Educação Física

URI permanente para esta coleçãohttps://locus.ufv.br/handle/123456789/187

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 1 de 1
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Nível de atividade física em crianças de dez anos de idade
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-03-31) Caetano, Isabella Toledo; Albuquerque, Maicon Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/6882672148403531; Amorim, Paulo Roberto dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784479Z2; http://lattes.cnpq.br/0793710547772027; Mendes, Edmar Lacerda; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4718106H2
    A prática de atividade física regular durante a infância e a adolescência tem sido recomendada para reduzir o risco de doenças crônicas e promover bem estar físico e psicológico. Existe grande dificuldade em realizar mensurações precisas dos níveis de atividade física, além de poucos métodos simples, práticos e de baixo custo para crianças e adolescentes, adequadamente validados. O principal objetivo do estudo foi avaliar a validade do recordatório de três dias de Atividade Física (3DPAR), versão brasileira, em crianças de 10 anos de idade, utilizando como medida critério a acelerometria. Secundariamente,os obejtivos foram: a) verificar o nível de atividade diária das crianças em relação às recomendações de pelo menos 60 minutos diários de atividade física de moderada a vigorosa intensidade (AFMV), b) verificar as influências do sexo, rede de ensino e turno escolar nesses comportamentos, c) analisar o comportamento sedentário dos escolares em suas atividades diárias, verificando se fatores como o sexo, rede de ensino e turno escolar influenciam nesse comportamento, d) analisar o comportamento sedentário de quem estuda nos diferentes turnos (matutino ou vespertino)em três janelas de tempo (manhã, tarde e noite).Foram selecionadas 101 crianças, sendo 46 meninos e 55 meninas, com 10 anos de idade, estudantes de escolas municipais e privadas da cidade de Viçosa, MG. Utilizaram o acelerômetro Actigraph modelo GT3X durante trêsdias consecutivos, um dia de fim de semana (domingo) e dois dias de semana (segunda e terça-feira) e no quarto dia (quarta-feira) preencheram o 3DPAR. Para a análise do nível de atividade física, o acelerômetro fornece contagem/min em cinco classificações (sedentário, leve, moderada, vigorosa e muito vigorosa). Para a validade do 3DPAR observou-se diferenças significativas (p < 0,05) para a maioria das intensidades entre o tempo em minutos do 3DPAR e do método critério na amostra total, bem como por sexo e rede de ensino. Também notou-se baixa correlação para o tempo em minutos em todas as intensidades do 3DPAR e método critério na amostra total, bem como por sexo e rede de ensino. Entretanto, para o comportamento sedentário houve correlações significativas para amostra total, sexo feminino e masculino e escola privada. Os gráficos de Bland-Altman demonstraram que na maioria das intensidades, exceto a moderada, houve uma superestimativa no tempo em minutos do 3DPAR em relação ao método critério, com todas apresentando um desvio-padrão elevado. Todas crianças atingiram as recomendações de 60 minutos em AFMV. Meninas, a escola pública e o turno matutino apresentaram maior contagem/min em relação os meninos, a escola privada e aos alunos do turno vespertino, respectivamente. Verificou-se diferenças estatisticamente significativas entre os sexos para o tempo total dos três dias (p = 0,040), entre as redes de ensino para o tempo total dos 3 dias (p = 0,000), para o tempo total nos dias de semana (p = 0,000) e para o tempo total de fim de semana (p = 0,000) e entre os turnos para o tempo total dos três dias (p = 0,010), para o tempo total dos dias de semana (p = 0,010) e para o tempo total de fim de semana (p = 0,010). O comportamento sedentário não difere significativamente entre os sexos, rede de ensino e turno escolar em relação à contagem/min diária. No entanto, quando analisado ambos os turnos separadamente, verificou-se diferença estatisticamente significativa do comportamento sedentário entre as janelas de tempo nos alunos do turno matutino F(2, 102) = 341,270, p < 0,001, η2= 2,59) e vespertino F(2, 96) = 168,65, p < 0,001, η2 = 1,87) com um tamanho de efeito alto para ambos os casos. Foi observado que os alunos do turno matutino apresentam maior comportamento sedentário (p < 0,05) no período da manhã, seguido dos períodos da tarde e noite. As crianças do turno vespertino apresentam maior comportamento sedentário (p < 0,05) no período da tarde, seguido dos períodos da manhã e noite. O conjunto dos resultados nos permite inferir que o instrumento 3DPAR não é suficientemente preciso na avaliação do nível de atividade física de crianças de 10 anos de idade, com tendência a superestimar o envolvimento das crianças nas intensidades leve, vigorosa e muito vigorosa. Todas as crianças atingiram recomendações de atividade física e foi verificado que existem diferenças nos padrões de atividade física entre os sexos, entre redes de ensino e entre os turnos escolares.O comportamento sedentário é mais pronunciado no turno em que as crianças estudam, reafirmando a premissa da marcante influência da escola nesse comportamento.Considerando que as crianças passam várias horas dos seus dias no ambiente escolar, sugere-se que as escolas criem projetos de intervenção e políticas de incentivo, com o intuito de oferecer novas oportunidades na grade curricular para reduzir os comportamentos sedentários e para potencializar os comportamentos ativos.