Educação Física

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    O impacto do jogador curinga nas demandas físicas e psicofisiológicas em jogos reduzidos de futebol
    (Universidade Federal de Viçosa, 2024-08-20) Campos, Matheus Gomes de; Marins, João Carlos Bouzas ; http://lattes.cnpq.br/5290000773467624
    Esta dissertação teve o objetivo de analisar o efeito da manipulação do número de jogadores de futebol em jogos reduzidos condicionados para a verificação de variáveis físicas e psicofisiológicas, utilizando diferentes tipos de superioridade numérica. Para tal, foram desenvolvidos três estudos. No primeiro estudo, o objetivo foi analisar, por meio de uma revisão sistemática da literatura, estruturas de jogos reduzidos condicionados com jogadores curinga e demandas físicas e/ou psicofisiológicas. A busca encontrou 323 registros entre os anos de 2002 a 2022. Após a triagem, foram incluídos 11 estudos que analisaram variáveis físicas, as zonas de velocidade, distância total percorrida, acelerações e desacelerações. Para variáveis psicofisiológicas, alguns estudos utilizaram a frequência cardíaca (FC), lactato sanguíneo e percepção subjetiva de esforço. As formas de estruturas empregadas mais presentes foram 3 vs.3 + 1, 3 vs. 3 + 2 e 4 vs. 4 + 2. Todos os valores de FC se apresentaram acima de 75% da FC máxima, lactato acima de 2,2 mmol/L, percepção subjetiva de esforço (PSE) dentro da faixa de exercício moderado-muito forte e distância total percorrida (DTP) com apenas três estudos abaixo de 100 metros/minuto. No segundo estudo, o objetivo foi identificar e comparar as demandas físicas e psicofisiológicas de jogadores regulares e curingas, através da manipulação do número de jogadores, para análise do efeito de diferentes superioridades numéricas. A amostra foi composta por 27 jovens do sexo masculino (16,4 ± 1,7 anos, 62,9, 179,5 ± 5,6 cm) de três categorias de base de diferentes faixas etárias, sendo elas Sub-15 (n=9), Sub-17 (n=9) e Sub-20 (n=9). Os voluntários realizaram três jogos condicionados representados por uma igualdade numérica (4 vs. 4), superioridade numérica fixa (5 vs. 4) e superioridade momentânea através do jogador curinga (4 vs.4 + 1). Na categoria Sub-15, houve um aumento significativo na FC de treino (FCt), PSE, DTP e zona de velocidade 1 (D1). Para a categoria sub-17, houve um aumento significativo na D1 e zona de velocidade 2 (D2). Para a categoria sub-20, houve uma diminuição significativa na FC de recuperação (FC rec), desacelerações (DEC), acelerações máximas (Máx Dec), velocidade máxima (Vel Máx), e D1. Por fim, a manipulação de diferentes estruturas de JRC utilizando superioridades numéricas distintas, especialmente para as cargas físicas, deve ser controlada dentro do processo do treinamento do futebol com JRC. No terceiro estudo, o objetivo foi comparar e analisar se diferentes estruturas de JRC influenciam as demandas físicas e psicofisiológicas entre diferentes grupos de atletas de categorias de base. Apresentaram diferenças significativas, respectivamente, as zonas de velocidade 1, 2, 3 e 4 (D1, D2, D3 e D4), Sprints e distância total de sprints (DTP Sprints), DTP, Máx DEC, número de acelerações (ACEL), e número de desacelerações (DEC). Os resultados encontrados mostraram que de todas as diferenças significativas encontradas nas comparações entre categorias, a Sub-20 obteve maiores valores em relação a Sub- 15 ou Sub-17. É possível concluir que os diferentes tipos de JRC podem sofrer o efeito da manipulação de jogadores para cargas físicas e psicofisiológicas. Palavras-chave: futebol; jogos reduzidos; demandas físicas; jogador curinga; esporte.
