Educação Física
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Item Comparações nos efeitos do envelhecimento na fisiologia cardiovascular e termorregulatória em ratos Wistar, Wistar Kyoto e espontaneamente hipertensos durante o repouso e o exercício físico agudo(Universidade Federal de Viçosa, 2020-12-18) Rezende, Leonardo Mateus Teixeira de; Gomes, Thales Nicolau Prímola; http://lattes.cnpq.br/6961110164025789Introdução: O Rato Espontaneamente Hipertenso (SHR) é um modelo experimental amplamente utilizado para o estudo da hipertensão arterial essencial. Contudo, existe um impasse na literatura quanto ao apontamento do modelo a ser utilizado como controle experimental dos SHR, sendo que os ratos Wistar Kyoto (WKY) e os ratos Wistar (WIS) são os mais utilizados. Esta tese foi dividida em quatro capítulos, em que foram realizadas caracterizações dos modelos citados quanto a parâmetros cardíacos e termorregulatórios durante o repouso e durante o exercício físico. Objetivo: avaliar os efeitos do envelhecimento sobre variáveis cardíacas e termorregulatórias durante o repouso e exercício físico agudo em Ratos Espontaneamente Hipertensos e seus principais controles experimentais, Wistar e Wistar Kyoto. Capítulo 1: foi realizada uma revisão de escopo baseada no método Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-analysis (PRISMA), com objetivo de mapear todos os estudos que realizaram qualquer tipo de comparação entre WIS, WKY e SHR. Após a aplicação dos métodos de busca e seleção, 161 artigos foram incluídos para análise, sendo que 68.4% indicaram que ambos os animais normotensos podem ser utilizados como controle dos SHR. Em 13.49% e 6.47% dos estudos, foi indicado os WIS e WKY como melhor controle, respectivamente. Capítulo 2: foram avaliados a pressão arterial por meio da pletismografia de cauda e a estrutura e forma cardíaca por meio do ecocardiograma durante o processo de envelhecimento dos animais (16 semanas, 48 semanas e 72 semanas de vida). Foi constatado que para estas variáveis os WIS representam melhor controle, uma vez que os WKY exibiram valores de pressão arterial sistólica próxima ao limiar da hipertensão (WKY: 132 – 146 mmHg; WIS: 116 – 126 mmHg; p<0.05) e perda de função cardíaca antecipada em comparação aos WIS. Capítulo 3: avaliou o ritmo circadiano da temperatura central dos animais durante o processo de envelhecimento (16 semanas, 48 semanas e 72 semanas de vida). A medida foi realizada pelo método de telemetria e análises cronobiológica foram aplicadas sobre os dados. Foi encontrado que os SHR possuem disfunções do ritmo circadiano já com 16 semanas, o que foi apontado principalmente pelo maior MESOR (SHR16: 37,49°C; WIS16: 36,50°C; WKY16: 36,44°C; p<0.05), enquanto os animais normotensos apresentaram um aumento do MESOR com o envelhecimento (WIS16: 36,50°C; WIS72: 37,38°C; WKY16: 36,44°C; WKY72: 37,38°C; p<0.05). Para estas variáveis, foi considerado que ambos os normotensos podem ser utilizados como controle, uma vez que os resultados foram semelhantes. Capítulo 4: avaliou as respostas termorregulatórias e o desempenho dos modelos experimentais durante dois protocolos de exercício físico: exercício progressivo até a fadiga e exercício moderado de intensidade constante. Foi encontrado que os SHR com 16 e com 48 semanas apresentam reduzida capacidade de dissipar calor, indicado pela menor temperatura da pele e pelo menor índice para dissipação de calor. Quanto aos animais normotensos, ambos apresentaram perda progressiva da capacidade de dissipar calor com o envelhecimento, sendo que os WIS foram mais afetados nesse sentido. Conclusão geral: a revisão de literatura apontou que ambos os animais normotensos são amplamente utilizados como controle dos SHR, sendo que a seleção do modelo deve ser realizada baseada nos objetivos da pesquisa a ser realizada. Este trabalho contribui adicionando mais elementos quanto a caracterização destes. Foi determinado que os WIS são melhor controle para estudos com foco na pressão arterial e na estrutura e função cardíaca. Quanto a trabalhos sobre termorregulação- seja em repouso ou durante o exercício físico- ambos podem ser utilizados, uma vez que os resultados foram bastante semelhantes. Palavras-chave: Termorregulação. Hipertensão. Modelos experimentais. Rato Espontaneamente Hipertenso.Item Resposta termográfica da pele em exercícios realizados com diferentes segmentos corporais em remoergômetro(Universidade Federal de Viçosa, 2015-07-08) Silva, Alisson Gomes da; Marins, João Carlos Bouzas; http://lattes.cnpq.br/9280396059700907Esta dissertação foi proposta com o objetivo de analisar a resposta da temperatura da pele (TP ) em diferentes tipos de exercício realizados em remoergômetro, além de comparar os valores de TP obtidos por duas câmeras térmicas com diferente resolução. Para tal foram desenvolvidos três estudos. No primeiro estudo o objetivo foi comparar valores de TP de termogramas obtidos por duas câmeras com diferente resolução, além de verificar se as possíveis diferenças entre os instrumentos interferem na avaliação da simetria térmica das panturrilhas. Foram obtidos simultaneamente dois termogramas do corpo todo (anterior e