Educação Física

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    Efeitos do ambiente quente sobre as respostas fisiológicas e perceptivas de ciclistas em uma sessão de treinamento intervalado de alta intensidade
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-10-18) Silva, Wanessa Aparecida Lopes da; Gomes, Thales Nicolau Prímola; http://lattes.cnpq.br/8544069084588984
    Introdução:O treino intervalado de alta intensidade (HIIT) é um treino de curta duração e alta intensidade, composto por repetidas e breves sessões, que tem ganhado espaço entre os praticantes de exercício físico e sido objeto de investigação entre os estudos com termorregulação. O exercício físico é capaz de alterar o equilíbrio térmico do organismo. Objetivo: Verificar as respostas fisiológicas e perceptivas em uma sessão de HIIT associada ao ambiente quente em ciclistas. Métodos: Dez ciclistas homens (Idade: 35,5 ± 7,4 anos; área de superfície corporal: 2,0 ± 0,1m 2) realizaram 4 visitas ao laboratório, sendo a 1a visita destinada à aplicação do questionário de Prontidão para a Atividade Física (PAR-Q), Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) e teste máximo; na 2a visita foi feita a familiarização ao protocolo e nas 3a e 4a visitas foram realizadas as sessões de HIIT em dois ambientes (SC – Sessão Con- trole: 22,9 ± 0,9 oC; umidade relativa: 70,1 ± 9,9%; SQ – Sessão Quente: 32,2 ± 0,5 oC; umidade relativa: 63,9 ± 4,5%). O protocolo de HIIT divide-se em 4 blocos de 1min a 90% da potência máxima (Watts), intercalados com 3min a 50% da potência máxima. As variáveis medidas foram a temperatura gastrointestinal, por meio da ingestão de uma cápsula telemétrica (Ttgi oC), a temperatura média da pele por meio de sensores de temperatura (Tpele oC), o conforto térmico (CT), a sensação térmica (ST) e a percepção subjetiva do esforço (PSE) por meio das escalas subjetivas, a frequência cardíaca por meio de cardiofrequencímetro (FC), a pressão arterial por meio de esfigmo- manômetro e estetoscópio (PA) e a gravidade específica da urina por meio de refratômetro (GEU), acúmulo de calor (AC) e taxa de acúmulo de calor (TAC) por meio de cálculos a partir da produção de suor. Após a análise de normalidade, os dados foram analisados por meio de ANOVA Two-Way, post-hoc de Tukey (Média ± DPM; α = 5%). O trabalho foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética (protocolo: 85279618.1.0000.5153). Resultados: Em relação à Ttgi, não houve diferença entre as médias das sessões (SC: 36,9 ± 0,3 oC vs. SQ: 37,2 ± 0,2 oC; p>0,05). Em relação à Tpele, houve diferenças entre as médias das sessões, sendo maior em SQ (SC: 32,4 ± 0,7 vs. SQ 35,2 ± 0,3; p<0,05). A ST apresentou diferenças entre as médias das sessões, sendo maior em SQ (SC: 6,7 ± 1,1 vs. SQ: 10,1 ± 0,8; p<0,05). O CT apresentou diferenças entre as médias das sessões, sendo maior em SQ (SC: 1,7 ± 0,4 vs. SQ: 2,8 ± 0,6; p<0,05). A PSE apresentou diferenças entre as médias das sessões, sendo maior em SQ (SC: 14,0 ± 0,1 vs. SQ: 16,2 ± 0,1; p<0,05). A FC apresentou diferenças entre as médias das sessões, sendo maior em SQ (SC: 143,4 ± 3,4 vs. 159,4 ± 12,3 bpm; p<0,05). O lactato apresentou diferenças entre as médias das sessões, sendo maior em SQ (SC: 5,9 ± 2,0 vs. SQ: 8,4 ± 3,6 mmol/L; p<0,05). O peso corporal não apresentou diferenças entre as médias das sessões (SC: 77,9 ± 7,5 vs. SQ: 77,6 ± 7,5 Kg; p>0,05). O peso do short não apresentou diferenças entre as médias das sessões (SC: 0,2 ± 0,1 vs. SQ: 0,2 ± 0,1 g; p>0,05). A taxa de suor não apresentou diferenças entre as médias das sessões (SC: 0,5 ± 0,1 vs. SQ: 0,6 ± 0,1 L.h-1; p>0,05). A GEU não apresentou diferenças entre as médias das sessões (SC: 1018,8 ± 11,3 vs. SQ: 1017,3 ± 8,5; p>0,05). A PAM não apresentou diferenças entre as médias das sessões (SC: 95,6 ± 7,0 vs. SQ: 92,3 ± 3,5 mmHg; p>0,05). A velocidade não apre- sentou diferenças entre as médias das sessões (SC: 14,5 ± 4,3 vs. SQ: 13,5 ± 83,7 Km/h; p>0,05). O AC e a TAC não apresentaram diferenças entre as médias das ses- sões (SC: 24,6 ± 6,0 vs. SQ: 30,4 ± 7,0 W.m-2; p>0,05) e (SC: 0,9 ± 0,7 vs. SQ: 1,1, ± 0,6 W.m-2.min; p>0,05), respectivamente. Conclusão: Os achados mostraram que o ambiente quente promove aumento das percepções subjetivas e das variáveis fisiológicas, porém, em exercício de curta duração, não promoveu perda hídrica, redução da velocidade e acúmulo de calor significativas. Possivelmente, apesar da alta intensidade do protocolo associado ao ambiente quente, a duração do exercício não tenha sido suficiente para alterar essas variáveis. Palavras-chave: Termorregulação. Atividade Física. HIIT.
