Educação Física

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    Efeitos do treinamento aeróbico sobre a contratilidade de cardiomiócitos e a expressão de microRNAs 214 e 208 no ventrículo esquerdo de ratos SHR
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-26) Rodrigues, Joel Alves; Natali, Antônio José; http://lattes.cnpq.br/6845309948900203
    Neste estudo, investigaram-se os efeitos do treinamento aeróbico sobre a contratilidade de cardiomiócitos e a expressão de microRNAs (miRNAs) no ventrículo esquerdo (VE) de ratos hipertensos. Ratos espontaneamente hipertensos e Wistar normotensos (idade de 16 semanas) foram separados aleatoriamente em quatro grupos: hipertenso sedentário (HS), hipertenso treinado (HT), normotenso sedentário (NS) e normotenso treinado (NT). Os animais dos grupos HT e NT foram submetidos ao treinamento de corrida em esteira, cinco dias/semana, uma hora/dia, em intensidade de 60-70% da velocidade máxima de corrida, durante oito semanas. Após esse período, avaliaram-se: capacidade física, pressão arterial sistólica (PAS), pesos corporal (PC), dos ventrículos (PV) e do VE (PVE), contratilidade e transiente intracelular de cálcio de cardiomiócitos do VE, expressão gênica de mRNA de miosinas de cadeia pesada (α e β- MCP) e miRNAs- 214 e 208 no VE. Os resultados indicaram que a hipertensão aumentou o PVE, as relações PV/PC e PVE/PC, a expressão de miR-208, β-MCP e miR-214, mas reduziu a relação α/β-MCP nos animais hipertensos em relação aos normotensos. O programa de exercício aumentou a capacidade física dos normotensos e hipertensos e reduziu a PAS nos animais hipertensos. Adicionalmente, melhorou a contratilidade celular nos animais normotensos, pois diminuiu o tempo de 50% de relaxamento celular e demonstrou tendência em reduzir o tempo para pico de contração. Também, diminuiu o tempo para o pico nos animais normotensos e o tempo para 50% de decaimento do transiente de Ca 2+ nos animais hipertensos. Além disso, aumentou a expressão de miR-208 e de miR-214, independentemente da hipertensão. Concluiu-se que o exercício aeróbico de intensidade moderada intensidade melhorou discretamente o transiente global de cálcio e não causou nenhum dano à contratilidade dos cardiomiócitos de ratos hipertensos.
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    Tradução, adaptação transcultural e validação do “Waisman activities of daily living scale for adolescents and adults with developmental disabilities” para o Português do Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-06-23) Teixeira, Renata Machado; Pereira, Eveline Torres; http://lattes.cnpq.br/5478596637718514
    A participação de indivíduos com deficiência no que se refere às ocupações diárias tem sido considerada um importante indicador de funcionalidade por pais e profissionais da área da saúde. Este constructo tem sido incorporado à literatura científica levando a uma crescente necessidade da disponibilização de instrumentos específicos voltados para a avaliação das atividades de vida diária (AVD) de sujeitos com deficiência. Contudo, não se pode observar em nossa cultura instrumentos para avaliar a realização de AVDs especificamente em sujeitos com Síndrome de Down (S.D.) e Autismo. Portanto o presente estudo tem por objetivos: traduzir e adaptar transculturalmente a escala W-ADL de avaliação de atividades de vida diária para sujeitos com S.D. e Autismo; além de testar a validade de conteúdo da escala; analisando a consistência interna, confiabilidade, efeito teto e efeito piso, e sensibilidade do instrumento. A escala“Waisman activities of daily living scale” é um instrumento composto por uma escala de dezessete itens (17), que enumera de 0 a 2 a capacidade de se desenvolver atividades do cotidiano, na qual 0= não realiza a atividade, 1= realiza com auxílio e 2= realiza sem auxílio. A escala é respondida pelos pais/responsáveis ou cuidadores dos indivíduos com S.D. e Autismo. Utilizou-se o referencial metodológico de Beaton et al (2000) para a realização da tradução e retrotradução feitas por dois tradutores independentes, seguidas da avaliação de equivalência semântica, idiomática e cultural da versão traduzida, realizada por um comitê de especialistas. A versão traduzida e adaptada foi submetida à análise do Índice de Validade de Conteúdo (IVC). A versão traduzida, adaptada e com a validade de conteúdo verificada foi administrada