Educação Física

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    Avaliação mental, física e o efeito do treinamento e destreinamento em pacientes hipertensos e diabéticos do tipo 2, em situação de risco, atendidos pelo Centro Estadual de Assistência Especializada de Viçosa/MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-07-23) Teixeira, Robson Bonoto; Lima, Luciana Moreira; http://lattes.cnpq.br/1475381289272317
    Vive-se uma epidemia de doenças crônicas, dentre elas, Hipertensão Arterial (HAS) e Diabetes Mellitus do tipo 2 (DM2). Ambas podem antecipar ou maximizar desordens mentais e físicas. Assim, o exercício físico vem sendo cada vez mais utilizado para minimizar tais condições. Esta tese contempla três artigos distintos. O objetivo geral consiste em um rastreio de aspectos relacionados às condições de saúde mental e física nos pacientes com HAS e DM2, em situação de risco, atendidos no CEAE. Verificaram-se, também, possíveis alterações mentais e físicas decorrentes de um treinamento de vinte semanas com exercícios combinados, seguidos de destreinamento de mesmo período. No primeiro estudo, avaliou-se 120 pacientes hipertensos e diabéticos do tipo 2, sendo 78 mulheres com média de 60 anos e 42 homens com média de 64 anos. Com intuito de avaliar funções cognitivas, foi aplicada a Bateria Breve de Rastreio Cognitivo (BBRC) e para verificar o nível de atividade física diária, utilizou-se o pedômetro. O rastreamento do risco cardiovascular e do percentual de gordura foi feito pelas variáveis: Índice de Conicidade (IC), Relação Cintura-Estatura (RCE), Body Roundness Index (BRI) e Índice de Adiposidade Corporal (IAC). O BBRC apontou que 35% da amostra apresentaram prejuízos na fluência verbal, 18% na memória tardia e 33% no reconhecimento, sendo que as mulheres apresentaram piores resultados (p=0,025) nesta última função cognitiva. Além disso, foi encontrado alto risco cardiovascular e excesso de gordura corporal, além de alto comportamento sedentário. No segundo estudo, a mesma amostra foi avaliada. Foram utilizados o Inventário de Ansiedade de Beck (IAB), o Inventário de Depressão de Beck (IDB), o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) e para a análise da atividade física, utilizou-se o pedômetro. Consideraram-se as mesmas variáveis antropométricas do estudo anterior e o questionário de Pittsburgh (PSQI-BR) foi utilizado para qualidade do sono. Logo, constatou-se maior traço de depressão (p=0,001) e pior qualidade do sono (p=0,023) nas mulheres. Ademais, houve correlação do IDB e PSQI-BR nas mulheres (p=0,002) e do IAB em relação ao IC (p=0,008), RCE (p=0,004) e BRI (p=0,049) nos homens. O terceiro estudo caracterizou-se por ser experimental, contemplando oito pacientes com média de 61 anos. Foram realizadas vinte semanas de treinamento com exercícios combinados e, posteriormente, um destreinamento de mesmo período. Para avaliar o efeito do exercício físico nas funções cognitivas e mentais, foram utilizadas a BBRC, IDB, IAB e SRQ-20 e analisaram-se possíveis alterações nos aspectos: atividade física diária, composição corporal,risco cardiovascular, capacidade física e parâmetros bioquímicos, oriundos do treinamento e destreinamento. Como resultado, houve melhoras na memória tardia (p=0,001); melhora significativa no aprendizado (p = 0,018), desde o início até o final do destreinamento, assim como nos traços de depressão (p=0,008). Ocorreram, também, melhoras na aptidão física, mesmo após o período de destreinamento, e no HDL (p=0,009). Conclui-se, portanto, que se faz necessário dar maior atenção à saúde mental de hipertensos e diabéticos do tipo 2, em situação de descontrole metabólico, e que o treinamento com exercício físico combinado pode ser utilizado como instrumento eficaz contra comorbidades físicas e neuropsiquiátricas. Palavras-chave: Hipertensão. Diabetes. Transtornos Mentais. Exercício Físico.