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    Efeitos de diferentes tipos de treinamento físico aeróbio sobre a morfologia, função e propriedades mecânicas do coração de ratos hipertensos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-08-16) Suarez, Pedro Zavagli; Carneiro Júnior, Miguel Araújo; http://lattes.cnpq.br/4639311373915407
    A hipertensão arterial (HA) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por nível elevado e sustentado de pressão arterial (PA). O exercício físico aeróbio regular provoca adaptações autonômicas e hemodinâmicas que vão influenciar o sistema cardiovascular, contribuindo para redução da PA. O treinamento aeróbio contínuo de intensidade moderada (MICT), tem sido o mais indicado para sujeitos com HA, com intensidade variando de 40-60% do consumo máximo de oxigênio. Porém, nos últimos anos, estudos mostraram a eficácia do treinamento aeróbio intervalado de alta intensidade (HIIT) como tratamento para HA. Objetivos: Avaliar os efeitos de diferentes tipos de treinamento físico aeróbio sobre a morfologia, função e propriedades mecânicas do coração de ratos hipertensos. Metodologia: Ratos normotensos (Wistar) e hipertensos (SHR) com 16 semanas de idade foram distribuídos em 6 grupos (n=8): WIS CONT e SHR CONT – normotensos e hipertensos que não foram submetidos a treinamento físico aeróbio por 8 semanas; WIS MICT e SHR MICT – normotensos e hipertensos treinados pelo método contínuo a 60% da velocidade máxima de corrida, em esteira rolante, 30 min por dia, 5 dias por semana, por 8 semanas; WIS HIIT e SHR HIIT – normotensos e hipertensos treinados pelo método intervalado, sendo 20 repetições de 30 segundos a 90%, seguidas por 1 min a 45% da velocidade máxima de corrida, 5 dias por semana, por 8 semanas. A morfologia e função cardíaca foram avaliadas por ecocardiograma. A frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM) foram medidas por pletismografia de cauda. O tempo total de exercício até a fadiga (TTF) foi determinado através de um teste máximo de corrida. Após os tratamentos, a eutanásia foi realizada por decapitação e o coração retirado, lavado e canulado pela artéria aorta em um sistema de perfusão. Os cardiomiócitos do ventrículo esquerdo (VE) foram isolados por digestão enzimática, utilizando-se colagenase. Para registro do transiente intracelular global de Ca2+ ([Ca2+]i), os cardiomiócitos foram incubados com o indicador fluorescente de Ca2+, Fura-2 ácido aminopolicarboxílico. A contração celular foi determinada pela técnica de alteração do comprimento dos cardiomiócitos, usando-se um sistema de detecção de bordas. As medidas foram feitas utilizando-se um microscópio invertido equipado com uma lente objetiva de imersão em óleo. Utilizou-se estimulação elétrica de campo nas frequências de 3, 5 e 7 Hz, temperatura de ~ 37oC. Resultados: Ambos os programas de treinamento aumentaram o TTF. Nos SHR, o MICT reduziu a FC de repouso, tendeu a diminuir a PAS, diminuiu a PAD, a PAM, a espessura do septo interventricular tanto na sístole quanto na diástole e diminuiu a amplitude de contração na estimulação de 5 Hz. O HIIT aumentou o peso do coração e as espessuras da parede do ventrículo esquerdo, tanto em sístole quanto em diástole, reduziu a PAS e tendeu a diminuir a PAM, além de diminuir o tempo para o pico de [Ca2+]i em todas as frequências de estimulação. Conclusão: Ambos os protocolos de treinamento promoveram adaptações benéficas sobre a morfologia, função e propriedades mecânicas do coração de ratos hipertensos. Palavras-chave: Hipertensão. Exercício físico. Cardiomiócitos. Contratilidade celular. Transiente de cálcio.
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    Análise cinemática da mecânica respiratória: efeitos da atividade física e idade
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-17) Rodrigues, Isabella Martins; Pereira, Eveline Torres; http://lattes.cnpq.br/7967693005855826
    O envelhecimento pode causar diversas alterações fisiológicas e estruturais nos sistemas do corpo humano. O sistema respiratório sofre alterações como diminuição da capacidade respiratória, complacência pulmonar e torácica, calcificação das cartilagens costais e diminuição da força muscular. Entretanto, as alterações mecânicas causadas pelo envelhecimento ainda são pouco descritas pela literatura. Nesse contexto, o objetivo geral da dissertação foi descrever os padrões de movimentação toracoabdominal durante a respiração de mulheres fisicamente ativas através da análise cinemática tridimensional, além de avaliar os efeitos do envelhecimento e de um treinamento físico. Para analisar os movimentos respiratórios, foram utilizadas as manobras de volume corrente e capacidade vital. As coordenadas tridimensionais dos 32 marcadores retro-reflexivos posicionados no tronco foram adquiridas por câmeras optoeletrônicas, e posteriormente utilizadas para estimar o volume do tórax superior, tórax inferior e abdômen, para cálculo subsequente das variáveis para a definição do padrão respiratório. No primeiro estudo, o objetivo foi investigar os efeitos do envelhecimento e caracterizar o padrão e a coordenação dos movimentos respiratórios dos compartimentos toracoabdominais. Setenta e três mulheres fisicamente ativas foram divididas em três grupos: jovens, meia idade e idosas, com idade entre 19 e 80 anos. O percentual de contribuição inspiratório e o coeficiente de correlação foram calculados com o objetivo de analisar o padrão e a coordenação de movimento toracoabdominal durante a respiração, respectivamente. Os resultados mostraram que o envelhecimento causa uma mudança no padrão de movimento em ambas as manobras, que inicia com uma respiração torácica superior, passa por uma fase de transição com o aumento da contribuição do tórax inferior e chega a uma maior contribuição abdominal com o aumento da idade. Além disso, a diminuição da coordenação de movimento foi observada com o envelhecimento, apesar das participantes não apresentarem assincronia de movimento. No segundo estudo, o objetivo foiavaliar os efeitos de 12 semanas de um treinamento físico multicomponente no padrão e na coordenação dos movimentos toracoabdominais respiratórios de mulheres fisicamente ativas acima de 40 anos. Trinta e duas mulheres foram divididas em 2 grupos: meia idade e idosas. O treinamento físico multicomponente foi aplicado durante 12 semanas, sendo dividido em 3 sessões semanais com duração de 50 minutos. A variação de volume total inspiratório, o percentual de contribuição inspiratório e o coeficiente de correlação foram calculados com o objetivo de analisar o padrão e a coordenação de movimento durante a respiração pré e pós-treinamento. Os resultados sugerem que 12 semanas de treinamento físico multicomponente podem causar efeitos como o aumento do percentual de contribuição inspiratório do tórax inferior, sendo mais enfatizado na capacidade vital. Além disso, foi observada uma diminuição do percentual de contribuição inspiratório do abdômen, que pode estar relacionada com um aumento da contração abdominal durante uma inspiração forçada, podendo diminuir a mobilização de ar. Todas as participantes apresentaram movimentos respiratórios coordenados, com ênfase na coordenação entre os compartimentos torácicos. Em conclusão, essa dissertação sugere que existe uma mudança no padrão respiratório e uma diminuição da coordenação de movimento, que podem ser reflexos mecânicos das alterações fisiológicas e estruturais do envelhecimento. Além disso, apesar de não ser um treinamento especificamente respiratório, o treinamento físico multicomponente pode proporcionar alterações positivas, como o aumento da contribuição do tórax inferior e, consequentemente, da ação do diafragma. Palavras-chave: Padrão respiratório. Cinemática. Envelhecimento.
