Boletim de Extensão
URI permanente para esta coleçãohttps://locus.ufv.br/handle/123456789/33658
Inclui boletins de extensão produzidos por pesquisadores da UFV
Navegar
23 resultados
Resultados da Pesquisa
Item Sorvete: processamento e aspectos de qualidade(PEC - UFV, 2021) Souza, Letícia Bruni de; Pacheco, Ana Flávia Coelho; Leite Júnior, Bruno Ricardo de CastroO sorvete é considerado um dos alimentos mais complexos. É formado por uma mistura heterogênea, sendo ao mesmo tempo uma emulsão, suspensão, gel e espuma, estabilizada pelo congelamento. Estruturalmente, o sorvete é um sistema físico-químico composto por três estados: sólido, líquido e gasoso. Neste sistema, bolhas de ar, cristais de gelo, glóbulos de gordura parcialmente coalescidos, proteínas do leite em estado coloidal e cristais de lactose estão dispersos em uma fase contínua de água crioconcentrada não congelada, contendo açúcares e sais solúveis (COSTA et al., 2017; CLARKE,2004; MARSHALL et al., 2003). Além disso, pode incluir outros ingredientes, tais como emulsificantes, estabilizantes, aromatizantes e corantes (CLARKE, 2004; MARSHALL et al.,2003). Existem vários mitos sobre a história do sorvete; não se tem registros reais e evidências que possam comprová-las. Contudo, acredita-se que sua origem foi na China e, posteriormente, espalhou-se para outros povos que passaram a incrementar novos sabores. A produção em escala industrial se iniciou nos Estados Unidos. No Brasil, ela teve início em 1941. Com o decorrer do tempo, o setor de sorvetes passou por diversas transformações visando melhorar as características sensoriais do produto. Hoje, de forma geral, o sorvete é um produto com ótima aceitação pelos consumidores, está presente em diversas culturas alimentares e agrada aos mais diversos paladares, de todas as faixas etárias e classes sociais. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes (ABIS), existem no Brasil aproximadamente 10 mil empresas ligadas ao setor, sendo que mais de 92% delas são micro e pequenas empresas. Em 2019, o setor de sorvetes movimentou em torno de R$13 bilhões, período em que foi consumido 1,107 bilhão de litros. A Região Sudeste apresenta o maior consumo, com 52%, seguido da Região Nordeste (19%), Sul (15%), Centro-Oeste (9%) e, por fim, Norte (5%). No entanto, o consumo per capita do produto ainda é baixo quando comparado com países como Nova Zelândia, Estados Unidos, Austrália, Finlândia e Suécia, que são os principais países consumidores de sorvete. No Brasil, a média de consumo por pessoa é de 5,29 litros por ano, enquanto que na Nova Zelândia e Estados Unidos essa média chega a 28,3 e 20,8 litros, respectivamente (ABIS, 2020). O clima é um dos fatores que mais influencia no consumo do sorvete no país. Apesar de ser um país tropical, a cultura de que sorvete só pode ser consumido no verão ainda é mantida no Brasil. Dessa forma, no verão, o consumo pode chegar a 70% do total consumido no ano e as empresas faturam cerca de 3 a 4 vezes mais nesse período do que em outras épocas (SILVA, 2015). Na Nova Zelândia, onde se tem a maior média mundial de consumo, revela-se que a influência do hábito alimentar pode se sobressair nas baixas temperaturas predominantes durante o ano. Além disso, culturalmente,os brasileiros menosprezam o valor nutricional do sorvete, que, na verdade, é um alimento rico nutricionalmente, já que fornece proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas (A, B1, B2, B6, C, D, E e K) e minerais (cálcio e fósforo) (SOUZA et al., 2010). Para vencer a barreira cultural, surpreender o consumidor e impulsionar as vendas, as indústrias têm investido cada vez mais em qualidade, redução de custos e inovação, visando tornar o mercado brasileiro de sorvetes cada vez mais atrativo. Dentre as inovações, destaca-se a inclusão de ingredientes com propriedades funcionais, como culturas probióticas, fibras, frutas e edulcorantes naturais, que além de agregar valor ao