Veterinária

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    Polímero derivado de mamona acrescido de cálcio, associado ou não à medula óssea autógena na reparação de falhas ósseas
    (Ciência Rural, 2003-11) Carlo, Ricardo Junqueira Del; Kawata, Denise; Viloria, Marlene Isabel Vargas; Oliveira, Damaris Rizzo; Silva, Alessandra Sayegh; Marchesi, Denise Rodrigues; Galvão, Simone Rezende; Azevedo, Paulo; Monteiro, Betânia Souza
    Foram avaliados o processo de reparação tecidual e o comportamento do implante de polímero vegetal extraído do óleo de mamona acrescido de 40% de carbonato de sódio, associado ou não à impregnação com medula óssea autógena, em falhas ósseas experimentais em rádios de 30 coelhos e em sítio heterotópico em seis animais. Em quinze coelhos, a falha óssea no rádio direito foi preenchida por cilindros de polímero de mamona (grupo P) com dimensão semelhante à da falha; a falha no rádio direito dos outros coelhos recebeu aspirado de medula óssea autógena junto com o implante (grupo M). A falha óssea no membro esquerdo de cada coelho não recebeu nenhum tratamento e serviu como controle. Os seis coelhos restantes receberam seis implantes no músculo reto abdominal (sítio heterotópico), sendo que, em três animais, os implantes estavam embebidos em aspirado de medula óssea autógena. No local do implante, em ambos os grupos, foi observado aumento da radiopacidade, sem desvio de eixo ósseo ou reabsorção das extremidades ósseas receptoras. O grupo P apresentou áreas irregulares de calcificação na região periférica e sobre o polímero e o M apresentou um padrão de radiopacidade mais intenso, regular e precoce em relação ao P. Na avaliação histológica, em ambos os grupos, foi observada formação de tecido ósseo imaturo com tendência à organização, brotos isolados de formação de osso novo sobre o polímero em seus poros superficiais e nos poros internos que se comunicavam. Quando foi associado à medula, o implante permitiu a ocorrência de osteocondução e osteogênese progressiva; houve migração de capilares, tecidos perivasculares e células osteoprogenitoras entre os poros, com tecido fibrovascular invadindo a superfície do implante; a incorporação dos implantes deu-se de maneira lenta e estava incompleta até as nove semanas do estudo; o implante foi biocompatível no período avaliado. Em sítio heterotópico, o implante foi incapaz de osteoindução e histologicamente, em ambos os sítios de implantação foram identificadas células gigantes e tecido fibroso envolvente.
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    Potencial osteoindutor da matriz óssea homóloga desmineralizada de coelho
    (Ciência Rural, 2003-05) Carlo, Ricardo Junqueira Del; Silva, Alessandra Maria da; Viloria, Marlene Isabel Vargas; Fonseca, Cláudio Cézar; Oliveira, Damaris Rizzo
    O trabalho objetivou avaliar o potencial osteoindutor da matriz óssea homóloga (MOD) desmineralizada em ácido clorídrico. Em doze coelhos adultos, foi realizada uma incisão sagital mediana na pele abdominal, de aproximadamente 5 cm, e a divulsão do tecido subcutâneo, permitindo que três fragmentos de MOD, com 1 cm de comprimento, fossem implantados em "bolsas" confeccionadas cirurgicamente no músculo reto abdominal. A MOD foi preparada a partir de rádios de coelhos sacrificados por superdosagem anestésica e estocada em etanol 70%, em temperatura ambiente, por, no mínimo, 15 dias, até o momento do uso. Para permitir análise prévia às enxertias, fragmentos de MOD preservados em etanol 70% e fixados em formol a 10% tamponado foram submetidos à rotina histológica. Quatro coelhos foram sacrificados a cada duas, quatro e seis semanas de pós-operatório. A rotina histológica foi realizada, também, em dois dos enxertos implantados em cada animal, em cortes longitudinais e transversais, corados por H&E e no fragmento restante a deposição de osso novo foi evidenciada pela fluorescência da tetraciclina administrada aos animais. Os resultados da pesquisa permitiram concluir que o ácido clorídrico 0,6 N promoveu desmineralização eficaz e manteve o potencial indutor da matriz óssea; a imersão da matriz óssea desmineralizada em etanol 70% propiciou a esterilização dos enxertos homólogos e não inibiu o potencial osteoindutor; e também que, a MOD, devido a fatores indutores inerentes que atuam sobre as células dos tecidos adjacentes, promoveu quimiotaxia, mitose e diferenciação celular.