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    Intensidade do exercício autosselecionado por mulheres: riscos e adequações às diretrizes do ACSM
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-10-23) Lage, Flávia Xavier de Andrade; Marins, João Carlos Bouzas; http://lattes.cnpq.br/0155212607785887
    Dados nacionais indicam que a maior parte da população brasileira possui hábitos sedentários, o que contribui para o aumento do risco cardiovascular. Os exercícios aeróbicos, especialmente a caminhada, o trote e a corrida têm sido comumente indicados por profissionais da saúde para melhorias na aptidão física. Essa dissertação foi proposta com o objetivo de comparar as recomendações do ACSM para a realização de exercício aeróbico com a prática autosselecionada por mulheres, bem como a prontidão para sua prática e a prevalência de risco coronariano dessa amostra. Desta forma, foram desenvolvidos três estudos. No primeiro, foi realizada uma revisão sistemática de estudos que analisaram a prática de exercício aeróbico com intensidade autosselecionada por mulheres. O objetivo foi verificar as características das praticantes, possíveis fatores influenciadores (índices antropométricos, fisiológicos, fatores ambientais e idade) e se a intensidade autosselecionada poderia aumentar a aderência da prática de exercícios aeróbicos. Os dados foram analisados através das bases de dados PubMed e BVS, com artigos originais, realizados em mulheres acima de 18 anos de idade, publicados nos últimos 10 anos, com análise de exercício aeróbico de forma autosselecionada através da mensuração da frequência cardíaca (FC), sendo incluídos 20 artigos. Na maioria dos estudos, foi encontrado que a intensidade autosselecionada está dentro das recomendações do ACSM, capaz de promover melhorias no condicionamento físico e reduzir o risco cardiovascular, além de obter maior resposta afetiva positiva e maior prazer quando comparado à intensidade imposta. Pessoas com sobrepeso e obesidade demonstraram menor gasto energético (GE) quando comparado com pessoas eutróficas. Além disso, a idade parece não influenciar nas respostas afetivas, apenas nas respostas fisiológicas. Foi encontrado também maior sensação de prazer ao realizar atividade física (AF) ao ar livre quando comparado com ambiente interno. Desta forma, foi possível concluir que quando a intensidade do exercício é autosselecionada, há maiores sensações de prazer e atendem às recomendações do ACSM, além de promover melhorias na aptidão cardiorrespiratória. O segundo estudo teve como objetivo determinar a prontidão para atividade física e a prevalência de risco coronariano em mulheres praticantes de caminhada e corrida recreativa, através da aplicação dos questionários PAR-q e RISKO. Participaram do estudo 80 mulheres praticantes de caminhada e ou corrida recreativa, com idades entre 20-59 anos, sendo divididas em quatro grupos etários (G1 = 20-29 anos; G2 = 30-39 anos; G3 = 40-49 anos; G4 = 50-59 anos). As praticantes deveriam ter minimamente dois meses de prática e com uma frequência mínima de três vezes por semana, sem orientação de um educador físico. Foram utilizados os questionários PAR-q para determinar a prontidão para a prática de atividade física e RISKO para identificar os fatores de risco coronariano. Como resultados, observou-se que 32,5% da amostra total apresentaram inaptidão para realização de AF, respondendo positivamente, à pelo menos, em uma questão do PAR-q. A questão com maior número de respostas positivas foi relacionada a episódios de tontura ou sensações de desmaio, correspondendo 18,8% da amostra total. Já em relação ao questionário RISKO, o escore médio de risco coronariano foi de 15,22 ± 3,29 pontos (risco abaixo da média), correspondendo 66,3% da amostra, sendo que a questão com maior escore foi relacionada a hereditariedade, correspondendo 63,8% das entrevistadas. Como conclusão, os grupos com maior faixa etária tiveram maior prevalência de inaptidão para AF, de acordo com as respostas positivas no questionário PAR-q. Já no questionário RISKO, a maioria da amostra foi classificada como “risco abaixo da média”, sendo os fatores com maior prevalência hereditariedade, sexo e sobrepeso. Por fim, o terceiro estudo teve como objetivo estabelecer os padrões de AF autosselecionado por mulheres no exercício de caminhada, corrida e trote e verificar se atendem às diretrizes do ACSM para sua prática. Para tal, 80 mulheres participaram, sendo divididas em quatro grupos etários (G1 = 20-29 anos; G2 = 30-39 anos; G3 = 40-49 anos; G4 = 50-59 anos), sendo adotado como critério de inclusão a prática de caminhada e ou corrida de forma recreativa há pelo menos dois meses sem orientação de um profissional de Educação Física. Na primeira etapa foram realizados os procedimentos antropométricos para caracterização da amostra (massa corporal, estatura, circunferência abdominal (CA), circunferência de cintura (CC), percentual de gordura corporal (%GC)), mensuração da frequência cardíaca de repouso (FCR) e níveis pressóricos. A segunda etapa consistiu em avaliar uma sessão de exercício com intensidade autosselecionada através de um monitor cardíaco e índice de percepção de esforço (IPE). Ao analisar o escore do IPE, foi encontrado que 43,8% da amostra esteve dentro da intensidade “vigorosa” e 26,3% “moderada”, ambas estando dentro das recomendações do ACSM. Em relação ao %FC média, todos os grupos estiveram de acordo com as diretrizes. Quanto ao tempo total da sessão e frequência semanal, todos os grupos atingiram as recomendações mínimas. Contudo, nenhum grupo acumulou 1000 quilocalorias (kcal) por semana. Desta forma, foi possível concluir que maioria das avaliadas autosselecionaram intensidades dentro do recomendado pelo ACSM, quando analisado a %FC média, IPE, tempo de treino e frequência semanal. No entanto, ao analisar o GE, nenhum dos grupos atingiram a recomendação mínima semanal.