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    A fadiga mental como fator condicionante do desempenho no futebol: uma perspectiva cognitiva, tática e física
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-05-20) Kunrath, Caito André; Costa, Israel Teoldo da; http://lattes.cnpq.br/4924679505970676
    Até o momento, poucos são os estudos que se propuseram a investigar a fadiga mental como um fator condicionante do desempenho no futebol. Desde a primeira publicação em 2015, oito artigos estão disponíveis nas bases de dados PubMed, Web of Science e SCOPUS. Nestes artigos, observa-se que a fadiga mental origina uma redução na tolerância ao exercício em testes físicos, enquanto em jogos reduzidos estes efeitos ainda não são explicados com clareza. Também são verificados efeitos negativos sobre a precisão de passes e a qualidade geral das ações em formato de testes e jogos reduzidos, e na capacidade dos jogadores em tomar decisões, de modo a aumentar o tempo necessário para fazê-las e diminuir sua acurácia. A fadiga mental também parece reduzir a capacidade dos jogadores em coordenar movimentos verticais e horizontais em uma equipe. No entanto, estes indicadores possibilitam avaliar apenas a sincronia entre os jogadores das equipes, e não necessariamente representam o desempenho dos jogadores. Na presente dissertação foram considerados indicadores de desempenho cognitivos, táticos e físicos, através da percepção periférica, dos princípios táticos fundamentais e da distância percorrida pelos jogadores, respectivamente. No primeiro momento, foi conduzido um estudo piloto em que foi observada uma redução sobre a eficiência do comportamento tático, especialmente em ações relacionadas aos princípios táticos de equilíbrio (p=0,028) e unidade defensiva (p=0,008), além de maior distância percorrida em intensidades médias (p=0,032) e elevadas (p=0,002) sob fadiga mental. No segundo estudo empírico, foi verificado como a fadiga mental influencia a percepção periférica, o comportamento tático e o desempenho físico dos jogadores. A fadiga mental reduziu a percepção periférica dos jogadores (p=0,035), condicionando-os a priorizarem ações de penetração (p=0,042) e mobilidade (p=0,005), e de cometerem maior número de erros nas ações de contenção (p=0,003), equilíbrio (p=<0,001), concentração (p=0,001) e unidade defensiva (p=0,001). Os jogadores também percorreram maior distância total (p=0,008) e em corrida leve (p=0,001), além de menor distância em caminhada (p=0,027). De acordo com estes resultados, conclui-se que a fadiga mental é um fator que condiciona o desempenho de jogadores de futebol.
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    Efeito de diferentes programas de treinamento resistido sobre a saúde física e mental e a qualidade de vida de pessoas com lesão medular
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-08-31) Rodrigues, Joel Alves; Pereira, Eveline Torres; http://lattes.cnpq.br/6845309948900203
    A Lesão Medular (LM) é uma condição médica séria que causa distúrbios funcionais, psicológicos e socioeconômicos à pessoa acometida por ela. Portanto, indivíduos com LM experimentam deficiências significativas em vários aspectos de suas vidas. E o Treinamento Resistido (TR) tem sido utilizado como instrumento para melhorar indicadores funcionais, cardiorrespiratórios, psicológicos e de Qualidade de Vida (QV) desses pacientes. Contudo, muitos trabalhos relatados pela literatura científica ocorreram na fase de reabilitação, ou na fase aguda, da lesão, em que os indivíduos ainda estão nos hospitais. Assim, o uso do TR na fase crônica e de livre escolha da pessoa com LM ainda é pouco comum. A partir dessa dificuldade de dialogar com a literatura científica dúvidas e lacunas do conhecimento, esta tese objetivou avaliar o efeito de diferentes programas de treinamento resistido sobre a saúde física e mental e a qualidade de vida de pessoas com LM. Para a efetivação desse objetivo, foram realizados quatro estudos com os seguintes focos: (1) Realizar uma revisão da literatura sobre os efeitos do TR na saúde física e mental e na QV das pessoas com LM, para verificar a produção na área de treinamento resistido e de LM, bem como dar suporte científico ao planejamento e execução das ações metodológicas subsequentes; (2) Analisar os efeitos do treinamento funcional sobre indicadores de força muscular, capacidade funcional e QV de pessoas com LM; (3) Determinar os efeitos do TR em circuito sobre a composição corporal, força muscular, potência anaeróbica e capacidade funcional de pessoas com LM; e (4) Estabelecer o efeito de um programa de TR sobre indicadores de saúde geral, estado funcional e mental e QV de pessoas com LM. A amostra foi composta por cinco indivíduos com LM de ambos os sexos, com média de idade de 45 anos, os quais foram acompanhados por dois anos e submetidos a distintos programas de treinamento. Cada protocolo de treinamento foi realizado por 12 semanas e composto por duas sessões semanais. Foram analisadas, antes e depois de 12 semanas de treinamento, a composição corporal, a potência anaeróbica, a potência muscular, a funcionalidade, a força muscular, a qualidade de vida e a sintomatologia do estado mental dos indivíduos com LM. Os resultados de TF apontarammelhora da potência anaeróbica máxima (p = 0,043), máxima relativa (p = 0,043), média (p = 0,042) e média relativa (p = 0,043) e aumento da funcionalidade (p = 0,043) e da QV geral (p = 0,043). Os resultados de TRC indicaram melhora da força muscular (p = 0,028), aumento da agilidade (p = 0,028), manutenção da massa magra, conteúdo mineral ósseo e índice de perda óssea ao logo da vida (T-score). E os resultados de TR apontaram aumento da carga de treinamento, do CMO total (p = 0,043), da potência muscular a 80% de 1 RM (p = 0,043) e do estado funcional (potência anaeróbica e força explosiva dos músculos da cintura escapular), do estado mental e, por fim, melhora da QV. Assim, é possível concluir que o TR é alternativa para a melhora e manutenção da composição corporal, do desenvolvimento da potência muscular, da potência anaeróbica e da força explosiva de membros superiores, o que impactará na capacidade funcional e promoverá maior autonomia e, consequentemente, melhor reflexo na melhoria dos aspectos mentais e da QV da pessoa com LM. Palavras-chave: Lesão da medula espinhal. Treinamento resistido. Exercícios em circuito. Indicadores de qualidade de vida.
