Educação Física
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Item Comportamentos ativos e sedentários durante o período de permanência na escola(Universidade Federal de Viçosa, 2012-03-27) Domingues, Sabrina Fontes; Marins, João Carlos Bouzas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728340H6; Priore, Sílvia Eloiza; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766931D6; Amorim, Paulo Roberto dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784479Z2; http://lattes.cnpq.br/2690264354909605; Farinatti, Paulo de Tarso Veras; http://lattes.cnpq.br/6076797913133653O ambiente escolar é fundamental no alcance das recomendações diárias de 60 minutos de atividades físicas moderadas a vigorosas (AFMV) para escolares, por estimular comportamentos ativos principalmente nos recreios e nas aulas de Educação Física (AEF). Identificar a contribuição do sexo, da rede de ensino e do Índice de Massa Corporal (IMC) nos comportamentos ativos e sedentários durante o período de permanência na escola, principalmente no alcance das recomendações de AFMV para este grupo etário. Avaliou-se 150 escolares (80 meninas e 70 meninos) com 10 anos de idade (5º ano do Ensino Fundamental) em Viçosa-MG. Mensurou-se a massa corporal e a estatura, além da quantidade de movimentos realizados a cada 5 segundos durante o período de permanência na escola ao longo de 5 dias consecutivos através do acelerômetro ActiGraphGT3X. Classificou-se os movimentos como sedentários (≤100contagem/min), leves (entre 101 e 2295contagem/min), moderados (entre 2296 e 4011contagem/min) e vigorosos (≥4012contagem/min). Para análise dos dados utilizou-se a estatística descritiva para os dados gerais, teste t de Student para amostras independentes a fim de avaliar eventuais diferenças entre os sexos e regressão linear para verificar a contribuição do sexo, rede de ensino e IMC, às diferentes intensidades de atividades físicas e ao tempo engajado em AFMV em diferentes momentos do período de permanência na escola. O sexo foi considerado como variável preditora da realização de atividades físicas sedentárias, moderadas, vigorosas e moderadas a vigorosas. Entretanto, a rede de ensino foi associada apenas as atividades físicas leves e o IMC as atividades leves e vigorosas. Durante o tempo ativo e sentado em sala de aula, considerou-se como preditoras do tempo de AFMV as variáveis sexo e rede de ensino. Os meninos praticaram, em média, 5,84±1,19 e 1,41±0,49 minutos a mais de AFMV no período de tempo ativo (p<0,001) e sentado em sala de aula (p<0,01), respectivamente, e os escolares da rede privada de ensino praticaram, em média, 2,62±1,33 e 1,79±0,59 minutos a mais de AFMV durante o tempo ativo (p<0,01) e sentado em sala de aula (p<0,01), respectivamente. O sexo foi determinante no tempo engajado em AFMV tanto nos recreios (p<0,001) como nas AEF (p<0,01). As contribuições as recomendações de AFMV no período de permanência na escola, nos tempos ativo e sentado em sala de aula, nos recreios e nas AEF foram de aproximadamente 10, 11, 4, 3 e 8 minutos, respectivamente. Os meninos foram mais ativos e menos sedentários que as meninas, principalmente no tempo engajado em AFMV em todos os momentos avaliados. Os alunos das escolas privadas se envolveram durante um tempo maior em atividades leves durante o período de permanência na escolar e AFMV no tempo ativo e sentado em sala de aula. Já o IMC evidenciou associação inversa com as atividades vigorosas e, direta com as leves no período de permanência na escola. As contribuições das recomendações de AFMV para crianças e adolescentes atingiram baixos índices no período de permanência na escola (16%), nos tempos ativo (18%) e sedentário (6%), e nos recreios (5%) e nas AEF (13%).Item Diabetes tipo 2: Avaliação do risco, prevenção, controle e influência do exercício físico regular(Universidade Federal de Viçosa, 2011-03-18) Moura, Bruno Pereira de; Marins, João Carlos Bouzas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728340H6; Franceschini, Sylvia do Carmo Castro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766932Z2; Amorim, Paulo