ w verificados no período quente ocorreram devido à redução na disponibilidade hídrica, e afetaram principalmente o E. saligna. Menores temperaturas do ar observadas no período frio reduziram a α das três espécies estudadas e favoreceram os valores da J max . Com relação aos plantios jovem e adulto de E. saligna, maiores valores diários de A e E ocorreram no período intermediário, havendo semelhança no comportamento dos dois plantios. No período quente houve redução das médias de A, gs e E, sendo observados valores superiores para o plantio adulto. A redução dos parâmetros das trocas gasosas no período quente está relacionada com a maior demanda atmosférica verificada nesse período, onde foram observados maiores valores de temperatura do ar e DPV. O plantio adulto apresentou taxas de fotossíntese em luz saturante e A max significativamente maiores quando comparadas ao plantio jovem, em todos os períodos climáticos considerados no estudo. Não houve fotoinibição para as espécies de eucalipto em nenhum período climático estudado. A variação da alocação de biomassa ao longo da idade para os povoamentos de E. saligna, acompanha a tendência geral observada para diversas espécies, onde os componentes lenho e casca aumentaram sua proporção ao longo do ciclo, e os componentes folhas, galhos e raízes diminuíram a proporção em relação a biomassa total com o passar do tempo. O incremento médio anual (IMA) sem casca aos 103 meses de idade foi de 51 m 3 ha -1 ano -1 , muito acima da produtividade média dos plantios brasileiros de eucalipto. Os valores de IAF foram crescentes até 29 meses de idade, com posterior redução. A máxima deposição de serapilheira (60 meses) foi de 3,07 ton ha -1 , e as maiores quedas de serapilheira ocorrem nos meses de janeiro e fevereiro. O desempenho do modelo 3- PG foi satisfatório ao simular o crescimento de florestas de eucalipto. As estimativas obtidas pelo modelo apresentaram correlação com os dados observados, tanto na etapa de calibração, quanto na de validação.Item Modelo agroclimático para a estimativa da produtividade do milho (Zea mays L.) na Região Lagunera – México(Universidade Federal de Viçosa, 1991-07-03) Garcia Herrera, Gabriel; Sediyama, Gilberto ChohakuForam estudados modelos agroclimáticos de estimativa de produtividade do milho para a Região Lagunera do México, tais como: a) 0 modelo proposto por Camargo, que considera a redução da produtividade da cultura pelos fatores térmico e hídricos (deficiências e excedentes); e b) 0 modelo que considera a tendência tecnologica e a influência dos parâmetros agroclimáticos. Pelo modelo agroclimático de Camargo, identificou-se a necessidade de incluir o componente irrigação que representou, em grande parte, a tendência tecnológica para a estimativa da produtividade do milho na Região Lagunera. Por meio dos modelos agroclimáticos gerados para o período de 1967 a 1980, com base nos parâmetros agroclimáticos de Frére e Popov, assim como os de Camargo, ambos incluindo a tendência tecnológica, explicaram-se 83 e 87% da variação total da produtividade do milho. respectivamente. Para o período de 1980 a 1988, as modelos agroclimáticos de Camargo e de Frére e Popov permitiram explicar 82 e 99% da variação total da produtividade do milho, respectivamente. Considerou-se necessária a verificação da consistência dos nodelos agroclimáticos avaliados, com informações de Produtividade e dados climáticos para um Período maior de anos.Item Produtividade e incidência de doenças no cafeeiro sob diferentes lâminas de irrigação(Universidade Federal de Viçosa, 2006-02-17) Nunes, Victor de Vasconcelos; Mantovani, Everardo Chartuni; http://lattes.cnpq.br/2640363311117499A cafeicultura é uma atividade cara, mas rentável, que emprega grande quantidade de mão-de-obra, tanto direta quanto indiretamente. Umas das grandes revoluções na cafeicultura atual foi justamente à adoção da irrigação em áreas consideradas climaticamente marginais ou inaptas para a cultura. Sabe-se, hoje, que a irrigação, concomitantemente com o seu manejo ou gerenciamento, desde que seja conduzida com técnica, é uma grande mola propulsora para agregação de valor ao produto final. O controle de pragas e doenças é outro ponto importante a ser considerado na condução de qualquer cultura, dentre as quais a do café. Um dos grandes gargalos, não só da cultura do café, mas de qualquer outra, é o controle de doenças e pragas, a fim de se obter produtividade ótima e diminuir os custos de produção. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito das lâminas de irrigação na incidência e severidade da ferrugem, da cercosporiose e na produtividade do cafeeiro irrigado por gotejamento. O experimento foi conduzido na Fazenda Vista Alegre, município de Jaboticatubas - MG, situada a 19o30' S, 43o44' W e 700 metros de altitude. O relevo da região é classificado como fase cerrado e o solo é classificado como Latossolo Vermelho Distrófico. A pesquisa, realizada no período de agosto de 2004 a setembro de 2005, envolveu tratamentos com diferentes lâminas de irrigação, tomando por referência a lâmina diária requerida pelo xvprograma IRRIGA-GESAI, "T4" (100%) e, a partir dela, estabeleceu-se duas lâminas abaixo, "T2" (51%) e "T3" (72%), e duas lâminas acima, "T4" (124%) e "T5" (145%), além do tratamento testemunha, sem irrigação, "T1". O delineamento experimental foi de blocos casualisados com parcelas subdivididas, ou seja, uma subparcela com duas aplicações do fungicida Opera e outra sem nenhuma aplicação do fungicida. Utilizou-se o método FAO 24 modificado, com evapotranspiração de referência (ETo) calculada pela equação de Penman-Monteith, Kc de 0,9 para a fase adulta, Ks pelo método logaritmo e Kl proposto por Keller & Bliesner. Os resultados das produtividades médias obtidas para os tratamentos T1 a T6 que não receberam aplicação do fungicida foram: 22,54, 28,76, 31,14, 37,81, 39,92 e 40,28 sc.ha -1 , enquanto que para os tratamentos T1 a T6 que receberam aplicação do produto opera durante o período da pesquisa, foram: 27,30, 32,97, 34,84, 44,89, 46,02, 46,70 sc.ha -1 . A produtividade média dos tratamentos sem o fungicida Opera foi de 33,41 sc.ha -1 , enquanto nos tratamentos com aplicação do fungicida foi de 38,79 sc.ha -1 , o que representa um acréscimo de 13,8% nos tratamentos que tiveram aplicação do fungicida. Observou-se pelo teste de Tuckey a 5% de probabilidade que houve diferença significativa na produtividade, do grupo de tratamentos das lâminas abaixo de 100% (T1, T2 e T3) quando comparada com o grupo de tratamentos das lâminas acima de 100% (T4, T5 e T6). Também não se observou influência da lâmina de irrigação na incidência de ferrugem. Ao contrário, observou-se interação significativa da lâmina de irrigação com a incidência de cercosporiose a 5% de probabilidade pelo teste de Tuckey. Do ponto de vista econômico, considerando o fator custo-benefício, o tratamento 4, referente à lâmina de 100% foi o que mais se adequou as condições da fazenda.Item Simulação da evaporação da água da chuva interceptada pela floresta amazônica(Universidade Federal de Viçosa, 2000-07-03) Silva, Vicente de Paulo; Ribeiro, Aristides; http://lattes.cnpq.br/6020248304010554Neste estudo, investigou-se a relação entre o regime de chuva observado e a evaporação da água da chuva interceptada pela floresta Amazônica. Simulou-se a evaporação horária da água interceptada pela floresta, para o ano de 1992, aplicando o modelo de Rutter em duas localidades da bacia Amazônica. Os dados climáticos necessários a este estudo foram coletados durante a execução do Projeto ABRACOS. Verificou-se que a quantidade de água da chuva evaporada, diretamente, durante os períodos de molhamento do dossel atingiu níveis até três vezes maiores que aqueles da evapotranspiração potencial máxima, observada nas duas localidades. A perda total de água da chuva, pela interceptação, foi de 11,2% em Manaus e de 12,6% em Ji-Paraná. A maior freqüência de chuvas de menor intensidade e o menor período de recorrência, observados a sudeste da bacia, podem explicar essa