Educação Física

URI permanente para esta coleçãohttps://locus.ufv.br/handle/123456789/187

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 2 de 2
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Avaliação mental, física e o efeito do treinamento e destreinamento em pacientes hipertensos e diabéticos do tipo 2, em situação de risco, atendidos pelo Centro Estadual de Assistência Especializada de Viçosa/MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-07-23) Teixeira, Robson Bonoto; Lima, Luciana Moreira; http://lattes.cnpq.br/1475381289272317
    Vive-se uma epidemia de doenças crônicas, dentre elas, Hipertensão Arterial (HAS) e Diabetes Mellitus do tipo 2 (DM2). Ambas podem antecipar ou maximizar desordens mentais e físicas. Assim, o exercício físico vem sendo cada vez mais utilizado para minimizar tais condições. Esta tese contempla três artigos distintos. O objetivo geral consiste em um rastreio de aspectos relacionados às condições de saúde mental e física nos pacientes com HAS e DM2, em situação de risco, atendidos no CEAE. Verificaram-se, também, possíveis alterações mentais e físicas decorrentes de um treinamento de vinte semanas com exercícios combinados, seguidos de destreinamento de mesmo período. No primeiro estudo, avaliou-se 120 pacientes hipertensos e diabéticos do tipo 2, sendo 78 mulheres com média de 60 anos e 42 homens com média de 64 anos. Com intuito de avaliar funções cognitivas, foi aplicada a Bateria Breve de Rastreio Cognitivo (BBRC) e para verificar o nível de atividade física diária, utilizou-se o pedômetro. O rastreamento do risco cardiovascular e do percentual de gordura foi feito pelas variáveis: Índice de Conicidade (IC), Relação Cintura-Estatura (RCE), Body Roundness Index (BRI) e Índice de Adiposidade Corporal (IAC). O BBRC apontou que 35% da amostra apresentaram prejuízos na fluência verbal, 18% na memória tardia e 33% no reconhecimento, sendo que as mulheres apresentaram piores resultados (p=0,025) nesta última função cognitiva. Além disso, foi encontrado alto risco cardiovascular e excesso de gordura corporal, além de alto comportamento sedentário. No segundo estudo, a mesma amostra foi avaliada. Foram utilizados o Inventário de Ansiedade de Beck (IAB), o Inventário de Depressão de Beck (IDB), o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) e para a análise da atividade física, utilizou-se o pedômetro. Consideraram-se as mesmas variáveis antropométricas do estudo anterior e o questionário de Pittsburgh (PSQI-BR) foi utilizado para qualidade do sono. Logo, constatou-se maior traço de depressão (p=0,001) e pior qualidade do sono (p=0,023) nas mulheres. Ademais, houve correlação do IDB e PSQI-BR nas mulheres (p=0,002) e do IAB em relação ao IC (p=0,008), RCE (p=0,004) e BRI (p=0,049) nos homens. O terceiro estudo caracterizou-se por ser experimental, contemplando oito pacientes com média de 61 anos. Foram realizadas vinte semanas de treinamento com exercícios combinados e, posteriormente, um destreinamento de mesmo período. Para avaliar o efeito do exercício físico nas funções cognitivas e mentais, foram utilizadas a BBRC, IDB, IAB e SRQ-20 e analisaram-se possíveis alterações nos aspectos: atividade física diária, composição corporal,risco cardiovascular, capacidade física e parâmetros bioquímicos, oriundos do treinamento e destreinamento. Como resultado, houve melhoras na memória tardia (p=0,001); melhora significativa no aprendizado (p = 0,018), desde o início até o final do destreinamento, assim como nos traços de depressão (p=0,008). Ocorreram, também, melhoras na aptidão física, mesmo após o período de destreinamento, e no HDL (p=0,009). Conclui-se, portanto, que se faz necessário dar maior atenção à saúde mental de hipertensos e diabéticos do tipo 2, em situação de descontrole metabólico, e que o treinamento com exercício físico combinado pode ser utilizado como instrumento eficaz contra comorbidades físicas e neuropsiquiátricas. Palavras-chave: Hipertensão. Diabetes. Transtornos Mentais. Exercício Físico.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Avaliação do estado mental de pacientes com hipertensão e diabetes atendidos pelo Centro Hiperdia de Viçosa após programa de exercícios físicos supervisionados
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-05-16) Teixeira, Robson Bonoto; Lima, Luciana Moreira; http://lattes.cnpq.br/1475381289272317