em uma amostra de 74 cuidadores de sujeitos com deficiência, sendo 40 com S.D. e 34 com Autismo, com idade média de 20,04 anos. A consistência interna do instrumento foi avaliada através do coeficiente Alpha de Cronbach, e a estabilidade da escala foi avaliada através do teste-reteste (n=39) utilizando o Índice de Correlação Intraclasse. Verificou-se também o efeito teto e o efeito piso, e a sensibilidade do instrumento foi testada utilizando o teste de Kruskall-Wallis e o de Mann-Whitney como post hoc. No processo de tradução e adaptação transcultural, todas as divergências encontradas foram solucionadas no comitê de peritos em consenso. Na análise do IVC, dois itens (5, 16) foram excluídos por não atingirem pontuação suficiente no que se refere à relevância (IVC i 5=0,5) e dimensão teórica (IVC i 5=0,16; IVCi16=0,66). O IVC total do conjunto apresentou valores satisfatórios, acima de 0,80, e o IVC total apresentou um valor acima de 0,90. Encontrou-se valores de alpha superiores a 0,91 e altos índices de correlação no teste-reteste (ICC= 0,99). Não se observou efeito teto e efeito piso. Ao se analisar a faixa etária dos sujeitos, encontrou-se diferença significativa ao se comparar o grupo de adolescentes e adultos (X= - 3,419; p=0,001) e o grupo de crianças e adultos (Z= - 3,419; p=0,001), porém não foi encontrada diferença ao se comparar o grupo de crianças e adolescentes. Conclui-se, portanto, que a versão brasileira do instrumento de atividade de vida diária (EAVD-W) apresenta equivalências semântica, idiomática e de conteúdo além de boas evidências de consistência interna, confiabilidade e sensibilidade. Contudo, fazem-se necessários estudos futuros que busquem testar as propriedades psicométricas da escala.
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    Idosos hipertensos: prevalência, medicação e efeitos agudos do exercício resistido
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-03-28) Guimarães, Fabiana Costa; Lima, Luciana Moreira; http://lattes.cnpq.br/8344750203114079
    A temática do idoso tem ganhado relevância nos últimos anos a partir da constatação do crescimento proporcionalmente maior de pessoas com idade avançada em relação a outras faixas etárias, provocando o envelhecimento populacional. Na terceira idade, o risco de desenvolver hipertensão arterial sistêmica (HAS) aumenta, tornando esta doença mais comum neste período da vida. O tratamento anti-hipertensivo tem, como principal objetivo, reduzir a morbidade e mortalidade cardiovasculares. Porém a reabilitação e a prevenção da HAS vão além das ações farmacológicas, podendo-se destacar a restrição alimentar de sódio, consumo moderado de álcool e prática regular de atividade física, além do uso indevido de tabaco. A partir deste contexto o primeiro objetivo desta dissertação foi observar a relação entre o nível de atividade física, o tabagismo e o consumo abusivo de álcool na prevalência de HA em indivíduos adultos, em todas as capitais brasileiras, nos anos de 2007 e 2010. Foram estudadas as 26 capitais dos estados brasileiros, além do Distrito Federal, utilizando as informações do sistema de informatização do Sistema Único de Saúde (DATASUS), considerando quatro variáveis principais: prevalência de HAS, atividade física suficiente no tempo livre, tabagismo e consumo abusivo de bebidas alcoólicas. Como resultado, foi observado uma maior prevalência de hipertensão arterial no ano de 2010 quando comparada ao ano de 2007. Como os níveis médios de tabagismo diminuíram e o consumo abusivo de álcool não sofreu alteração, foi possível inferir que a queda nos níveis de atividade física pode ter contribuído para o aumento na prevalência de HA nas capitais do país no período estudado. O objetivo do segundo estudo foi investigar os níveis pressóricos antes da realização de uma atividade física matinal por um grupo de idosos, buscando correlacionar com o uso de medicamentos anti-hipertensivos e com o mini exame do estado mental (MEEM). O estudo foi desenvolvido com 86 idosos do Programa Municipal da Terceira Idade (PMTI), na cidade de Viçosa, MG, Brasil. Foram utilizados dois questionários estruturados e medida da pressão arterial. As mulheres representaram 80,2% e não foram observadas diferenças significativas entre homens e mulheres para os parâmetros MEEM, pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD), frequência de pulso (FP) e uso de