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    Influência do ciclo menstrual na temperatura da pele de mulheres jovens
    (Universidade Federal de Viçosa, 2024-08-08) Valente, Juliana Souza; Oliveira, Cláudia Eliza Patrocínio de; http://lattes.cnpq.br/4099950040958651
    Uma crescente onda de mulheres praticantes de exercícios tem demonstrado aumento do número de participantes em esportes de elite, alcançando pela primeira vez na história, o mesmo número de atletas femininas e masculinos nas competições nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Dado esse fato, nota-se a necessidade de compreender a fisiologia do exercício na mulher uma vez que as pesquisas voltadas para o desempenho desse público não acompanharam o aumento de atletas femininas. O Ciclo menstrual (CM) promove alterações nas concentrações dos hormônios estradiol, progesterona, LH e FSH, modificando a cinética da temperatura corporal, mensurada por diferentes formas. Contudo, pela termografia infravermelha foi pouco estudado. Assim, essa dissertação é composta por dois artigos, o primeiro deles trata-se de uma revisão sistemática, com objetivo de revisar a literatura acerca da temperatura da pele avaliada pela técnica de termografia infravermelha em mulheres considerando o CM, sendo demonstrado que poucos trabalhos estudaram a influência dos hormônios sexuais femininos sobre a temperatura da pele avaliados por termografia infravermelha. Além disso, foram encontradas discrepâncias na subdivisão das fases do CM e nos métodos de monitoramento do ciclo, podendo as avaliações não terem levado em consideração os diferentes perfis hormonais. O segundo artigo teve como objetivo avaliar a temperatura irradiada da pele pela termografia infravermelha de mulheres eumenorréicas em diferentes fases do CM e entre usuárias de contraceptivos orais. Foi demonstrado que mesmo havendo flutuações hormonais ao longo das fases do CM, não houve diferenças significativas na temperatura irradiada da pele, nem entre usuárias de CO e mulheres que não usam CO na condição de repouso, o que leva a deduzir que não há necessidade de monitorar o CM para realizar avaliações termográficas. Palavras-chave: Temperatura irradiada da pele. Ciclo menstrual. Hormônios femininos. Termografia infravermelha.
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    Adaptação transcultural da escala “attitudes toward obese persons scale” para a população brasileira e intervenção para redução do estigma da obesidade em estudantes de educação física
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-08-03) Oliveira, Ana Beatriz Cardoso de; Carneiro Júnior, Miguel Araújo; http://lattes.cnpq.br/2346520483729807
    O estigma da obesidade constitui um desafio para a nossa sociedade e está relacionado a epidemia global da obesidade, cuja prevalência apresenta crescimento significativo. As graves implicações para a saúde do indivíduo e para o sistema de saúde demanda esforços para sua mitigação. Estes esforços envolvem a compreensão aprofundada destes fenômenos através de trabalhos, instrumentos que busquem auxiliar nas estratégias para redução do estigma até pesquisas e intervenções que reduzam os valores de estigma na população. Visando compreender melhor o estigma, caminhar com a pesquisa sobre está temática e testar a eficácia de intervenções, a presente dissertação contempla três objetivos principais e apresenta uma revisão sistemática e meta-análise sobre a eficácia de intervenções para redução do estigma da obesidade; a adaptação transcultural de um instrumento para avaliar as atitudes do respondente sobre as pessoas com obesidade; e uma estratégia de intervenção para reduzir valores de estigma em estudantes de graduação do curso de educação física. Através das investigações aqui apresentadas novas contribuições para o campo de pesquisa sobre o estigma da obesidade foram conquistadas. Palavras-chave: estigma da obesidade, obesidade, educação física.