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    Efeito do treinamento combinado sobre as variáveis bioquímicas e morfofuncionais de hipertensos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-10-22) Vieira, Bárbara Ramos; Marins, João Carlos Bouzas; http://lattes.cnpq.br/8121183810975152
    A hipertensão arterial sistêmica é o fator de risco mais prevalente para doença cardiovascular, sendo caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial. Geralmente está relacionado a danos funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo e a alterações metabólicas, aumentando o risco de eventos cardiovasculares fatais e não- fatais. O exercício físico tem sido indicado como um tratamento não medicamentoso para auxiliar na redução dos níveis tensionais de hipertensos. Essa dissertação teve como principal objetivo analisar como o exercicio físico pode influenciar o perfil bioquímico, morfofuncional e a pressão arterial de repouso em sujeitos hipertensos. Para isso, foram desenvolvidos 2 capítulos: o primeiro, teve o objetivo de realizar uma análise crítica sobre as atuais recomendações de prescrição de exercícios para hipertensos abordados na 7º diretriz brasileira de hipertensão arterial, sob a ótica de um profissional de educação física. Foram analisadas as recomendações para atividades aeróbias: tipo de exercício, volume, intensidade e recomendações especiais; e recomendações para exercícios resistidos: volume e intensidade. Além disso, foram discutidos aspectos não abordados na diretriz. Foi possível observar avanços na 7º diretriz brasileira de hipertensão como nas orientações referentes as variáveis volume e intensidade, mas alguns pontos ainda carecem de maiores esclarecimentos, principalmente relacionados ao treinamento de força, como método de treino, forma de controle da intensidade e velocidade de execução. A partir dos aspectos abordados, foi concluído que é necessário um maior detalhamento nas orientações para uma prescrição de exercício segura e eficaz para a população hipertensa. No capítulo 2, foi desenvolvido um estudo clínico de intervenção com um total de 8 sujeitos caracterizados hipertensos (4 homens e 4 mulheres), com média de idade de 60,57 + 6,95 anos. Todos os pacientes eram vinculados ao Centro de Atenção Especializada de Viçosa, Minas Gerais. Foram realizados exames clínicos e teste ergométrico antes de iniciar o treinamento. Além desses, foram feitos exames de sangue antes e ao final do estudo para controle do potássio plasmático, creatinina plasmática, glicemia de jejum, colesterol total, HDL, triglicerídeos, ácido úrico e ureia. Indicadores antropométricos e testes físicos foram realizados antes e depois do período de massa corporal e a estatura, para cálculo do Índice de Massa Corporal e o perímetro de cintura. Os testes físicos empregados foram: banco de Wells, teste de alcançar as costas, teste de levantar da cadeira, teste de flexão de braço, dinamometria de mão, teste de equilibrio unipodal, teste de levantar e caminhar. Os pacientes foram submetidos a 50 sessões de treinamento combinado (aeróbio e resistido na mesma sessão), sendo que a intensidade do exercicio aeróbio foi prescrita frequência cardíaca. O método do treinamento resistido foi o alternado por segmento em circuito. Cada sessão durou entre 20 a 70 minutos, dependendo da fase do treinamento, a frequência semanal foi de 3 dias e a aderência aos programas de 75% foi determinada para que os resultados fossem considerados válidos. Foi realizado o teste de Shapiro-Wilk para verificar os pressupostos de normalidade e os dados se apresentaram não normais. Para os dados da avaliação antropométrica e testes físicos, o teste de Friedman foi usado para analisar se houve diferenças entre as medidas e, quando foi encontrada, realizou-se o teste de Wilcoxon para detectar onde havia essa diferença. Nos parâmetros sanguíneos, foi realizado o teste de Wilcoxon. Não houve diferença significativa nos parâmetros avaliados, exceto para agilidade, que reduziu de 7,88 + 2,41 segundos antes do estudo para 6,36 + 1,56 segundos na nona semana; potássio plasmático, que aumentou de 4,39 + 0,44 mEq/L antes para 5,08 + 0,62 mEg/L após a intervenção e ácido úrico que reduziu de 4,30 + 0,92 mg/dL antes para 2,84 + 0,66 mg/dL após o treinamento, todos para p<0,05. Tomando como base a dinâmica proposta de exercícios ao longo de 50 sessões, é possível concluir que, o treinamento combinado proposto, com exceção da agilidade, potássio plasmático e ácido úrico não foi capaz de gerar alterações importantes nas variáveis estudadas para essa amostra.