medicamentos anti-hipertensivos. Dos participantes, 40% apresentaram PAS superior a 135mmHg e 22% apresentaram PAD superior a 85mmHg antes do início das atividades físicas matinais, sem diferenças significativas entre os sexos. Cinquenta e cinco por cento das mulheres esqueceram-se de tomar o medicamento anti-hipertensivo pelo menos uma vez na última semana, porcentagem significativamente maior que os participantes do sexo masculino (18%). A maioria dos participantes utilizava regularmente dois medicamentos de classes farmacológicas diferentes. Os resultados encontrados sugeriram que a presença de um familiar ou ajudante em casa, sobretudo nos idosos com menor escore do MEEM, poderia resultar em um menor risco de eventos cardiovasculares relacionados com a prática de atividades físicas nos indivíduos estudados. Após esta segunda etapa, foi possível conhecer e observar melhor quais idosos apresentavam adesão aos seus medicamentos e mantinham suas médias pressóricas controladas para a participação na próxima etapa do estudo. Assim o objetivo da última etapa do estudo foi avaliar e comparar o efeito hipotensor através da monitorização residencial da pressão arterial (MRPA), depois de uma sessão de exercício resistido realizada por idosos hipertensos em dois horários distintos do dia. Participaram do estudo 6 mulheres (66,6%) e 3 homens (33,3%), com média de idade de 70 ± 5,22 anos e diagnóstico prévio de HAS grau 1. Os indivíduos participaram de duas sessões de treinamentos com as mesmas características, sendo uma às 8 horas da manhã de uma segunda-feira e outra às 16 horas da tarde de quarta-feira da mesma semana, compostas por exercícios resistidos, com duração média de 60 minutos, combinado por 10 minutos de aquecimento específico. A pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foi obtida por equipamento oscilométrico oito vezes ao dia. As médias obtidas nas 48 horas de MRPA para a PAS e PAD não apresentaram diferenças significativas quando foi comparado o exercício às 8:00 horas com o realizado às 16:00 horas. No entanto, foi observada uma redução significativa da PAS pelo menos em um dos momentos estudados (11:00 horas) quando a sessão de exercício foi realizada pela manhã. Este fato não ocorreu quando a sessão de exercício foi realizada à tarde. Independentemente do período de realização dos exercícios resistidos em idosos hipertensos e destreinados, a PAS apresentou diferença quando comparada ao dia sem exercício. Além disso, no que diz respeito ao controle da PA, maiores benefícios foram encontrados quando o exercício foi praticado no período da manhã.
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    Avaliação do nível de atividade física habitual e comportamento sedentário dos pacientes diabéticos com e sem neuropatia periférica atendidos pelo Centro Hiperdia Minas – Microrregião de Viçosa
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-08-31) Nascimento, Fernanda Ribeiro; Amorim, Paulo Roberto dos Santos; http://lattes.cnpq.br/9354398916092020
    O diabetes mellitus é um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que pode levar a várias complicações de saúde como a neuropatia periférica diabética. A neuropatia periférica diabética é a complicação crônica mais comum e incapacitante do diabetes, pois com a degeneração dos nervos o paciente passa a apresentar sintomas e sinais que levam a um risco aumentado para úlceras e amputações, principalmente nos membros inferiores. O manejo da neuropatia periférica diabética inclui principalmente tratamento medicamentoso, pois os efeitos da atividade física nesse público ainda são pouco explorados. O objetivo principal deste trabalho foi avaliar o nível de atividade física habitual e comportamento sedentário dos pacientes diabéticos com e sem neuropatia periférica diabética atendidos pelo Centro Hiperdia Minas – Microrregião de Viçosa. Foram avaliados 75 indivíduos divididos em três grupos de 25 indivíduos, sendo grupo neuropatia periférica diabética (NPD), grupo diabetes (D) e grupo controle (C), com idades entre 35 e 70 anos, de ambos sexos. Para avaliação do nível de atividade física habitual e comportamento sedentário foi utilizado o acelerômetro tri-axial WGT3X-BT (Actigraph, USA) na cintura por uma semana. A avaliação da neuropatia periférica diabética foi realizada por enfermeira treinada no próprio Centro Hiperdia. Foram avaliados ainda a