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    Efeitos da Síndrome de Down sobre ajustes termorregulatórios e cardiovasculares durante o exercício físico
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-10-24) Gonçalves, Paulo Henrique; Gomes, Thales Nicolau Prímola
    O objetivo do estudo foi medir a temperatura gastrointestinal e a temperatura da pele em indivíduos com Síndrome de Down durante um exercício físico submáximo. A amostra foi composta por 12 indivíduos, 6 indivíduos com Síndrome de Down (SD) e 6 indivíduos sem Síndrome de Down (SSD). Os indivíduos foram submetidos a um protocolo submáximo de exercício, a 65% da potência (W) máxima, pré-estabelecida em um teste de carga progressivo submáximo no cicloergômetro. Os grupos realizaram 30 minutos de exercício, em um ambiente temperado, temperatura média de 21 ± 0,45 oC e umidade relativa do ar média de 61 ± 1,29%. Os indivíduos foram submetidos a um teste para verificação da densidade da urina e seu nível de hidratação. Além disso, receberam um kit de alimentação para ser consumido na noite anterior ao exercício e na manhã horas antes do exercício. Esse kit foi elaborado por uma nutricionista (CRN9 – 6421). Na noite anterior ao exercício, os indivíduos ingeriram uma cápsula que faz a medição da temperatura gastrointestinal. O exercício foi realizado pela manhã, em uma única sessão experimental. Os indivíduos tiveram as temperaturas do trato gastrointestinal (T tgi ) e da pele (T pele ) avaliadas em três momentos: pré-exercício, exercício e pós-exercício. A comparação entre os grupos foi feita usando-se o programa SigmaPlot 11.0. A normalidade de distribuição dos dados foi verificada através do teste de Shapiro-Wilk. Os dados com distribuição normal foram apresentados como média e erro padrão da média (EPM). Os dados quando não apresentaram distribuição normal, através do Teste t de Student, foi utilizado o teste não paramétrico Mann Whitney. Utilizou-se também ANOVA, mais especificamente ANOVA TWO WAY de medidas repetidas, seguidos do teste post hoc de TUKEY. O cálculo do tamanho do efeito foi obtido para análise das comparações dos parâmetros avaliados. O teste Qui-Quadrado foi obtido para avaliar se havia diferença entre os grupos em relação ao nível de atividade física. O nível de significância adotado foi α = 5%. Os resultados mostraram que não houve diferenças estatísticas entre os grupos SD e SSD nas variáveis: peso, estatura, Área de Superfície Corporal, hidratação e idade. Além disso, os resultados da T amb e UR também não apresentaram diferenças. As variáveis, percentual de gordura (SD 28,67 ± 1,14% e SSD 21,25 ± 1,23%) e IMC (SD 31,72 ± 2,21 Kg/m 2 e SSD 25,5 ± 1,53 Kg/m 2 ) foram diferentes entre os grupos, sendo maiores no SD. Através do cálculo do tamanho do efeito, foi possível detectar um tamanho do efeito pequeno para a idade, médio para peso, estatura, ASC, GEU, IMC, URA e grande para percentual de gordura, além de T SALA. A caracterização dos grupos SSD e SD em relação ao nível de atividade física foi mensurada através do IPAQ. Não houve diferença entre os grupos. Tal resultado foi atestado através da utilização do teste Qui-Quadrado. Não foi detectada nenhuma diferença estatística, tanto na potência do teste progressivo (sessão pré-experimental), quanto nos valores de potência pré- estabelecida para a coleta de dados (sessão experimental). Um tamanho do efeito médio foi encontrado para os dois momentos. Não foi encontrada diferença estatística nos dados entre os grupos em relação à FC. O tamanho do efeito foi calculado. Foi obtido um tamanho do efeito médio para a FC durante a sessão pré-experimental e grande para a FC durante a sessão experimental. Em relação à PA não foi encontrada nenhuma diferença estatística nos dados entre os grupos. Já ao longo do tempo, na PAS, houve aumento em relação ao minuto 0 (pré-exercício) no exercício ( SSD entre o minuto 5 e minuto 30 e SD entre o minuto 10 e minuto 30) e minuto 60 (pós exercício). Na PAD, houve aumento também no exercício em relação ao pré e pós exercício, porém, apenas no grupo SD. Além disso, tal diferença foi registrada entre o minuto 5 e minuto 20. Na PAM, o aumento encontrado foi no exercício em relação ao pré e pós exercício, do minuto 5 ao minuto 30, para os 2 grupos. O tamanho do efeito foi calculado para PAS e PAD. Um tamanho do efeito médio foi encontrado, tanto para PAS quanto para PAD. Houve semelhança da Temperatura do Trato Gastrointestinal (T tgi ) entre os grupos SD e SSD. Efeito do grupo (F= 0,661, p= 0,437), efeito do tempo (F= 41,905, p< 0,001) e interação grupo x tempo (F= 2,048, p= 0,008). O tamanho do efeito foi calculado, sendo obtido um tamanho de efeito médio para os momentos de pré-exercício e pós-exercício e grande para o exercício. Além disso, houve diferença estatística entre os grupos na Temperatura da Pele (T pele ) do minuto 15 até o minuto 20 (SD 29,5 ± 0,02oC e SSD 30,9 ± 0,06 oC p<0,05) e no minuto 30 (SD 29,9 ± 0,8 oC vs SSD 31,5 ± 0,9 oC p<0,05), durante o exercício. Efeito do grupo (F= 47,595, p< 0,001), efeito do tempo (F= 2,901, p< 0,001) e interação grupo x tempo (F= 0,465, p= 0,977). O tamanho do efeito foi calculado, sendo obtido um tamanho de efeito médio para os momentos de pré-exercício e pós-exercício e grande para o exercício. Não houve diferença estatística entre os grupos em relação ao acúmulo de calor (AC) e a taxa de acúmulo de calor (TAC). O tamanho do efeito foi obtido e resultou em um tamanho do efeito grande para AC e TAC. Na Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) no