Roberto dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784479Z2; http://lattes.cnpq.br/0084002564378122; Reis, Janice Sepúlveda; http://lattes.cnpq.br/6610232891794536Esta dissertação foi proposta com o objetivo principal de investigar novos métodos de avaliação do risco, prevenção e controle do diabetes tipo 2. Para alcançar este objetivo, foi necessário conduzir quatro estudos seqüenciais. O primeiro estudo objetivou-se a identificar as diferentes abordagens de treinamento físico utilizados na última década no controle do diabetes tipo 2. Para isso, realizou-se uma pesquisa no Pubmed e Science Direct por todos os estudos controlados e randomizados (RCT) de 1999 a 30 de maio de 2010. Selecionamos 17 estudos para fazer parte desta revisão. Cinco estudos com exercício aeróbicos, cinco com exercício de resistância (força) e sete com treinamentos combinados (aeróbico + resistância). Como resultado, verificou-se que o número de estudos utilizando o treinamento de resistância aumentou nesta última década, e atualmente é tão usado quanto os populares exercícios aeróbicos. Por sua vez, a maioria dos estudos analisados usaram intervenções combinando exercícios aeróbicos e de resistência. Portanto, o programa de exercício para pacientes com diabetes deve ser visto como uma forma de tratamento. No entanto, não foram estabelecidas diretrizes para a duração do programa, pois este deve-se tornar parte das tarefas diárias habituais, e assumida como um novo estilo de vida para um controle glicêmico a longo prazo. O segundo estudo teve como objetivo validar uma ferramenta auto-aplicável para identificar indivíduos brasileiros com intolerância a glicose (IGT). O Finnish Diabetes Risk Score (FINDRISC) foi aplicado em 829 pessoas com idades ≥ 40 anos sem diagnóstico prévio de diabetes, entre novembro de 2009 e abril de 2010 na cidade de Viçosa, MG. Selecionamos randomicamente 300 sujeitos do levantamento incial, os quais foram convidados para comparecerem ao Laboratório de Perfomance Humana na Universidade Federal de Viçosa para a coleta de uma amostra de sangue para identificar os níveis de hemoglobina glicada (A1C). Dos 300 sujeitos convidados, 162 compareceram para compor a amostra final do estudo de validação. O score de risco foi avaliado pela área abaixo da curva ROC (AUC). Como resultado, verificou-se que a prevalência de IGT e diabetes de acordo com os níveis de A1C foram 21,6% e 8,6% respectivamente. Os valores do score de risco variaram de 1 a 25. A AUC considerando os valores de A1C ≥ 6,0% foi 0,69 (95% CI 0,61 0,76). O score de risco 9 teve sensibilidade de 75,51%, especificidade de 49,56%, valor preditivo positivo (VPP) de 39,4% e valor preditivo negativo (VPN) de 82,4%. Portanto, o FINDRISC demonstrou ser uma ferramenta adequada para identificar indivíduos brasileiros com IGT, os quais possuem elevado risco para desenvolver o diabetes tipo 2. O terceiro estudo foi proposto para avaliar a eficácia da frutosamina na avaliação do perfil glicêmico em pacientes com diabetes tipo 2 submetidos a um programa de exercício físico de oito semanas de duração. Oito voluntários (51,1 ± 8,2 anos) foram submetidos a um programa de exercício físico supervisionado durante oito semanas (três vezes por semana a 50 a 60 % do V· O2máx por 30 a 60 minutos). Avaliou-se a composição corporal, V· O2máx, A1C, GPJ, frutosamina e glicemia capilar (GC). Diferenças estatísticas foram encontradas nas concentrações da frutosamina, no V· O2máx e na GC. No entanto, a A1C e GPJ não apresentaram diferença estatística. A frutosamina apresentou uma diminuição de 15% (57 μmol/L) entre o início e o final do estudo, o V· O2máx aumentou 14,8% (3,8 ml.kg.min-1) e a GC diminuiu em média 34,4% (69,3 mg/dL). Portanto, a frutosamina é eficaz na avaliação das alterações glicêmicas em pacientes com diabetes tipo 2 submetidos a um programa de exercício físico de curta duração, alternativamente às tradicionais medidas de A1C e GPJ. O quarto estudo teve como objetivo investigar os efeitos compensatórios do exercício aeróbico sobre os níveis habituais de atividade física