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    Associação entre o desenvolvimento motor e a participação esportiva em crianças dos 6 aos 10 anos de idade
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-11-30) Silva, Danielle de Campos; Santos, Fernanda Karina dos; http://lattes.cnpq.br/9348499972457538
    Como uma das áreas do comportamento motor, o desenvolvimento motor considera a complexidade do movimento para compreender o sujeito ao longo da vida. No decorrer das fases do desenvolvimento motor, espera-se que seja alcançada a proficiência para a realização de habilidades motoras, ou então a competência motora. Além disso, outro aspecto motor importante do desenvolvimento motor é a coordenação motora global (CMG), considerada como uma condição precedente a aquisição das habilidades motoras. Um aspecto fundamental associado à competência motora durante a infância é a prática da atividade física. Dentre as práticas de atividade física, sabe-se que o esporte sistematizado pode potencializar a aquisição do repertório motor ao longo da infância. Contudo, torna-se necessário fortalecer as evidências quanto a relação dos aspectos do desenvolvimento motor com a participação esportiva sistematizada em crianças dos 6 aos 10 anos de idade, entendida como uma fase crucial para a progressividade das fases do movimento. Assim, o objetivo do presente trabalho foi investigar a relação entre o desenvolvimento motor e a participação esportiva em crianças dos 6 aos 10 anos de idade. Para isso, dois artigos foram conduzidos. O primeiro artigo foi uma revisão narrativa para compreender os aspectos motores do desenvolvimento motor e, posteriormente, o estado da arte da relação dos mesmos com a participação esportiva das crianças na segunda infância. Já no segundo artigo, foi realizado um estudo de desenho transversal, com 100 crianças que praticavam 2 esportes ou mais, com pelo menos 1 ano de prática. O objetivo foi analisar a CMG associada às características da prática esportiva (tempo de prática e diversidade de atividades esportivas). Para isso, foi utilizado o teste Körperkoordinationstest für Kinder para mensuração da CMG e uma entrevista semiestruturada com os pais/responsáveis legais para determinara prática em atividades esportivas das crianças. Foi observada relação positiva e regular entre a CMG e o tempo de prática (ρ = 0.172, p<0,05) e a não associação significativa entre a CMG e a diversidade de atividades esportivas (ρ=0.056, p>0,05). Sendo assim, torna-se evidente que a relação entre os aspectos motores do desenvolvimento motor e a participação esportiva é importante para compreender o sujeito em movimento, em especial a CMG, compreendida como uma condição imprescindível para a progressão da aquisição das habilidades motoras e posteriormente ao desenvolvimento motor. A interveniência entre os aspectos do desenvolvimento motor e a prática de esportes sistematizados permite compreender a individualidade da progressão do movimento de cada sujeito e tal informação pode enriquecer o conhecimento de profissionais da Educação Física para particularizar a intervenção motora quando necessário. Palavras-chave: Desenvolvimento Motor. Coordenação Motora Global. Habilidade Motora. Participação Esportiva. Participação esportiva sistematizada. Criança.
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    Letramento corporal : validação de testes para avaliação da competência motora, motivação e conhecimento de crianças brasileiras
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-12-04) Moreira, João Paulo Abreu; Albuquerque, Maicon Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/7857495315712134
    O letramento corporal vem ganhando popularidade como objetivo central da educação física em diversos países, embora ainda seja pouco difundido no Brasil. Pode ser definido como a motivação, confiança, competência física, conhecimento e entendimento para valorizar e assumir a responsabilidade pelo envolvimento em atividades físicas ao longo da vida. Instrumentos para a avaliação da jornada de letramento corporal têm sido desenvolvidos por pesquisadores, com destaque para o Canadian Assessment of Physical Literacy - 2 nd ed. (CAPL- 2). Integram esta bateria o CAMSA, que avalia a competência motora e o questionário CAPL- 2, que avalia a motivação e o conhecimento. O CAMSA propõe avaliar a competência motora, assim como outros dois testes consolidados na literatura: o KTK e o TGMD-3. Contudo, apenas o TGMD-3 encontra-se validado no Brasil. Em relação ao questionário CAPL-2, o mesmo ainda não foi traduzido, adaptado culturalmente e validado para o Brasil. Desta forma, o presente trabalho foi dividido em três etapas, apresentadas em artigos científicos. O artigo 1 investigou a estrutura fatorial do KTK e comparou quatro métodos para o cálculo do escore fatorial. Os resultados mostraram que o KTK apresenta uma boa estrutura fatorial e que o método mais simples da “soma dos escores brutos” pode ser utilizado para interpretar os resultados. O artigo 2 verificou a validade concorrente do CAMSA, utilizando o KTK, o TGMD-3 e a combinação dos dois testes como medidas de referência. Os resultados mostraram correlações positivas, de moderada a forte, confirmando o teste como alternativa para a avaliação da competência motora O artigo 3 realizou a tradução e adaptação transcultural do questionário CAPL-2 no contexto brasileiro. As análises fatoriais confirmatórias e os índices de ajuste dos modelos confirmaram que o questionário CAPL-2-Br é um instrumento eficiente para avaliar os domínios “motivação e confiança” e “conhecimento e compreensão” do letramento corporal. Palavras-chave: Alfabetização Física. Atividade Física. Questionário. Teste Motor.