domínio de tempo, não houve nenhuma diferença para os índices Media RR, SDNN, RMSSD e PNN50. Efeito do grupo (F= 8,756, p= 0,005), efeito do tempo (F= 0,826, p= 0,536) e interação grupo x tempo (F= 0,520, p= 0,760). No domínio da freqüência não houve diferença estatística nos parâmetros VLF e LF/HF em nenhum dos momentos supracitados. No parâmetro LF, houve diferença estatística nos momentos 50 (pré-exercício) e 20 (pós-exercício) entre os grupos. Já no HF, houve diferença estatística no momento 30 (exercício), sendo o valor para SD menor nos dois parâmetros. Efeito do grupo (F= 5,856, p= 0,036), efeito do tempo (F= 0,556, p= 0,860) e interação grupo x tempo (F= 0,330, p= 0,977). As respostas termorregulatórias no que se refere à T tgi dos grupos SD e SSD são semelhantes nos 3 momentos avaliados, pré-exercício, exercício e pós-exercício. Além disso, a T pele dos indivíduos SD foi estatisticamente menor no exercício e semelhante no pré e pós-exercício em relação aos indivíduos SSD. Os parâmetros cardiovasculares FC, VFC apresentaram resultados semelhantes. Na PA, não houve diferenças estatísticas na PAS e PAM, apenas na PAD. Essa diferença pode explicar a menor T pele dos SD. Isso por conta da ligação dos fatos, uma maior PAD causa um aumento da resistência vascular periférica, que por sua vez prejudica a vasodilatação, já diminuída nos SD por conta de um nível plasmático menor de óxido nítrico. O acréscimo na resistência vascular periférica, somado a uma vasodilatação prejudicada, diminui a dissipação de calor e consequentemente é detectado um menor valor da T pele.
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    Impacto dos comportamentos ativos e sedentário sobre o equilíbrio, a composição corporal e autocuidado em portadores de diabetes mellitus
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-08-23) Martins, Yuri de Lucas Xavier; Amorim, Paulo Roberto dos Santos; http://lattes.cnpq.br/3487822376345174
    O diabetes mellitus (DM) é grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos de caráter crônico que apresentam em comum estados de hiperglicemia resultante de falhas na secreção e/ou na ação do hormônio insulina. A neuropatia diabética (ND), um dos comprometimentos relacionados ao DM, é uma complicação microvascular do diabetes que afeta negativamente a cinestesia, levando a alterações na capacidade postural, sensorial e, consequentemente, de equilíbrio. Os objetivos desse estudo foram verificar as associações do comportamento ativo e sedentário com parâmetros da marcha indicativos do risco de queda (RQ), autocuidado, medo de queda e composição corporal em portadores de DM com e sem neuropatia diabética. A amostra foi composta de 45 voluntários de ambos os sexos de faixa etária entre 40 e 72 anos distribuída igualmente para os grupos: diabetes portador de neuropatia (DM+ND n=15), diabetes sem neuropatia (DM n= 15) e controle não diabético (C n= 15). O diagnóstico de ND foi através dos sintomas neuropáticos e confirmado pela eletroneuromiografia. A composição corporal foi aferida através da massa muscular magra e da gordura corporal total, realizada a partir do Dual-energy X-ray Absorptiometry (DXA). O nível de atividade física (AF) e comportamento sedentário (CS) foram mensurados pelo acelerômetro tri-axial Actigraph, (modelo GT3X, Pensacola, FL, USA) por 8 dias consecutivos na espinha ilíaca ântero-superior. Foram mensurados o medo de queda, o autocuidado, assim como o RQ por meio dos parâmetros da marcha como cadência, comprimento da passada, velocidade e duplo apoio, bem como pelo teste Escala de Berg. As médias de idade em anos foram 61± 5,01, 59,8 ± 6,10 e 61,06 ± 6,19 para os grupos DM+ND, DM e C, respectivamente. Não houve diferença em nenhum dos parâmetros analisados da composição corporal. Também não foram encontradas diferenças entre os valores dos escores obtidos do autocuidado (DM+ND= 48,6 ± 15,7 e DM= 59,9 ± 16) e do medo de queda (DM+ND= 30,4 ± 12,2, DM= 30,5 ± 11 e C= 25,2 ± 9,1). Com relação à velocidade da marcha, o grupo C apresentou um valor significativamente maior (122 ± 0,26 cm/s), não havendo diferença entre os grupos DM+ND (92 ± 0,23 cm/s) e DM (88 ± 0,19 cm/s). A cadência da marcha e comprimento de passada também apresentaram valores maiores para o grupo C (111,68 ± 13,17 passos/min e 129 ± 0,15 cm) em relação aos grupos DM+ND (103,30 ± 9,12 passos/min e 109 ± 0,23 cm) e DM (96,05 ± 8,39 passos/min e 109 ± 0,19 cm). De forma inversa, o grupo C apresentou menor tempo em segundos de duplo apoio quando comparados com os grupos DM+ND e DM, sendo 0,37 ± 0,05 s, 0,44 ± 0,09 s e 0,46 ± 0,07 s, respectivamente. Em adição, os valores da Escala de Berg demonstraram escores piores para os grupos DM+ND (48,73 ± 6,31) e DM (52,61 ± 5), quando comparados com o grupo C (54,73 ± 1,66), sugerindo maior RQ pelo diabetes. Houve maior tempo em minutos diários em atividade física de moderada a vigorosa (AFMV) por parte do grupo C (45,06 ± 20,49) quando comparado aos grupos DM+ND (26,14 ± 21,91) e DM (28,5 ± 21,12). Os valores em minutos diários para atividade física leve (AFL) e CS foram respectivamente: 343,90 ± 80,09 e 431,90 ± 77,94 para o grupo DM+ND, 320,59 ± 91,04 e 498,08 ± 97,82 para o grupo DM e 405,20 ± 104,49 e 473,45 ± 90,67 para o grupo C, não havendo diferença entre os grupos. Podemos concluir que a presença de DM e o baixo nível de AF se associam com os parâmetros da marcha, medo de queda e a composição corporal. A presença de DM, juntamente ao baixo nível de AF, pode levar a um RQ 21% maior quando comparado com indivíduos não diabéticos.
