Educação Física

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    Aplicação termográfica no futebol e perfil térmico de jogadores profissionais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2024-02-29) Afonso, Anderson da Silva Fernandes; Marins, João Carlos Bouzas; http://lattes.cnpq.br/2408194700720374
    INTRODUÇÃO: Diversas tecnologias vêm sendo empregadas no futebol com o intuito de potencializar a performance dos atletas, otimizar a recuperação após estímulos e auxiliar no processo de prevenção de lesões, e uma dessas principais ferramentas é a termografia infravermelha (TI). OBJETIVOS: (1) Apresentar as possibilidades e os benefícios da aplicação da termografia infravermelha no âmbito do futebol; (2) Comparar, por meio de imagens termográficas, a bilateralidade térmica das articulações do joelho na condição pré-lesão, imediatamente após uma lesão e na cirurgia, assim como ao longo da recuperação; (3) Estabelecer o perfil térmico de jogadores de futebol profissional, bem como verificar se a função tática altera esse perfil, além de propor faixas térmicas que caracterizam condições hipo ou hiperradiadas em diferentes regiões corporais de interesse (RCIs). METODOLOGIA: A dissertação foi estruturada em forma de três artigos, com abordagens metodológicas diferentes, sendo elas: no primeiro trata-se de uma revisão bibliográfica narrativa; no segundo, de um estudo de caso; e, no terceiro, de um estudo descritivo do perfil térmico em jogadores profissionais de futebol. Para realização do artigo 1 foram empregadas referências bibliográficas diversificadas na temática de termografia e futebol, em diferentes bases de dados, como Scielo e Pubmed, e referências dos artigos levantados que foram considerados relevantes para a composição do texto, de forma a compor um referencial teórico para seu emprego no futebol. O artigo 2 foi um estudo de caso de um atleta de futebol profissional que, em ambiente de treino, teve uma lesão de joelho do tipo fratura de polo inferior da patela direita, a qual foi diagnosticada por exame de imagem, havendo necessidade de intervenção cirúrgica. O monitoramento termográfico foi feito em quatro momentos: pré-lesão, pós-lesão, pré-cirurgia e pós-cirúrgico (totalizando aproximadamente 85 dias). No último artigo foi realizado um estudo com a participação de 61 atletas, todos do sexo masculino (27,6 ± 4,22 anos; 75,8 ± 7,39 kg; 179 ± 0,06 cm; 23,7 ± 1,65 IMC; 11,3 ± 0,98% G), sendo considerados atletas profissionais de futebol de linha, com 15,2 ± 4,5 anos de prática da modalidade desde as categorias de base até o profissional, disputando regularmente campeonatos estaduais e nacionais. O estudo foi realizado em duas etapas: a primeira, caracterizada como preparatória, e a segunda, para a realização da coleta das imagens termográficas. RESULTADOS: Artigo 1 – A TI no futebol pode ser empregada de diferentes formas: a) no auxílio no controle de carga física de treinamento; b) na prevenção de lesões; c) como apoio clínico na contratação de um novo atleta; d) como auxílio no monitoramento de lesões e na reabilitação de um atleta; e) como auxílio em um dos processos de recovery (crioimersão). Artigo 2 – Antes da lesão, a diferença bilateral da temperatura máxima, média e mínima entre os joelhos indicava um quadro de normalidade térmica. Após seis dias da lesão, a diferença da temperatura máxima aumentou em 1,09 °C em função da lesão. Após 11 dias de cirurgia ocorreu redução dessa diferença, caindo para 0,81°C, indicando o efeito positivo da intervenção cirúrgica e da ação medicamentosa. No entanto, após 65 dias da intervenção cirúrgica a diferença registrada era considerável, sendo de 3,57°C, o que indica uma recuperação inadequada, provavelmente com presença de inflamação, tendo em vista que o atleta não seguiu as orientações de recuperação, não oferecendo assim condições para ele voltar a treinar conforme inicialmente previsto. Artigo 3 – O tratamento estatístico revelou que os dados tiveram distribuição normal. Houve diferença significativa na temperatura da pele entre os lados direito e esquerdo na maioria das RCIs analisadas, com exceção da região corporal de interesse (RCI) Semimembranoso, além dos joelhos na visão anterior e posterior. Contudo, somente duas RCIs tiveram diferenças bilaterais médias clinicamente consideradas relevantes, por serem maiores que 0,5°C, sendo elas o Vasto Medial (VM) e o Semitendinoso (ST). CONCLUSÕES: A TI é uma ferramenta extremamente versátil que pode oferecer suporte a diferentes membros de uma comissão técnica de uma equipe de futebol. Ela pode dar suporte desde a tomada de decisão sobre a contratação ou não de um jogador, ao permitir a possibilidade de identificar lesões “ocultas” ortopédicas, bem como no seu dia a dia, auxiliando na prevenção de lesões, ou no monitoramento, caso elas ocorram, em busca de um estado de normalidade térmica. Existem indícios de que ela pode ser usada como uma forma de controle de carga de treino. As imagens térmicas auxiliaram diretamente no acompanhamento do tratamento e da evolução clínica do atleta, podendo ser uma ferramenta auxiliar importante na condição de recuperação do atleta pós-intervenção cirúrgica. Os resultados obtidos, especialmente na última avaliação, indicam que o procedimento de recuperação não foi adequado. A função tática do jogador de futebol não altera o perfil térmico de membros inferiores. Com exceção das RCIs VM e ST, as diferenças estatísticas bilaterais encontradas são inferiores a 0,5°C, indicando serem simétricos do ponto de vista clínico. Cada RCI exige um perfil térmico específico para caracterizar anormalidades térmicas consideradas hipo ou hiper-radiadas. Palavras-chave: Performance; Prevenção de lesões; Temperatura da pele; Termografia; Termorregulação.
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    Relação da temperatura da pele medida por termografia infravermelha com a gordura corporal e índice de massa corporal em adolescentes do sexo masculino
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-11-04) Reis, Hamilton Henrique Teixeira; Marins, João Carlos Bouzas; http://lattes.cnpq.br/8976181710432364
    A Termografia Infravermelha (TI) é uma tecnologia que vem sendo altamente utilizada por profissionais do corpo clínico como ferramenta auxiliar no diagnóstico de doenças e na prevenção e reabilitação de lesões através da análise da temperatura da pele (T P ). Entretanto, para que o processo de análise de uma imagem térmica seja realizado com a maior precisão e qualidade, alguns fatores precisam ser levados em consideração, como o percentual de gordura (%G) e o índice de massa corporal (IMC). Poucos estudos foram encontrados sobre essa temática, sendo realizados somente com adultos. Visando contribuir com uma melhora no processo de avaliação e ação profissional, esta tese tem por objetivo avaliar o impacto do %G e do IMC na T P de adolescentes do sexo masculino e propor tabelas de normalidade térmica para avaliações termográficas. Para atender esse objetivo a tese foi estruturada em quatro artigos: o primeiro, uma revisão narrativa, apresenta as bases fisiológicas da influência do tecido adiposo e de medidas antropométricas nos valores da T P e seu impacto na avaliação da TI. O segundo, terceiro e quarto são experimentais e avaliam a influência do IMC e do %G na T P . Para todas as análises foi utilizado o termovisor FLIR ® T420, ajustado de acordo com recomendações específicas para a coleta. Para avaliação dos termogramas foi utilizado o software ThermoHuman®, permitindo a análise de sete Regiões Corporais de Interesse (RCI): T P Global e T P média nas visões anterior e posterior do tronco, braços e membros inferiores. O segundo artigo, preliminar, avaliou um indivíduo para cada faixa de classificação de IMC proposta pela Organização Mundial de Saúde, compondo um total de 4 avaliados, todos com 16 anos e demonstrando que há uma redução progressiva nos valores da T P conforme os valores de IMC aumentam. No terceiro, foram avaliados 100 adolescentes (16,83±1,08 anos, 66,51±13,35 kg, 175,25±0,76cm), divididos em baixo peso (n=33), peso normal (n=34) e sobrepeso (n=33). A estatística ANOVA One-Way, com post hoc de Bonferroni, demonstrou que existem diferenças na T P em todas as RCI (p≤0,01) em função do IMC, correlacionando de maneira negativa (p<0,05), com ênfase para as regiões anterior (r= -0,68, p≤0,001) e posterior (r= -0,64, p≤0,001) do tronco. No quarto artigo os avaliados foram divididos em 2 grupos: 50 com obesidade (16,64±0,13 anos, 78,93±1,43kg e 175,54±1,06cm) e 50 sem obesidade (16,78±0,15 anos, 56,48±1,20kg e 174,96±1,10cm) conforme classificação de Williams et al. (1992), sendo os valores de %G estimados por avaliação com a Dual Energy X-Ray Absorptiometry. O teste T de Student demonstrou que indivíduos com obesidade tem menores valores de T P (p<0,05) e uma correlação negativa (p<0,01) para todas as RCI, com destaque para as regiões anterior e posterior de tronco, 1,28°C (p≤0,001) e 1,18°C (p≤0,001) mais baixas em indivíduos com obesidade, respectivamente. Foram elaboradas tabelas normativas, utilizando diferentes faixas de percentis para classificar o estado da T P para cada RCI de acordo com o IMC e %G. É possível concluir que o %G e o IMC influenciam nos valores da T P na população de adolescentes do sexo masculino. Palavras-chave: Termografia infravermelha. Composição corporal. Tecido adiposo. Índice de massa corporal. Adolescentes.