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    Características do perfil térmico de atletas de diferentes modalidades esportivas empregando a termografia infravermelha
    (Universidade Federal de Viçosa, 2024-08-21) Rezende, Cristiane Mara de; Marins, João Carlos Bouzas; http://lattes.cnpq.br/3810842834260300
    Avaliações termográficas regulares são essenciais para a criação de perfis térmicos individualizados de atletas, adaptando-se às diversas modalidades esportivas devido às características físicas e padrões de movimento específicos de cada esporte. Desta forma este estudo se divide em dois artigos principais: O primeiro artigo tem como objetivo identificar padrões termográficos entre atletas de diferentes modalidades e examinar a influência do sexo nesses padrões. Foram avaliados 89 atletas de ambos os sexos, com idade média 20,62 ± 1,5 anos, caracterizados como atletas de alto rendimento em modalidades como Basquete (n = 15), Futsal (n= 22) Judô (n= 32) e Voleibol (n= 20), utilizando-se o termovisor FLIR® T420 com emissividade de 0,98. Para a captura de imagens termográficas em repouso foi empregado o software ThermoHuman®, o que permitiu uma análise de 8 regiões corporais de interesse (RCI) da face anterior e 4 da face posterior de membros inferiores. A análise estatística incluiu teste de normalidade, ANOVA de três fatores e teste post hoc de Bonferroni para as 12 regiões de interesse (RCI) analisadas. Os resultados indicam que as diferenças térmicas entre os lados do corpo foram menores que 0,5 °C, com diferenças significativas entre os sexos em regiões como quadríceps e isquiotibiais. Nas modalidades em que houve comparação entre os sexos, os homens apresentaram uma maior temperatura em relação às mulheres de forma significativa. Houve diferenças significativas de P < 0,05 quando comparado o perfil térmico entre as modalidades esportivas, sendo o Basquetebol de forma generalizada com maior temperatura nas diferentes RCI. O segundo artigo teve como objetivo estabelecer um padrão térmico de normalidade para a articulação do joelho em atletas de alto rendimento, analisando as diferenças térmicas anteroposteriores e propondo pontos de corte para identificar joelhos hiporradiados e hiperradiados. A amostra foi composta pelo mesmo grupo de avaliados descritos no artigo 1. Os procedimentos metodológicos também foram semelhantes ao primeiro artigo. Verificamos que a assimetria da TP entre os joelhos anteriores e posteriores foi menor que 0,3 ºC e não foi afetada pelo sexo ou modalidade. No entanto, a TP variou significativamente entre as modalidades esportivas, com jogadores de basquete tendo maior TP anterior do joelho em comparação com atletas de futsal e judô, enquanto atletas de futsal tiveram menor TP anterior do joelho em comparação com jogadores de vôlei. Na visão subsequente, jogadores de basquete tiveram maior TP em comparação com atletas de futsal, judô e vôlei. Judocas tiveram menor TP posterior do joelho em comparação com atletas de futsal. A diferença térmica anteroposterior foi maior no futsal do que nas outras modalidades. Atletas de elite não lesionados apresentam padrões de TP do joelho termicamente simétricos independentemente do sexo ou modalidade esportiva. Além disso, a modalidade esportiva impacta a TP e a diferença térmica anteroposterior na articulação do joelho. Conclui-se que a modalidade esportiva e o sexo influenciam significativamente o perfil térmico dos atletas, sendo necessários padrões térmicos específicos para cada grupo. Palavras-chave: termografia; temperatura da pele; termorregulação; esporte; medicina esportiva.
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    Adaptações no tamanho do campo de futebol para crianças e adolescentes a partir do desempenho físico e variáveis antropométricas: utilização da ciência de dados
    (Universidade Federal de Viçosa, 2024-08-09) Rocha, Julio Cesar Piedade de Medeiros dos Santos; Pussieldi, Guilherme de Azambuja; http://lattes.cnpq.br/6865198636126346