em pacientes com diabetes tipo 2. Este estudo teve duração de doze semanas e foi realizado com oito voluntários (51,1 ± 8,2 anos), os quais foram submetidos a um programa de exercício físico supervisionado durante oito semanas (3x/semana a 50 a 60 % do V· O2máx por 30 a 60 minutos). Medidas da atividade física habitual com acelerômetros triaxial foram realizadas nas semanas 1, 5 e 10 do estudo. Avaliou-se também a composição corporal, V· O2máx, hemoglobina glicada (A1C), glicemia plasmática em jejum (GPJ) e frutosamina nas semanas 1 e 10 do estudo. A análise estatística foi realizada por testes não paramétricos (Friedman e Wilcoxon) com p < 0,05. A quantidade e a intensidade da atividade física habitual não apresentaram diferenças estatísticas entre os períodos analisados. Contudo, o programa de exercício gerou um aumento significativo de 14,8% (3,8 ml.kg.min-1) no V· O2máx e diminuição de 15% (57 μmol/L) nos níveis de frutosamina. Portanto, o programa de exercício não provocou efeitos compensatórios sobre a atividade física habitual total dos avaliados, assim como sobre os níveis de intensidade das atividades físicas entre os períodos do estudo analisados, com benefícios na aptidão cardiorrespiratória e no perfil glicêmico dos pacientes.Item Efeitos da caminhada sobre o balanço energético em mulheres obesas(Universidade Federal de Viçosa, 2012-03-27) Silva, Rafael Pacheco; Franceschini, Sylvia do Carmo Castro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766932Z2; Marins, João Carlos Bouzas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728340H6; Amorim, Paulo Roberto dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784479Z2; http://lattes.cnpq.br/4105621044665042; Farinatti, Paulo de Tarso Veras; http://lattes.cnpq.br/6076797913133653Esta dissertação foi proposta com o objetivo principal de verificar os efeitos da caminhada sobre o balanço energético em mulheres obesas e, para isso, foram conduzidos uma revisão de literatura e 2 artigos originais sequenciais. Na revisão, verificou-se que a obesidade tem crescido de forma epidêmica em todo o mundo, tanto em adultos como em adolescentes e tem sido apontada como um fator independente para o risco de desenvolvimento de doenças de ordem cardiometabólica, além de estar associada a outros fatores de riscos, tais como as dislipidemias, o diabetes mellitus e a hipertensão arterial. Vários são os métodos de diagnóstico da obesidade, variando o seu custo operacional e possibilidades de aplicação em pesquisas epidemiológicas. Nos últimos anos, o foco da pesquisa sobre o excesso de peso corporal tem sido a distribuição da gordura e sua relação com os mecanismos inflamatórios, que são mediados principalmente pelas concentrações de proteína C-reativa (CRP), leptina e de citocinas, tais como o fator de necrose tumoral α (TNF-α), a interleucina-6 (IL-6), a adiponectina e o inibidor do ativador de plasminogênio-1(PAI-1). As estratégias de prevenção e tratamento adotadas têm buscado, além das técnicas comumente usadas, acompanhar em todo o tempo a aderência ao tratamento, evitando possíveis respostas compensatórias e o re-ganho de peso após programas de reeducação alimentar e intervenções com atividades físicas. Mulheres obesas optam pela caminhada em um ritmo mais confortável e com menor gasto de energia. Assim, o objetivo do artigo original 1 foi comparar o custo energético por distância em diferentes velocidades de caminhada. 13 mulheres obesas (IMC= 33,82 ± 2,95 kg/m2) e sedentárias foram voluntárias no estudo. Para determinar o custo energético por distância (m/min), foram medidas as trocas respiratórias em um protocolo de esteira que consistia em 5 estágios de 4 minutos, com 4 minutos de repouso, com velocidades crescentes (3,0, 4,0, 5,0, 6,0 km/h e a velocidade de caminhada auto-selecionada-VCAS). A VCAS foi calculada através da média do tempo para percorrer uma pista de 50 metros de comprimento. O gasto energético por distância foi definido como: (economia grossa = VO2 [ml/kg.min] dividido pela velocidade [m/min]). O VO2 e a FC aumentaram conforme ocorriam os aumentos da