Educação Física
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Item Análise de métodos antropométricos na determinação da obesidade e fatores de risco cardiovascular em mulheres(Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-06) Cerqueira, Matheus Santos; Marins, João Carlos Bouzas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728340H6; Amorim, Paulo Roberto dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784479Z2; Doimo, Leonice Aparecida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782616Y6; http://lattes.cnpq.br/6361335703569227; Franceschini, Sylvia do Carmo Castro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766932Z2; Franco, Frederico Souzalima Caldoncelli; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4772690D2Doenças cardiovasculares (DCV) são as principais causas de morte no mundo moderno. A prática regular de atividade física é relatada como uma forma de prevenção e tratamento dessas doenças. Apesar dos benefícios, os exercícios físicos não são acompanhados de uma avaliação dos fatores de risco cardiovasculares (FRC). A obesidade, um importante FRC, considerada uma doença de prevalência elevada e crescente, deve ser diagnosticada com precisão para ser precocemente tratada, evitando dessa forma agravos à saúde. Métodos tradicionais de avaliação do estado nutricional como o índice de massa corporal (IMC) e métodos recentes como o índice de adiposidade corporal (IAC) têm sido propostos, entretanto devem ser analisados para verificar a adequação, especialmente em grupos populacionais específicos. Desta forma, foram desenvolvidos os seguintes estudos: Estudo 1 - Objetivo: Analisar a presença de FRC em um grupo de mulheres praticantes de ginástica. Método: Foram coletados dados sobre o estado nutricional, nível de atividade física, parâmetros sanguíneos e padrão alimentar. Resultados: O estado nutricional avaliado pelo IMC, o percentual de gordura corporal mensurado pelo DXA e a circunferência abdominal mostraram elevadas prevalências de obesidade. O número médio de passos classifica as avaliadas como fisicamente ativas. Observaram-se valores inadequados para colesterol total em 58,4% das avaliadas, LDL-c em 20,8%, HDL-c em 43,8% e 29,2% para os triglicerídeos. A avaliação nutricional apresentou elevada inadequação no consumo de carboidratos e lipídeos, sobretudo de ácidos graxos saturados. Conclusão: Apesar da prática regular de exercício físico, a amostra avaliada apresentou elevada prevalência de vários FRC. A adoção de outras estratégias para promoção da saúde, aliadas à atividade física, mostra-se necessária para redução desses fatores de risco. Estudo 2 - Objetivo: Verificar a validade do IMC ≥ 30 kg/m2 para diagnóstico de obesidade e determinar os pontos de corte de maior sensibilidade e especificidade para obesidade em mulheres adultas e idosas. Métodos: Foram obtidas curvas ROC para determinar os valores de IMC com melhor relação entre sensibilidade e especificidade para o valor de critério de obesidade. O padrão ouro para determinação da gordura corporal foi a DXA. Resultados: O IMC apresentou boa correlação com a gordura corporal avaliado por DXA tanto em mulheres adultas quanto em idosas. Entretanto, o valor de IMC ≥ 30 kg/m2 apresentou baixa sensibilidade para detecção de obesidade nos dois grupos. Conclusão: O valor de IMC de 30 kg/m2 mostrou-se inadequado para diagnosticar obesidade, e os valores de 25,36 e 27,01 kg/m2 foram melhores pontos de corte para obesidade para adultas e idosas respectivamente. Estudo 3 - Objetivo: Verificar a validade do IAC para predição da gordura corporal em mulheres brasileiras. Métodos: Foi utilizada a DXA como método padrão ouro para determinação da gordura corporal. A concordância entre o percentual de gordura medido por DXA e estimado por IAC foi obtida através do coeficiente de Lin e da análise de Bland-Altman. Resultados: O coeficiente de Lin e a análise de Bland-Altman apontaram uma baixa concordância entre os métodos. Conclusão: O IAC mostrou-se inadequado para a predição da gordura corporal para mulheres brasileiras.Item