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    Estudo comparativo da termorregulação durante o repouso e exercício físico em dois modelos experimentais: Wistar versus Wistar Kyoto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-13) Rezende, Leonardo Mateus Teixeira; Gomes, Thales Nicolau Prímola; http://lattes.cnpq.br/6961110164025789
    O objetivo geral desta dissertação foi analisar as diferenças no comportamento termorregulatório durante o repouso e exercício físico entre duas linhagens experimentais habitualmente utilizadas na pesquisa científica como controle para o rato espontaneamente hipertenso (SHR): os Wistar (WIS) e os Wistar Kyoto (WKY). No primeiro capítulo, foram analisadas as variáveis de repouso por meio do estudo do ritmo circadiano da temperatura central (T central ) e da atividade locomotora dos animais. Foram realizadas também análises da composição corporal dos animais por meio da avaliação do índice de massa corporal (IMC) e da análise direta do percentual de gordura. Como resultado, foi constatado que os animais apresentam semelhanças no comportamento basal da T central , no entanto o envelhecimento provoca alterações nessas variáveis, no sentido de diminuir a T central e a amplitude desta, o que é mais evidente na linhagem Wistar Kyoto. Com relação à composição corporal, entre os animais jovens (WIS16 vs. WKY16), foi verificado que os WIS apresentaram maior IMC, o que não foi observado entre os animais mais velhos, e, na comparação do percentual de gordura, independentemente da idade, os WIS apresentam maior percentual de gordura em relação aos WKY. Em conclusão, as linhagens estudadas apresentam um comportamento da T central basal semelhante. Entretanto, com o processo de envelhecimento, ocorre uma perda da sincronização entre os ritmos circadianos estudados. No segundo capítulo, foram analisadas as variáveis obtidas a partir do exercício físico, que foi dividido em: exercício progressivo até a fadiga (EPF); exercício constante relativo (ECR); e exercício constante absoluto (ECA). Os dados de T central durante o exercício foram coletados por meio de transmissão do sinal de telemetria e posterior análise pelo software VitalView. Como resultado, foi constatado que os animais da linhagem WKY apresentam desempenho superior durante o exercício aeróbico, no entanto o comportamento da T central e da T pele é semelhante entre as linhagens durante os protocolos de exercício propostos. Com relação ao acumulo de calor, foi comprovado que os animais da linhagem WIS acumulam mais calor do que os WKY, independentemente da massa corporal. Concluindo, as linhagens estudadas apresentam um comportamento termorregulatório semelhante durante o exercício físico aeróbico.
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    Idosos hipertensos: prevalência, medicação e efeitos agudos do exercício resistido
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-03-28) Guimarães, Fabiana Costa; Lima, Luciana Moreira; http://lattes.cnpq.br/8344750203114079
    A temática do idoso tem ganhado relevância nos últimos anos a partir da constatação do crescimento proporcionalmente maior de pessoas com idade avançada em relação a outras faixas etárias, provocando o envelhecimento populacional. Na terceira idade, o risco de desenvolver hipertensão arterial sistêmica (HAS) aumenta, tornando esta doença mais comum neste período da vida. O tratamento anti-hipertensivo tem, como principal objetivo, reduzir a morbidade e mortalidade cardiovasculares. Porém a reabilitação e a prevenção da HAS vão além das ações farmacológicas, podendo-se destacar a restrição alimentar de sódio, consumo moderado de álcool e prática regular de atividade física, além do uso indevido de tabaco. A partir deste contexto o primeiro objetivo desta dissertação foi observar a relação entre o nível de atividade física, o tabagismo e o consumo abusivo de álcool na prevalência de HA em indivíduos adultos, em todas as capitais brasileiras, nos anos de 2007 e 2010. Foram estudadas as 26 capitais dos estados brasileiros, além do Distrito Federal, utilizando as informações do sistema de informatização do Sistema Único de Saúde (DATASUS), considerando quatro variáveis principais: prevalência de HAS, atividade física suficiente no tempo livre, tabagismo e consumo abusivo de bebidas alcoólicas. Como resultado, foi observado uma maior prevalência de hipertensão arterial no ano de 2010 quando comparada ao ano de 2007. Como os níveis médios de tabagismo diminuíram e o consumo abusivo de álcool não sofreu alteração, foi possível inferir que a queda nos níveis de atividade física pode ter contribuído para o aumento na prevalência de HA nas capitais do país no período estudado. O objetivo do segundo estudo foi investigar os níveis pressóricos antes da realização de uma atividade física matinal por um grupo de idosos, buscando correlacionar com o uso de medicamentos anti-hipertensivos e com o mini exame do estado mental (MEEM). O estudo foi desenvolvido com 86 idosos do Programa Municipal da Terceira Idade (PMTI), na cidade de Viçosa, MG, Brasil. Foram utilizados dois questionários estruturados e medida da pressão arterial. As mulheres representaram 80,2% e não foram observadas diferenças significativas entre homens e mulheres para os parâmetros MEEM, pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD), frequência de pulso (FP) e uso de medicamentos anti-hipertensivos. Dos participantes, 40% apresentaram PAS superior a 135mmHg e 22% apresentaram PAD superior a 85mmHg antes do início das atividades físicas matinais, sem diferenças significativas entre os sexos. Cinquenta e cinco por cento das mulheres esqueceram-se de tomar o medicamento anti-hipertensivo pelo menos uma vez na última semana, porcentagem significativamente maior que os participantes do sexo masculino (18%). A maioria dos participantes utilizava regularmente dois medicamentos de classes farmacológicas diferentes. Os resultados encontrados sugeriram que a presença de um familiar ou ajudante em casa, sobretudo nos idosos com menor escore do MEEM, poderia resultar em um menor risco de eventos cardiovasculares relacionados com a prática de atividades físicas nos indivíduos estudados. Após esta segunda etapa, foi possível conhecer e observar melhor quais idosos apresentavam adesão aos seus medicamentos e mantinham suas médias pressóricas controladas para a participação na próxima etapa do estudo. Assim o objetivo da última etapa do estudo foi avaliar e comparar o efeito hipotensor através da monitorização residencial da pressão arterial (MRPA), depois de uma sessão de exercício resistido realizada por idosos hipertensos em dois horários distintos do dia. Participaram do estudo 6 mulheres (66,6%) e 3 homens (33,3%), com média de idade de 70 ± 5,22 anos e diagnóstico prévio de HAS grau 1. Os indivíduos participaram de duas sessões de treinamentos com as mesmas características, sendo uma às 8 horas da manhã de uma segunda-feira e outra às 16 horas da tarde de quarta-feira da mesma semana, compostas por exercícios resistidos, com duração média de 60 minutos, combinado por 10 minutos de aquecimento específico. A pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foi obtida por equipamento oscilométrico oito vezes ao dia. As médias obtidas nas 48 horas de MRPA para a PAS e PAD não apresentaram diferenças significativas quando foi comparado o exercício às 8:00 horas com o realizado às 16:00 horas. No entanto, foi observada uma redução significativa da PAS pelo menos em um dos momentos estudados (11:00 horas) quando a sessão de exercício foi realizada pela manhã. Este fato não ocorreu quando a sessão de exercício foi realizada à tarde. Independentemente do período de realização dos exercícios resistidos em idosos hipertensos e destreinados, a PAS apresentou diferença quando comparada ao dia sem exercício. Além disso, no que diz respeito ao controle da PA, maiores benefícios foram encontrados quando o exercício foi praticado no período da manhã.