velocidade na esteira. A VCAS média obtida pelas voluntárias foi de 4,8 km/h. A velocidade de 3,0 km/h apresentou maior valor de economia grossa em relação a 4,0, 5,0, VCAS e 6,0 km/h [0,089, contra 0,076, 0,073, 0,074 e 0,078 (ml/kg.m)]. Concluiu-se que A VCAS é a que representa o menor custo de energia por distância, entre cinco velocidades diferentes, em mulheres obesas e sedentárias. Além disso, verificou-se que 3,0 km/h representam a velocidade que promove o maior gasto de energia por distância percorrida. A ineficácia de programas de exercícios em promover emagrecimento tem sido questionada, contudo a análise das variáveis relativas à atividade física habitual (AFH) e a ingestão alimentar são componentes não considerados em diversos estudos foi o objeto de estudo do artigo original 2. Assim, o objetivo foi investigar as respostas compensatórias sobre o balanço energético e composição corporal de mulheres obesas. Oito mulheres obesas se submeteram a um programa de caminhadas durante 8 semanas (4 supervisionadas e 4 não supervisionadas). Nas fases pré-intervenção (PRÉ), após 4 semanas (4S) e ao final das 8 semanas de intervenção (PÓS), a AFH foi monitorada por 7 dias com o acelerômetro ActiGraphGT3X e a ingestão alimentar foi verificada por um registro de 3 dias. Foram realizadas antropometria e percentual de gordura, medido por bioimpedância tetrapolar. Em PRÉ e PÓS, foram estimados o consumo de oxigênio (VO2max), por calorimetria indireta, além de glicose, colesterol total e frações, e triglicerídeos. ANOVA com post hoc de Tukey foi realizada para variáveis medidas em PRÉ, 4S e PÓS, teste t pareado para variáveis medidas em PRÉ e PÓS. Não foram verificadas diferenças na composição corporal. Sete mulheres aumentaram a ingestão calórica após 4S. Na comparação das diferenças entre os períodos (Δ), foram encontradas diferenças entre Δ4S-PRÉ (253 kcal/dia) x ΔPÓS-4S(-42 kcal/dia)(p=0,014) e em ΔPÓS-PRÉ(211 kcal/dia) x ΔPÓS-4S(-42 kcal/dia)(p=0,033). A ingestão calórica média por semana em PRÉ, 4S e PÓS foi 9620,33 ± 2368,70, 11394,39 ± 2004,59, e 11097,91 ± 1477,53, respectivamente. Na AFH, houve diferenças entre PRE e PÓS em relação à 4S (274423 ± 126044, 224352 ± 78669 e 283437 ± 120909 contagens, respectivamente), bem como aumento significativo do VO2max (21,13 ± 3,58 e 24,40 ± 3,22 ml.O2.kg-1.min-1) e redução do LDL (147,00 ± 24,01 e 130,45 ± 20,81 mg.dL-1). Concluiu-se que, apesar dos benefícios à saúde e aptidão física, o programa de caminhadas realizado nesse estudo não contribuiu para alterações significativas na composição corporal nas mulheres obesas, devido às respostas compensatórias relacionadas ao aumento da ingestão alimentar e diminuição da atividade física habitual.Item Gasto energético e intensidade das atividades físicas dos jogos ativos de vídeo games em crianças e adolescentes(Universidade Federal de Viçosa, 2013-04-11) Canabrava, Karina Lúcia Ribeiro; Amorim, Paulo Roberto dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784479Z2; http://lattes.cnpq.br/7911802817544458; Guedes, Dartagnan Pinto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795731Z9; Lima, Jorge Roberto Perrout; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784143P6A obesidade infantil tem sido associada ao estilo de vida inativo, caracterizado pela ausência de atividades físicas e prevalência de atividades sedentárias, tais como o hábito de assistir TV e uso de vídeo game. Embora o exercício físico forneça um gasto energético adicional, ele compete com o valor do entretenimento dos jogos de mídia, considerada a atividade de lazer preferida entre crianças com idade escolar. Vários estudos têm demonstrado que uma nova geração de vídeo game, os exergames ou vídeo games ativos , em função dos movimentos corporais realizados, são capazes de reduzir o comportamento sedentário e aumentar o nível de atividade física. O objetivo do presente estudo foi avaliar o hábito de uso de vídeo game e quantificar o gasto energético e a intensidade das atividades físicas proporcionadas pelo vídeo game ativo em crianças e adolescentes. Foram