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    Efeitos do treinamento resistido prévio sobre a força muscular e a morfologia e função cardiopulmonar em ratos com hipertensão arterial pulmonar induzida por monocrotalina
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-12-23) Portes, Alexandre Martins Oliveira; Natali, Antônio José; http://lattes.cnpq.br/7800222452459132
    Este estudo teve como objetivo investigar os efeitos do treinamento resistido (TR) prévio sobre a força muscular, a morfologia e a função cardiopulmonar em ratos com hipertensâo arterial pulmonar (HAP) severa induzida por monocrotalina (MCT). Para tal, ratos Wistar (idade ~ 6 semanas) foram divididos em quatro grupos de 13 animais, a saber: sedentário controle (SC); sedentário monocrotalina (SM); treinado monocrotalina sem continuidade do treinamento (TMSC); e treinado monocrotalina com continuidade do treinamento (TMCC). O TR foi realizado por um período de 8 semanas, 3x/semana. Em seguida, os animais dos grupos SM, TMSC e TMCC receberam uma injeção intraperitoneal de MCT (60 mg/kg), enquanto os do grupo SC receberam o mesmo volume de salina. O grupo TMCC continuou o TR por mais 6 semanas e o grupo TMSC permaneceu em suas caixas pelo mesmo período, até a data de eutanásia. Os animais dos grupos SC e SM permanecerem em suas caixas durante todo período experimental. As sessões de TR consistiram de 4 a 9 escaladas em escada vertical carregando cargas progressivas [4 escaladas com 50%, 75%, 90% e 100% do peso máximo carregado (PMC); mais 30g a cada escalada subsequente]. O PMC foi avaliado nas semanas 1, 4 e 8, antes da aplicação de MCT ou salina, e nos dias 20, 27, 34 e 41, após a aplicação de MCT ou salina. A avaliação ecocardiográfica foi realizada ao final da 8º semana, antes da aplicação de MCT, e nos dias 24 e 42, após a aplicação de MCT ou salina, para avaliação da razão tempo de aceleração e tempo de ejeção (TA/TE) e da tricuspid annular systolic plane excursion (TAPSE). Análises histomorfométricas foram realizadas nos tecidos do ventrículo direito (VD), pulmão e bíceps braquial. Em miócitos isolados do VD, foram analisados contração e cálcio (Ca 2+ ) intracelular transiente. Os dados foram comparados, conforme distribuição normal ou não normal, usando-se análise de variância ou Kruskal-Wallis, respectivamente, seguidos de teste post hoc apropriado, sendo erro alfa adotado de 5%. Os resultados mostraram que o TR aumentou o PMC relativo, nas semanas 4 e 8, em comparação à semana 1 e ao grupo SM, antes da injeção de MCT. Após a aplicação de MCT, o PMC relativo permaneceu maior nos grupos treinados que nos sedentários (P<0,05). O PMC relativo do grupo TMSC não foi diferente daquele do grupo SM nos dias 27 e 34 após injeção de MCT (P>0,05). O TR preveniu o aumento da resistência da artéria pulmonar (redução da TA/TE) e a redução da função do VD (redução da TAPSE), 24 dias após injeção de MCT, apenas no grupo TMCC. O mesmo foi observado nos dois grupos treinados no dia 42 após injeção de MCT. O TR preveniu o aumento das massas do coração e do VD e a redução da massa do bíceps braquial. O TR preveniu o aumento da área de secção transversa dos miócitos do VD. O TR também preveniu, mas apenas no grupo TMCC, o aumento da largura e a razão comprimento/largura celular. No pulmão direito, o TR preveniu a redução do percentual de alvéolos pulmonares e o aumento do percentual de alvéolos hemorrágicos, apenas no grupo TMCC. No bíceps braquial, o TR preveniu a redução da área de secção transversa e aumentou o percentual de núcleos. Em miócitos isolados do VD, o TR preveniu a redução da amplitude e da velocidade de contração (3 e 5 Hz), o aumento dos tempos para o pico de contração (1, 3, 5 e 7 Hz) e 50% de relaxamento (1, 3 e 5 Hz), somente no grupo TMCC. O TR preveniu o aumento da amplitude do Ca 2+ intracelular transiente (1, 3 e 5 Hz) e dos tempos para o pico (1, 3, 5 e 7 Hz) e para 50% do decaimento do Ca 2+ intracelular transiente (5 Hz), apenas no grupo TMCC. O TR preveniu a redução da responsividade das células à estimulação a 7 Hz, apenas no grupo TMCC. Em conclusão, o TR aplicado aumenta a força muscular e previne a redução da função sistólica e a hipertrofia do VD, além de prevenir o aumento da resistência da artéria pulmonar e a atrofia muscular esquelética em ratos com HAP severa induzida por MCT. Todavia, os efeitos preventivos sobre o remodelamento pulmonar adverso, o aumento das dimensões celulares e as disfunções da contratilidade e do Ca 2+ intracelular transiente de miócitos isolados do VD são evidentes apenas quando o TR prévio é continuado após a indução da HAP por MCT (grupo TMCC), o que indica a presença de destreinamento quando o TR é descontinuado (grupo TMSC). Palavras-chave: Treinamento resistido. Hipertensão pulmonar. MCT. Miócitos isolados. Contração. TAPSE.