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    Plasma rico em plaquetas para reparação de falhas ósseas em cães
    (Ciência Rural, 2008-08) Barbosa, Anna Laeticia Trindade; Carlo, Ricardo Junqueira Del; Gomes, Hayala Castro; Oliveira, Aécio Carlos de; Monteiro, Betania Souza; Carlo, Brunna Nadur Del
    As plaquetas chegam rapidamente ao local da ferida e liberam múltiplos fatores de crescimento (FC) e citocinas que contribuem para a reparação óssea e aumentam a vascularização local. O Plasma Rico em Plaquetas (PRP) concentra as plaquetas e os FC liberados por elas, aceleram a formação óssea e melhora a qualidade do trabeculado. Este trabalho apresenta um protocolo para confecção de PRP e demonstra alguns aspectos da sua utilização na reparação óssea de cães. O protocolo foi desenvolvido a partir de sangue coletado por punção jugular em três cães adultos, pesando em média 20kg. Para avaliação da aplicação clínica e dos aspectos da reparação óssea, foram criadas duas falhas mediais no terço proximal de cada tíbia. Assim, a falha 1 não foi preenchida, constituindo o controle, a falha 2 foi preenchida com 3mg de enxerto ósseo autógeno da crista da tíbia, a falha 3 com gel de plaquetas (PRP) e falha a número 4 com a associação PRP e 3mg de enxerto ósseo autógeno. O protocolo laboratorial proposto mostrou-se de fácil execução e de baixo custo e possibilitou a concentração adequada de plaquetas no PRP final, cujo número foi dependente da contagem inicial no sangue total de cada animal. A comparação da radiopacidade na região da falha, em todos os tratamentos, e ao longo do tempo demonstrou que o PRP associado ao enxerto determinou maior precocidade e uniformidade de radiopacidade, quando comparado à falha preenchida pelo PRP e ao enxerto usados isoladamente, e sendo que ambos determinam melhores resultados de preenchimento que a falha mantida sem tratamento.
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    Matriz óssea homóloga desmineralizada na preparação de falhas ósseas segmentares produzidas no rádio de coelhos
    (Ciência Rural, 2003-05) Silva, Alessandra Maria da; Carlo, Ricardo Junqueira Del; Viloria, Marlene Isabel Vargas; Silva, Alessandra Sayegh; Filgueiras, Richard Rocha
    No presente trabalho, foram avaliados os potenciais osteoindutor e osteocondutor da matriz óssea homóloga desmineralizada (MOD) em ácido clorídrico 0,6 N e conservada em etanol 70% e sua utilização no preenchimento de falhas osteoperiosteais induzidas em rádio de coelhos. O rádio operado de todos os animais foi radiografado imediatamente após a cirurgia e na 3ª,6ª, 9ª e 12ª semanas após. No grupo tratado, sete animais foram sacrificados a cada três semanas, sendo realizadas tomografia computadorizada e avaliações macro e microscópica e da fluorescência óssea à tetraciclina. Os animais do grupo controle foram sacrificados na 12ª semana de pós-operatório. Foi constatado que a matriz acelerou o processo de formação óssea, devido a fatores indutores inerentes que atuaram sobre as células dos tecidos adjacentes e que os canais vasculares, as lacunas e o canal medular vazios da MOD, serviram de arcabouço para a penetração celular, determinando osteocondução.