sorvete, proporcionam ao consumidor um produto funcional com macro e micronutrientes essenciais (CRUZ et al., 2011).Item Concurso literário Sala Mendeleev(PEC - UFV, 2020) Oliveira, Marcelo Ribeiro Leite de; Rubinger, Mayura Marques Magalhães; Borges, Emílio; Sousa, Emerich Michel deA Sala Mendeleev é um espaço do Departamento de Química vinculado à Secretaria de Museus e Espaços de Ciência da UFV (SEMEC) que atua na divulgação e popularização da ciência. Cerca de 2.500 pessoas por ano a visitaram entre 2010 e 2019. O ano de 2019 foi declarado pela UNESCO o Ano Internacional da Tabela Periódica, em homenagem aos 150 anos da tabela proposta pelo cientista russo D. I. Mendeleev. Numa rara iniciativa de unir química e literatura, a Sala Mendeleev promoveu, naquele ano, o Primeiro Concurso Literário Sala Mendeleev, com o tema: elementos químicos. Os estudantes da UFV aceitaram o desafio. Foram dezenas de inscritos. Todos os Centros de Ciência do campus de Viçosa estiveram representados. Devido a esse sucesso e também para comemorar os 10 anos da Sala Mendeleev, a segunda edição do concurso literário, em 2020, teve uma expressiva ampliação do número de inscritos, abrangendo o ensino superior, a pós-graduação e o ensino médio dos campi de Viçosa e Florestal. Em 2019, os textos foram avaliados pelos professores Emílio Borges, Marcelo Ribeiro Leite de Oliveira e Mayura Marques Magalhães Rubinger e, por ocasião do segundo concurso, também pelo professor Emerich Michel de Sousa. Segundo a comissão julgadora, o tema despertou o interesse e a criatividade de pessoas ligadas às mais diversas áreas do conhecimento humano, as quais contribuíram com textos inteligentes e emocionantes, demonstrando essa desejada troca de experiências, que é um dos principais objetivos da Universidade. É preciso ressaltar o apoio oferecido para a realização desses concursos pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PEC). A Sala Mendeleev e o Departamento de Química da UFV agradecem a todos os participantes das duas edições e à PEC, que, com a edição deste Boletim contendo os textos vencedores dos dois concursos, divulga o trabalho criativo dos estudantes da UFV e fornece mais uma oportunidade de a Sala Mendeleev cumprir seu principal objetivo: divulgar a ciência.Item Processamento de ricota(PEC - UFV, 2020) Pacheco, Ana Flávia Coelho; Leite Júnior, Bruno Ricardo de CastroO soro de leite é um importante coproduto da indústria de laticínios e pode ser definido de acordo com o seu Regulamento Técnico (Instrução Normativa nº 80, de 13 de agosto de 2020) como: “produto lácteo líquido extraído da coagulação do leite utilizado no processo de fabricação de queijos, caseína alimentar e produtos similares” (BRASIL, 2020a). Além disso, de acordo com esse regulamento, o soro de leite pode ser classificado como “soro de leite, quando a coagulação se produz por ação enzimática, devendo apresentar pH entre 6,0 e 6,8”ou “soro de leite ácido, quando a coagulação se produz principalmente por acidificação, devendo apresentar pH inferior a 6,0” (BRASIL, 2020a). Apresenta-se como um líquido opaco, aguado e fino, de coloração amarela/esverdeada, variando sua composição e propriedades de acordo com a qualidade do leite, o tipo de queijo produzido, bem como com a tecnologia empregada (SMITHERS, 2008; ALVES et al., 2014). No Brasil, em decorrência do aumento da produção e do consumo de queijos, o soro de leite tem sido produzido em proporções cada vez maiores. Em 2019, a produção de queijo no País foi estimada em 775 mil toneladas, um aumento de 1,97% em relação ao ano de 2018, e estima-se que em 2020 chegue a 790 mil toneladas, uma alta de 2% (CAETANO, 2019). Segundo Walstra (2006), cerca de 70% a 90% do volume do leite usado para fabricação de queijos resulta em soro de leite, ou seja, em média, a cada 10 litros de leite, são obtidos de 7 a 9 litros de soro. O soro de leite possui elevada densidade nutricional devido à sua