capacidade funcional e a qualidade de vida dos indivíduos e para caracterização da amostra, medidas antropométricas de massa corporal e estatura com posterior cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). As médias de idade foram de 55,60 ± 8,47 anos, 56,56 ± 8,92 anos e 49,48 ± 7,67 anos para os grupos NPD, D e C. As médias de massa corporal foram de 80,46 ± 16,5 kg, 77,15 ± 16,29 kg e 67,62 ± 13,60 kg para os grupos NPD, D e C. As médias de estatura foram de 1,65 ± 0,11 m, 1,59 ± 0,10m e 1,64 ± 0,10m para os grupos NPD, D e C. As médias de IMC foram de 29,55 ± 6,9 kg/m 2 , 30,40 ± 7,45 kg/m 2 e 25,07 ± 3,97 kg/m 2 para os grupos NPD, D e C. Não foram verificadas diferenças significativas entre o nível de atividade física habitual dos grupos avaliados sendo encontradas médias de 299,28 ± 185,64 minutos/semana, 312,71 ± 177,68 minutos/semana e 340,53 ± 165,52 minutos/semana para os grupos NPD, D e C. Também não foram encontradas diferenças significativas no comportamento sedentário sendo encontradas médias de 682,35 ± 63,08 minutos/dia, 695,59 ± 56,98 minutos/dia e 702,85 ± 40,10 minutos/dia para os grupos NPD, D e C. Na avaliação da capacidade funcional foi verificado que o grupo C obteve melhores escores para todos os testes aplicados e que os grupos NPD e D tiveram desempenhos similares nos mesmos. Na qualidade de vida avaliada pelo “SF-36” também obtiveram os melhores escores em todos os domínios o grupo C sendo similares os valores dos grupos NPD e D para quase todos os domínios, exceto para o domínio de dor onde o grupo NPD apresentou escore pior do que os demais grupos. Na avaliação do nível de atividade física habitual do grupo neuropatia periférica diabética de acordo com o desenvolvimento da neuropatia foi verificado que aqueles pacientes sem sensibilidade protetora plantar apresentaram valores significativamente menores do que os pacientes com sensibilidade protetora plantar presente (194,89 ± 152,34 minutos/semana vs. 381,30 ± 171,18 minutos/semana) e os pacientes com maior grau de sintomas neuropáticos apresentarem menores tempos de atividade física habitual que aqueles com quadro menos grave da doença (243,87 ± 174,82 minutos/semana vs. 417,01 ± 158,12 minutos/semana), no entanto, com relação aos sinais neuropáticos não foi verificada diferença significativa no nível de atividade física habitual entre os pacientes com quadro mais grave ou menos grave (306,42 ± 188,38 minutos/semana vs. 276,65 ± 191,96 minutos/semana). Concluímos que não houveram diferenças significativas entre os grupos no que diz respeito ao nível de atividade física habitual e comportamento sedentário, porém verificamos que o grau de desenvolvimento da neuropatia pode interferir no nível de atividade física habitual desses pacientes.
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    Histologia hepática após uso crônico de álcool e treinamento físico em ratos Wistar
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-06-22) Lucca, Marina Silva de; Lima, Luciana Moreira; http://lattes.cnpq.br/2272619362132008
    A Doença Hepática Alcóolica (DHA) inclui um espectro de doenças, desde uma simples esteatose ao carcinoma hepatocelular, cujos fatores genéticos e ambientais interagem para produzir um fenótipo da doença e sua progressão. Doenças hepáticas contribuem significativamente para a carga global de morbimortalidade. Em princípio, toda a carga global da DHA é evitável, porém difícil de alcançar, pois interfere em hábitos individuais e culturais de longa data. A abordagem para minimizar a carga global de doença da DHA envolve intervenções principalmente nos estágios iniciais da doença. A compreensão dos mecanismos subjacentes à DHA pode auxiliar na descoberta de intervenções que reduzem a progressão da esteatose a formas graves de lesão hepática, como esteatohepatite, fibrose e cirrose. Nesse contexto, o exercício físico tem sido investigado como coadjuvante terapêutico para DHA. O objetivo geral dessa dissertação foi avaliar a histologia hepática após uso crônico de álcool e treinamento físico em ratos Wistar. Essa dissertação contempla dois artigos, sendo que o objetivo do artigo de revisão foi realizar revisão de literatura sobre o tema da dissertação e os objetivos do artigo original foram: descrever a morfologia hepática após uso crônico de álcool e treinamento físico em ratos Wistar; aferir área, perímetro, diâmetro máximo, diâmetro