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    Avaliação do nível de atividade física habitual e comportamento sedentário dos pacientes diabéticos com e sem neuropatia periférica atendidos pelo Centro Hiperdia Minas – Microrregião de Viçosa
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-08-31) Nascimento, Fernanda Ribeiro; Amorim, Paulo Roberto dos Santos; http://lattes.cnpq.br/9354398916092020
    O diabetes mellitus é um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que pode levar a várias complicações de saúde como a neuropatia periférica diabética. A neuropatia periférica diabética é a complicação crônica mais comum e incapacitante do diabetes, pois com a degeneração dos nervos o paciente passa a apresentar sintomas e sinais que levam a um risco aumentado para úlceras e amputações, principalmente nos membros inferiores. O manejo da neuropatia periférica diabética inclui principalmente tratamento medicamentoso, pois os efeitos da atividade física nesse público ainda são pouco explorados. O objetivo principal deste trabalho foi avaliar o nível de atividade física habitual e comportamento sedentário dos pacientes diabéticos com e sem neuropatia periférica diabética atendidos pelo Centro Hiperdia Minas – Microrregião de Viçosa. Foram avaliados 75 indivíduos divididos em três grupos de 25 indivíduos, sendo grupo neuropatia periférica diabética (NPD), grupo diabetes (D) e grupo controle (C), com idades entre 35 e 70 anos, de ambos sexos. Para avaliação do nível de atividade física habitual e comportamento sedentário foi utilizado o acelerômetro tri-axial WGT3X-BT (Actigraph, USA) na cintura por uma semana. A avaliação da neuropatia periférica diabética foi realizada por enfermeira treinada no próprio Centro Hiperdia. Foram avaliados ainda a capacidade funcional e a qualidade de vida dos indivíduos e para caracterização da amostra, medidas antropométricas de massa corporal e estatura com posterior cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). As médias de idade foram de 55,60 ± 8,47 anos, 56,56 ± 8,92 anos e 49,48 ± 7,67 anos para os grupos NPD, D e C. As médias de massa corporal foram de 80,46 ± 16,5 kg, 77,15 ± 16,29 kg e 67,62 ± 13,60 kg para os grupos NPD, D e C. As médias de estatura foram de 1,65 ± 0,11 m, 1,59 ± 0,10m e 1,64 ± 0,10m para os grupos NPD, D e C. As médias de IMC foram de 29,55 ± 6,9 kg/m 2 , 30,40 ± 7,45 kg/m 2 e 25,07 ± 3,97 kg/m 2 para os grupos NPD, D e C. Não foram verificadas diferenças significativas entre o nível de atividade física habitual dos grupos avaliados sendo encontradas médias de 299,28 ± 185,64 minutos/semana, 312,71 ± 177,68 minutos/semana e 340,53 ± 165,52 minutos/semana para os grupos NPD, D e C. Também não foram encontradas diferenças significativas no comportamento sedentário sendo encontradas médias de 682,35 ± 63,08 minutos/dia, 695,59 ± 56,98 minutos/dia e 702,85 ± 40,10 minutos/dia para os grupos NPD, D e C. Na avaliação da capacidade funcional foi verificado que o grupo C obteve melhores escores para todos os testes aplicados e que os grupos NPD e D tiveram desempenhos similares nos mesmos. Na qualidade de vida avaliada pelo “SF-36” também obtiveram os melhores escores em todos os domínios o grupo C sendo similares os valores dos grupos NPD e D para quase todos os domínios, exceto para o domínio de dor onde o grupo NPD apresentou escore pior do que os demais grupos. Na avaliação do nível de atividade física habitual do grupo neuropatia periférica diabética de acordo com o desenvolvimento da neuropatia foi verificado que aqueles pacientes sem sensibilidade protetora plantar apresentaram valores significativamente menores do que os pacientes com sensibilidade protetora plantar presente (194,89 ± 152,34 minutos/semana vs. 381,30 ± 171,18 minutos/semana) e os pacientes com maior grau de sintomas neuropáticos apresentarem menores tempos de atividade física habitual que aqueles com quadro menos grave da doença (243,87 ± 174,82 minutos/semana vs. 417,01 ± 158,12 minutos/semana), no entanto, com relação aos sinais neuropáticos não foi verificada diferença significativa no nível de atividade física habitual entre os pacientes com quadro mais grave ou menos grave (306,42 ± 188,38 minutos/semana vs. 276,65 ± 191,96 minutos/semana). Concluímos que não houveram diferenças significativas entre os grupos no que diz respeito ao nível de atividade física habitual e comportamento sedentário, porém verificamos que o grau de desenvolvimento da neuropatia pode interferir no nível de atividade física habitual desses pacientes.