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    Relação entre atividade física, aptidão cardiorrespiratória, composição corporal e pressão arterial de escolares com idades entre 6 e 10 anos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-12-01) Gomes, Gabriella Marques de Souza; Santos, Fernanda Karina dos; http://lattes.cnpq.br/5048485894495463
    Mudanças comportamentais associadas a hábitos alimentares inadequados e à redução da prática de atividade física (AF) têm contribuído para elevação do peso corporal, afetando todas as faixas etárias, incluindo a população pediátrica. A condição de sobrepeso/obesidade é reflexo de aumento de medidas corporais, além de parecer ocorrer concomitantemente ao surgimento de hipertensão arterial (HA), comprometendo, assim, a saúde dos indivíduos e levando a uma maior propensão a outras doenças. Ademais, quando ocorre na infância, pode perdurar até a vida adulta. Nesse sentido, torna-se importante analisar potenciais estratégias que possam controlar/reduzir fatores de risco relacionados à obesidade, como prática regular de AF e incrementos nos níveis de aptidão cardiorrespiratória (ApC). Diante disso, o objetivo geral da presente dissertação foi investigar como as variáveis de proteção (AF e ApC) se associam com fatores de risco [composição corporal (CC) e pressão arterial (PA)] em crianças dos 6 aos 10 anos de idade, o qual foi destrinchado em dois estudos. No estudo 1 foi realizada uma revisão de literatura sistemática sobre a associação entre tais variáveis, elaborada de acordo com as recomendações da estratégia PRISMA. A amostra foi composta por 17 artigos, os quais mostraram, em geral, relação inversa entre variáveis de proteção e fatores de risco, sendo a relação da ApC com fatores de risco mais expressiva, em comparação à AF, reforçando a premissa do trabalho da ApC, concomitante à AF, visto que ambas são variáveis relacionadas. No estudo 2, a amostra foi composta por 163 crianças (69 meninas e 94 meninos; 6-10 anos) as quais foram submetidas à avaliações de: medidas antropométricas, para estimar o índice de massa corporal (IMC), perímetro da cintura (PC), relação cintura-estatura (RCE) e percentual de gordura corporal (%GC); PA, através de monitor automático; AF, mensurada através de pedômetro; ApC, avaliada por meio do teste de corrida/caminhada de 6 minutos do PROESP- BR. A normalidade dos dados foi verificada através do teste Kolmogorov-Smirnov; a relação entre variáveis de proteção e fatores de risco foi analisada pelas correlações de Pearson e Spearman, de acordo com a normalidade das variáveis; ANOVA de 1 fator foi utilizada para verificar diferenças entre grupos do estado nutricional consoante PA e também para analisar os grupos da variável proteção (AF e ApC, de forma unificada) com relação aos fatores de risco. As análises estatísticas foram realizadas no software SPSS 22.0. Os resultados demonstraramdiferenças significativas entre os sexos para %GC e ApC (p<0,05); prevalências preocupantes de excesso de peso corporal (34,9%), hipertensão arterial (7,9%) e baixa ApC (22,7%). A AF (de fim de semana e média total) se correlacionou positivamente com PAS e PAD (ρ = 0,176, p=0,025 e r = 0,174, p=0,026) e a ApC se correlacionou inversamente com IMC (ρ= -0,193, p=0,014), RCE (ρ= -0,285, p<0,001), PC (ρ= -0,219, p=0,005) e %GC (ρ= -0,383, p=0<0,001). Crianças com valores mais altos de IMC apresentaram PA sistólica e diastólica maior em comparação a seus pares com valores de IMC mais baixos. Por fim, crianças na zona de risco para ApC e inativo apresentaram maiores valores de indicadores de risco, em comparação a crianças classificadas como “zona sem risco e inativo” e na “zona sem risco e ativo”. Desta forma, o presente estudo fornece evidências de que AF e ApC exercem, de forma unificada, papel relevante na atenuação de efeitos deletérios da obesidade e, consequentemente, em valores de PA. Palavras-chave: Atividade física. Aptidão cardiorrespiratória. Composição corporal. Pressão arterial. Crianças.