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    Efeito da demanda física simulada de uma partida de futebol na temperatura da pele de jovens jogadores avaliada por termografia infravermelha
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-12-14) Silva, Alisson Gomes da; Marins, João Carlos Bouzas; http://lattes.cnpq.br/9280396059700907
    O objetivo dessa tese foi analisar a capacidade da termografia infravermelha de identificar fadiga residual induzida pela demanda física simulada de uma partida de futebol. Para tal, foram desenvolvidos dois estudos. No primeiro, foi realizada uma revisão integrativa para analisar os trabalhos que investigaram o efeito da fadiga residual induzida por exercício na temperatura da pele (T P ) pós-exercício, medida por termografia. Foram identificados 1579 estudos nas bases de dados Medline/Pubmed, Science Direct, Scopus, Embase e Web of Science. Foram incluídos na revisão 22 estudos, realizados com exercícios resistidos (n=12), esportes de endurance (n=6), partida de futebol (n=2), treino pliométrico (n=1) e treinamento de potência-velocidade (n=1). Em quinze artigos (68,2%) foi reportado que o exercício causa um aumento tardio na T P , o que foi atribuído à resposta inflamatória em 10 artigos (45,5%). Porém, seis estudos (27,3%) não encontraram efeito do exercício na T P , e um encontrou uma redução de T P . Portanto, ainda não é possível determinar com bom nível de evidência científica que a termografia possa ser empregada para avaliação de fadiga residual induzida por exercício. No segundo estudo, o objetivo foi analisar a resposta da T P a diferentes volumes de demanda física simulada de uma partida de futebol e correlacionar a resposta térmica com marcadores bioquímicos e subjetivos de recuperação. Em ordem randomizada, 14 jogadores (idade: 18,0±1,2 anos; massa corporal: 68,7±4,9 kg; estatura: 175,4±6,8 cm; gordura corporal: 5,1±2,2 %; VO 2 max: 50,8±3,3 mL·kg −1 ·min −1 ) completaram 90 min e 45 min de um protocolo de demanda física simulada de uma partida de futebol. Nos momentos 24h antes (baseline) e 24h e 48h após o término das sessões, foram registradas a T P a partir de termogramas, níveis sanguíneos de creatina quinase e proteína c reativa, e a recuperação percebida pela escala de Qualidade Total de Recuperação. ANOVA two-way com post-hoc de Bonferroni mostrou que a T P aumentou 48h (vs. baseline) após o protocolo de 90 min nas 4 regiões avaliadas na coxa posterior (∆=0,3-0,4°C; p≤0,001) e em 2 de 4 regiões na coxa anterior (∆=0,3°C, p=0,013, p=0,009). Já no momento 24h após a condição de 45 min, a T P reduziu significativamente em todas as regiões da coxa (8 regiões) e não retornou ao valor basal 48 h após (em 7 regiões). Não houve alteração térmica na perna (p>0,05). Análises de correlação mostraram que a T P foi positivamente relacionada aos níveis de creatina quinase e proteína c reativa, e inversamente relacionada aos escores de qualidade total de recuperação. Portanto, a termografia identifica diferentes magnitudes de fadiga residual induzida pela demanda física simulada de partida de futebol. A simulação de uma partida de 90 min gera um aumento na T P após 48h, especialmente na região posterior de coxa, enquanto um menor volume de 45 min reduz a T P na coxa 24h e 48h após. Maiores valores de T P são relacionados ao dano muscular, inflamação e pior recuperação percebida após um protocolo de demanda física simulada de futebol. Palavras-Chave: Termografia. Temperatura Cutânea. Exercício Físico. Futebol. Fadiga.
