Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://locus.ufv.br//handle/123456789/10155
Tipo: Tese
Título: Etiologia da mancha bacteriana do eucalipto no Brasil
Etiology of bacterial leaf spot on eucalyptus in Brazil
Autor(es): Gonçalves, Rivadalve Coelho
Abstract: Estudou-se a etiologia da mancha bacteriana do eucalipto a partir de amostras de folhas de plantas, coletadas em condições de viveiro e campo nos Estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso do Sul, Amapá e Pará. Os sintomas da doença são caracterizados por anasarca, lesões internervurais no limbo, perfurações no centro das lesões, lesões no pecíolo e nos ramos, concentração de lesões ao longo da nervura principal e lesões lineares nas bordas e no ápice da folha. Identificaram-se vinte e cinco isolados incitadores de reação de hipersensibilidade (HR) em plantas não-hospedeiras e patogênicos a Eucalyptus spp., quando inoculados nas folhas por injeção. Baseado em testes bioquímicos, utilização de fontes de carbono (MicroLog BIOLOG), análise filogenética de rDNA16S e perfil de ácidos graxos, identificaram-se dez isolados de Xanthomonas axonopodis, quatro de X. campestris, quatro de Pseudomonas syringae, dois de Pseudomonas putida, dois de Pseudomonas cichorii, dois de Rhizobium sp. e um de Erwinia sp. Apenas os isolados de P. syringae e Erwinia sp. não foram patogênicos a Eucalyptus spp. quando inoculados, por atomização de suspensão de inóculo (10 8 ufc/mL), em mudas. Tendo em vista a maior freqüência de isolados de X. axonopodis, avaliou-se sua gama de hospedeiros por meio de inoculações por atomização de inóculo (10 8 ufc/mL) em mudas de espécies ou clones pertencentes às seguintes famílias botânicas: Myrtaceae (Corymbia maculata, Eugenia jambolana, E. camaldulensis, E. cloeziana, E. grandis, E. robusta, E. saligna, E. urophylla, E. urophylla x E. maidenii, E. globulus, Myrciaria jaboticaba e Psidium guajava), Caricaceae (Carica papaya), Fabaceae (Phaseolus vulgaris e Pisum sativum), Rosaceae (Prunus persicae), Rutaceae (Citrus limon) e Solanaceae (Lycopersicon esculentum). Apenas as plantas da família Myrtaceae foram suscetíveis, e dentre essas, apenas espécies de Corymbia e Eucalyptus apresentaram sintomas. A freqüência de plantas com sintomas variou com a espécie, sendo que E. cloeziana e o clone de E. urophylla x E. maidenii foram os materiais mais suscetíveis. Para embasar a quantificação da doença em eucalipto, desenvolveu-se uma escala diagramática contendo oito níveis de severidade. Na validação da escala por três grupos de avaliadores inexperientes, concluiu-se que não houve acurácia nas estimativas com ou sem a escala, mas houve tendência de maior precisão para avaliadores com a escala sem treinamento prévio.
The etiology of Eucalyptus bacterial leaf blight was studied on plants in nurseries and plantations in the states of Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso do Sul, Amapá and Pará. The disease is characterized by water soaked, angular and interveinal spots on the leaf limb followed by shot holes and lesions in petioles and branches. The lesions can be found along the main vein, at the leave edge and at the upper portion of the limb. Of the several isolates obtained during isolations, 25 induced hypersensitive reaction in non-host plants, and were pathogenic to Eucalyptus spp.. Identification of these isolates by biochemical tests using carbon sources (MicroLog BIOLOG), filogenetic analysis of rDNA16S and FAME profile, revealed that 10 isolates belonged to Xanthomonas axonopodis, four each to X. campestris and Pseudomonas syringae, two each to P. putida, P. cichorii, and Rhizobium sp., and one to Erwinia sp.. When the Eucalyptus seedlings were inoculated by spraying the bacterial suspension (10 8 ufc/ml) of any isolate, only P. syringae e Erwinia sp. did not produce typical disease symptoms. Because of the higher frequency of X. axonopodis isolates, it was evaluated for its host range. Plants from the botanical families Myrtaceae (Corymbia maculata, Eugenia jambolana, E. camaldulensis, E. cloeziana, E. grandis, E. robusta, E. saligna, E. urophylla, E. urophylla x E. maidenii, E. globulus, Myrciaria jaboticaba and Psidium guajava), Caricaceae (Carica papaya), Fabaceae (Phaseolus vulgaris and Pisum sativum), Rosaceae (Prunus persicae), Rutaceae (Citrus limon) and Solanaceae (Lycopersicon esculentum) were spray inoculated with the bacterial suspension (10 8 ufc/ml). Only plants of Myrtaceae family showed susceptibility, but the symptoms developed only seedlings of Eucalyptus and Corymbia. The frequency of symptomatic plants varied among the species with E. urophylla x E. maidenii clones and E. cloeziana being the more susceptible hosts. A diagrammatic scale of eight disease severity levels was developed for disease quantification on eucalyptus leaves. The validation of the scale by three groups of inexperienced evaluators showed that although there was no accuracy in disease estimation with or without the scale, the group of untrained evaluators using the scale had higher precision.
Palavras-chave: Mancha bacteriana - Etiologia
Xanthomonas
Eucalipto - Doenças e pragas
CNPq: Ciências Agrárias
Editor: Universidade Federal de Viçosa
Titulação: Doutor em Fitopatologia
Citação: GONÇALVES, Rivadalve Coelho. Etiologia da mancha bacteriana do eucalipto no Brasil. 2003. 79 f. Tese (Doutorado em Fitopatologia) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2003.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10155
Data do documento: 6-Nov-2003
Aparece nas coleções:Fitopatologia

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
texto completo.pdftexto completo1,53 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.