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    O impacto do uso de uma camisa de corrida com proteção ultravioleta nos ajustes termorregulatórios em um protocolo de corrida associado à radiação solar artificial
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-12-22) Della Lucia, Emanuel Mattos; Gomes, Thales Nicolau Primola; http://lattes.cnpq.br/1567348477689708
    Introdução: Comercialmente, diversos tipos de camisas são comercializados para praticantes de esportes. Certos modelos, destacam-se por oferecerem proteção ultravioleta contra radiação solar, diminuindo a temperatura da pele dos usuários. Essa queda da temperatura é associadaa um melhor rendimento em exercícios longos. Objetivo: Analisar o impacto do uso de uma camisa com proteção ultravioleta nos ajustes termorregulatórios em um protocolo de corrida associado a radiação solar artificial. Métodos: Nove corredores de rua (Idade: 28 ± 6 anos) realizaram 4 visitas laboratoriais. A 1a visita foi destinada à caracterização da amostra, aplicação de questionários e teste máximo em esteira; na 2a visita foi feita a familiarização ao exercício e nas 3a e 4a visitas foram realizadas as sessões de 10 quilômetros em ambiente quenteassociado à radiação solar artificial (T ambiental SUV: 32,1 ± 0,7oC vs. CUV: 32,3 ± 0,0oC; umidade relativa SUV: 69,0 ± 0,0% vs. CUV: 68,0 ± 0,0%). O exercício consistiu-se de uma corrida autorregulada de 10 quilômetros. As variáveis medidas foram: temperatura gastrointestinal, através de cápsula telemétrica (T gastrointestinal oC); temperatura média da pele, por meio de sensores de temperatura (T pele oC); velocidade de exercício (km/h); conforto térmico (CT); sensação térmica (ST) e percepção subjetiva do esforço (PSE), por meio das escalas subjetivas; a frequência cardíaca, por meio de cardiofrequencímetro (FC); a gravidadeespecífica da urina por meio de refratômetro (GEU); acúmulo de calor (AC); taxa de acúmulo de calor (TAC); tempo total de exercício (min); trabalho (W); respostas de sudorese e Hazard Score. Após verificação de normalidade, os dados foram analisados através da ANOVA TwoWay de medidas repetidas, com post-hoc de Bonferroni, Teste T e Teste T pareado (Média ± DPM; α = 5%). O trabalho foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética (protocolo: 20080619.0.0000.5153). Resultados: Não houve diferença entre os grupos durante exercício autorregulado em relação à T gastrointestinal (SUV: 38,3 ± 0,3°C vs. CUV: 38,4 ± 0,4°C p>0,05), à T pele (SUV: 36,6 ± 0,5°C vs. CUV: 35,8 ± 1,6°C), à velocidade (SUV: 7,9 ± 1,7km/h vs. CUV: 7,6 ± 1,4 km/h; p>0,05), à FC (SUV: 157,1±17,9 bpm vs. CUV: 157,0±1,9bpm; p>0,05), à PSE (SUV: 16,1 ± 3,5 vs. CUV: 18,3 ± 1,5; p<0,05) à massa corporal (SUV: 73,8 ± 6,3kg vs. CUV: 73,8 ± 6,0kg; p>0,05), ao AC (ACSUV: 96,7 ± 18,2W/m 2 vs. ACCUV: 97,8 ± 22,5W/m 2 ; p>0,05) e à TAC (TACSUV: 1,4 ± 0,2W/m2/500 metros vs. TACCUV: 1,3 ± 0,5 W.m 2 /500 metros; p>0,05). Também não foram observadas diferenças entre os exercícios no que diz respeito ao CT (SUV: 3,7 ± 0,4 vs. CUV: 3,8 ± 0,3; p<0,05) e peso final da roupa (CUV: 0,58 ± 0,11kg vs. SUV: 0,57±0,12kg; p>0,05). O tempo total de exercício não apresentou diferenças entre os grupos (SUV: 74,4 ± 12,9min vs. CUV: 69,5 ± 13,9min p>0,05), assim como o trabalho total (SUV: 1337,5 ± 294,9W vs. CUV: 1369,3 ± 231,0W; p>0,05). Conclusão: A utilização de uma camisa com proteção UV não altera as respostas fisiológicas, perceptivas e de desempenho durante exercício autorregulado em ambiente quente associado à radiação solar artificial. Palavras-chave: Roupas. Termorregulação. Atividade Física.