    A prática de atividade física é essencial para o desenvolvimento fisiológico, psíquico e social de crianças e adolescentes, incentivar esse hábito aumenta a probabilidade de uma vida adulta saudável. Praticar futebol é uma escolha comum nessa fase, mas adaptar o esporte para os jovens favorece a prática saudável do esporte. Este estudo propõe o uso da aprendizagem de máquina, com o objetivo de propor um método de redimensionar campos de futebol nas categorias de base conforme a aptidão física e variáveis antropométricas dos participantes. Participaram do estudo 268 indivíduos do sexo masculino, com 6 a 19 anos de idade, matriculados em escolinhas de futebol nas cidades de Florestal, Pará de Minas e Itaúna, no estado de Minas Gerais. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFV. Os procedimentos envolveram testes antropométricos (estatura, massa corporal e envergadura) e de aptidão física (capacidade cardiorrespiratória, força de membros inferiores e velocidade), propostos pelo PROESP-BR. Os dados foram tabulados em Excel® e analisados no software R® de linguagem de programação, onde foram tratados e a partir do algoritmo k-means os participantes foram agrupados de acordo com suas similaridades. Comparando com os padrões da OMS, observou-se que uma normalidade dos dados com relação a massa corporal dos jovens, já a estatura, apesar de os indivíduos se encaixarem nos padrões de normalidade, parece haver uma subestimação dos padrões de crescimento, sugerindo a necessidade de tabelas baseadas na população nacional. Nos testes de aptidão física os resultados foram comparados com a tabela de expectativa de desempenho fornecida pelo PROESP-BR, onde foi identificado para o teste de capacidade cardiorrespiratória um desempenho “bom” (10, 11, 12, 13, 14, 15 e 16 anos de idade), desempenho “razoável” (7, 9 e 17 anos de idade) e “fraco” (6 e 8 anos de idade). Para o teste de velocidade todos os grupos por idade foram classificados com um desempenho “fraco” e no teste de força de membros inferiores os indivíduos foram classificados com um desempenho “muito bom” (16 anos de idade), desempenho “bom” (6, 7, 9 e 15 anos de idade), e “razoável” (8, 10, 11, 12, 13, 14 e 17 anos de idade). Ao comparar os resultados dos testes de aptidão física com a literatura, acredita-se que é possível que os testes realizados em campos de futebol, podem ter resultados subestimados em comparação com quadras poliesportivas, sugerindo a importância de futuras comparações. De acordo com os testes estatísticos desenvolvidos o grupo estudado pôde ser dividido em apenas 2 grupos, com características físicas e antropométricas significativamente diferentes entre sí. O algoritmo de aprendizado de máquina desenvolvido mostrou-se eficaz para agrupar indivíduos e identificar outliers, com potencial aplicação em contextos de alto rendimento e saúde. Os achados sugerem que apenas duas medidas de campo podem atender às necessidades das categorias de base, com uma transição acontecendo entre 11 e 12 anos. Estudos futuros devem incluir dados de adultos para validar e ajustar as dimensões propostas para campos de futebol. Palavras-chave: Futebol. Aptidão Física. Ciência de Dados.
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    Hipotonia e função respiratória em crianças com Transtorno do Espectro Autista: uma revisão sistemática
    (Universidade Federal de Viçosa, 2024-07-09) Gomes, Natália Reis; Pereira, Eveline Torres
    O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é estudado há mais de 60 anos. Hoje é classificado pelo Diagnostical and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-V) como um transtorno de desenvolvimento que interfere na interação social de comunicação, podendo apresentar alterações motoras e posturais. Suas manifestações variam de acordo com o desenvolvimento e idade cronológica de cada criança. Essas alterações interferem no desenvolvimento e podem acarretar prejuízos posturais (desvio postural), déficit de equilíbrio, alteração na coordenação motora fina e grossa, hipotonia (HP) e movimentos estereotipados, que impactam a capacidade funcional do indivíduo. No que diz respeito à HP, a principal característica é a dificuldade de controle postural e do tônus. Nesse sentido, ao correlacionar a HP com o sistema respiratório, é importante observar que, se houver a presença da HP e, ou, fraqueza da musculatura respiratória associada à alteração muscular da caixa torácica, podem ocorrer alterações na ventilação pulmonar, tosse ineficaz, dificuldade na deglutição, sialorreia em excesso e infecções respiratórias recorrentes e processos alérgicos. Entretanto, não