Trabalhos Acadêmicos
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Trabalhos acadêmicos produzidos no contextos dos programas e cursos oferecidos pela UFV. Deverá incluir trabalhos de conclusão de curso de graduação e pós graduação lato sensu.
Os materiais serão organizados de acordo com a estrutura acadêmica da Instituição, contemplando seus diversos campi, institutos, centros de ciências e departamentos.
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Item Saturação e decomposição do ozônio na água em sistema de microbolhas(Universidade Federal de Viçosa, 2024-09-06) Melo, Silas Modesto de; Alencar, Ernandes Rodrigues deA pandemia de COVID-19 impulsionou o uso de tecnologias baseadas no gás ozônio (O3) para sanitização, devido ao seu alto potencial oxidativo e eficácia na inativação de microrganismos. Quando dissolvido em água, o ozônio se decompõe rapidamente, sendo influenciado por variáveis, como pH e temperatura. O uso do sistema de microbolhas aumenta a eficiência da incorporação do ozônio na água, ao ampliar a área de contato entre o gás e o líquido. Nesse contexto, objetivou-se com esse trabalho caracterizar o processo de saturação e decomposição do gás ozônio dissolvido em água destilada e em água da rede de distribuição, em diferentes temperaturas, utilizando um sistema de microbolhas. Foram realizadas análises de cloro residual livre, pH, condutividade elétrica e potencial redox das amostras de água, antes e após a ozonização. A concentração de entrada do O3 foi de 10 mg L-1, para os dois tipos de água. No que se refere às variáveis físico-químicas, não se verificou diferença significativa quando se compararam os valores obtidos antes e depois do processo de saturação, para os valores de pH e condutividade elétrica. Os valores médios de pH permaneceram na faixa de 5,27 a 5,66 para água destilada e entre 6,86 e 7,60 para água da rede de distribuição. A água destilada, como esperado, apresentou baixa condutividade elétrica, variando de 2,17 μS cm-1 a 3,14 μS cm-1, enquanto a água da rede de distribuição apresentou elevada condutividade elétrica, refletindo a presença de íons dissolvidos, variando de 100,69 μS cm-1 e 133,22 μS cm-1. Após a saturação, o potencial redox ultrapassou a 1999,0 mV para ambos os tipos de água, e o cloro residual livre aumentou significativamente. Para as temperaturas de 5, 15 e 25°C, a concentração de saturação do ozônio para água destilada foi de 4,60 mg L-1, 2,95 mg L-1 e 2,52 mg L-1, com tempos de saturação de 16,50 min, 12,91 min e 14,00 min, respectivamente. Para a água da rede de distribuição, a concentração de saturação do ozônio foi de 3,35 mg L-1, 2,70 mg L-1 e 1,72 mg L-1 e os tempos de saturação foram de 14,04 min, 10,04 min e 11,06 min, respectivamente. No processo de decomposição, nas temperaturas de 5, 15, e 25°C, para água destilada as meias-vidas do ozônio foram de 168,53 min, 96,55 min e 56,35 min, respectivamente. Para a água da rede de distribuição, as meias-vidas foram de 3,04 min, 2,67 min e 1,72 min, respectivamente. Concluiu-se que a concentração de saturação do ozônio é inversamente proporcional à temperatura, sendo maior em temperaturas mais baixas. As características físico-químicas da água influenciam o processo de ozonização, com a água destilada apresentando melhor desempenho em termos de saturação e estabilidade do ozônio, especialmente em temperaturas mais baixas. Palavras-chave: Água Ozonizada. Tempo de Saturação. Concentração de Saturação. Meia-Vida