composição, apresentando em média 93% de água, 5% de lactose, 0,7% a 0,9% de proteínas, 0,3% a 0,5% de gordura, 0,2% de ácido lático e pequenas quantidades de vitaminas (OLIVEIRA et al., 2012). A porção proteica contém, aproximadamente, 50% de β-lactoglobulina, 25% de α-lactoalbumina e 25% de outras proteínas, incluindo imunoglobulinas (FITZSIMONS et al., 2007). Contudo, em virtude da alta concentração de matéria orgânica, principalmente lactose e proteínas, a sua capacidade poluente é considerada elevada, por possuir alta demanda bioquímica de oxigênio (DBO) (PRAZERES; CARVALHO; RIVAS, 2012). Nesse sentido, além da alta densidade nutricional, a questão ambiental também preconiza o reaproveitamento do soro de leite para elaboração de novos produtos alimentícios, visando reduzir os custos de produção, agregar valor ao produto e diminuir o efeito poluente (SGARBIERI, 2004). Esse importante coproduto pode ser aproveitado pelas indústrias de laticínios nas formas líquida, em pó ou concentrada, na elaboração de ricota, bebidas (lácteas, carbonatadas e fermentadas), formulações de alimentos infantis, doce de leite, sorvetes, entre outros produtos (CARMINATTI, 2001; PAULA et al., 2018). A produção de ricota é uma das alternativas mais simples e econômicas para um melhor aproveitamento do soro de leite proveniente da fabricação de queijos comuns. Entretanto, a fabricação de ricota não pode ser considerada uma opção de eliminação do resíduo de soro gerado na produção de outros queijos, uma vez que no seu processamento também é gerado um soro, denominado de soro de ricota ou soro de segunda geração. Assim, o aproveitamento do soro para a fabricação de ricota se dá principalmente devido às suas qualidades nutricionais e à grande quantidade de proteínas de elevado valor nutricional e alta digestibilidade.Item Produção de Doce de Leite - Teoria e Prática(PEC - UFV, 2020) Pacheco, Ana Flávia Coelho; Leite Júnior, Bruno Ricardo de CastroO leite in natura possui elevado valor nutricional, apresentando em média 3,3% de proteínas, 3,8% de gordura, 4,9% de lactose e 0,8% de sais minerais e vitaminas (WALSTRA; JENNESS, 1984). Aliado a essa alta disponibilidade de nutrientes, essa matéria-prima apresenta fatores intrínsecos favoráveis ao desenvolvimento de micro-organismos, o que o torna altamente perecível. Dessa forma, o processamento do leite por meio da concentração por evaporação, tecnologia amplamente usada na indústria de laticínios, visa a conservação do leite e derivados pela redução da atividade de água (Aw), prolongando o prazo de validade dos produtos elaborados (OLIVEIRA; PENNA; NEVAREZ, 2009). Além de estender a vida-de-prateleira, a concentração do leite também é aplicada visando (i) melhorar as características sensoriais dos derivados lácteos, (ii) reduzir os custos de armazenamento, transporte e estocagem, (iii) diminuir os custos de secagem do leite e derivados, (iv) otimizar os processos industriais e (v) obter produtos diferenciados com maior valor agregado. O processo de evaporação consiste na remoção parcial da água do leite à pressão atmosférica ou reduzida, através da aplicação de energia na forma de calor com vapor indireto (PERRONE et al., 2011). A parcial remoção da água do leite por evaporação leva a um produto chamado leite evaporado. A adição de sacarose e a exclusão de oxigênio em uma concentração com aplicação de calor à pressão reduzida resultam em um produto chamado leite condensado. Por fim, outro produto que também pode ser obtido por meio da concentração do leite é o doce de leite, o qual pode ser produzido concentrando o leite à pressão atmosférica e/ou reduzida na presença de sacarose (OLIVEIRA; PENNA; NEVAREZ, 2009). O doce de leite, também encontrado em referências internacionais como dulce de leche, é um importante alimento produzido e comercializado principalmente na Argentina e no Brasil, além de outros países da América, como Uruguai e México. Tradicionalmente, o