é fácil estabelecer relação sob a HP e o TEA nas alterações respiratórias devido à escassez de artigos na literatura. É nesse contexto que este estudo objetivou investigar as influências da hipotonia no TEA sobre o sistema respiratório. Uma revisão sistemática foi realizada com base em duas buscas separadas a partir das cominações dos termos, em inglês: Autism Spectrum Disorder, Autistic Disorder, Autismo, Muscle Hypotononia, Respiratory System Respiratory Tract Diseases, associados pelo operador booleano ‘‘AND’’ e ‘‘OR’’. A primeira busca seguiu esta ordem: ‘‘Respiratory system OR respiratory tract diseases AND muscle hypotonia OR hypotonia’’; a segunda busca seguiu: ‘‘Autism spectrum disorder OR autistic disorder OR austism AND muscle hypotonia OR hypotonia’’. Os resultados evidenciaram que não foram encontrados estudos sobre TEA que abordassem e, ou, avaliassem o sistema respiratório. Dessa forma, ao correlacionar os achados das duasbuscas a partir do objetivo proposto e dos estudos analisados, esta revisão sistemática pressupôs que existe influência da HP no sistema respiratório e, possivelmente, em indivíduos com TEA. As questões relacionadas à HP no TEA já são descritas como presentes na literatura, entretanto não se encontram estudos que discutam a HP no sistema respiratório desses indivíduos. Há indícios de que a HP, ao acometer a região de tronco e estruturas próximas, leva à alteração da mecânica respiratória, favorecendo infecções recorrentes e exercendo um peso importante nas análises encontradas e que devem ser consideradas. Entretanto, as estruturas de buscas e os resultados reportados, atualmente, mostram-se ainda insuficientes para o estabelecimento de conclusões concretas. Assim, observa-se a necessidade de novos estudos abordando a avaliação respiratória em indivíduos com TEA com a presença de HP, levando a novas e aprimoradas linhas de pesquisa na área. Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista, Hipotonia, Sistema Respiratório, Infecções Respiratórias.
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    Validade e reprodutibilidade do contrarrelógio de 8 minutos para a determinação de variáveis fisiológicas para o treinamento de ciclistas de mountain bike
    (Universidade Federal de Viçosa, 2024-06-11) Mota Júnior, Rômulo José; Amorim, Paulo Roberto dos Santos; http://lattes.cnpq.br/7422689494038309
    Testes de contrarrelógios são rotineiramente aplicados para a obtenção de variáveis fisiológicas para o treinamento de ciclistas, contudo, a validade e reprodutibilidade desses protocolos devem ser testadas para que sua aplicação tenha reconhecimento científico. Neste intuito, o presente estudo objetivou avaliar a validade e reprodutibilidade do contrarrelógio de 8 minutos (CR8) no ciclismo de mountain bike em ambiente laboratorial. Esta tese foi elaborada com três estudos, sendo que para o primeiro estudo foram recrutados 9 ciclistas treinados, do sexo masculino, com idade de 25,46 ± 7,49 anos, os quais foram avaliados em três dias distintos. Na primeira visita foram mensurados os limiares ventilatórios e o pico do consumo de oxigênio e nas demais os voluntários foram submetidos ao CR8 e ao contrarrelógio de 60 (CR60) minutos. Já a amostra do segundo e terceiro estudo foi composta por 16 ciclistas treinados, do sexo masculino, com idade de 31,06 ± 10,87 anos, os quais foram avaliados em seis dias distintos. Estes foram submetidos a testes para a obtenção dos limiares de lactato, pico da potência e ao CR8, contrarrelógio de 20 minutos (CR20) e CR60. A validade e reprodutibilidade dos testes foram analisadas através do coeficiente de correlação intraclasse e dos gráficos de Bland-Altman. Foi adotado um nível de significância de 5%, sendo todas as análises realizadas pelo SPSS. Os resultados do primeiro estudo sugerem grande concordância, principalmente do segundo estímulo do CR8, com o CR60, para o Functional Threshold Power (FTP) (ICC: 0,792), Watts por quilograma (W/kg) (ICC: 0,952), Watts por quilograma de massa magra (W/kgMCM) (ICC: 0,912) e pico do consumo de oxigênio (ICC: 0,882). Em relação aos resultados do segundo estudo é possível identificar concordância entre os estímulos do CR8 com o CR60 para a variável FTP (CR8 – 1.1 vs CR60 - ICC: 0,504; CR8 – 1.2 vs CR60 - ICC: 0,700; CR8 – 2.1 vs CR60 - ICC: 0,780; CR8 – 2.2 vs CR60 - ICC: 0,853) e W/kg (CR8 – 1.1 vs CR60 - ICC: 0,693; CR8 – 1.2 vs CR60 - ICC: 0,769; CR8 – 2.1 vs CR60 - ICC: 0,868; CR8 – 2.2 vs CR60- ICC: 0,872), bem como do CR8 com o CR20 para o FTP (CR8 - 1.1 vs CR20 - ICC: 0,884; CR8-1.2 vs CR20 - ICC: 0,960; CR8 – 2.1 vs CR20 - ICC: 0,880; CR8 - 2.2 vs CR20 - ICC: 0,954) e W/kg (CR8 – 1.1 vs CR20 - ICC: 0,793; CR8 – 1.2 vs CR20 - ICC: 0,964; CR8 – 2.1 vs CR20 - ICC: 0,918; CR8 – 2.2 vs CR20 - ICC: 0,958). Além disso, demonstram que o CR8 é reprodutível no aquecimento (potência (ICC: 0,798), W/kg (ICC: 0,900), W/KgMCM (ICC: 0,834)), no primeiro estímulo (FTP (ICC: 0,828), W/kg (ICC: 0,902), W/KgMCM (ICC: 0,808), bem como no segundo estímulo (FTP (ICC: 0,919), W/kg (ICC: 0,926), W/KgMCM (ICC: 0,886)). Já em relação aos resultados do terceiro estudo, fica evidente que o CR20 apresenta uma concordância muito forte com o CR60 para as variáveis de potência FTP (ICC: 0,825) e W/Kg (ICC: 0,865). Diante dos resultados de ambos os estudos é possível concluir que o CR8 é um procedimento válido frente ao padrão ouro (CR60), e ao procedimento mais frequentemente utilizado pelos treinadores de ciclistas (CR20), bem como é reprodutível em todas as suas etapas. Além disso, o CR20 também é um protocolo válido na determinação de variáveis de potência para o treinamento de ciclistas de mountain bike em ambiente laboratorial. Palavras-chave: Ciclismo; Mountain bike; Validade; Reprodutibilidade; Potência; Teste de esforço; Esporte.
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    Treinamento resistido com volante inercial e função física em mulheres idosas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2024-08-09) Agostinho, Pablo Augusto Garcia; Moreira, Osvaldo Costa; http://lattes.cnpq.br/3692499802593913
    O treinamento resistido é utilizado para retardar ou amenizar os efeitos deletérios do envelhecimento, processo natural caracterizado por uma perda progressiva das funções fisiológicas e neuromusculares. O método de treinamento resistido com volante inercial tem ganhado notoriedade por seus resultados benéficos em adultos. No entanto, as evidências sobre os efeitos do treinamento inercial em idosos é limitada. Sendo assim, o objetivo dessa dissertação é elucidar os efeitos do treinamento resistido com volante inercial sobre a funcionalidade em mulheres idosas. A dissertação foi dividida em dois capítulos: (1) revisão narrativa, na qual objetivou descrever as possibilidades e limitações do treinamento de força excêntrica para as pessoas idosas e; (2) ensaio randomizado controlado, que avaliou o efeito do treinamento resistido (tradicional versus volantes inerciais) sobre a funcionalidade e as manifestações de força em idosas. O Capítulo I não utilizou métodos de busca específico para a construção da revisão, apenas estudos que tratavam do tema da pesquisa, encontrando que em comparação com as ações isométricas e concêntricas, as ações excêntricas são caracterizadas por gerar níveis mais alto de força com menor ativação muscular, custo metabólico e percepção subjetiva de esforço, recrutamento preferencial de fibras de contração rápida (tipo IIx), maior efeito hipertrófico, da educação cruzada e atividade cortical, e podem induzir dor muscular de início tardio. O Capítulo II analisou sobre os efeitos do treinamento resistido na funcionalidade, manifestações de força, percepção do risco de quedas, composição corporal e saúde óssea. Os resultados mostraram que apenas a funcionalidade e as manifestações de força apresentaram melhora intragrupo pós-intervenção. No Capítulo I conclui-se que o treinamento resistido com volante inercial parece ser eficaz e adequado para manter a função física e reduzir o número de quedas em idosos. No entanto, os aparelhos desenvolvidos para esse tipo de treinamento ainda não parecem completamente adaptados e acessíveis aos idosos, o que podem se constituir em limitações para o uso deste treinamento em idosos. No Capítulo II pode-se concluir que ambos os tipos de treinamento (tradicional e com volante inercial) em 16 sessões parece ter o potencial de melhorar a funcionalidade e as manifestações de força em mulheres idosas, sem diferença entre eles. Palavras-chave: Ação excêntrica. Envelhecimento. Força muscular. Funcionalidade. Idosas. Treinamento de força.