Análise de métodos indiretos para avaliação da composição corporal, da prevalência de sarcopenia e fatores de risco cardiovascular e da relação entre osteopenia e mobilidade funcional de membros inferiores em mulheres não sedentárias(Universidade Federal de Viçosa, 2012-03-19) Castro, Eliane Aparecida de; Lima, Luciana Moreira; http://lattes.cnpq.br/2013048264104100; Amorim, Paulo Roberto dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784479Z2; Doimo, Leonice Aparecida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782616Y6; http://lattes.cnpq.br/5834021475772340; Gobbi, Sebastião; http://lattes.cnpq.br/5384743643617207Dentre as modificações na composição corporal decorrente do processo de envelhecimento, destacam-se a diminuição da massa livre de gordura, o aumento da gordura corporal e a redução da densidade mineral óssea. A sarcopenia corresponde à perda de massa e potência musculares ocasionadas pelo processo de envelhecimento. A manutenção de uma quantidade adequada de massa e força muscular é um fator extremamente importante nesse processo, podendo significar a independência funcional do indivíduo bem como uma menor incidência de acidentes devido à fraqueza muscular. A obesidade, caracterizada por um aumento considerável da quantidade de gordura corporal, está direta ou indiretamente relacionada a outras situações patológicas como, por exemplo, as doenças cardiovasculares. Osteopenia diz respeito à redução da massa óssea e alterações da microarquitetura do tecido ósseo, levando à diminuição da força óssea e ao maior risco de fratura, estando associada à mobilidade funcional a qual, em especial a mobilidade de membros inferiores, é extremamente importante para a capacidade de deambulação e adequada independência da pessoa idosa. Dessa forma foram propostos os seguintes estudos: Estudo 1 Objetivo: Verificar a concordância do percentual de gordura corporal (%GC) calculado através de seis equações estimativas com aquele obtido pela absorciometria por dupla emissão de raio X (DXA) em mulheres de meia-idade e idosas não sedentárias. Métodos: Amostra composta por 46 mulheres saudáveis, idade média de 65,9 ± 8,0 anos. Resultados: Apesar da alta correlação encontrada entre todas as equações e a DXA, observouse baixa concordância entre os métodos. Conclusão: Embora nenhuma das equações tenha se mostrado inteiramente confiável para estimar o %GC em mulheres de meia-idade e idosas, uma das equações pareceu ser mais vantajosa, superestimando o %GC em menor grau que as demais equações. Do ponto de vista clínico, a superestimação do %GC pode ser aceitável por implicar na adoção de hábitos de atividade física e alimentação mais saudáveis como medidas intervenientes no decréscimo de gordura corporal. Estudo 2 Objetivo: Verificar a prevalência de sarcopenia e sua associação a fatores de riscos cardiovasculares em mulheres de meia-idade e idosas não sedentárias. Métodos: A amostra foi dividida em grupo controle (GC; n = 33; 24,5 ± 2,9 anos) e grupo de estudo (GE; n = 91; 61,9 ± 8,7 anos). Foram avaliadas medidas antropométricas, parâmetros sanguíneos, composição corporal (DEXA), além da aplicação de questionários para verificação do nível de atividade física. A associação entre fatores de risco cardiovascular e sarcopenia foi verificada por modelos de regressão logística. Resultados: Sarcopenia foi definida como um desvio-padrão abaixo da média para a população jovem, considerando a soma de massa magra de membros inferiores e superiores dividida pela estatura ao quadrado, e correspondeu a 7,3 kg/m², classificando 34,1% das mulheres do GE como sarcopênicas. A prevalência do risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV) considerando baixo risco, risco moderado e alto risco foi, respectivamente, de 21%, 60% e 19%. Conclusão: Não houve relação estatisticamente significante entre sarcopenia e fatores de risco para DCV, exceto para o IMC como fator de proteção. Estudo 3 Objetivo: Verificar a relação entre a mobilidade funcional de membros inferiores e a osteopenia avaliada em dois sítios distintos (colo do fêmur direito (CF) e membros inferiores (MI)) em mulheres não sedentárias pós-menopáusicas. Métodos: Amostra dividida em grupo controle (GC; n = 33; 24,4 ± 2,9 anos) e grupo de estudo (GE; n = 28; 65,9 ± 4,9 anos). Para cada sitio adotado, o GE foi subdividido em grupo normal (GN) e grupo com osteopenia (GO). A densitometria óssea e a composição corporal foram avaliadas por meio da DEXA. Avaliação da mobilidade funcional de membros inferiores foi realizada através dos testes de sentar e levantar (SL), levantar e caminhar (LC) e caminhada 6 minutos (C6M). Resultados: Variáveis de composição corporal apresentaram diferenças significantes entre GC e GE. Houve diferença significante entre os grupos com e sem osteopenia na análise multivariada nos dois sítios analisados para algumas variáveis de composição corporal. Conclusão: Não houve diferença na mobilidade funcional de membros inferiores com e sem a presença de osteopenia, medida em dois sítios distintos, em mulheres não sedentárias pós-menopáusicas. Níveis de atividade física de intensidade moderada a vigorosa parecem contribuir na manutenção da mobilidade funcional mesmo com a diminuição da massa óssea.Item Desempenho de mulheres a partir de 55 anos submetidas a diferentes protocolos de testes abdominais(Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-09) Oliveira, Claudia Eliza Patrocinio de; Franceschini, Sylvia do Carmo Castro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766932Z2; Novo Júnior, José Marques; http://lattes.cnpq.br/9526787393322396; Doimo, Leonice Aparecida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782616Y6; http://lattes.cnpq.br/0478342082074263; Pereira, Eveline Torres; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797481T0; Silva, Nádia Souza Lima da; http://lattes.cnpq.br/1078362564906661; Juvêncio, José de Fátima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791683Z9Apesar de enfatizada a necessidade de manutenção de um bom nível de resistência abdominal relativa à saúde na população idosa, e o fortalecimento desta musculatura nos programas de ginástica voltados a esse público, as baterias de testes para avaliação da capacidade funcional destes indivíduos não englobam testes para medida de resistência abdominal. Com o propósito de avaliar a capacidade funcional do ponto de vista do desempenho físico, algumas baterias de avaliação da aptidão funcional foram desenvolvidas (American Alliance for Health, Physical Education, Recreation and Dance AAHPERD, 1990; Andreotti e Okuma, 1999; Rikli e Jones, 1999; MATSUDO, 2004; Grupo de Desenvolvimento Latino-Americano para a Maturidade - GDLAM, 2004). Embora seus testes englobem a avaliação de várias valências físicas, nenhum deles se destina exclusivamente à avaliação da força da musculatura abdominal. A literatura menciona que certos componentes da aptidão músculo-esquelética, particularmente a resistência da musculatura abdominal, possuem relação preditiva com a mortalidade na população, especialmente aquele do segmento idoso (KATZMARZYK e CRAIG, 2002). Estas são razões que justificam a realização desse trabalho, ou seja, a ênfase dada à importância da musculatura abdominal e a ausência de recomendação de testes e de subsídios para avaliação da mesma no segmento adulto e idoso, conforme literatura especializada. Soma-se a isso a necessidade de estudos descritivos e exploratórios, buscando uma visão geral, tipo aproximativa, do desempenho de mulheres adultas e idosas, submetidas a testes abdominais, engajadas em programas de atividades físicas, cujo conhecimento da realidade é pouco explorado e esclarecido. Para realização deste estudo adotou-se como conceito de força a capacidade de um músculo ou grupamento muscular em produzir uma tensão na ação de empurrar, tracionar ou elevar, sendo a força de resistência a capacidade de continuar um esforço durante o maior tempo possível e força de potência como capacidade de produzir força na menor unidade de tempo possível (TUBINO e MOREIRA, 2003). Diante do exposto, esse trabalho teve como objetivo avaliar os desempenhos e a adequabilidade de testes