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    O impacto do uso de uma camisa de corrida com proteção ultravioleta nos ajustes termorregulatórios em um protocolo de corrida associado à radiação solar artificial
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-12-22) Della Lucia, Emanuel Mattos; Gomes, Thales Nicolau Primola; http://lattes.cnpq.br/1567348477689708
    Introdução: Comercialmente, diversos tipos de camisas são comercializados para praticantes de esportes. Certos modelos, destacam-se por oferecerem proteção ultravioleta contra radiação solar, diminuindo a temperatura da pele dos usuários. Essa queda da temperatura é associadaa um melhor rendimento em exercícios longos. Objetivo: Analisar o impacto do uso de uma camisa com proteção ultravioleta nos ajustes termorregulatórios em um protocolo de corrida associado a radiação solar artificial. Métodos: Nove corredores de rua (Idade: 28 ± 6 anos) realizaram 4 visitas laboratoriais. A 1a visita foi destinada à caracterização da amostra, aplicação de questionários e teste máximo em esteira; na 2a visita foi feita a familiarização ao exercício e nas 3a e 4a visitas foram realizadas as sessões de 10 quilômetros em ambiente quenteassociado à radiação solar artificial (T ambiental SUV: 32,1 ± 0,7oC vs. CUV: 32,3 ± 0,0oC; umidade relativa SUV: 69,0 ± 0,0% vs. CUV: 68,0 ± 0,0%). O exercício consistiu-se de uma corrida autorregulada de 10 quilômetros. As variáveis medidas foram: temperatura gastrointestinal, através de cápsula telemétrica (T gastrointestinal oC); temperatura média da pele, por meio de sensores de temperatura (T pele oC); velocidade de exercício (km/h); conforto térmico (CT); sensação térmica (ST) e percepção subjetiva do esforço (PSE), por meio das escalas subjetivas; a frequência cardíaca, por meio de cardiofrequencímetro (FC); a gravidadeespecífica da urina por meio de refratômetro (GEU); acúmulo de calor (AC); taxa de acúmulo de calor (TAC); tempo total de exercício (min); trabalho (W); respostas de sudorese e Hazard Score. Após verificação de normalidade, os dados foram analisados através da ANOVA TwoWay de medidas repetidas, com post-hoc de Bonferroni, Teste T e Teste T pareado (Média ± DPM; α = 5%). O trabalho foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética (protocolo: 20080619.0.0000.5153). Resultados: Não houve diferença entre os grupos durante exercício autorregulado em relação à T gastrointestinal (SUV: 38,3 ± 0,3°C vs. CUV: 38,4 ± 0,4°C p>0,05), à T pele (SUV: 36,6 ± 0,5°C vs. CUV: 35,8 ± 1,6°C), à velocidade (SUV: 7,9 ± 1,7km/h vs. CUV: 7,6 ± 1,4 km/h; p>0,05), à FC (SUV: 157,1±17,9 bpm vs. CUV: 157,0±1,9bpm; p>0,05), à PSE (SUV: 16,1 ± 3,5 vs. CUV: 18,3 ± 1,5; p<0,05) à massa corporal (SUV: 73,8 ± 6,3kg vs. CUV: 73,8 ± 6,0kg; p>0,05), ao AC (ACSUV: 96,7 ± 18,2W/m 2 vs. ACCUV: 97,8 ± 22,5W/m 2 ; p>0,05) e à TAC (TACSUV: 1,4 ± 0,2W/m2/500 metros vs. TACCUV: 1,3 ± 0,5 W.m 2 /500 metros; p>0,05). Também não foram observadas diferenças entre os exercícios no que diz respeito ao CT (SUV: 3,7 ± 0,4 vs. CUV: 3,8 ± 0,3; p<0,05) e peso final da roupa (CUV: 0,58 ± 0,11kg vs. SUV: 0,57±0,12kg; p>0,05). O tempo total de exercício não apresentou diferenças entre os grupos (SUV: 74,4 ± 12,9min vs. CUV: 69,5 ± 13,9min p>0,05), assim como o trabalho total (SUV: 1337,5 ± 294,9W vs. CUV: 1369,3 ± 231,0W; p>0,05). Conclusão: A utilização de uma camisa com proteção UV não altera as respostas fisiológicas, perceptivas e de desempenho durante exercício autorregulado em ambiente quente associado à radiação solar artificial. Palavras-chave: Roupas. Termorregulação. Atividade Física.