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    Desempenho de métodos antropométricos na avaliação da adiposidade em adultos jovens brasileiros
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-10-29) Guisso, Ingrid Daroz; Amorim, Paulo Roberto; http://lattes.cnpq.br/1022143295463286
    A obesidade é um transtorno de incidência crescente no Brasil e no mundo, considerada importante fator de risco para desenvolvimento de comorbidades metabólicas e doença cardiovascular. A fim de orientar o gerenciamento adequado da doença e desenvolver estratégias preventivas, a obesidade deve ser diagnosticada precoce e precisamente através de um método acessível e facilmente aplicável a toda a população. Métodos de referência para análise precisa da adiposidade, como a absorciometria por dupla emissão de raios X (DXA), são de difícil acesso a nível populacional, mas amplamente utilizados na validação de outros métodos mais simples e de fácil aplicabilidade. Vários métodos de fácil aplicação se propõe avaliar a adiposidade, no entanto, não há consenso sobre o desempenho dos mesmos na população de adultos jovens brasileiros. Um melhor entendimento sobre o desempenho dos métodos preditores de obesidade se faz relevante para a promoção e manutenção da saúde, portanto, o presente estudo objetiva investigar a validade e desempenho de diferentes métodos antropométricos para avaliação da adiposidade em adultos jovens brasileiros. A presente dissertação contempla dois artigos distintos, sendo os objetivos específicos: a) verificar a validade da equação massa de gordura relativa (MGR) na estimativa do percentual de gordura corporal (GC) em adultos brasileiros; b) verificar o desempenho dos métodos antropométricos índice de massa corporal (IMC), circunferência de cintura (CC), relação cintura-estatura (RCE), índice de adiposidade corporal (IAC) e MGR em avaliar a adiposidade, e identificar os valores de corte ideais para obesidade em adultos jovens brasileiros tendo a DXA como referência. Foram avaliados 233 adultos jovens universitários, 132 homens (22,6 ± 2,6 anos) e 101 mulheres (23,0 ± 2,7 anos). Para desenvolvimento do primeiro estudo, foram realizadas as medidas antropométricas estatura e perímetro do abdômen para cálculo da MGR. Para testar a associação entre o %GC estimado pela MGR e o medido pela DXA foi utilizado o coeficiente de correlação de Spearman. A concordância e reprodutibilidade entre os métodos foi avaliada através do procedimento de Bland-Altman. A MGR apresentou valor médio de 27,8 ± 7,3 %GC enquanto pela DXA o valor médio foi de 25,8 ± 9,9 %GC. A correlação entre MGR e DXA foi de r = 0,86 (p<0,001). Houve diferença estatisticamente significante entre os métodos. A concordância avaliada pelo teste de Bland Altman entre o método proposto e a referência foi baixa, apontando um viés de - 2,0 %GC, com limites de concordância variando de 8,34 a -12,34. Para desenvolvimento do segundo estudo foram realizadas as medidas antropométricas estatura, perímetro de cintura, abdômen e quadril e massa corporal para posterior cálculo do IMC, RCE, IAC e MGR. Para testar a associação entre os métodos antropométricos e a referência (DXA), foi utilizado o coeficiente de correlação de Spearman. Análises de Curvas ROC foram utilizadas para avaliar a capacidade de predição de obesidade dos índices e para definir os pontos de corte que melhor identificam a obesidade. A MGR apresentou melhor correlação com o percentual de gordura corporal aferido por DXA entre os homens (0,809) e quando analisada a amostra total (0,860), também apresentou maior valor de AUC entre os homens (0,935). Entre as mulheres o IAC apresentou maior valor de correlação com o %GC por DXA (0,772) e maior valor de AUC (0,892). Os pontos de corte 24,3 %GC para os homens na MGR e 29,5 %GC para o IAC entre as mulheres apresentaram melhor relação entre sensibilidade e especificidade para determinação da obesidade. Devido às limitações observadas no primeiro estudo na utilização da MGR, o método não é indicado em estudos de base populacional com indivíduos de características similares aos do presente estudo. No entanto, no segundo estudo, comparado aos demais métodos, a MGR foi o que obteve melhor desempenho geral dentre os analisados, especialmente entre os homens. Com base nos resultados obtidos é possível concluir que em contexto de inacessibilidade a exames tidos como referência na análise da composição corporal e adiposidade, a utilização do IAC entre as mulheres e da MGR ente os homens adultos jovens brasileiros fornecem estimativa válida da adiposidade corporal para acompanhamento da saúde populacional, apresentando superior desempenho quando comparados ao IMC, CC e RCE. Palavras-chave: Antropometria. Composição corporal. Avaliação física.