mínimo e fator forma de núcleos e citoplasmas de hepatócitos após uso crônico de álcool e treinamento físico em ratos Wistar; correlacionar alterações na morfologia e morfometria hepáticas com o uso de álcool e treinamento físico em ratos Wistar; descrever alterações do peso, tempo de exaustão e velocidade máxima de corrida dos animais durante o experimento; verificar possíveis benefícios do treinamento físico na histologia hepática após uso crônico de álcool.O primeiro estudo demonstrou que a ingesta crônica de álcool causa danos tóxicos diretos e indiretos principalmente ao aumentar o estresse oxidativo, reduzir os níveis de antioxidantes não-enzimáticos, reduzir a relação NAD+/NADH, alterar a função mitocondrial, aumentar a peroxidação lipídica e aumentar a produção de acetaldeído. Por outro lado, os exercícios podem ser uma terapia útil para melhorar a performance e capacidade funcional em indivíduos com doença hepática, podendo ter alguma influência positiva direta, além da simples modificação dos níveis de gordura no fígado. Parece também que a intensidade da atividade física é importante para prevenir a progressão da doença, porém mais estudos são necessários para definir se o exercício físico pode restaurar a saúde hepática e qual seria a quantidade e o tipo de exercício necessários.O segundo estudo foi experimental com 24 ratos Wistar, com duração de 6 semanas, sendo quatro semanas de administração de álcool e duas de treinamento físico. Os resultados apresentados evidenciaram que o treinamento físico aeróbico realizado por duas semanas não foi suficiente para suprimir as alterações histopatológicas do fígado causadas pelo uso crônico de álcool em ratos Wistar. No entanto, esses dados não excluem os benefícios hepáticos da atividade física aeróbica, uma vez que o uso crônico do álcool parece ter minimizado o efeito benéfico do treinamento físico na área do núcleo dos hepatócitos. É possível que uma duração maior do treinamento físico seja necessária para demonstrar benefícios, levando a perspectiva de novo experimento, aperfeiçoando o protocolo de exercício físico e controle das limitações identificadas.
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    Avaliação dos fatores de risco cardiovasculares e síndrome metabólica em professores da educação básica da rede privada de Viçosa-MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-13) Mota Júnior, Rômulo José; Marins, João Carlos Bouzas; http://lattes.cnpq.br/7422689494038309
    As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) foram responsáveis pela grande maioria dos óbitos registrados no Brasil em 2014, sendo as doenças cardiovasculares (DCV), um tipo de DCNT, a principal causa de morbimortalidade no país. A associação da obesidade central, identificada por meio da circunferência de cintura (CC), a mais dois fatores de risco cardiovascular caracteriza a síndrome metabólica (SM). Esta síndrome promove um aumento nos riscos de mortalidade por causas gerais e cardiovasculares. Estratégias relacionadas ao estilo de vida vem sendo amplamente recomendadas para a prevenção e tratamento de eventos cardíacos e da SM, sendo a prática regular de atividade física tratada como um dos principais tratamentos não medicamentosos relacionadas a estas patologias. Algumas ocupações laborais apresentam características particulares, propícias ao desenvolvimento de complicações relacionadas à saúde geral e cardiovascular. Diante disso, a presente investigação objetivou avaliar a prevalência de fatores de risco para doenças cardiovasculares e síndrome metabólica em professores da educação básica da rede privada do município de Viçosa-MG. Para a análise dos dados, os resultados foram devidos em 3 capítulos, onde o capítulo 1 teve como objetivo avaliar a prevalência de SM e sua associação com os demais fatores de risco; o segundo capítulo objetivou avaliar a prevalência de sobrepeso e obesidade, além da associação de indicadores antropométricos de obesidade geral e central com fatores de risco cardiovascular; e por fim, o capítulo 3 objetivou avaliar o nível de atividade física por meio do número de passos, bem como sua relação com fatores de risco cardiovascular e indicadores antropométricos. Participaram do estudo 150 professores da educação básica da rede privada de Viçosa-MG, tendo como média de idade 40 +11 anos. Analisou-se o número de passos diários, massa