Endocrine cells and nerve ganglia of the small intestine of the Opossum Didelphis aurita Wied-Neuwied, 1826 (Mammalia: Didelphidae)

Abstract

The nervous and endocrine systems jointly control intestinal movements, secretions of their glands and also participate of the processes of nutrient digestion and absorption. Therefore, the central objective of this study was to verify the existence of a possible relationship between the number of nervous cells and ganglia of the submucosal and myenteric plexuses and the number of endocrine cells in the small intestine of adult D. aurita. The utilized staining techniques were Grimelius, modified Masson-Fontana, direct immunoperoxidase and H-E. Argyrophillic, argentaffin and insulin immunoreactive endocrine cells do not numerically vary between the initial, mid and final regions of the duodenum, jejunum and ileum (P>0.05), except for argyrophillic cells in the jejunum (P>0.05). No numerical relationship has yet been verified between the number of nerve ganglia and endocrine cells, and also between nervous and endocrine cells. We recommended the use of new immunohistochemical techniques to confirm the numerical correlation between the nervous and endocrine systems in the small intestine. The morphology and distribution of endocrine cells and the nerve ganglia studied were similar to those encountered in eutherian mammals.

Os sistemas nervoso e endócrino controlam integra-damente os movimentos intestinais, a secreção de suas glândulas e também participam dos processos de digestão e absorção de nutrientes. Portanto, o objetivo central deste estudo foi verificar a existência de uma possível relação entre o número de células nervosas e gânglios dos plexos submucosos e mioentéricos e o número de células endócrinas no intestino delgado de adultos de D. aurita. As técnicas de coloração utilizadas foram Grimelius, Masson-Fontana modificada, imunoperoxidase direta e H-E. As células endócrinas argirófilas, argentafins e imunorreativas à insulina não variaram numericamente entre as regiões inicial, média e final do duodeno, jejuno e íleo (P>0,05), exceto as células argirófilas no jejuno (P<0,05). Nenhuma relação numérica foi verificada entre o número de gânglios nervosos e células endócrinas, e também entre células nervosas e endócrinas. Nós recomendamos o emprego de novas técnicas imunohistoquímicas para confirmar a correlação numérica entre os sistemas nervoso e endócrino no intestino delgado. A morfologia e a distribuição das células endócrinas e dos gânglios nervosos estudados foram similares àqueles encontrados em mamíferos eutérios.