Boletim de Extensão
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Inclui boletins de extensão produzidos por pesquisadores da UFV
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Item A mulher na gestão da propriedade rural(PEC - UFV, 2021) Rodrigues, Samilla Nunes Rezende; Rocha, Ana Caroline Teixeira; Almeida, Antonella Araujo de; Porto, Priscila Andrade; Albino, Pablo Murta BaiãoAs propriedades rurais representam, atualmente, parte da força produtiva que movimenta o agronegócio brasileiro, dando ao Brasil o reconhecimento que tem no cenário mundial no que diz respeito à produção agrícola, pecuária e agroindustrial. Segundo o United States Department of Agriculture (USDA), o Brasil se consolidou em 2021, como terceiro maior produtor de frangos de corte e quarto maior de suínos. Em relação a commodities como a soja, o Brasil é o líder mundial da produção do grão, atingindo o volume de aproximadamente 135 milhões de toneladas segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). Sendo assim, nota-se a relevante participação dos produtos agrícolas na economia brasileira, tanto em grande quanto em pequena escala. O agronegócio contribui com uma parcela significativa - 26,6% em 2020- do produto interno bruto (PIB) brasileiro segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), e mantém no meio rural as famílias que vivem da renda gerada pela propriedade (KRUGER; MAZZIONI; BOETTCHER, 2009). Nesses casos, volta-se a atenção para a agricultura familiar, onde pequenos proprietários investem tempo, dinheiro e conhecimento em atividades agrícolas e agropecuárias, visando o sustento familiar, bem-estar e fornecimento de alimentos para a comunidade. Se tratando da agricultura familiar, de acordo com o Censo Agropecuário 2016-2017 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ela tem importância significativa em produtos hortícolas e espécies frutíferas, como é o caso do morango, com participação na produção de 81,2% e uva para vinho e suco de 79,3%. Em relação a à produção da pecuária, os dados mostram que 31% do número de cabeças de bovinos, 45,5% das aves, 51,4% dos suínos, e 70,2% de caprinos pertencem à agricultura familiar. Além disso, este segmento foi responsável por 64,2% da produção de leite no período de referência do Censo (NETO et al., 2020). Para garantir a sua sustentabilidade, levando em consideração a alta competitividade do setor e as flutuações de preço que podem gerar instabilidade, os agricultores familiares têm como característica construir a sua força de trabalho a partir do conjunto de membros da família (SPANEVELLO; MATTE; BOSCARDIN, 2016), constituindo esta a mão de obra não remunerada diretamente, ou seja, os membros da família trabalham nas atividades e percebem seu ganho ao final do ciclo produtivo quando é apurado o lucro e ou prejuízo. Tendo em vista a importância da agricultura familiar na geração de renda e alimentos, vale ressaltar o papel das figuras que compõem grande parte desse cenário: as mulheres. O crescimento do meio rural está relacionado diretamente com maior envolvimento das mulheres nas atividades rurais das quais ainda são tradicionalmente excluídas (STADUTO, 2013). Os processos culturais presentes no meio rural brasileiro atribuem papéis distintos aos homens e às mulheres. Por muito tempo, as mulheres foram associadas a uma posição secundária nas propriedades rurais, sendo vistas como ajudantes dos maridos ou dos pais nas atividades agropecuárias e responsáveis pelas atividades domésticas de manutenção da família (SPANEVELLO; MATTE; BOSCARDIN, 2016). O mais usual, nas propriedades de agricultura familiar, é que o homem seja o responsável pela gestão financeira, planejamento, parte produtiva e tomada de decisão (BRUMER, 2004). Além disso, o papel desempenhado por elas no meio rural muitas vezes é ignorado, ou entendido como não essencial. Pesquisas revelam que 70% das atividades realizadas pelas mulheres no campo não são valorizadas (MARION, A. A; BONA A. A., 2016). Hernández (2009) retrata a divisão do trabalho entre homens e mulheres nas propriedades rurais familiares, ressaltando a invisibilidade da participação das mulheres no comando das propriedades. O papel central de comando é, em sua maioria, exclusividade masculina, enquanto as mulheres somente têm alguma autonomia quando determinada atividade produtiva não é central na geração de renda. Tais distinções de gênero em relação a liderança da propriedade são barreiras significativas para as mulheres, onde as responsabilidades das tarefas relacionadas ao lar são consideradas de menor importância, e as mulheres isentas de poder de decisão em relação aos seus estabelecimentos (GONÇALVES; ALMEIDA, 2021). Entretanto, a concepção sobre o papel da mulher vem sendo contestada, redirecionando para sua importância e seu papel no meio rural em distintas instâncias. Sua relevante participação nas atividades do grupo familiar e na sociedade a que pertence tem questionado a imagem de uma mulher rural apenas ajudante e coadjuvante. O setor agropecuário, assim como outros segmentos da sociedade, não foi capaz de resistir e ficar longe da determinação, foco e profissionalismo das mulheres (WOMMER; CASSOL, 2014). Não resta dúvida de que a participação da mulher é fundamental dentro da estrutura familiar e para o desenvolvimento das propriedades, sendo assim é importante impulsionar a formação das mulheres para que elas assumam o gerenciamento das propriedades rurais criando uma jornada de desenvolvimento, reconhecendo as capacidades femininas, criando espaços para que elas possam expressar suas