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    Avaliação do estado mental de pacientes com hipertensão e diabetes atendidos pelo Centro Hiperdia de Viçosa após programa de exercícios físicos supervisionados
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-05-16) Teixeira, Robson Bonoto; Lima, Luciana Moreira; http://lattes.cnpq.br/1475381289272317
    A hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o diabetes mellitus (DM) são desordens muito comuns na atualidade, ocasionando disfunções físicas e também neuropsicológicas, como os transtornos depressivos, de ansiedade e o déficit cognitivo. Estudos relatam que a prevalência desses transtornos psicológicos são maiores em hipertensos e diabéticos do que na população em geral, e que hipertensos possuem risco de desenvolver demência vascular três vezes maior que indivíduos normotensos, aumentando para seis vezes quando a HAS está associada com o DM. Neste contexto, a prática de exercícios físicos vem sendo utilizada como instrumento fundamental para a atenuação de possíveis sintomas depressivos, ansiosos e déficit cognitivo que esses pacientes possam apresentar. O objetivo geral dessa dissertação foi verificar e analisar possíveis melhoras na saúde mental em pacientes atendidos no Centro Hiperdia de Viçosa, Minas Gerais, submetidos a um programa de exercícios físicos supervisionados composto por exercícios de características aeróbica e anaeróbica. A presente dissertação contempla três artigos distintos, sendo que os objetivos específicos foram: descrever o estado mental, quadros de declínio cognitivo, bem como quadros de depressão e ansiedade em pacientes hipertensos e diabéticos atendidos num centro de atenção secundária de uma cidade do interior de Minas Gerais, candidatos à participação em programa de treinamento físico; Analisar possíveis benefícios da prática regular de exercícios nos níveis de ansiedade, depressão e déficit cognitivo de diabéticos e hipertensos pertencentes a um programa de exercícios físicos supervisionados, além de avaliar e comparar os resultados entre programas de exercícios aeróbicos e resistidos; E verificar se a prática de exercício físico supervisionado, com duração de 12 semanas, é suficiente para impor modificações no estado cognitivo de pacientes diabéticos e hipertensos, através da utilização do Mental Test and Training System (MTTS). No primeiro estudo, avaliou-se 34 pacientes (23 mulheres e 11 homens), sendo 17 hipertensos (59 ±10 anos) e 17 diabéticos (54 ± 10 anos), onde foram aplicados os seguintes questionários: Mini Exame do Estado Mental (MEEM), Inventário de Beck para Depressão (BDI) e Ansiedade (BAI) e o Self Reporting Questionnaire (SRQ-20). Detectou-se que 82% dos hipertensos e 65% dos diabéticos apresentaram suspeição de transtorno mental, não havendo diferença entre os dois grupos (p=0,246). Já, 76% dos diabéticos e 65% dos hipertensos foram classificados com depressão de moderada a grave, enquanto que 64% dos hipertensos e 48% dos diabéticos demonstraram ansiedade de moderada a grave. Não foram encontrados quadros de déficit cognitivo. Foi evidenciada, assim, elevada porcentagem de quadros depressivos e de ansiedade na amostra estudada, reforçando a importância do diagnóstico pelo médico que o acompanha. No segundo estudo avaliou-se 17 pacientes, (55 ± 9 anos) sendo 9 hipertensos (de 57 ± 8 anos) e 8 diabéticos (53 ± 8 anos) que foram submetidos a um programa de exercícios físicos resistidos supervisionados, utizando o método circuito alternado por segmento e aeróbicos em esteira e bicicleta ergométrica, por 12 semanas, com frequência semanal de 3 dias e de intensidade moderada. Os mesmos questionários do trabalho anterior foram aplicados antes e após o período de intervenção. Observou-se queda de 61% (p=0,001) na pontuação alcançada pelo BDI, assim como queda de 53% (p=0,02) na pontuação do BAI após o período de 12 semanas de exercícios. Também registrou-se diminuição de 73% dos pacientes classificados com suspeição de transtorno mental. Não foram observadas melhoras nos níveis cognitivos através do MEEM após o período de intervenção, e não houve diferença entre os grupos de exercícios aeróbico e resistido. Foram demonstrados assim efeitos positivos nos quadros depressivos, ansiosos e de transtornos mentais não psicóticos em hipertensos e diabéticos, após um período de 12 semanas de realização de exercícios físicos supervisionados, independente da característica do exercício. O terceiro estudo foi realizado com 13 pacientes, (55 ± 12 anos) sendo 6 diabéticos (49 ± 13 anos) e 7 hipertensos, (60 ± 9 anos) onde aplicou-se testes que avaliam atenção e concentração, atenção seletiva e tempo de reação no equipamento MTTS antes e após o período de 12 semanas de realização de exercícios, por um grupo aeróbico e por outro resistido supervisionado. Os resultados demonstraram que houve melhoras significativas no teste de Atenção e Concentração, na variável "não reações incorretas" para hipertensos (p = 0,031) e diabéticos (p = 0,013), além da variável "reações corretas" (p = 0,013) e "reações incorretas" (p = 0,028) para diabéticos. Não houve diferença entre os grupos que realizaram exercícios aeróbico e resistido. O desenvolvimento do estudo permitiu concluir que apesar da alta prevalência de quadros depressivos e ansiosos nos hipertensos e diabéticos que participaram desta pesquisa, o exercício físico foi capaz de minimizar esses transtornos psiquiátricos consideravelmente após um período 12 semanas de treinamento com modalidades de exercício de característica aeróbica e resistida. Neste contexto, o protocolo de exercício sugerido foi também eficaz na melhora dos níveis de atenção e concentração dos pacientes. Conclui-se que o exercício físico supervisionado pode ser utilizado como instrumento eficaz não apenas no tratamento das comorbidades cardiometabólicas presentes em hipertensos e diabéticos, mas também nas suas prevalentes comorbidades neuropsiquiátricas.