Educação Física
URI permanente para esta coleçãohttps://locus.ufv.br/handle/123456789/187
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Item Características individuais e indicadores de saúde mental em adolescentes de Viçosa – MG: um estudo de associações e intervenção virtual de exercícios físicos(Universidade Federal de Viçosa, 2023-03-28) Sousa, Jefferson Teixeira de; Santos, Fernanda Karina dos; http://lattes.cnpq.br/9411548292891432O objetivo geral dessa dissertação foi associar as características individuais – sexo, atividade física (AF), tempo de tela (TT), qualidade do sono (QS) e gordura corporal (GC) – com indicadores de saúde mental – sintomas de depressão (SD), ansiedade (SA) e estresse (SE) – em adolescentes da rede de ensino público de Viçosa – MG, assim como, verificar os efeitos de um programa virtual de exercícios físicos sobre a AF, TT, QS, SD, SA e SE. Trata-se de um trabalho que engloba um estudo observacional e um estudo experimental, realizados com adolescentes de ambos os sexos, com faixa etária de 15 a 18 anos. A pesquisa foi dividida em duas fases, sendo a primeira um desenho transversal e a segunda etapa um desenho experimental, onde foi realizado um programa virtual de exercícios físicos durante 8 semanas, com 3 sessões semanais e em intensidade moderada. A amostra final da primeira fase foi composta por 335 adolescentes, enquanto na segunda etapa 10 indivíduos fizeram parte do grupo intervenção (GI) e outros 10 do grupo controle (GCO). As informações sociodemográficas, AF moderada à vigorosa (AFMV), TT, QS, SD, SA e SE foram obtidas por questionários. Indicadores antropométricos como o índice de massa corporal (IMC) e da relação cintura-estatura (RCE) foram utilizados para se determinar a GC. Foram verificadas prevalências alarmantes para níveis insuficientes AFMV (66,0%), QS “ruim-distúrbio” (71,6%), IMC “excesso de peso” (14,3%), SD (48,6%), SA (38,5%) e SE (33,1%), além de valores preocupantes para os adolescentes do grupo TT acima do percentil 50, com média de 11,52±3,62 horas por dia. As análises de associação indicaram que adolescentes do sexo feminino e aqueles com QS “ruim-distúrbio” tiveram maiores chances de apresentar SD, SA e SE. Além disso, adolescentes com maior TT tiveram maior risco de apresentar SD, enquanto indivíduos “com risco” para RCE apresentaram maiores chances de manifestar SE. Por fim, a partir do estudo experimental, verificou-se que o programa virtual de exercícios físicos (EF) proposto, contribuiu significativamente para redução dos SE em adolescentes, além de gerar mudanças positivas nas frequências da QS e SA. Os resultados encontrados podem contribuir para o direcionamento de estratégias que visem amenizar condições desfavoráveis à saúde relacionadas à características individuais (níveis insuficientes de AF, TT excessivo, QS ruim e excesso de GC) e indicadores de saúde mental de adolescentes (presença de SD, SA e SE), assim como oferecer suporte para a realização de novos estudos de intervenção no meio virtual e ampliar as possibilidades das práticas de EF. Palavras-chave: Atividade física. Exercício físico. Tempo de tela. Qualidade do sono. Gordura corporal. Saúde mental. Depressão. Ansiedade. Estresse. Adolescentes.Item Comportamentos habituais de adolescentes: padrão de sono, da prática de atividade física e tempo sedentário(Universidade Federal de Viçosa, 2022-10-14) Domingues, Sabrina Fontes; Amorim, Paulo Roberto dos Santos; http://lattes.cnpq.br/2690264354909605Esta tese teve como objetivo geral avaliar o uso do tempo dos comportamentos humanos habituais (CHH) em 24 horas, além de estimar possíveis alterações no índice de massa corporal (IMC) ao realocar o tempo envolvido nesses comportamentos e analisar as possíveis associações temporais e bidirecionais entre os CHH em uma amostra de adolescentes de uma instituição de período integral no Brasil. Trata-se de um estudo transversal com estudantes, entre 15 e 18 anos, de cursos técnicos integrados ao ensino médio. Aferiu-se o peso corporal e estatura para calcular o IMC. O comportamento sedentário (CS), atividade física leve (AFL), atividade física moderada a vigorosa (AFMV), o tempo total de sono (TTS), tempo acordado após o início do sono (WASO), eficiência do sono (ES), índice de fragmentação do sono (IFS), hora de deitar na cama (HDC]) e hora de levantar da cama (HLC) foram medidos por acelerometria de 24 horas por sete dias consecutivos. O tempo de tela (TT), características demográficas e nível socioeconômico foram avaliados por meio de um questionário. As recomendações de sono, AFMV e TT foram alcançadas por 32,97%, 8,10% e 1,08% da amostra, respectivamente. Nenhum adolescente foi capaz de atingir as recomendações integradas. A análise composicional isotemporal indicou que a substituição de 75, 90 e 120 minutos de AFMV por AFL levou a um aumento significativo estimado em 0.75, 0.76 e 0.78 no zIMC, respectivamente (valor z de 0.01 a 1.49). O TTS e WASO apresentaram associação negativa com CS (β= -0.33; IC95% = -0.39;-0.26 e β= -0.08; IC95% = - 0.14;-0.02) e AFL (β= -0.17; IC95% = -0.25;-0.09 e β= -0.13; IC95% = -0.20;-0.06) de maneira bidirecional (β= -0.21; IC95% = -0.26;-0.15; β= -0.15; IC95% = -0.21;-0.09; β= -0.18; IC95% = -0.25;-0.12 e β= -0.08; IC95% = -0.15;-0.02), respectivamente. Os rapazes apresentaram associação negativa mais forte entre HLC e AFL (β= -0.36; IC95% = -0.48;-0.24) do que as moças (β= -0.18; IC95% = -0.29;-0.08). Durante a semana regular (SR), observou-se associação negativa mais forte entre CS e HDC (β= -0.20; IC95% = -0.26;-0.13), o que também ocorreu entre TTS e AFMV (β= -0.26; IC95% = -0.34;-0.19) em relação ao fim de semana (FDS) (β= -0.17; IC95% = -0.26;- 0.07 e β= -0.08; IC95% = -0.20;-0.04), respectivamente. No FDS verificou-se associação positiva mais forte entre AFL e HDC (β= 0.32; IC95% = 0.21;0.42) do que na SR (β= 0.13; IC95% = 0.06;0.21), assim como verificou-se associação negativa mais forte entre AFL e TTS (β= -0.28; IC95% = -0.40;-0.16) e entre HLC e AFL (β= - 0.40; IC95% = -0.53;-0.26) do que durante a SR (β= -0.13; IC95% = -0.21;-0.06 e β= -0.13; IC95% = -0.25;-0.01), respectivamente. A natureza composicional dos CHH em 24 horas nos mostra que o TTS e a rotina de dormir e levantar em horários adequados pode aprimorar a disponibilidade de tempo para a prática de AF. A AFL, por ser predominante nas atividades de vida diária, ser mais fácil de ser modificada, por apresentar menor barreira e esforço para ser iniciada, pode ser a via inicial para que os adolescentes reduzam o CS e atinjam as atuais recomendações diárias de 60 minutos de AFMV. Mediante isso, ressalta-se a importância da elaboração de políticas públicas que englobem o contexto escolar, familiar e social a fim de viabilizar alterações eficazes nos CHH dos adolescentes em prol de um estilo de vida mais saudável. Palavras-chave: Atividade Física. Comportamento Sedentário. Sono. Acelerometria. Adolescentes. Análise composicional de dados. Análise bidirecional.