ideias, conhecimentos e se fazerem presentes.Item Aditivos alimentares alternativos para bovinos(PEC - UFV, 2021) Sampaio, Cláudia Batista; Araújo, Fabiana Lana de; Xavier, José Vinícius ValadaresO Brasil se destaca mundialmente na produção pecuária, seja na produção de leite e derivados ou na produção de carne. Estes sistemas de produção geram emprego e renda, exercendo papel importante no fortalecimento da economia do país em razão do grande número de elos envolvidos no processo produtivo, como produção de insumos, prestação de serviços, transporte, indústria, etc. Sendo assim, todos os fatores ligados à eficiência do sistema de produção são importantes e têm impacto direto na produtividade, como a nutrição, manejo, sanidade e gestão. Dentre estes fatores, a eficiência nutricional está diretamente relacionada ao desempenho dos rebanhos para atingir a produtividade esperada. Considerando manejo nutricional com foco em melhoria de desempenho animal, devemos entender que todo plano nutricional deve ser capaz de fornecer proteína, energia, minerais e vitaminas para atender as exigências dos animais, considerando estratégias para redução de ciclo produtivo e ganhos em produtividade. Dentre estas estratégias, estão: uso da suplementação nutricional estratégica, alimentos alternativos, altos níveis de energia e proteína, e uso de aditivos alimentares com foco na melhoria da eficiência nutricional.Item Aditivos alimentares alternativos para bovinos(PEC - UFV, 2021) Sampaio, Cláudia Batista; Araújo, Fabiana Lana de; Xavier, José Vinícius ValadaresO Brasil se destaca mundialmente na produção pecuária, seja na produção de leite e derivados ou na produção de carne. Estes sistemas de produção geram emprego e renda, exercendo papel importante no fortalecimento da economia do país em razão do grande número de elos envolvidos no processo produtivo, como produção de insumos, prestação de serviços, transporte, indústria, etc. Sendo assim, todos os fatores ligados à eficiência do sistema de produção são importantes e têm impacto direto na produtividade, como a nutrição, manejo, sanidade e gestão. Dentre estes fatores, a eficiência nutricional está diretamente relacionada ao desempenho dos rebanhos para atingir a produtividade esperada. Considerando manejo nutricional com foco em melhoria de desempenho animal, devemos entender que todo plano nutricional deve ser capaz de fornecer proteína, energia, minerais e vitaminas para atender as exigências dos animais, considerando estratégias para redução de ciclo produtivo e ganhos em produtividade. Dentre estas estratégias, estão: uso da suplementação nutricional estratégica, alimentos alternativos, altos níveis de energia e proteína, e uso de aditivos alimentares com foco na melhoria da eficiência nutricional. Os bovinos são animais ruminantes que utilizam os alimentos volumosos (forragens da pastagem - ou silagem - e grãos) a fim de extrair energia e proteína para seu crescimento através da fermentação desses alimentos no rúmen, contando com a ação de microrganismos ali presentes. Isso se deve ao desenvolvimento de características anatômicas e à relação de simbiose estabelecida entre o animal hospedeiro e as diversas espécies de microrganismos existentes, desenvolvidas pelos ruminantes ao longo de sua evolução, o que conferiu a estes animais a capacidade de converter, com eficiência, material vegetal em carne e leite. Estas características são consideradas o principal fator responsável pelo sucesso evolutivo destas espécies: a capacidade de digerir e utilizar o constituinte fibroso dos alimentos e dos compostos ricos em nitrogênio, como é o caso das proteínas e ureia, como principal fonte de energia, através do desenvolvimento do processo de fermentação nos compartimentos iniciais do estômago. Mas para que o processo fermentativo ocorra de forma eficiente e resulte no aumento da produção de leite e/ ou do ganho de peso dos animais, é necessário garantir a manutenção das condições ruminais adequadas para que a população microbiana permaneça ativa. Tais condições de ambiência ruminal podem ser afetadas pela dieta, devido a alterações causadas no metabolismo ruminal. A dieta é um dos fatores que influenciam diretamente o número e a proporção relativa das diferentes espécies de microrganismos no rúmen e a manipulação da fermentação ruminal. Esta manipulação teria como objetivo melhorar os processos benéficos, além de minimizar, deletar ou alterar processos ineficientes e prejudiciais ao animal hospedeiro.Item Bebidas lácteas: produção, tendências e desafios(PEC - UFV, 2022) Pacheco, Ana Flávia Coelho; Souza, Letícia Bruni de; Paula, Junio Cesar Jacinto de; Paiva, Paulo Henrique Costa; Leite Júnior, Bruno Ricardo de CastroA produção de bebidas lácteas é uma estratégia interessante para aumentar a lucratividade industrial, devido à simplicidade do processo de fabricação e ao aproveitamento do soro de leite. Neste caso, a adição de soro de leite à formulação da bebida é a principal característica que distingue esse produto do iogurte. O soro de leite é obtido durante o processamento de diferentes tipos de queijos, apresentando-se como um líquido opaco, aguado, fino e de coloração amarela/esverdeada. Alguns laticínios, queijarias e/ou propriedades rurais que realizam a fabricação de queijos não fazem o beneficiamento do soro, descartando-o ou destinando-o para alimentação animal. O descarte inadequado do soro de leite em águas residuárias apresenta impactos negativos ao meio ambiente, em virtude da sua alta concentração de matéria orgânica, principalmente lactose e proteínas (SMITHERS, 2008; ALVES et al., 2014). Desta forma, a utilização do soro de leite na produção de bebidas lácteas é importante para aumentar a captação de recursos para os estabelecimentos produtores, bem como para reduzir o impacto ambiental destas produções.Item Biologia do Aedes aegypti e estratégias de controle(PEC - UFV, 2016) Gonçalves, Caroline MacedoO A. aegypti é originário do continente africano (Egito) e se dispersou pela Ásia e Américas ao longo dos séculos XV e XIX, principalmente, pelos meios de transportes cada vez mais rápidos (Rebelo JMM et al., 1999 e Gonçalves, 2010). Ele foi descrito cientificamente pela primeira vez em 1762, quando foi denominado Culex aegypti. O nome definitivo – Aedes aegypti – foi estabelecido em 1818, após a descrição do gênero Aedes. Relatos da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) mostram que a primeira epidemia de dengue no continente americano ocorreu no Peru, no início do século XIX, com surtos no Caribe, Estados Unidos, Colômbia e Venezuela (IOC, 2016). Foi introduzido no Brasil durante o período colonial, provavelmente por meio de navios que traficavam escravos. Atualmente, está distribuído por quase todo o mundo, principalmente, nas regiões tropicais e subtropicais (Consoli RAGB, 1994 e Gonçalves, 2010). Em 1955, o Brasil erradicou o Aedes aegypti como resultado de medidas para controle da febre amarela. No final da década de 1960, o relaxamento das medidas adotadas levou à reintrodução do vetor em território nacional. Hoje, o mosquito é encontrado em todos os estados brasileiros (IOC, 2016). Acredita-se que, a partir da população silvestre, em razão das pressões humanas decorrentes da destruição dos habitats naturais, uma variedade genética desse mosquito teria sofrido um processo seletivo, adaptando-se às áreas alteradas e, posteriormente, encontrou nos aglomerados humanos o ambiente adequado à sua sobrevivência. A adaptação aos criadouros artificiais teria sido um grande passo em direção ao comportamento sinantrópico (adaptaram a viver junto com o homem) (Christophers SR, 1960 e Gonçal- ves CM, 2010).Item Concurso literário Sala Mendeleev(PEC - UFV, 2020) Oliveira, Marcelo Ribeiro Leite de; Rubinger, Mayura Marques Magalhães; Borges, Emílio; Sousa, Emerich Michel deA Sala Mendeleev é um espaço do Departamento de Química vinculado à Secretaria de Museus e Espaços de Ciência da UFV (SEMEC) que atua na divulgação e popularização da ciência. Cerca de 2.500 pessoas por ano a visitaram entre 2010 e 2019. O ano de 2019 foi declarado pela UNESCO o Ano Internacional da Tabela Periódica, em homenagem aos 150 anos da tabela proposta pelo cientista russo D. I. Mendeleev. Numa rara iniciativa de unir química e literatura, a Sala Mendeleev promoveu, naquele ano, o Primeiro Concurso Literário Sala Mendeleev, com o tema: elementos químicos. Os estudantes da UFV aceitaram o desafio. Foram dezenas de inscritos. Todos os Centros de Ciência do campus de Viçosa estiveram representados. Devido a esse sucesso e também para comemorar os 10 anos da Sala Mendeleev, a segunda edição do concurso literário, em 2020, teve uma expressiva ampliação do número de inscritos, abrangendo o ensino superior, a pós-graduação e o ensino médio dos campi de Viçosa e Florestal. Em 2019, os textos foram avaliados pelos professores Emílio Borges, Marcelo Ribeiro Leite de Oliveira e Mayura Marques Magalhães Rubinger e, por ocasião do segundo concurso, também pelo professor Emerich Michel de Sousa. Segundo a comissão julgadora, o tema despertou o interesse e a criatividade de pessoas ligadas às mais diversas áreas do conhecimento humano, as quais contribuíram com textos inteligentes e emocionantes, demonstrando essa desejada troca de experiências, que é um dos principais objetivos da Universidade. É preciso ressaltar o apoio oferecido para a realização desses concursos pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PEC). A Sala Mendeleev e o Departamento de Química da UFV agradecem a todos os participantes das duas edições e à PEC, que, com a edição deste Boletim contendo os textos vencedores dos dois concursos, divulga o trabalho criativo dos estudantes da UFV e fornece mais uma oportunidade de a Sala Mendeleev cumprir seu principal objetivo: divulgar a ciência.Item Controle de doenças em aves caipiras(PEC - UFV, 2019) Santos, Bernadete Miranda dos; Valadão, Marisa CaixetaNa história da avicultura no Brasil há relatos de que o início da atividade tenha se originado na mesma época da chegada dos colonizadores portugueses, em torno de 1500 (ABPA, 2018). Desde então, até a década de 1960, a atividade se caracterizava por aves com baixo potencial produtivo (coloniais), sem especificações ou linhagens genéticas, criadas em sistema extensivo (aves soltas) ou semi-intensivo (piquetes gramados com abrigo de alvenaria). Com o advento da avicultura industrial e importação de linhagens de elevado potencial genético na década de 1970, além das melhorias nas técnicas de criação e manejo das aves, a criação caipira, que designava uma ave nativa que não passou por melhoramento genético e que apresentava baixa produtividade, ou seja, não geraria grandes lucros aos produtores, acabou perdendo espaço, tornando-se prioritariamente uma prática de subsistência. Embora a avicultura industrial seja um dos pilares da economia do país, sendo esse o maior exportador de carne de frango no âmbito mundial (ABPA, 2018), a mudança de hábitos alimentares dos consumidores aliada à preocupação com o bem-estar animal tem ampliado a busca por alimentos cuja origem seja uma produção mais natural e ecológica (Albino et al., 2005). Assim, a criação de aves em sistema caipira, permite que os animais sejam mantidos livres ou semiconfinados (com acesso direto ao piquete gramado por algumas horas ou durante todo o dia), podendo pastejar e manifestar as características inerentes à espécie.Item Controle e planejamento financeiro para agricultura familiar(PEC - UFV, 2017) Mariano, Thiago Heleno; Albino, Pablo Murta BaiãoPromover a sustentabilidade financeira, em qualquer espécie de empreendimento, é fundamental para sua sobrevivência e, neste contexto, estão incluídas também as iniciativas da agricultura familiar. O Ministério do Desenvolvimento Agrário conceitua a agricultura familiar como a propriedade rural em que a gestão e pelo menos 75% da mão de obra é realizada pela própria família. Além disso, a residência e o empreendimento estão localizados na mesma propriedade. Desse modo, a relevância do controle e do planejamento financeiro é maximizada, pois a subsistência da família está sujeita à sobrevivência do empreendimento e grande parte da renda é proveniente da atividade agropecuária. O controle financeiro é exercido por meio da realização do fluxo de caixa que consiste na identificação dos ganhos e desembolsos financeiros; assim, será determinado o lucro. É importante destacar que para que seja construído o fluxo de caixa, os produtores coletem todos os dados relativos aos custos, despesas e receitas financeiras, de modo que as informações sejam condizentes com a realidade do empreendimento.Item Criação de codornas para produção de carne e ovos(PEC - UFV, 2015) Muniz, Jorge Cunha Lima; Viana, Gabriel da Silva; Silva, Diego Ladeira da; Albino, Luiz Fernando Teixeira; Barreto, Sergio Luiz de ToledoPara que se tenha sucesso na criação de codornas é importante que se faça um estudo criterioso do local para implantação da granja. Deve-se, ainda, considerar vários fatores técnicos e econômicos antes da decisão final sobre a localização da granja coturnícola. Dentre esses fatores, destacam-se: situação topográfica, facilidade de abastecer a granja, via de acesso, proximidade dos centros consumidores, demanda de cada produto, clima, energia elétrica e a relação custo beneficio. Para que se obtenha alta produção com qualidade é fundamental que se disponha de água e ração de qualidade a serem fornecidas às aves, caso contrário, a criação pode ser prejudicada. Geralmente criações desse tipo são aconselháveis em áreas rurais, porém esse fator irá depender das prefeituras de cada localidade e cada uma terá seu plano diretor urbano (PDU). As instalações podem ser de estrutura de alvenaria ou de madeira, metálicas ou conjugadas. As dimensões do galpão são calculadas de acordo com o número de aves que se deseja criar.Item Criação de galinhas caipiras(PEC - UFV, 2016) Albino, Luiz Fernando Teixeira; Godoi, Mauro Jarbas de SouzaA avicultura brasileira iniciou com Cabral, que trouxe para o Brasil os primeiros exemplares de aves de raça pura. Essas aves eram criadas soltas a campo e daí originou-se o nome popular de Galinha Caipira. Em razão do sistema de produção utilizada até hoje, essas aves passaram por um processo de degeneração, com consequente perda de produção e de produtividade. Os produtos caipiras são hoje um nicho de mercado pouco explorado no Brasil, mas que vem conquistando espaços, tornando-se cada dia mais valorizado, por um crescente número de consumidores, cada vez mais, esclarecidos e preocupados com a melhoria da qualidade de vida, consumidores esses que buscam na alimentação natural a base para a manutenção de uma vida saudável. O aumento do consumo desses produtos tem beneficiado os produtores rurais, que dispõem de uma alternativa para incrementar a renda familiar e, ainda, possuem a vantagem de poder programar seus rendimentos, que podem ser mensal, semanal ou diário e serão variáveis de acordo com o alojamento das aves. A grande extensão territorial do Brasil, com diferenças culturais e regionais, permite que a criação de frango caipira tenha entendimento diferente de tal forma que o frango caipira de São Paulo pode ser diferente do frango caipira do Nordeste do país. Essas diferenças levaram ao DIPOA (Divisão de inspeção de produtos de origem animal) a criar normas para essa produção, pois o MAPA, Ministério de Agricultura Pecuária e Abastecimento, encontrava dificuldade para normatizar o processo de criação e rotular o produto (Demattê Filho, LC.2015.) É importante que a produção caipira acima de 1000 aves seja registrada no IMA, Instituto Mineiro de Agropecuária, e atenda às exigências do MAPA (Cartilha do Ima). Dentre as exigências estão: as aves têm que ser de crescimento lento, específicas para esse fim; a alimentação deve ser sem uso de subprodutos de origem animal, sem uso de anticoccidiano e antibióticos melhoradores de crescimento; têm que ter acesso a piquetes, etc. As aves caipiras são diferenciadas das convencionais pelo sistema em que são criadas e pelas linhagens utilizadas. Como as aves são geneticamente selecionadas para serem criadas a campo, elas não encontram dificuldade de adaptação ao sistema de criação. A criação a campo é bastante simples, basta que se tenha um terreno mínimo (lote vazio) ou uma propriedade rural e, mesmo que não se possua galpões para a criação, o sistema permite que sejam feitas adaptações em construções já existentes na propriedade (estábulos, barracões, etc...), desde de que essas adaptações ofereçam as mesmas características necessárias ao bom desenvolvimento das aves (circulação de ar, luminosidade, espaço disponível, etc.). Essa versatilidade permite