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    Efeito de um protocolo de sprints repetidos na temperatura irradiada da pele, marcadores de dano muscular e de estado de fadiga
    (Universidade Federal de Viçosa, 2024-08-21) Dias, Felipe Augusto Mattos; Marins, João Carlos Bouzas; http://lattes.cnpq.br/1242990507293757
    Essa dissertação teve o objetivo de analisar os impactos de um protocolo de sprints repetidos na temperatura irradiada da pele (TIP) e na resposta de indicadores de dano muscular, estado de fadiga e desempenho neuromuscular em futebolistas, salonistas e em indivíduos sedentários. Para isso, foram desenvolvidos três estudos. No primeiro, foi apresentado, por meio de uma revisão narrativa, as ferramentas mais utilizadas no futebol e no futsal para avaliar o dano muscular, o estado de fadiga e a recuperação. O conteúdo tomou como referência uma busca na base de dados Pubmed e foi estruturado em seis tópicos: a) Biomarcadores sanguíneos; b) Circunferência dos membros c) Escalas psicométricas; d) Performance em Testes físicos; e) Termografia Infravermelha (TI) f) Variabilidade da Frequência cardíaca (VFC). Ao longo de cada tópico, foram debatidos a fundamentação teórica, o momento de avaliação e os valores de referência de cada um dos parâmetros. Os resultados nos permitem concluir que a avaliação de um conjunto de indicadores ajuda a caracterizar o dano muscular, a fadiga e qualidade de recuperação de forma mais abrangente, pois cada sintoma se relaciona a algum marcador fisiológico específico. Além disso, foi observado que algumas ferramentas apresentadas já possuem um certo de nível de evidência, o que torna sua aplicação no contexto prático bem estabelecida, como é caso de grande parte dos biomarcadores, da TI, do salto com contramovimento e da VFC. No entanto, outros parâmetros, como a análise da circunferência dos membros, alguns biomarcadores, como a relação testosterona/cortisol, e até mesmo alguns testes de desempenho físico como o sprint, exigem um maior nível de evidência científica, garantindo assim um maior grau de confiabilidade e assertividade das avaliações realizadas. No segundo estudo, o objetivo foi caracterizar o perfil termográfico de jovens universitários sedentários, bem como de futebolistas e salonistas universitários, auxiliando na investigação de como variações do perfil térmico podem estar associadas ou não a prática de atividades esportivas em nível recreativo. A amostra foi composta por 30 universitários homens divididos em três grupos, sendo eles, futebolistas, salonistas e sedentários. Através do software ThermoHuman® a TIP de 14 regiões corporais de interesse (RCI) localizadas nos membros inferiores foi analisada. Os valores médios de TIP de cada RCI foram utilizados na análise estatística. A anova two-way e o post-hoc de Bonferroni foram utilizados para verificar o efeito da dominância podal e do grupo nos valores de TIP de cada RCI. Para estabelecer um referencial de perfil térmico, foi proposta uma curva percentil com os percentis 5, 15, 50, 85 e 95. Os resultados indicam que não houve diferença significativa nos valores de TIP entre os lados dominante e não dominante em todas as RCI analisadas. Além disso, não foi observada interação significativa entre dominância e grupo. Foi observado efeito do fator grupo apenas para a RCI do gastrocnêmio externo; a análise de post-hoc mostrou que o grupo de salonista apresentou valor significativamente maior de TIP nesta RCI em comparação ao grupo futebolistas. Assim, pode-se concluir que os universitários avaliados apresentam respostas térmicas similares em repouso. Os níveis de simetria térmica contralateral são <0,4°C. O nível de atividade física, a especificidade do treinamento e a dominância não influenciaram as respostas termográficas. No terceiro estudo, analisou-se os impactos de um protocolo de sprints repetidos na TIP e na resposta de indicadores de dano muscular, estado de fadiga e desempenho neuromuscular em futebolistas, salonistas e em indivíduos sedentários. A amostra foi composta por 30 universitários homens divididos em três grupos, sendo eles, futebolistas, salonistas e sedentários. Os participantes realizaram um protocolo de intervenção constituído por 15 