avaliados 3626 escolares (1815 meninas, 1738 meninos, 73 não informado) do 5º ao 9º ano (12.7 ±5.7 anos) de 19 escolas do município de Viçosa através de questionário simples, com respostas objetivas e informativas sobre a posse de vídeo game, quantidades, modelos, e tempo de uso diário ou semanal. Para quantificar o gasto energético e atividade física durante os jogos ativos, 72 voluntários (36 meninas e 36 meninos) com idade entre 8 e 13 anos (10.5 ±1.7 anos) foram avaliados durante o repouso; caminhada na esteira nas velocidades de 3, 4, e 5 km/h; e durante os jogos de Aventura, Boxe, e Dança do vídeo game ativo XBOX 360 Kinect. O Consumo de Oxigênio (VO2), Gasto energético (GE), Equivalentes Metabólicos (METs), Frequência Cardíaca (FC), Acelerometria no pulso, quadril e tornozelo, Percepção de Esforço e Diversão foram avaliados em todas as situações. Os voluntários também foram avaliados em relação aos parâmetros antropométricos, composição corporal, e nível econômico. Os resultados são apresentados através da média e desviopadrão, e para alguns casos, frequência absoluta e relativa. Análise de variância de medidas repetidas foi utilizada para comparar o VO2, GE, METs, FC e acelerometria entre as atividades. Interações com o nível econômico, idade, sexo, IMC e percentual de gordura corporal foram avaliados. Análise de variância foi utilizada para comparar a acelerometria no pulso, quadril e tornozelo em cada atividade. O nível de significância foi estabelecido em p<0,05. Dos escolares entrevistados, 78% relataram jogar vídeo game, e ainda, mais da metade (50,2%) possuem pelo menos um vídeo game em casa, sendo que esses percentuais são mais elevados para meninos. Dos escolares que relataram jogar vídeo game, 57,4% jogam em uma freqüência diária, e destes 67% jogam pelo menos 60 minutos diários. Quando comparado ao repouso, os jogos ativos elevam substancialmente o VO2, GE, METs e FC. O VO2, METs e GE dos jogos ativos são semelhantes à caminhada na esteira na velocidade de 5 km/h, e superiores às velocidades de 3 e 4 km/h em função do sexo, idade e índice de massa corporal. Dentre os jogos, a modalidade de Aventura parece fornecer GE mais elevado. Em relação à FC, a caminhada nas velocidades de 3, 4, e 5 km/h são inferiores ou semelhantes aos jogos ativos em função da idade e composição corporal. A FC no jogo de Aventura foi superior a caminhada em todas as velocidades. Através da FC, todos os jogos correspondem à intensidade moderada ou vigorosa . Os jogos foram classificados em intensidade moderada a vigorosa também através da acelerometria. O jogo de Aventura apresenta maior valor de contagem/min. A utilização de acelerômetros no pulso, no entanto, pode superestimar a intensidade das atividades. Devido ao elevado tempo gasto com vídeo game sedentário pela maioria dos escolares, mudanças de comportamento devem ser incentivadas. Recomendamos que crianças que jogam vídeo games devem ser incentivadas a jogar vídeo game ativo ao invés dos vídeo games tradicionais, como o objetivo de reduzir o comportamento sedentário, aumentar o gasto energético, e prover atividade física de intensidade leve à moderada. No entanto, a participação nessas atividades virtuais não deve substituir, mas complementar as atividades físicas habituais de crianças e adolescente.Item Impacto da atividade física habitual sobre os componentes da Síndrome Metabólica em adolescentes(Universidade Federal de Viçosa, 2014-03-31) Faria, Ricardo Campos de; Marins, João Carlos Bouzas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728340H6; Amorim, Paulo Roberto dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784479Z2; http://lattes.cnpq.br/6869713127039729; Andaki, Alynne Christian Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/2055193932036828O constante aumento na prevalência de obesidade e hipertensão entre crianças e adolescentes tem favorecido o surgimento da Síndrome Metabólica (SM) neste grupo populacional. O comportamento sedentário e o baixo nível de atividade física têm sido associados a doenças cardiovasculares e SM. A escola é um local privilegiado