a redução dos investimentos iniciais de produção, o melhor aproveitamento dos recursos existentes na propriedade; além disso, esse sistema de criação a campo, ciscando no terreiro, lhe confere textura e sabor especiais à carne, típico do caipira tradicional.Item Do Clube da Terceira Idade à Universidade Aberta à Pessoa Idosa: a UFV na promoção do envelhecimento ativo e saudável(PEC - UFV, 2023) Ribeiro, Andréia Queiroz; Silva, Renato Pereira da; Martins, Simone; Almeida, Luciene Fátima Fernandes; Castro, Joice da Silva; Costa, Silvia Maria Magalhães; Coelho, Hilda Simone Henriques; Santos, Carolina Araújo dos; Oliveira, Wederson Candido; Rodrigues, GlaucoO envelhecimento da população e o aumento da sua expectativa de vida estão entre os acontecimentos mais relevantes deste século, porque estão trazendo, e ainda irão trazer, mudanças importantes no dia a dia das pessoas e da sociedade. Essas mudanças trazem a necessidade de um novo olhar para essa fase do desenvolvimento humano. No Brasil e no mundo, a perspectiva de uma velhice longa, podendo se estender por várias décadas, com mudanças nas leis trabalhistas e nas questões de seguridade social, bem como na composição das famílias, evidencia quanto é fundamental a criação de meios e oportunidades para que os indivíduos tenham um envelhecimento ativo e saudável (ILC-BRASIL, 2015). Para lidar com essa realidade, que representa conquistas, mas também desafios de toda ordem, as universidades têm contribuído com novas discussões sobre o envelhecimento da população, sobre o papel das pessoas idosas na sociedade e sobre o próprio papel das universidades para a promoção da longevidade com qualidade de vida. Especialmente, essas instituições têm inserido as pessoas idosas no ambiente acadêmico – por meio da extensão, do ensino e da pesquisa – das Universidades Abertas à Pessoa Idosa (UNAPI), presentes em vários países e em acentuado crescimento no Brasil.Item Ferramentas de qualidade no agronegócio(PEC - UFV, 2020) Almeida, Íkaro Borges Tosatti de; Magalhães, Ingrid Felomesnsch Araújo; Rocha, Ana Caroline Teixeira; Albino, Pablo Murta BaiãoA gestão da qualidade consiste em uma estratégia de administração aplicada a qualquer tipo de organização e orientada a criar consciência da importância da melhoria contínua em todos os processos organizacionais. Esse conceito vem sendo cada vez mais introduzido nos ambientes rurais por permitir o alcance de melhores resultados a partir de ferramentas simples de planejamento, controle e liderança, que vão auxiliar o empreendedor a definir, mensurar, analisar e propor soluções para os possíveis problemas que impactam seu negócio (GALDINO et al., 2016). Porém, a parte dos parâmetros e exigências de qualidade está oculta no produto final, não sendo perceptível pelo consumidor. Além disso, no final da cadeia, na maioria das vezes, vale a avaliação da qualidade percebida pelo consumidor, ou seja, propriedades sensoriais como sabor, forma, textura, beleza, etc., quando se trata de bens de consumo, por exemplo. Neste sentido, é preciso perceber que todos os processos envolvidos na produção e comercialização de produtos e serviços precisam ser analisados, a fim de garantir a qualidade esperada pelo consumidor. Dessa forma, é preciso que haja uma mudança de mentalidade do empreendedor, passando a adotar uma postura proativa em relação à qualidade de seus processos, e não mais reativa, onde se espera que o cliente se manifeste a respeito de algum parâmetro ou exigência de qualidade não atendida (LIMA, 2004). Existem alguns produtos nos quais são realizadas análises, muitas vezes laboratoriais, de amostras do item comercializado. Quando a amostra não atende os padrões de qualidade exigidos, ela é descartada e é informado em qual ou quais parâmetros o produto foi reprovado. Porém, não é informado ao empreendedor onde está o problema em sua cadeia produtiva ou o que pode o ter ocasionado. Uma vez que seu produto é descartado, pode não ser tão simples se inserir novamente no mercado. Logo, é essencial que haja a identificação de pontos de melhoria do seu empreendimento a fim de garantir a qualidade esperada pelo consumidor. Assim, as ferramentas da qualidade vêm como métodos utilizados para o aprimoramento de processos e solução de problemas, agindo com clareza desde a identificação, passando pela priorização, até chegar na solução, baseada em fatos e dados, e não apenas em opiniões (MAICZUK; JÚNIOR, 2013). Vale ressaltar que, com o avanço constante da tecnologia e, consequentemente, da quantidade e qualidade das informações produzidas, torna-se cada vez mais desafiador que a organização se mantenha em destaque por muito tempo. É preciso se manter atento em relação às concorrentes e buscar um ciclo virtuoso de melhoria contínua de seus produtos, serviços e processos (FUJIMOTO, 2017). A gestão da qualidade deixou de ser um aspecto de produto e passou a ser um problema da organização, seja ela empresa ou empreendimento rural, abrangendo todos os processos, pois são ferramentas de grande utilidade que vão incorporar a ideia de melhoria nas práticas de fabricação e validação dos procedimentos, permitindo um olhar mais detalhado e definindo alguns pontos críticos de controle a fim de encontrar não conformidades (MAICZUK; JÚNIOR, 2013). Abordaremos aqui ferramentas para auxiliar na identificação e priorização das possíveis dores do empreendimento, com o intuito de permitir que o empreendedor saia da etapa de inspeção do produto final e avalie seus processos de forma individual e efetiva, agregando valor ao seu produto e construindo vantagens