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    Comparações nos efeitos do envelhecimento na fisiologia cardiovascular e termorregulatória em ratos Wistar, Wistar Kyoto e espontaneamente hipertensos durante o repouso e o exercício físico agudo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-12-18) Rezende, Leonardo Mateus Teixeira de; Gomes, Thales Nicolau Prímola; http://lattes.cnpq.br/6961110164025789
    Introdução: O Rato Espontaneamente Hipertenso (SHR) é um modelo experimental amplamente utilizado para o estudo da hipertensão arterial essencial. Contudo, existe um impasse na literatura quanto ao apontamento do modelo a ser utilizado como controle experimental dos SHR, sendo que os ratos Wistar Kyoto (WKY) e os ratos Wistar (WIS) são os mais utilizados. Esta tese foi dividida em quatro capítulos, em que foram realizadas caracterizações dos modelos citados quanto a parâmetros cardíacos e termorregulatórios durante o repouso e durante o exercício físico. Objetivo: avaliar os efeitos do envelhecimento sobre variáveis cardíacas e termorregulatórias durante o repouso e exercício físico agudo em Ratos Espontaneamente Hipertensos e seus principais controles experimentais, Wistar e Wistar Kyoto. Capítulo 1: foi realizada uma revisão de escopo baseada no método Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-analysis (PRISMA), com objetivo de mapear todos os estudos que realizaram qualquer tipo de comparação entre WIS, WKY e SHR. Após a aplicação dos métodos de busca e seleção, 161 artigos foram incluídos para análise, sendo que 68.4% indicaram que ambos os animais normotensos podem ser utilizados como controle dos SHR. Em 13.49% e 6.47% dos estudos, foi indicado os WIS e WKY como melhor controle, respectivamente. Capítulo 2: foram avaliados a pressão arterial por meio da pletismografia de cauda e a estrutura e forma cardíaca por meio do ecocardiograma durante o processo de envelhecimento dos animais (16 semanas, 48 semanas e 72 semanas de vida). Foi constatado que para estas variáveis os WIS representam melhor controle, uma vez que os WKY exibiram valores de pressão arterial sistólica próxima ao limiar da hipertensão (WKY: 132 – 146 mmHg; WIS: 116 – 126 mmHg; p<0.05) e perda de função cardíaca antecipada em comparação aos WIS. Capítulo 3: avaliou o ritmo circadiano da temperatura central dos animais durante o processo de envelhecimento (16 semanas, 48 semanas e 72 semanas de vida). A medida foi realizada pelo método de telemetria e análises cronobiológica foram aplicadas sobre os dados. Foi encontrado que os SHR possuem disfunções do ritmo circadiano já com 16 semanas, o que foi apontado principalmente pelo maior MESOR (SHR16: 37,49°C; WIS16: 36,50°C; WKY16: 36,44°C; p<0.05), enquanto os animais normotensos apresentaram um aumento do MESOR com o envelhecimento (WIS16: 36,50°C; WIS72: 37,38°C; WKY16: 36,44°C; WKY72: 37,38°C; p<0.05). Para estas variáveis, foi considerado que ambos os normotensos podem ser utilizados como controle, uma vez que os resultados foram semelhantes. Capítulo 4: avaliou as respostas termorregulatórias e o desempenho dos modelos experimentais durante dois protocolos de exercício físico: exercício progressivo até a fadiga e exercício moderado de intensidade constante. Foi encontrado que os SHR com 16 e com 48 semanas apresentam reduzida capacidade de dissipar calor, indicado pela menor temperatura da pele e pelo menor índice para dissipação de calor. Quanto aos animais normotensos, ambos apresentaram perda progressiva da capacidade de dissipar calor com o envelhecimento, sendo que os WIS foram mais afetados nesse sentido. Conclusão geral: a revisão de literatura apontou que ambos os animais normotensos são amplamente utilizados como controle dos SHR, sendo que a seleção do modelo deve ser realizada baseada nos objetivos da pesquisa a ser realizada. Este trabalho contribui adicionando mais elementos quanto a caracterização destes. Foi determinado que os WIS são melhor controle para estudos com foco na pressão arterial e na estrutura e função cardíaca. Quanto a trabalhos sobre termorregulação- seja em repouso ou durante o exercício físico- ambos podem ser utilizados, uma vez que os resultados foram bastante semelhantes. Palavras-chave: Termorregulação. Hipertensão. Modelos experimentais. Rato Espontaneamente Hipertenso.