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    Auto-enxerto percutâneo de medula óssea em coelhos. I. Coleta, preparo e aplicação
    (Ciência Rural, 2001-12) Barros, Séfora Vieira da Silva Gouvea de; Carlo, Ricardo Junqueira Del; Vargas, Marlene Isabel; Galvão, Simone Rezende; Maia Filho, Alfredo
    Foram utilizados 36 coelhos da raça Nova Zelândia Branca, machos, com peso médio de 3,5kg e idade entre cinco e seis meses para avaliação da coleta, do preparo e da técnica de aplicação do auto-enxerto percutâneo de medula óssea (MO). Em 20 coelhos anestesiados, uma agulha para punção de MO foi inserida na crista ilíaca, sendo a medula aspirada com auxílio de seringa de 20m heparinizada. As 20 amostras obtidas foram preparadas de duas maneiras, utilizando-se 10 amostras em cada procedimento: 1) medula integral: após a coleta de 1m, a amostra foi homogeneizada e, em casos de presença de coágulo, ela foi descartada; 2) medula centrifugada: após a coleta de 2m a medula foi centrifugada por 10 minutos, sendo o sobrenadante removido e 1m do sedimento homogeneizado. Em ambos os procedimentos, as amostras foram submetidas à contagem de células nucleadas. Nos 16 coelhos restantes, para permitir a avaliação da técnica de aplicação da MO, foi criada, cirurgicamente, uma falha óssea em ambos os rádios, pela remoção de um segmento osteoperiosteal com 1,0cm de comprimento, localizado a três centímetros da articulação rádio-carpo-ulnar. Após cinco dias da realização das falhas ósseas, os 16 coelhos foram separados em dois grupos iguais (I e II), sendo novamente anestesiados e preparados para a enxertia. No grupo I, cada animal recebeu 1,0m de medula integral, imediatamente após a coleta, em um dos rádios (tratamento) e 1,0m de solução salina fisiológica no rádio contralateral (controle). No grupo II, cada animal recebeu 1,0m de medula concentrada em um dos rádios (tratamento) e 1,0m de solução salina fisiológica no rádio contralateral (controle). Em função da característica física da medula, a coleta das amostras constituiu-se em procedimento simples, envolvendo trauma mínimo. Foi necessária prévia heparinização da seringa de coleta, o que não impediu a osteogenicidade das células. Com relação ao preparo das amostras, observou-se ampla variação individual na contagem celular nos dois procedimentos. A concentração da medula por centrifugação não interferiu negativamente no seu potencial osteogênico. A aplicação por via percutânea mostrou-se um método simples, com mínimo trauma aos tecidos, não introduzindo tecido desvitalizado e, desta forma, reduzindo o risco de infecção e de interferência na reparação óssea. A avaliação radiográfica dos membros operados, realizadas no dia da enxertia e uma semana após, demonstrou a eficiência da aplicação da MO e sua atuação na formação de osso.
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    Auto-enxerto percutâneo de medula óssea. II. Reparação de falhas segmentares produzidas no rádio de coelhos
    (Ciência Rural, 2001-07) Barros, Séfora Vieira da Silva Gouvea de; Carlo, Ricardo Junqueira Del; Viloria, Marlene Isabel; Galvão, Simone Rezende; Maia Filho, Alfredo; Oliveira, Damaris Rizzo
    Para determinar de que forma a medula óssea, integral e concentrada, enxertada percutaneamente comporta-se no processo de reparação óssea, foram utilizados 16 coelhos, da raça Nova Zelândia Branca, machos, com idade entre cinco e seis meses e peso corpóreo médio de 3,5kg, distribuídos em dois grupos experimentais iguais (grupos I e II). Nos dois grupos, foram realizadas falhas ósseas em ambos os rádios, pela remoção de um segmento osteoperiosteal, de 1cm de comprimento, localizado a 3cm da articulação rádio-carpo-ulnar. A enxertia percutânea foi feita cinco dias após a realização das falhas, sendo que no grupo I, cada animal recebeu 1,0ml de medula óssea integral, em um dos rádios (tratamento), imediatamente após a aspiração na crista ilíaca. No grupo II, após aspiração e centrifugação de 2,0ml de medula óssea, foi injetado 1,0ml do sedimento em um dos rádios (tratamento). Em ambos os grupos, foi injetado 1,0ml de solução salina fisiológica no rádio contralateral (controle). A avaliação radiográfica, realizada a cada sete dias durante cinco semanas, mostrou que a enxertia percutânea de medula óssea resultou em radiopacidade precoce na região da falha óssea nos dois grupos, quando comparada com o controle. Na fase inicial, foi caracterizada por áreas circunscritas e bem definidas, confirmando a competência osteogênica do enxerto de medula óssea, principalmente a partir da primeira e segunda semanas após a enxertia. Já nos rádios que receberam solução salina, a formação óssea se deu a partir das extremidades em direção ao centro. Histologicamente, os rádios enxertados estavam em um estágio diferente de reparação em relação ao controle, apesar de que às cinco semanas as semelhanças histológicas foram maiores que as diferenças.
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    Comparação entre o fio de náilon e o fio de aço na imobilização de fraturas patelares induzidas em cães
    (Ciência Rural, 1998-01) Carlo, Ricardo Junqueira Del; Andrade Junior, Arnaldo de; Galvão, Simone Rezende
    Foi realizado estudo comparativo entre o fio de náilon e o fio de aço, na imobilização das fraturas patelares induzidas em quatorze cadelas, sem raça definida, adultas, separadas em dois grupos iguais denominados grupos I e II. Em ambos os grupos a patela foi fraturada transversalmente e transfixada com broca por onde foi colocada a primeira sutura. Um segundo fio foi passado em forma de "x" sobre a patela, funcionando como banda de tensão. No grupo I foi utilizado fio de náilon para pesca número 0,60, e no grupo II o fio de aço ortopédico número 2. A melhora clínica dos animais, independentemente do tipo de fio utilizado, foi diretamente relacionada ao tempo pós-operatório. O fio de náilon, além de ser mais facilmente maneável, foi capaz de manter os fragmentos ósseos alinhados e aproximados. O fio de aço não foi capaz de realizar a função de banda de tensão, pois rompeu em todos os animais.