competitivas, já que, devido à alta competitividade atual, a qualidade não é mais um diferencial, e sim um requisito básico de qualquer produto ou serviço.Item Indicadores de qualidade de ovos de galinha in natura(PEC - UFV, 2017) Oliveira, Ana Cláudia Goulart de; Mendonça, Michele de Oliveira; Moura, Guilherme de Souza; Barreto, Sérgio Luiz de ToledoO ovo é o produto de uma eficiente transformação biológica feita pela poedeira a qual transforma recursos alimentares de menor valor biológico em produto de alto valor nutricional (PASCOAL et al.,2008). Vários são os fatores de o ovo ter sua excelência reconhecida e ser um importante contribuinte para a alimentação humana de qualidade, pois em sua composição estão contidos os principais nutrientes necessários ao metabolismo e ao desenvolvimento físico do ser humano, como a proteína, que tem um elevado valor biológico e reúne a maior parte dos aminoácidos essenciais, vitaminas, minerais e ácidos graxos. É considerado um alimento natural, de baixo custo e alto valor nutritivo, além de conter substâncias promotoras de saúde e preventivas de doenças (DONATO et al., 2009). Em crianças com idade de até três anos, o consumo diário de um ovo atende, aproximadamente, 50% das necessidades de proteína. 0 aumento de seu consumo e a utilização de suas vantagens nutricionais pela população depende da qualidade do produto oferecido ao consumidor, a qual é determinada por um conjunto de características físico-químicas que podem influenciar o grau de aceitabilidade do produto (FREITAS et al., 2011). Além disso, o seu consumo está diretamente relacionado à questão da segurança alimentar (EMBRAPA 2013).Item Influência do clima na bovinocultura leiteira(PEC - UFV, 2014) Figueiredo, Érika Martins de; Silva, Amanda Dione; Muniz, Jorge Cunha Lima; Furtado, Jessica Mansur Siqueira; Donzele, Rita Flávia Miranda OliveiraA produção de leite bovina constitui uma atividade importante no agronegócio brasileiro dado pela sua representatividade no suprimento de alimentos e na geração de empregos diretos e indiretos. No cenário mundial, os Estados Unidos encontra-se atualmente como o maior produtor de leite, seguido pela Índia e China. O Brasil ocupa a quarta posição em volume de produção, totalizando mais de 35 bilhões de litros de leite produzidos (FAO, 2013). Frente aos demais países produtores, o Brasil se enquadra em posição privilegiada levando em consideração a evolução do consumo interno observada ao longo dos anos, o surgimento de possíveis mercados para exportação e principalmente devido à sua extensão territorial, a qual possibilita uma vasta área para exploração pecuária. Além disso, a grande maioria dos sistemas de produção é basicamente a pasto, o que torna os custos de produção mais baixos e proporciona alta competitividade no mercado internacional. Dentre as principais regiões produtoras no Brasil, o Sudeste e o Sul juntos correspondem a aproximadamente 70% da produção nacional e o principal estado produtor é Minas Gerais, responsável por cerca de 27% de toda a produção de leite do país (IBGE, 2012). O leite é considerado como um dos produtos que apresenta elevadas possibilidades de crescimento, entretanto, as taxas de crescimento da produção no Brasil ainda são baixas (MAPA, 2013). Isto pode ser explicado pela predominância de sistemas gerenciados por pequenos e médios produtores, onde a mão-de-obra é basicamente familiar, o investimento em genética e nutrição do rebanho e o emprego de tecnologias é baixo e a preocupação com o ambiente em que os animais são criados é mínima. Por consequência, há um em elevado número de produtores com pequeno volume de produção e um número muito pequeno de grandes produtores, o que reflete na baixa média de produção do país. Além dos aspectos de volume de produção, o grande desafio, tanto vislumbrando o mercado interno quanto o externo, é a qualidade do produto ofertado. Esta é uma tendência mundial que exige dos países produtores de leite maior controle da qualidade do leite. Desta forma, os produtores devem se adequar a estas exigências, não somente pela conquista de mercado, mas também para se beneficiar das vantagens econômicas geradas pela oferta de produtos com qualidade, já que muitos laticínios pagam de forma diferenciada por um leite com melhores características.Item Manejo nutricional e reprodutivo de vacas de corte na estação de monta(PEC - UFV, 2019) Sampaio, Cláudia Batista; Fonseca, Raquel SoaresA crescente exploração comercial de bovinos de corte no Brasil nos últimos anos fez com que novas tecnologias estratégias de manejo fossem desenvolvidas, buscando tornar o sistema mais eficiente, viável e autossustentável. Dentre os diversos avanços tecnológicos e ferramentas de manejo destacam-se a implantação de estação de monta e a adoção das biotecnologias da reprodução. O manejo nutricional pode ser considerado um dos principais fatores que afetam a reprodução de bovinos de corte. Portanto, cada vez se torna mais necessário conhecer as necessidades nutricionais dos animais e investir em tecnologias e conhecimento. A realização do manejo de forma correta possibilita aumentar a produtividade da fazenda e diminuir perdas, tais como, mortalidade elevada, baixo índice de concepção e de prenhez, entre outros. Vale ressaltar que a nutrição, sem dúvidas, é um custo a se considerar na produção de gado de corte, e requer atenção especial do produtor para que as contas fechem ao final do mês. Por essa razão, é muito importante que o pecuarista planeje bem o manejo da pastagem, o manejo nutricional e o manejo reprodutivo dos animais