para promover o aumento da prática de atividade física, especialmente por meio de atividades esportivas recreativas. O objetivo do presente estudo foi avaliar o impacto de um programa de atividades esportivas sobre o perfil metabólico em adolescentes. Avaliou-se amostras de sangue, pressão arterial, massa corporal, estatura, índice de massa corporal (IMC), circunferência de cintura, percentual de gordura corporal, questionário de frequência de consumo alimentar e tempo diário em atividade física moderada a vigorosa (AFMV) de 92 adolescentes do sexo masculino com idade entre 14 e 18 anos (16,07 ±0,93). Dessa amostra inicial 36 (39,1%) revelaram diagnóstico positivo para Pré ou SM. Dentre os 36 adolescentes com diagnostico positivo, 25 completaram a segunda etapa, os quais estavam divididos em grupo controle (n=13) e grupo intervenção (n=12) que participaram de um programa de atividades esportivas recreativas com duração de 14 semanas. A análise dos dados foi realizada por meio de estatística descritiva, regressão linear, teste t Student, teste t pareado ou seus respectivos correspondentes não paramétricos quando necessário. Os resultados revelaram a circunferência de cintura no ponto de menor circunferência como bom preditor de alterações metabólicas e promissor substituto ao IMC. A comparação pré e pós- programa esportivo mostrou redução no colesterol total, lipoproteína de baixa densidade (LDL-c) e Não-HDL, aumento na lipoproteína de alta densidade (HDL-c) e tempo de AFMV no grupo intervenção. O grupo controle após 14 semanas reduziu o comportamento sedentário (CS), triglicerídeos, LDL-c e Não-HDL, e aumentou o HDL- c. O FCA não apresentou alteração entre os períodos avaliados. As atividades esportivas contribuíram com 42% da recomendação diária de AFMV. Os componentes antropométricos não apresentaram alteração após 14 semanas de atividades esportivas. Em conclusão este estudo revela que as atividades esportivas recreativas impactaram de forma positiva no perfil lipídico e contribuíram para elevar o tempo gasto em AFMV. A redução no CS também promoveu melhora nos parâmetros metabólicos e deve ser estimulada como parte de um estilo de vida saudável. Novos estudos com maior tempo de intervenção devem ser realizados, no intuito de obter maiores efeitos sobre os parâmetros antropométricos relacionados ao risco cardiovascular.Item Nível de atividade física em crianças de dez anos de idade(Universidade Federal de Viçosa, 2014-03-31) Caetano, Isabella Toledo; Albuquerque, Maicon Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/6882672148403531; Amorim, Paulo Roberto dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784479Z2; http://lattes.cnpq.br/0793710547772027; Mendes, Edmar Lacerda; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4718106H2A prática de atividade física regular durante a infância e a adolescência tem sido recomendada para reduzir o risco de doenças crônicas e promover bem estar físico e psicológico. Existe grande dificuldade em realizar mensurações precisas dos níveis de atividade física, além de poucos métodos simples, práticos e de baixo custo para crianças e adolescentes, adequadamente validados. O principal objetivo do estudo foi avaliar a validade do recordatório de três dias de Atividade Física (3DPAR), versão brasileira, em crianças de 10 anos de idade, utilizando como medida critério a acelerometria. Secundariamente,os obejtivos foram: a) verificar o nível de atividade diária das crianças em relação às recomendações de pelo menos 60 minutos diários de atividade física de moderada a vigorosa intensidade (AFMV), b) verificar as influências do sexo, rede de ensino e turno escolar nesses comportamentos, c) analisar o comportamento sedentário dos escolares em suas atividades diárias, verificando se fatores como o sexo, rede de ensino e turno escolar influenciam nesse comportamento, d) analisar o comportamento sedentário de quem estuda nos diferentes turnos (matutino ou vespertino)em três janelas de tempo (manhã, tarde e noite).Foram selecionadas 101 crianças, sendo 46 meninos e 55 meninas, com 10 