posterior) com duas câmeras, sendo uma com resolução de 160 x 120 pixels (FLUKE) e a outra de 320 x 240 pixels (FLIR). Foram registrados os valores de TP máxima e média do abdômen, bíceps braquial, quadríceps, lombar, tríceps braquial e panturrilhas. Como resultado, a câmera de maior resolução apresentou maiores valores de TP em todas as comparações, sendo que em sete ocasiões as diferenças foram significativas. O viés médio variou de 0,22 °C a 0,64 °C. Não foi verificada diferença significativa entre as câmeras na comparação da diferença térmica bilateral, e o viés médio foi de 0,04 °C. Como conclusão, termogramas obtidos por câmeras termográficas de diferentes resoluções podem apresentar divergência nos valores de temperatura; porém, as diferenças não refletem em prejuízo na avaliação da simetria térmica bilateral das panturrilhas. No segundo estudo o objetivo foi analisar a resposta da TP antes, imediatamente após e durante o período de recuperação de três protocolos de exercício intenso realizados com diferentes segmentos corporais em remoergômetro. Os participantes foram submetidos a um teste máximo com distância de 2000 m (T2000m ) realizado com movimentação simultânea de membros superiores (MS) e inferiores (MI), seguido de testes realizados apenas com membros superiores (TMS) ou inferiores (TMI), todos com a mesma duração determinada pelo tempo obtido no T2000m . Foram obtidos termogramas do peitoral, dorsal superior, bíceps braquial, antebraço e quadríceps antes, exatamente após os testes e com 10, 20 e 30 minutos de recuperação (REC-10min, REC-20min, REC-30min). Não foi encontrada diferença significativa na TP em repouso quando cada RCI foi comparada entre si (p>0,05). Ao longo dos momentos foram observadas mudanças na TP em todas as RCI (p<0,001). As variações no peitoral foram equivalentes entre os três tipos de exercício (sem interação significativa, p=0,29), enquanto as demais áreas apresentaram respostas térmicas de diferente magnitude (interação significativa, p<0,001). A TP do peitoral reduziu após o exercício (p<0,05) e aumentou durante a recuperação (p<0,05 comparando com o momento pós-teste), sem retornar ao valor de repouso (p>0,05). A TP na região dorsal superior reduziu após os testes (p<0,05) e retornou ao repouso (p>0,05) no TMS (REC-10min) e no T2000m (REC-30min). No quadríceps foi observada uma redução após os três testes (p<0,05), contudo a TP retornou ao valor de repouso (p>0,05) no T2000m e TMI (REC-10min), enquanto no TMS a TP se manteve abaixo do baseline (p<0,05). No bíceps braquial e antebraço foi observado aumento na TP (p<0,05) mais pronunciado no TMS em relação ao T2000m, enquanto no TMI a TP no bíceps braquial permaneceu abaixo do repouso (p<0,05) e se restabeleceu no antebraço (p>0,05) com REC-10min. Como conclusão, o exercício intenso em remoergômetro realizado com diferentes segmentos corporais proporciona uma resposta térmica da pele específica e de diferente magnitude nas regiões corporais avaliadas. A forma de movimentação corporal interfere no padrão de respostas da TP quando a solicitação do quadríceps, dorsal superior e braço é alterada com as variações de exercício. No terceiro estudo o objetivo foi comparar a resposta da TP antes, imediatamente após e no período de recuperação de dois tipos de exercício, sendo um de curta duração e alta intensidade frente a outro de longa duração e moderada intensidade. Os participantes foram submetidos ao T2000m e a um protocolo de exercício moderado de carga constante. Foram obtidos termogramas do peitoral, abdômen, dorsal superior, lombar, bíceps braquial, antebraço, quadríceps, isquiotibiais e panturrilhas antes, exatamente após os protocolos e com REC-10min, REC-20min, REC-30min. Não foi encontrada diferença significativa na TP em repouso quando cada RCI foi comparada entre si (p>0,05), exceto no peitoral e dorsal superior (p<0,05). Ao longo dos momentos foram observadas alterações térmicas em todas as RCI nos dois protocolos de exercício (p<0,001). As variações no peitoral, dorsal superior e abdômen não foram equivalentes entre os exercícios (interação significativa, p<0,05), enquanto as demais RCI apresentaram respostas térmicas equivalentes entre os protocolos (sem interação significativa, p>0,05). Exatamente após os dois exercícios a TP reduziu em todas as RCI do tronco e membros inferiores, enquanto nos membros superiores a TP se manteve estável em relação ao repouso. Durante os 30 minutos de recuperação a TP retornou ao valor de repouso no quadríceps, isquiotibiais, dorsal superior e abdômen nos dois exercícios. Nas panturrilhas e lombar a TP permaneceu abaixo do valor de repouso enquanto nos membros superiores os valores elevaram acima do repouso durante a recuperação. O peitoral apresentou um restabelecimento térmico apenas no exercício moderado, enquanto no exercício intenso a TP permaneceu abaixo do valor de repouso. Em conclusão, o exercício intenso de curta duração e moderado prolongado em remoergômetro proporcionam respostas térmicas diferenciadas ao longo do tempo nas RCI do peitoral, dorsal superior e abdômen. Nas RCI do tronco e membros superiores as respostas térmicas são equivalentes entre os exercícios.