para conseguir uma maior lucratividade da atividade.Item Manejo reprodutivo na suinocultura(PEC - UFV, 2021) Torres, Ciro Alexandre Alves; Souza Netto, Domingos Lollobrigida de; Alfradique, Vivan Evangélico PereiraO Brasil é o quarto maior produtor e exportador mundial de carne suína, produzindo 4,11 milhões de toneladas em 2019. Sua participação mundial tem crescido acentuadamente desde 1990 e hoje representa 3,88% do total de carne suína produzida no mundo, gerando mais de um milhão de empregos diretos e indiretos em toda cadeia produtiva da suinocultura (ABCS, 2019). Nos últimos anos, as matrizes sofreram mudanças fisiológicas e de comportamento, o que aumentou a capacidade de produção de leitões e acabou por resultar, consequentemente, em mudanças no manejo de toda produção. Essas alterações foram essenciais para a tecnificação do setor e, assim, cabe aos produtores, técnicos, profissionais e pesquisadores a busca por eficiência produtiva. Nesse cenário, a reprodução é peça fundamental, de modo a contribuir para a diminuição das perdas econômicas (VARGAS et al., 2007). O gerenciamento reprodutivo através do emprego da Inseminação Artificial (I.A.) é fundamental para o incremento na produtividade. Na espécie suína, essa é uma biotecnologia que se firmou definitivamente em granjas comerciais a nível mundial, chegando a representar 70% dos negócios realizados no setor. A técnica é de grande simplicidade na sua execução, mas deve ser realizada com todos os cuidados para ser eficiente (TONIOLLI, 2010). Por esta razão, a sua aplicação exige certo grau de conhecimento e o acompanhamento de um médico veterinário ou zootecnista. Neste boletim de extensão será apresentado, de forma objetiva, o manejo reprodutivo do macho e da fêmea suína, além de demonstrar a importância da reprodução na suinocultura moderna.Item Manual técnico de construção e manejo de compost barn para vacas leiteiras(PEC - UFV, 2020) Caldato, Emília Mara Rabelo; Caldato, André; Marcondes, Marcos Inácio; Rotta, Polyana PizziO Brasil é o quinto maior produtor mundial de leite (7% do total). O principal Estado produtor é Minas Gerais, com 27,10% da produção, seguido por Rio Grande do Sul e Paraná, que se alternam na segunda e na terceira posição (CONABE, 2018). Nos últimos dez anos a produção mundial cresceu 1,5%, atingindo 462, 4 milhões de toneladas por ano. Nesse mesmo período o Brasil cresceu 2,4% ao ano, sendo já um dos maiores produtores mundiais (CONABE, 2018). A produção leiteira atual vem se intensificando cada vez mais, o que se deve ao fato de que, para obter maior retorno financeiro, tem sido necessário um investimento em escalas de produção. Com maior volume de produção, normalmente se consegue melhor preço por litro e diluição dos custos fixos. Ademais, com a necessidade de maior quantidade de insumos, é possível obter melhores preços na compra deles. Dessa forma, é possível unir os principais elementos que geram eficiência na pecuária leiteira, redução de custos e aumento da receita, tanto em volumes totais quanto em valor por litro. Assim, é crescente o número de confinamentos para vacas leiteiras, pois é uma alternativa que tende a aumentar a produção média por animal, além de propiciar melhor aproveitamento das áreas agricultáveis (BEWLEY et al.,2017). Um dos sistemas de confinamento de vacas leiteiras que vêm ganhando espaço no Brasil e no mundo é o Compost Bedded Pack, comumente chamado de Compost Barn. Este sistema teve origem nos Estados Unidos da América (EUA), surgindo como uma alternativa ao principal e mais antigo sistema de confinamento: o Free Stall. A literatura reporta que o Compost Barn provavelmente tenha surgido por volta 6de 1980 no estado da Virginia, nos EUA (BEWLEY et al., 2017). No entanto,ele passou a ser mais explorado somente a partir de 2001, quando o primeiro sistema foi construído no estado de Minnesota (EUA) e, posteriormente, foi se difundindo pelos estados de Kentucky, Ohio e NovaYork (BARBERG e tal., 2007; BEWLEY et al., 2017). Porse tratar de um sistema novo, os primeiros galpões de Compost Barn foram projetados com dimensões equivalentes às utilizadas em Free Stall, pois poderia ser transformado em caso de insucesso (JANNI et al., 2007). Esse sistema surgiu com o intuito de oferecer maior conforto aos animais e reduzir problemas de casco e lesões de jarrete, comuns no Free Stall (BARBERG et al., 2007; ENDRES; BARBERG, 2007). No Brasil, o sistema Compost Barn surgiu em 2012 no Estado de São Paulo, na Fazenda Santa Andrea, projetado pelo médico- veterinário Adriano Seddon (LEITE INTEGRAL, 2012). Inicialmente, o principal motivo para implantação deste sistema foi a redução do custo de implantação quando comparado ao Free Stall. No entanto, atualmente, os galpões de Compost Barn bem projetados, que possuam um sistema de ventilação adequado, bem como dimensionamento correto, não apresentam grandes diferenças de custos de implantação em relação ao Free Stall. Contudo, visto que o primeiro atrativo desse sistema no Brasil era a redução nos custos de implantação, muitas adaptações nas instalações foram realizadas para essa redução, as quais, aliadas a práticas de manejo equivocadas, levaram ao fracasso de muitos sistemas em várias regiões do País. Por isso, ressalta-se que é preciso cautela com a implantação de um sistema considerado novo, para que não se conceba um conceito errôneo.Item Planejamento da usina de preservação da madeira(PEC - UFV, 2021) Castro, Vinícius Resende de; Castro, Paula Gabriella Surdi de; Silva, José de CastroNenhuma espécie de madeira, nem mesmo aquelas de reconhecida