abdominais, aplicados em mulheres adultas e idosas, e comparar os resultados com o comportamento da freqüência cardíaca, pressão arterial, percepção subjetiva de esforço, dores osteopáticas referidas e composição corporal. Para tanto, foram realizadas quatro pesquisas, divididas em quatro capítulos. O Capítulo 1 engloba uma revisão de literatura, por meio da qual se buscou realizar os seguintes tipos de abordagens: a) anatômica, enfocando as inserções proximais e distais, bem como o aspecto funcional de cada músculo que constitui a parede abdominal; b) fisiológica, abordando a influência morfofuncional do nível de condicionamento dessa musculatura; c) motora, focalizando a capacidade motriz da ação conjunta dos músculos abdominais, bem como sua implicação na dinâmica corporal; d) biomecânica, que se concentrou nas cadeias cinéticas, angular e linear, envolvidas na mecânica abdominal; e) eletromiográfica, em especial do músculo reto abdominal, buscando-se obter melhores informações para o conhecimento do mesmo e a prescrição adequada dos exercícios abdominais, além de um levantamento sobre o controle neuromotor dos músculos abdominais em diversas tarefas. Todas as abordagens apontadas neste capítulo agregam informações importantes para o embasamento das pesquisas realizadas neste estudo e discussão dos resultados das mesmas. O Capítulo 2 descreve o estudo piloto, cujo objetivo foi avaliar cinco protocolos abdominais reportados na literatura: 1) flexão parcial do tronco e deslizamento de 7,6 cm das mãos (ROBERTSON e MAGNUSDOTTIR, 1987); 2) flexão parcial do tronco e mãos sobre as coxas (SIDNEI e JETTÉ, 1990); 3) flexão parcial do tronco e mãos nos braços (COOPER, 1992); 4) flexão parcial do tronco e mãos nos cotovelos (KNUDSON e JOHNSTON, 1995) e 5) flexão parcial do tronco deslizamento de 12 cm das mãos (SIDNEI e JETTÉ, 1990). A aplicação destes protocolos teve como objetivo verificar a sobrecarga fisiológica que cada um impunha ao organismo em termos de freqüência cardíaca, níveis de pressão arterial, percepção subjetiva de esforço e dores osteopáticas referidas na coluna vertebral durante a execução. Sob o ponto de vista cardiorrespiratório todos se mostraram seguros. Em relação ao desempenho, considerando-se como critério o número de tentativas válidas, os protocolos 3, 4 e 5 mostram-se inadequados para efeito de avaliação da força da musculatura abdominal, tanto de resistência como de potência. Somente os protocolos 1 e 2 apresentaram tentativas válidas. O Capítulo 3 objetivou avaliar o desempenho de mulheres adultas e idosas submetidas a dois protocolos abdominais, previamente testados em estudo piloto - flexão parcial do tronco e deslizamento de 7,6 cm das mãos (ROBERTSON e MAGNUSDOTTIR, 1987) e flexão parcial do tronco e mãos sobre as coxas (SIDNEI e JETTÉ, 1990), e comparar os resultados com variáveis antropométricas (IMC, RCQ, e perímetro de cintura) e flexibilidade. Os resultados demonstraram que o teste proposto por SIDNEI e JETTÉ (1990) foi o que permitiu que mais avaliadas realizassem, pelo menos, uma tentativa válida. Também evidenciaram que os parâmetros analisados não interferiram no desempenho das avaliadas frente à realização dos protocolos abdominais. O Capítulo 4, realizado com 185 mulheres, procurou avaliar a adequabilidade do protocolo de flexão parcial do tronco e mãos sobre as coxas (SIDNEI e JETTÉ, 1990), e de uma adaptação do mesmo para o público alvo da pesquisa, e comparar o resultado de ambos com parâmetros antropométricos prédeterminados. A adaptação consistiu na mudança de localização da borda superior da patela, ponto que deve ser alcançado pelas falanges distais dos dedos das mãos, em ambos os testes, para que a tentativa seja considerada válida. Concluiu-se que o teste proposto na literatura é o menos adequado para a população estudada e que os parâmetros antropométricos também parecem não interferir no desempenho, mas recomenda cautela na indicação do teste adaptado, uma vez que inúmeros fatores, não só aqueles relacionados à composição corporal, podem interferir nos resultados encontrados.