corporal, estatura, índice de massa corporal (IMC), circunferência de cintura (CC), circunferência de quadril (CQ), circunferência abdominal (CA), relação cintura estatura (RCE), relação cintura-quadril (RCQ), Índice de conicidade (IC), Índice de adiposidade corporal (IAC), percentual de gordura corporal (%GC), pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), glicose (GL), colesterol total (CT), lipoproteína de alta (HDL-C), baixa densidade (LDL-C), triglicerídeos (TG), colesterol não HDL, tabagismo e escore global de risco cardiovascular. Assim, a prevalência de SM foi de 28,7%, tendo como fatores mais frequentes, circunferência de cintura elevada, seguido pelo HDL-C baixo, hipertensão arterial, triglicerídeos elevados e diabetes mellitus, além disso houve associação da SM com o sexo, idade, estado nutricional, dislipidemias, hipertensão arterial, hiperglicemia e nível de atividade física. A prevalência de excesso de peso na população, pelo IMC, foi de 50%, sendo que 19% dos professores apresentaram obesidade. Houve associação positiva do IMC com os demais indicadores antropométricos, assim como para PAS, PAD, GL, HDL-C e TG. Os indicadores CA, RCQ, RCE se associaram positivamente com todas as variáveis analisadas, enquanto o IC só não se associou ao HDL-C. O %GC e IAC só apresentaram associação com GL e TG. Entre os docentes avaliados, 42% superaram os 10000 passos/dia de média, apresentando menores valores para as variáveis idade, IMC, CC, RCQ, RCE, IC, %GC, GL, CT e LDL-C. O número de passos apresentou correlação inversa e fraca com os indicadores CC, RCE e %GC. O único fator de risco que apresentou associação com a condição de baixo número de passos foi hipertensão arterial. Diante do exposto é possível concluir que a prevalência de SM nos professores da educação básica da rede privada foi ligeiramente inferior à registrada no Brasil, sendo a circunferência de cintura elevada o fator de risco mais encontrado, e o tabagismo o único fator de risco que não se associou a esta síndrome. Além disso, foi observado uma elevada prevalência de excesso de peso nos docentes, sendo esta semelhante à média nacional. O indicador de obesidade geral (IMC) apresentou associação com os principais fatores de risco cardiovascular, contudo, os indicadores de obesidade central (CA, RCE e RCQ) explicaram melhor as alterações sobre os parâmetros bioquímicos e pressóricos. Por fim, a maioria dos docentes foram classificados como insuficientemente ativos, onde aqueles que atingiram a recomendação mínima de 10000 passos por dia apresentaram menor idade, um melhor perfil antropométricos (IMC, CC, RCQ, RCE, IC, %GC) e bioquímico (GL, CT e LDL- C).
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    Resposta termográfica da pele em exercícios realizados com diferentes segmentos corporais em remoergômetro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-07-08) Silva, Alisson Gomes da; Marins, João Carlos Bouzas; http://lattes.cnpq.br/9280396059700907
    Esta dissertação foi proposta com o objetivo de analisar a resposta da temperatura da pele (TP ) em diferentes tipos de exercício realizados em remoergômetro, além de comparar os valores de TP obtidos por duas câmeras térmicas com diferente resolução. Para tal foram desenvolvidos três estudos. No primeiro estudo o objetivo foi comparar valores de TP de termogramas obtidos por duas câmeras com diferente resolução, além de verificar se as possíveis diferenças entre os instrumentos interferem na avaliação da simetria térmica das panturrilhas. Foram obtidos simultaneamente dois termogramas do corpo todo (anterior e posterior) com duas câmeras, sendo uma com resolução de 160 x 120 pixels (FLUKE) e a outra de 320 x 240 pixels (FLIR). Foram registrados os valores de TP máxima e média do abdômen, bíceps braquial, quadríceps, lombar, tríceps braquial e panturrilhas. Como resultado, a câmera de maior resolução apresentou maiores valores de TP em todas as comparações, sendo que em sete ocasiões as diferenças foram significativas. O viés médio variou de 0,22 °C a 0,64 °C. Não foi verificada diferença significativa entre as câmeras na comparação da diferença térmica bilateral, e o viés médio foi de 0,04 °C. Como conclusão, termogramas obtidos por câmeras termográficas de diferentes resoluções podem apresentar divergência nos valores de temperatura; porém, as diferenças não refletem em prejuízo na avaliação