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    Contribuição do plasma rico em plaquetas na reparação óssea de defeitos críticos criados em crânios de camundongos
    (Ciência Rural, 2010-07) Monteiro, Betânia Souza; Carlo, Ricardo Junqueira Del; Argôlo Neto, Napoleão Martins; Bonfá, Laila de Paula; Viloria, Marlene Vargas; Neves, Cinthya Dessaune; Carvalho, Pablo Herthel; Brito, Ana Flora Souza
    No presente estudo, foram avaliados, de forma macro e microscópica, os resultados da aplicação do PRP em defeitos ósseos críticos de 6,0mm de diâmetro confeccionados em calvária de 24 camundongos isogênicos C57BL/6 jovens, separados em dois grupos experimentais. O grupo controle não recebeu tratamento, e no grupo tratado foram depositados, no interior do defeito, 50,0µL plasma em gel contendo 1,0x109 plaquetas. Constatou-se que o gel de PRP autólogo depositado em defeitos críticos contribuiu positivamente para o processo de reparação óssea, mormente na fase inicial.
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    Estudo macroscópico das aderências peritoneais provocadas experimentalmente em cães
    (Ciência Rural, 1997-04) Carlo, Ricardo Junqueira Del; Galvão, Simone Rezende; Tinto, Jorge José Rio; Pontini, Andressa Cristina Gusmão; Lopes, Marco Aurélio Ferreira
    O trabalho objetivou comparar procedimentos cirúrgicos habituais nas laparotomias como fatores etiopatogênicos de aderências. Justifica-se por ser importante para o cirurgião poder reduzir ou prevenir sua formação naquelas situações em que tal mecanismo possa eventualmente criar novas condições patológicas. Os resultados da pesquisa permitem concluir que potencialmente as áreas isquêmicas são os maiores participantes da gênese de aderências. Foi verificado também que a utilização de medidas hemostáticas induziram a formação de aderências, mas em menor intensidade que a isquemia. A abrasão promovida pela hemostasia com gaze cirúrgica, promoveu irritação que se manifestou pela exsudação e deposição de fibrina, traduzindo-se por aderências observadas aos sete e 15 dias. A lesão cruenta, por não interferir com o mecanismo fibrinolítico, permitiu que o exsudato fibroso fosse lisado, e apenas um animal apresentou, aos 15 dias, aderência de pouca intensidade.
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    Eletroterapia no processo de reparação da superfície articular de coelhos
    (Ciência Rural, 2001-09) Souza, Tayse Domingues de; Carlo, Ricardo Junqueira Del; Viloria, Marlene Isabel Vargas
    Os efeitos da eletroestimulação pós-operatória no processo de reparação de falhas osteocondrais induzidas no sulco troclear de 36 coelhos adultos foram avaliados histologicamente. O grupo controle apresentou tecido de granulação típico, com duas semanas de pós-operatório (PO); cartilagem hialina foi observada após quatro e sete semanas de PO e a reconstituição do osso subcondral excisado limitou-se ao fundo da falha, até sete semanas de PO. No grupo I (eletroestimulado diariamente), o tecido de granulação apresentou vascularização exuberante após duas semanas de PO; após sete semanas de PO, o tecido de reparação permaneceu indiferenciado superficialmente, com formação de novo osso subcondral até o nível da junção osteocondral preexistente. No grupo II (eletroestimulado em dias alternados), os animais responderam de duas maneiras: através da reparação com cartilagem hialina e osteogênese reduzida, semelhante ao grupo controle; ou pela formação de tecido indiferenciado e osteogênese intensa, como no grupo I. Concluiu-se que a eletroestimulação pós-operatória realizada impediu a diferenciação tecidual em cartilagem hialina em coelhos. Por outro lado, a ossificação endocondral foi acelerada, observando-se reconstituição do osso subcondral até o nível da junção osteocondral preexistente nos animais tratados com este método. Em face da importância do osso subcondral na manutenção da integridade do tecido de reparação, a eletroestimulação é benéfica na fase inicial (quatro semanas) da reparação de falhas osteocondrais.