doce de leite teve sua origem em fabricações caseiras, com posterior intervenção das indústrias, que asseguraram a produção e distribuição do produto para diversas regiões do mundo, sendo fundamental no avanço para as produções industriais em larga escala (MADRONA etal., 2008). No Brasil, o consumo de doce de leite vem crescendo a cada ano. Esse produto é largamente consumido diretamente como sobremesa ou acompanhada de pães, biscoitos, queijo e frutas. Além disso, é amplamente empregado como ingrediente para a elaboração de alimentos como confeites, bolos, biscoitos e sorvetes (DEMIATE et al., 2001). Entretanto, grande parte da produção de doce de leite se concentra em pequena escala, de forma artesanal e descontínua.Item Manual técnico de construção e manejo de compost barn para vacas leiteiras(PEC - UFV, 2020) Caldato, Emília Mara Rabelo; Caldato, André; Marcondes, Marcos Inácio; Rotta, Polyana PizziO Brasil é o quinto maior produtor mundial de leite (7% do total). O principal Estado produtor é Minas Gerais, com 27,10% da produção, seguido por Rio Grande do Sul e Paraná, que se alternam na segunda e na terceira posição (CONABE, 2018). Nos últimos dez anos a produção mundial cresceu 1,5%, atingindo 462, 4 milhões de toneladas por ano. Nesse mesmo período o Brasil cresceu 2,4% ao ano, sendo já um dos maiores produtores mundiais (CONABE, 2018). A produção leiteira atual vem se intensificando cada vez mais, o que se deve ao fato de que, para obter maior retorno financeiro, tem sido necessário um investimento em escalas de produção. Com maior volume de produção, normalmente se consegue melhor preço por litro e diluição dos custos fixos. Ademais, com a necessidade de maior quantidade de insumos, é possível obter melhores preços na compra deles. Dessa forma, é possível unir os principais elementos que geram eficiência na pecuária leiteira, redução de custos e aumento da receita, tanto em volumes totais quanto em valor por litro. Assim, é crescente o número de confinamentos para vacas leiteiras, pois é uma alternativa que tende a aumentar a produção média por animal, além de propiciar melhor aproveitamento das áreas agricultáveis (BEWLEY et al.,2017). Um dos sistemas de confinamento de vacas leiteiras que vêm ganhando espaço no Brasil e no mundo é o Compost Bedded Pack, comumente chamado de Compost Barn. Este sistema teve origem nos Estados Unidos da América (EUA), surgindo como uma alternativa ao principal e mais antigo sistema de confinamento: o Free Stall. A literatura reporta que o Compost Barn provavelmente tenha surgido por volta 6de 1980 no estado da Virginia, nos EUA (BEWLEY et al., 2017). No entanto,ele passou a ser mais explorado somente a partir de 2001, quando o primeiro sistema foi construído no estado de Minnesota (EUA) e, posteriormente, foi se difundindo pelos estados de Kentucky, Ohio e NovaYork (BARBERG e tal., 2007; BEWLEY et al., 2017). Porse tratar de um sistema novo, os primeiros galpões de Compost Barn foram projetados com dimensões equivalentes às utilizadas em Free Stall, pois poderia ser transformado em caso de insucesso (JANNI et al., 2007). Esse sistema surgiu com o intuito de oferecer maior conforto aos animais e reduzir problemas de casco e lesões de jarrete, comuns no Free Stall (BARBERG et al., 2007; ENDRES; BARBERG, 2007). No Brasil, o sistema Compost Barn surgiu em 2012 no Estado de São Paulo, na Fazenda Santa Andrea, projetado pelo médico- veterinário Adriano Seddon (LEITE INTEGRAL, 2012). Inicialmente, o principal motivo para implantação deste sistema foi a redução do custo de implantação quando comparado ao Free Stall. No entanto, atualmente, os galpões de Compost Barn bem projetados, que possuam um sistema de ventilação adequado, bem como dimensionamento correto, não apresentam grandes diferenças de custos de implantação em relação ao Free Stall. Contudo, visto que o primeiro atrativo desse sistema no Brasil era a redução nos custos de