diferença.Item Suscetibilidade do ambiente a ocorrências de queimadas sob condições climáticas atuais e de aquecimento global(Universidade Federal de Viçosa, 2009-02-13) Melo, Anailton Sales de; Justino, Flavio Barbosa; http://lattes.cnpq.br/0741981100086425As queimadas, a nível global, são a segunda maior fonte de emissões de gases de efeito estufa. Um passo importante para a redução dos impactos das queimadas é por meio de investigação da suscetibilidade que um determinado ambiente possui para a queima ou mesmo para o alastramento do fogo (risco de fogo). Diante da necessidade de se conhecer possíveis implicações das mudanças na circulação atmosférica, em um futuro próximo, pretendeu-se, neste trabalho, investigar a suscetibilidade do ambiente a ocorrência de queimadas, baseado em dois índices de risco de queimadas: Índice de Haines (IH) e Índice de Setzer (IS). Para tanto, dados de modelagem numérica do modelo ECHAM5/MPI-OM, e dados das reanálises do NCEP são empregados para os cálculos dos referidos índices em dois períodos: atual (1980-2000) e projeções climáticas para o final do século (2080-2100). Com base nos resultados, concluiu-se que os modelos de risco de fogo reproduziram bem as áreas com maior incidência de queimadas sob condições atuais. A comparação entre os resultados proposto pelo IH e o IS mostra que a metodologia de Setzer intensifica o nível de risco máximo, e sob condições de Aquecimento Global (AG) observou-se um aumento na área de risco em especial para a região Amazônica em ambos os conjuntos de dados. Isto resulta do maior secamento da atmosfera associada à escassez de chuvas e ao aumento da temperatura, em particular para a região Centro-Oeste do Brasil.Item Uso do sensoriamento remoto radiométrico para a estimativa da largura do rio na Bacia do Araguaia(Universidade Federal de Viçosa, 2014-07-30) Cruz, Patrícia Porta Nova da; Costa, Marcos Heil; http://lattes.cnpq.br/4533589713518251Os recursos hídricos são de suma importância para a manutenção da vida em nosso planeta e, por isso, conhecer a sua real disponibilidade em uma localidade é uma questão primordial nos tempos atuais para estabelecer estratégias de uso racional e sustentável dos mesmos. Para isso, torna-se indispensável realizações de pesquisas que possibilitem obter informações sobre o comportamento e a dinâmica dos hidrossistemas continentais, o que pode ser feito por meio do uso combinado de dados climatológicos e hidrológicos concisos e representados por longas séries temporais. Porém, poucas regiões do globo dispõem de longos períodos com registros de dados para estudos rigorosos dos hidrossistemas continentais. E, ainda assim, mesmo nos locais onde existem longas séries de dados, poderá haver períodos com falhas ou informações inconsistentes, gerando limitações que penalizam e dificultam a compreensão da variabilidade de processos que regulam o funcionamento dos hidrossistemas continentais e a previsão do ciclo hidrológico. Para preencher a ausência de série de dados ou falhas nos mesmos, o sensoriamento remoto é uma ferramenta de grande potencial para se criar banco de dados com diversas aplicabilidades nas pesquisas hidrológicas, como por exemplo, a inicialização de modelos hidrológicos e para monitoramento hidrológico da região estudada. Assim, o objetivo deste trabalho é avaliar o uso de dados de sensoriamento remoto radiométrico a partir dos produtos MODIS para a estimativa da largura do rio na bacia do Araguaia através da detecção e estimativa da largura do rio Araguaia e de seus principais afluentes e gerando um banco de dados com mapas de largura dos rios para a bacia do Araguaia nos anos de 2000 a 2013. Notou-se que os dados MODIS são satisfatórios para detectar rios com larguras superiores a 232 m sendo que os dados analisados nessa faixa apresentaram erro relativo médio menor que 13% e de 28% para rios com largura entre 116 e 232 m. O MODIS é o sensor ideal para estimativa de largura do rio e monitoramento hidrológico para regiões onde não possui informações observadas.