da simetria térmica bilateral das panturrilhas. No segundo estudo o objetivo foi analisar a resposta da TP antes, imediatamente após e durante o período de recuperação de três protocolos de exercício intenso realizados com diferentes segmentos corporais em remoergômetro. Os participantes foram submetidos a um teste máximo com distância de 2000 m (T2000m ) realizado com movimentação simultânea de membros superiores (MS) e inferiores (MI), seguido de testes realizados apenas com membros superiores (TMS) ou inferiores (TMI), todos com a mesma duração determinada pelo tempo obtido no T2000m . Foram obtidos termogramas do peitoral, dorsal superior, bíceps braquial, antebraço e quadríceps antes, exatamente após os testes e com 10, 20 e 30 minutos de recuperação (REC-10min, REC-20min, REC-30min). Não foi encontrada diferença significativa na TP em repouso quando cada RCI foi comparada entre si (p>0,05). Ao longo dos momentos foram observadas mudanças na TP em todas as RCI (p<0,001). As variações no peitoral foram equivalentes entre os três tipos de exercício (sem interação significativa, p=0,29), enquanto as demais áreas apresentaram respostas térmicas de diferente magnitude (interação significativa, p<0,001). A TP do peitoral reduziu após o exercício (p<0,05) e aumentou durante a recuperação (p<0,05 comparando com o momento pós-teste), sem retornar ao valor de repouso (p>0,05). A TP na região dorsal superior reduziu após os testes (p<0,05) e retornou ao repouso (p>0,05) no TMS (REC-10min) e no T2000m (REC-30min). No quadríceps foi observada uma redução após os três testes (p<0,05), contudo a TP retornou ao valor de repouso (p>0,05) no T2000m e TMI (REC-10min), enquanto no TMS a TP se manteve abaixo do baseline (p<0,05). No bíceps braquial e antebraço foi observado aumento na TP (p<0,05) mais pronunciado no TMS em relação ao T2000m, enquanto no TMI a TP no bíceps braquial permaneceu abaixo do repouso (p<0,05) e se restabeleceu no antebraço (p>0,05) com REC-10min. Como conclusão, o exercício intenso em remoergômetro realizado com diferentes segmentos corporais proporciona uma resposta térmica da pele específica e de diferente magnitude nas regiões corporais avaliadas. A forma de movimentação corporal interfere no padrão de respostas da TP quando a solicitação do quadríceps, dorsal superior e braço é alterada com as variações de exercício. No terceiro estudo o objetivo foi comparar a resposta da TP antes, imediatamente após e no período de recuperação de dois tipos de exercício, sendo um de curta duração e alta intensidade frente a outro de longa duração e moderada intensidade. Os participantes foram submetidos ao T2000m e a um protocolo de exercício moderado de carga constante. Foram obtidos termogramas do peitoral, abdômen, dorsal superior, lombar, bíceps braquial, antebraço, quadríceps, isquiotibiais e panturrilhas antes, exatamente após os protocolos e com REC-10min, REC-20min, REC-30min. Não foi encontrada diferença significativa na TP em repouso quando cada RCI foi comparada entre si (p>0,05), exceto no peitoral e dorsal superior (p<0,05). Ao longo dos momentos foram observadas alterações térmicas em todas as RCI nos dois protocolos de exercício (p<0,001). As variações no peitoral, dorsal superior e abdômen não foram equivalentes entre os exercícios (interação significativa, p<0,05), enquanto as demais RCI apresentaram respostas térmicas equivalentes entre os protocolos (sem interação significativa, p>0,05). Exatamente após os dois exercícios a TP reduziu em todas as RCI do tronco e membros inferiores, enquanto nos membros superiores a TP se manteve estável em relação ao repouso. Durante os 30 minutos de recuperação a TP retornou ao valor de repouso no quadríceps, isquiotibiais, dorsal superior e abdômen nos dois exercícios. Nas panturrilhas e lombar a TP permaneceu abaixo do valor de repouso enquanto nos membros superiores os valores elevaram acima do repouso durante a recuperação. O peitoral apresentou um restabelecimento térmico apenas no exercício moderado, enquanto no exercício intenso a TP permaneceu abaixo do valor de repouso. Em conclusão, o exercício intenso de curta duração e moderado prolongado em remoergômetro proporcionam respostas térmicas diferenciadas ao longo do tempo nas RCI do peitoral, dorsal superior e abdômen. Nas RCI do tronco e membros superiores as respostas térmicas são equivalentes entre os exercícios.