anos de idade, estudantes de escolas municipais e privadas da cidade de Viçosa, MG. Utilizaram o acelerômetro Actigraph modelo GT3X durante trêsdias consecutivos, um dia de fim de semana (domingo) e dois dias de semana (segunda e terça-feira) e no quarto dia (quarta-feira) preencheram o 3DPAR. Para a análise do nível de atividade física, o acelerômetro fornece contagem/min em cinco classificações (sedentário, leve, moderada, vigorosa e muito vigorosa). Para a validade do 3DPAR observou-se diferenças significativas (p < 0,05) para a maioria das intensidades entre o tempo em minutos do 3DPAR e do método critério na amostra total, bem como por sexo e rede de ensino. Também notou-se baixa correlação para o tempo em minutos em todas as intensidades do 3DPAR e método critério na amostra total, bem como por sexo e rede de ensino. Entretanto, para o comportamento sedentário houve correlações significativas para amostra total, sexo feminino e masculino e escola privada. Os gráficos de Bland-Altman demonstraram que na maioria das intensidades, exceto a moderada, houve uma superestimativa no tempo em minutos do 3DPAR em relação ao método critério, com todas apresentando um desvio-padrão elevado. Todas crianças atingiram as recomendações de 60 minutos em AFMV. Meninas, a escola pública e o turno matutino apresentaram maior contagem/min em relação os meninos, a escola privada e aos alunos do turno vespertino, respectivamente. Verificou-se diferenças estatisticamente significativas entre os sexos para o tempo total dos três dias (p = 0,040), entre as redes de ensino para o tempo total dos 3 dias (p = 0,000), para o tempo total nos dias de semana (p = 0,000) e para o tempo total de fim de semana (p = 0,000) e entre os turnos para o tempo total dos três dias (p = 0,010), para o tempo total dos dias de semana (p = 0,010) e para o tempo total de fim de semana (p = 0,010). O comportamento sedentário não difere significativamente entre os sexos, rede de ensino e turno escolar em relação à contagem/min diária. No entanto, quando analisado ambos os turnos separadamente, verificou-se diferença estatisticamente significativa do comportamento sedentário entre as janelas de tempo nos alunos do turno matutino F(2, 102) = 341,270, p < 0,001, η2= 2,59) e vespertino F(2, 96) = 168,65, p < 0,001, η2 = 1,87) com um tamanho de efeito alto para ambos os casos. Foi observado que os alunos do turno matutino apresentam maior comportamento sedentário (p < 0,05) no período da manhã, seguido dos períodos da tarde e noite. As crianças do turno vespertino apresentam maior comportamento sedentário (p < 0,05) no período da tarde, seguido dos períodos da manhã e noite. O conjunto dos resultados nos permite inferir que o instrumento 3DPAR não é suficientemente preciso na avaliação do nível de atividade física de crianças de 10 anos de idade, com tendência a superestimar o envolvimento das crianças nas intensidades leve, vigorosa e muito vigorosa. Todas as crianças atingiram recomendações de atividade física e foi verificado que existem diferenças nos padrões de atividade física entre os sexos, entre redes de ensino e entre os turnos escolares.O comportamento sedentário é mais pronunciado no turno em que as crianças estudam, reafirmando a premissa da marcante influência da escola nesse comportamento.Considerando que as crianças passam várias horas dos seus dias no ambiente escolar, sugere-se que as escolas criem projetos de intervenção e políticas de incentivo, com o intuito de oferecer novas oportunidades na grade curricular para reduzir os comportamentos sedentários e para potencializar os comportamentos ativos.Item Validade, variabilidade, reprodutibilidade e precisão do pedômetro Power Walker® na contagem de passos em ampla faixa etária(Universidade Federal de Viçosa, 2013-04-11) Faria, Fernanda Rocha de; Amorim, Paulo Roberto dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784479Z2; http://lattes.cnpq.br/4548761223935649; Guedes, Dartagnan Pinto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795731Z9; Marins, João Carlos Bouzas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728340H6Pedômetros