implantação, muitas adaptações nas instalações foram realizadas para essa redução, as quais, aliadas a práticas de manejo equivocadas, levaram ao fracasso de muitos sistemas em várias regiões do País. Por isso, ressalta-se que é preciso cautela com a implantação de um sistema considerado novo, para que não se conceba um conceito errôneo.Item Principais doenças de ovinos e caprinos(PEC - UFV, 2019) Lima, Magna Coroa; Lago, Ernani Paulino do; Melo Neto, Gabriel Barbosa de; Moreira, Maria Aparecida ScatamburloO sucesso na criação de caprinos ou de ovinos tem como fator principal a saúde dos animais do rebanho, pois é preciso que eles estejam sadios para que possam responder bem ao manejo nutricional, às técnicas de manejo utilizadas e expressar todo seu potencial genético, além de garantir padrões aceitáveis de bem-estar aos animais. Por isso, as doenças podem ser consideradas fatores limitantes na criação, pois afetam diretamente o melhor desempenho dos animais e elevam os custos totais da atividade, o que impacta significativamente a lucratividade, podendo, inclusive, levar à sua inviabilização econômica. Embora a morte de ovelhas e cabras seja a perda mais visível, essa é apenas uma parcela do custo real dos agravos. As maiores perdas ocorrem, de maneira geral, pelos demais custos causados pela doença, seja ela fatal ou não, e incluem os custos com medicamentos, com mão de obra, perda de peso, redução da eficiência reprodutiva e descarte involuntário de animais. Ainda é importante ressaltar que alguns desses custos podem estar ocultos para a maioria dos criadores, não sendo facilmente visíveis ao produtor, como a redução na produtividade. Ademais, dependendo da doença ou da fase de vida dos animais, mesmo depois de recuperados de algum agravo, eles podem ter uma baixa produtividade ao longo da vida. Para que o rebanho fique livre de doenças ou, pelo menos, para que haja um bom controle e manutenção da saúde e produtividade, é necessário cuidar dos animais de maneira adequada e monitorá-los regularmente para detectar os fatores de risco. Para isso, é importante a assistência de um técnico treinado para atuar na caprinovinocultura e que o produtor também tenha bons conhecimentos sobre criação e gerenciamento além de conhecimentos básicos sobre as principais doenças que afetam seus animais.Item Manejo nutricional e reprodutivo de vacas de corte na estação de monta(PEC - UFV, 2019) Sampaio, Cláudia Batista; Fonseca, Raquel SoaresA crescente exploração comercial de bovinos de corte no Brasil nos últimos anos fez com que novas tecnologias estratégias de manejo fossem desenvolvidas, buscando tornar o sistema mais eficiente, viável e autossustentável. Dentre os diversos avanços tecnológicos e ferramentas de manejo destacam-se a implantação de estação de monta e a adoção das biotecnologias da reprodução. O manejo nutricional pode ser considerado um dos principais fatores que afetam a reprodução de bovinos de corte. Portanto, cada vez se torna mais necessário conhecer as necessidades nutricionais dos animais e investir em tecnologias e conhecimento. A realização do manejo de forma correta possibilita aumentar a produtividade da fazenda e diminuir perdas, tais como, mortalidade elevada, baixo índice de concepção e de prenhez, entre outros. Vale ressaltar que a nutrição, sem dúvidas, é um custo a se considerar na produção de gado de corte, e requer atenção especial do produtor para que as contas fechem ao final do mês. Por essa razão, é muito importante que o pecuarista planeje bem o manejo da pastagem, o manejo nutricional e o manejo reprodutivo dos animais para conseguir uma maior lucratividade da atividade.Item Produção de cana-de-açúcar(PEC - UFV, 2019) Silveira, Luiz Claudio Inácio da; Oliveira, Mauro Wagner de; Marques, Tiago da SilvaA cultura da cana-de-açúcar é de grande importância socioeconômica e ambiental para o país. A área cultivada atualmente é de, aproximadamente, 5,3 milhões de