durabilidade natural (aroeira do sertão, braúna e candeia), é capaz de resistir, indefinidamente, às variações ambientais (temperatura, umidade, substâncias químicas, poluição e radiação) e à ação de insetos e fungos. Diante desses agentes que atacam, destroem ou inviabilizam a madeira, o setor de preservação tem à disposição as UPM’s (Usina/Unidade de Preservação de Madeira), ou UTM’s (Usina/Unidade de Tratamento de Madeira), que representam a resposta moderna da técnica diante da grande demanda de produtos de madeira de alta qualidade e durabilidade e ao esgotamento das espécies de maior resistência natural. Dentre os métodos de impregnação de soluções preservativas na madeira, o método industrial que utiliza pressões superiores à pressão atmosférica é, sem dúvida, o mais eficiente, em virtude da distribuição e penetração mais uniforme do produto na peça tratada, além de maior produção, controle de qualidade, segurança de operação e controle de riscos ambientais, embora exija maior investimento de capital. Atualmente, no setor de tratamento de madeiras em sistemas de autoclave (método industrial), são utilizadas madeiras oriundas de florestas plantadas de eucalipto, pinus e, em menor quantidade, de teca. Tais madeiras já foram pesquisadas, comprovando-se a aptidão para o setor de madeira tratada/preservada.Item Plantas ornamentais invasoras(PEC - UFV, 2022) Silva, Ana Cláudia Nogueira da; Martini, Angeline; Amaral, Cibele Hummel doMesmo o Brasil sendo um dos países com a maior biodiversidade de plantas do mundo, ainda existe a demanda por espécies exóticas no mercado nacional para atender diversas finalidades, seja para a produção de madeira, alimento, paisagismo ou outros fins. Contudo, algumas destas espécies exóticas apresentam boa adaptação a determinados ambientes e começam a colonizar áreas além daquelas definidas para um objetivo inicial, podendo se propagar descontroladamente e, assim, provocando inúmeros impactos negativos, principalmente para a biodiversidade. O mercado de plantas ornamentais é uma das principais causas de introdução de espécies exóticas no país e está associado à introdução de diversas plantas invasoras nos ecossistemas brasileiros (INSTITUTO HÓRUS, 2019). Seja por uma questão cultural de valorizar mais o que vem de fora ou de copiar as tendências estrangeiras, a sociedade, como um todo, desconhece a riqueza da flora nacional que poderia estar em seus jardins, ainda hoje cobertos predominantemente por plantas exóticas. Independentemente de sua origem geográfica, as plantas proporcionam uma infinidade de benefícios para o ser humano; no entanto, a invasão biológica pode acarretar consequências graves para o equilíbrio dos ecossistemas naturais. Diante deste panorama, pesquisas que identificam as espécies invasoras no Brasil, suas exigências específicas e seus locais preferenciais de invasão são fundamentais para a elaboração e execução de técnicas de controle e manejo das invasões biológicas, a fim de minimizar e, se possível, erradicar os impactos negativos à biodiversidade, além de evitar sua introdução em novos ambientes. Diante do exposto, este boletim tem como objetivo disponibilizar informações sobre algumas das principais plantas exóticas invasoras ornamentais produzidas e comercializadas para atender o mercado nacional. As informações apresentadas são frutos de uma dissertação de mestrado do Programa de Pós-graduação em Ciência Florestal da Universidade Federal de Viçosa e visam levar conhecimento aos profissionais que atuam no mercado paisagístico, bem como aos cidadãos comuns que apreciam as plantas ornamentais.Item Principais doenças de ovinos e caprinos(PEC - UFV, 2019) Lima, Magna Coroa; Lago, Ernani Paulino do; Melo Neto, Gabriel Barbosa de; Moreira, Maria Aparecida ScatamburloO sucesso na criação de caprinos ou de ovinos tem como fator principal a saúde dos animais do rebanho, pois é preciso que eles estejam sadios para que possam responder bem ao manejo nutricional, às técnicas de manejo utilizadas e expressar todo seu potencial genético, além de garantir padrões aceitáveis de bem-estar aos animais. Por isso, as doenças podem ser consideradas fatores limitantes na criação, pois afetam diretamente o melhor desempenho dos animais e elevam os custos totais da atividade, o que impacta significativamente a lucratividade, podendo, inclusive, levar à sua inviabilização econômica. Embora a morte de ovelhas e cabras seja a perda mais visível, essa é apenas uma parcela do custo real dos agravos. As maiores perdas ocorrem, de maneira geral, pelos demais custos causados pela doença, seja ela fatal ou não, e incluem os custos com medicamentos, com mão de obra, perda de peso, redução da eficiência reprodutiva e descarte involuntário de animais. Ainda é importante ressaltar que alguns desses custos podem estar ocultos para a maioria dos criadores, não sendo facilmente visíveis ao produtor, como a redução na produtividade. Ademais, dependendo da doença ou da fase de vida dos animais, mesmo depois de recuperados de algum agravo, eles podem ter uma baixa produtividade ao longo da vida. Para que o rebanho fique livre de doenças ou, pelo menos, para que haja um bom controle e manutenção da saúde e produtividade, é necessário cuidar dos animais de maneira adequada e monitorá-los regularmente para detectar os fatores de risco. Para isso, é importante a assistência de um técnico treinado para atuar na caprinovinocultura e que o produtor também tenha bons conhecimentos sobre criação e gerenciamento além de conhecimentos básicos sobre as principais doenças que afetam seus animais.