    A hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o diabetes mellitus (DM) são desordens muito comuns na atualidade, ocasionando disfunções físicas e também neuropsicológicas, como os transtornos depressivos, de ansiedade e o déficit cognitivo. Estudos relatam que a prevalência desses transtornos psicológicos são maiores em hipertensos e diabéticos do que na população em geral, e que hipertensos possuem risco de desenvolver demência vascular três vezes maior que indivíduos normotensos, aumentando para seis vezes quando a HAS está associada com o DM. Neste contexto, a prática de exercícios físicos vem sendo utilizada como instrumento fundamental para a atenuação de possíveis sintomas depressivos, ansiosos e déficit cognitivo que esses pacientes possam apresentar. O objetivo geral dessa dissertação foi verificar e analisar possíveis melhoras na saúde mental em pacientes atendidos no Centro Hiperdia de Viçosa, Minas Gerais, submetidos a um programa de exercícios físicos supervisionados composto por exercícios de características aeróbica e anaeróbica. A presente dissertação contempla três artigos distintos, sendo que os objetivos específicos foram: descrever o estado mental, quadros de declínio cognitivo, bem como quadros de depressão e ansiedade em pacientes hipertensos e diabéticos atendidos num centro de atenção secundária de uma cidade do interior de Minas Gerais, candidatos à participação em programa de treinamento físico; Analisar possíveis benefícios da prática regular de exercícios nos níveis de ansiedade, depressão e déficit cognitivo de diabéticos e hipertensos pertencentes a um programa de exercícios físicos supervisionados, além de avaliar e comparar os resultados entre programas de exercícios aeróbicos e resistidos; E verificar se a prática de exercício físico supervisionado, com duração de 12 semanas, é suficiente para impor modificações no estado cognitivo de pacientes diabéticos e hipertensos, através da utilização do Mental Test and Training System (MTTS). No primeiro estudo, avaliou-se 34 pacientes (23 mulheres e 11 homens), sendo 17 hipertensos (59 ±10 anos) e 17 diabéticos (54 ± 10 anos), onde foram aplicados os seguintes questionários: Mini Exame do Estado Mental (MEEM), Inventário de Beck para Depressão (BDI) e Ansiedade (BAI) e o Self Reporting Questionnaire (SRQ-20). Detectou-se que 82% dos hipertensos e 65% dos diabéticos apresentaram suspeição de transtorno mental, não havendo diferença entre os dois grupos (p=0,246). Já, 76% dos diabéticos e 65% dos hipertensos foram classificados com depressão de moderada a grave, enquanto que 64% dos hipertensos e 48% dos diabéticos demonstraram ansiedade de moderada a grave. Não foram encontrados quadros de déficit cognitivo. Foi evidenciada, assim, elevada porcentagem de quadros depressivos e de ansiedade na amostra estudada, reforçando a importância do diagnóstico pelo médico que o acompanha. No segundo estudo avaliou-se 17 pacientes, (55 ± 9 anos) sendo 9 hipertensos (de 57 ± 8 anos) e 8 diabéticos (53 ± 8 anos) que foram submetidos a um programa de exercícios físicos resistidos supervisionados, utizando o método circuito alternado por segmento e aeróbicos em esteira e bicicleta ergométrica, por 12 semanas, com frequência semanal de 3 dias e de intensidade moderada. Os mesmos questionários do trabalho anterior foram aplicados antes e após o período de intervenção. Observou-se queda de 61% (p=0,001) na pontuação alcançada pelo BDI, assim como queda de 53% (p=0,02) na pontuação do BAI após o período de 12 semanas de exercícios. Também registrou-se diminuição de 73% dos pacientes classificados com suspeição de transtorno mental. Não foram observadas melhoras nos níveis cognitivos através do MEEM após o período de intervenção, e não houve diferença entre os grupos de exercícios aeróbico e resistido. Foram demonstrados assim efeitos positivos nos quadros depressivos, ansiosos e de transtornos mentais não psicóticos em hipertensos e diabéticos, após um período de 12 semanas de realização de exercícios físicos supervisionados, independente da característica do exercício. O terceiro estudo foi realizado com 13 pacientes, (55 ± 12 anos) sendo 6 diabéticos (49 ± 13 anos) e 7 hipertensos, (60 ± 9 anos) onde aplicou-se testes que avaliam atenção e concentração, atenção seletiva e tempo de reação no equipamento MTTS antes e após o período de 12 semanas de realização de exercícios, por um grupo aeróbico e por outro resistido supervisionado. Os resultados demonstraram que houve melhoras significativas no teste de Atenção e Concentração, na variável "não reações incorretas" para hipertensos (p = 0,031) e diabéticos (p = 0,013), além da variável "reações corretas" (p = 0,013) e "reações incorretas" (p = 0,028) para diabéticos. Não houve diferença entre os grupos que realizaram exercícios aeróbico e resistido. O desenvolvimento do estudo permitiu concluir que apesar da alta prevalência de quadros depressivos e ansiosos nos hipertensos e diabéticos que participaram desta pesquisa, o exercício físico foi capaz de minimizar esses transtornos psiquiátricos consideravelmente após um período 12 semanas de treinamento com modalidades de exercício de característica aeróbica e resistida. Neste contexto, o protocolo de exercício sugerido foi também eficaz na melhora dos níveis de atenção e concentração dos pacientes. Conclui-se que o exercício físico supervisionado pode ser utilizado como instrumento eficaz não apenas no tratamento das comorbidades cardiometabólicas presentes em hipertensos e diabéticos, mas também nas suas prevalentes comorbidades neuropsiquiátricas.