hectares, gerando, em média, 1,3 milhão de empregos diretos. Além dessa relevância econômica e social, a cultura da cana-de-açúcar tem também grande importância ambiental, dada sua característica de elevada eficiência de fixação de CO2 associada à capacidade de manter altos valores médios de taxas de crescimento por período prolongado de tempo. Desde o início da colonização do Brasil, a cana-de-açúcar tem se constituído sob o aspecto econômico e social como uma das principais culturas do país, sendo utilizada para produção de açúcar, cachaça e alimentação animal. Em meados da década de oitenta, o Brasil começou a utilizar a cultura também para a produção de álcool carburante. Esse fato promoveu a expansão da área cultivada com cana no Brasil e o avanço tecnológico no sistema de produção e processamento da matéria prima para indústria do açúcar e do álcool.Item Controle de doenças em aves caipiras(PEC - UFV, 2019) Santos, Bernadete Miranda dos; Valadão, Marisa CaixetaNa história da avicultura no Brasil há relatos de que o início da atividade tenha se originado na mesma época da chegada dos colonizadores portugueses, em torno de 1500 (ABPA, 2018). Desde então, até a década de 1960, a atividade se caracterizava por aves com baixo potencial produtivo (coloniais), sem especificações ou linhagens genéticas, criadas em sistema extensivo (aves soltas) ou semi-intensivo (piquetes gramados com abrigo de alvenaria). Com o advento da avicultura industrial e importação de linhagens de elevado potencial genético na década de 1970, além das melhorias nas técnicas de criação e manejo das aves, a criação caipira, que designava uma ave nativa que não passou por melhoramento genético e que apresentava baixa produtividade, ou seja, não geraria grandes lucros aos produtores, acabou perdendo espaço, tornando-se prioritariamente uma prática de subsistência. Embora a avicultura industrial seja um dos pilares da economia do país, sendo esse o maior exportador de carne de frango no âmbito mundial (ABPA, 2018), a mudança de hábitos alimentares dos consumidores aliada à preocupação com o bem-estar animal tem ampliado a busca por alimentos cuja origem seja uma produção mais natural e ecológica (Albino et al., 2005). Assim, a criação de aves em sistema caipira, permite que os animais sejam mantidos livres ou semiconfinados (com acesso direto ao piquete gramado por algumas horas ou durante todo o dia), podendo pastejar e manifestar as características inerentes à espécie.Item Restauração florestal(PEC - UFV, 2020) Martins, Sebastião VenâncioO crescente aumento do consumo humano no Brasil de alimentos, energia, minérios e outros tem levado a uma também crescente utilização dos recursos naturais renováveis e não renováveis. Atualmente, a palavra de ordem é a busca pela sustentabilidade ambiental das atividades produtivas, que tem como objetivo a conciliação do uso racional dos recursos naturais com o manejo sustentável e a restauração dos ecossistemas. Nesse cenário, a restauração de florestas nativas consolida-se como a principal forma de apoio ao desenvolvimento sustentável, uma vez que pode viabilizar tanto a restauração de áreas já impactadas como a compensação ambiental em outras áreas ambientalmente similares. Por meio da restauração florestal é possível atender a legislação vigente na forma de restauração de áreas de preservação permanente e reservas legais sem prejudicar as atividades produtivas de uma de terminada propriedade rural, ou seja, a restauração das florestas tende a contribuir para a melhoria da quantidade e qualidade dos produtos e dos serviços ambientais. Dessa forma, é importante divulgar os conhecimentos sobre técnicas de restauração florestal, desenvolvidos por intermédio de pesquisas científicas, para o público diretamente em contato com o meio rural, como produtores rurais e grandes empresas do agronegócio, mineradoras, geradoras de energia, entre outros.
- «
- 1 (current)
- 2
- 3
- »