sprints máximos de 30m, com intervalo de recuperação de 1’ entre sprints (15x30m/1’). Tanto 48 horas e imediatamente antes da intervenção, quanto 24h e 48h após a intervenção, os avaliados passaram pelos seguintes procedimentos: avaliações termográficas de membros inferiores, coleta de biomarcadores sanguíneos (Creatina Quinase (CK), Proteína C reativa (PCR-us), e Ácido Úrico (AU)), classificação da percepção subjetiva da dor e estado de fadiga, avaliação do desempenho neuromuscular (CMJ) e análise da circunferência da coxa e da perna. Os valores médios de TIP de cada RCI foram utilizados na análise estatística. A anova de medidas repetidas de dois fatores (3 grupos vs. 4 momentos) com post hoc de Bonferroni, com ajuste para comparações múltiplas, foi utilizada para comparar a TIP, respostas bioquímicas, circunferência dos membros, CMJ, estado de fadiga e nível de dolorimento entre os grupos nos diferentes momentos analisados. Os resultados mostram que não foi observado um efeito significativo do fator grupo para nenhuma das variáveis analisadas. Com relação às análises do fator tempo, os resultados indicam que o protocolo de sprints repetidos ocasionou dano muscular e processo inflamatório, que pode ser observado através das respostas de CMJ, CK, AU, PCR-us, QTR, Dor, Circunferências e na TIP do tibial medial. Em conclusão, o protocolo 15x30m/1’ provocou dano muscular nos universitários avaliados. Os resultados nos permitem concluir que o nível de atividade física e a especificidade do treinamento não influenciaram as respostas dos marcadores avaliados, com exceção da QTR. Por fim, com relação à TI, os achados mostram que a TIP não foi um indicador sensível para detectar o dano muscular induzido pelo protocolo de sprints repetidos em atletas universitários de futebol e futsal, bem como, universitários sedentários. Palavras-chave: Temperatura Cutânea. Medicina Esportiva. Atletas universitários. Futebol. Futsal.
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    Physical exercise and depression in adults and older adults
    (Universidade Federal de Viçosa, 2024-08-28) Pérez Bedoya, Édison Andrés; Moreira, Osvaldo Costa; http://lattes.cnpq.br/2937568293675002
    This thesis explores the effect of different physical exercise modalities on alleviating depressive symptoms in adults with major depressive disorder (MDD) and sedentary older women. The first study is a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials (RCTs) assessing the benefits and risks of physical exercise in managing symptoms of MDD in adults not receiving second-generation antidepressants or cognitive behavioral therapy. The review analyzed nine RCTs involving 678 adults, revealing a small, non-statistically significant clinical effect favoring exercise (SMD = 0.27, 95% CI [-0.58, 0.04], P = 0.09). Subgroup analyses indicated potential influences of intervention duration, frequency, intensity, supervision, age, overweight/obesity status, and depression diagnosis on treatment outcomes. Sensitivity analysis showed moderate effect sizes with high heterogeneity (I² = 85%), and overall evidence quality was low to very low. The second study is an RCT conducted at the Federal University of Viçosa, Brazil, comparing the effects of Flywheel resistance training versus traditional methods on depressive symptoms in 29 sedentary women over 60 years old. Participants underwent eight weeks of training, performing six exercises twice a week. Results indicated no significant difference between Flywheel and traditional training in reducing depressive symptoms (p=0.193), with a small effect size (ηp² = 0.03) and low statistical power (1-β = 0.25). Both interventions showed mild adverse events and no severe ones. In conclusion, both studies suggest that physical exercise, including resistance training, can benefit depressive symptoms, but further research with well-designed RCTs and larger sample sizes is needed to confirm these findings. The evidence underscores the importance of cautious interpretation due to methodological limitations and variability in results. Keywords: systematic review; meta-analysis; major depressive disorder; physical exercise; depression; elderly; exercise; resistance training; harms.