são equipamentos especializados na contagem de passos e consistem em um método atrativo por fornecer medida objetiva da atividade física (AF) com baixo custo e fácil manuseio. Entretanto, alguns pedômetros, tais como o Power Walker® - 610 (Yamax, Japão) (PW) requerem ainda validação por critério científico. Objetivou-se verificar a validade, variabilidade, reprodutibilidade e precisão do pedômetro PW na contagem do número de passos durante situações laboratoriais e de cotidiano envolvendo uma ampla faixa etária. A amostra total do estudo foi composta por 292 voluntários, a saber: 150 indivíduos (47,5 ± 20,4 anos), sendo o Grupo 1 (G1) constituído por 50 indivíduos na faixa etária entre 18 e 30 anos, Grupo 2 (G2) composto por 50 participantes com idade entre 50 a 64 anos, e Grupo 3 (G3) formado por 50 integrantes na faixa etária entre 65 e 70 anos submetidos a teste de pista de 200 m em velocidade autosselecionada; 50 adultos jovens (21,6 ± 2,1 anos), os quais realizaram caminhada em esteira rolante, nas velocidades de 33, 50, 67 e 83 m.min-1, com duração de 2 minutos cada estágio; 40 voluntários com idade entre 40 e 59 anos (49,9 ± 5,5 anos), os quais foram instruídos a utilizarem o pedômetro por oito dias consecutivos, o maior número de horas possível, mantendo sua rotina de atividade diária inalterada; e por fim, 52 crianças, na faixa etária de 8 a 13 anos, submetidas a teste em pista de 400 m em velocidade autosselecionada e caminhada em esteira em velocidades de 50, 67 e 83 m.min-1. Em todos os testes o posicionamento do pedômetro PW foi padronizada ao lado direito do corpo e esteve de acordo com as recomendações do fabricante. Durante os testes de pista de 200 e 400 m, e os protocolos desenvolvidos em esteira, a medida critério utilizada para a contagem de passos foi a observação direta (OD) dos passos, realizada por dois observadores previamente treinados. No protocolo desenvolvido em cotidiano, a medida critério utilizada foi o pedômetro Digi-Walker® SW-200 (Yamax, Japão) (DW). Os resultados do teste de 200 m em pista com 150 participantes apontam que o PW superestimou em + 2.9 passos para amostra total. Foram encontrados elevados valores do coeficiente de correlação intraclasse (CCI) para G1 (,96), G2 (,95) e G3 (,96). O coeficiente de variabilidade (CV) apresentou valores de 10,9; 7,1 e 12,2% nos grupos G1, G2 e G3, respectivamente. O teste em esteira com 50 adultos jovens x encontrou diferenças significativas entre as contagens de passos realizadas pelo pedômetro PW e pela OD nas velocidades 33 e 83 m.min-1 (p < 0,05), nas quais o pedômetro subestimou em - 23 e superestimou em + 13 passos a contagem real, respectivamente. Melhor resultado foi encontrado para velocidade de 67 m.min-1, com superestimação média de + 2 passos e variação entre + 19 e - 23 passos. CCI apresentou valores de baixa magnitude nas velocidades equivalentes a 33, 50 e 83 m.min-1 de 0,35; 0,35 e 0,48, respectivamente, tendo seu valor mais elevado a 67 m.min-1 (0,83), e o CV alcançou menor valor a 67 m.min-1 (0,06). O protocolo em condições de cotidiano apontou diferenças significativas entre a contagem de passos registrada por ambos os pedômetros PW e DW na maioria dos dias da semana. A média semanal da contagem de passos produzida pelo PW (11.554 ± 6.839 passos) foi estatisticamente maior em comparação com o DW (9.881 ± 5.585 passos). Considerando a média de sete dias, o PW superestimou em + 1.673 passos a contagem do DW. Foram encontrados elevados valores de CCI para todos os dias de coleta, com variação entre 0,778 (IC95%: 0,568 0,886) e 0,919 (IC95%: 0,840 0,958). Ambos os pedômetros apresentaram elevados valores de CV, provavelmente devido à considerável variabilidade do cotidiano das atividades individuais. Nos testes com amostra infantil, não se verificou diferenças significativas entre as contagens de passos produzidas entre PW e OD durante caminha de 400 m e testes em esteira. Encontrou-se diferença significativa entre as contagens de passos produzidas pelo DW em relação à OD e PW durante a velocidade de caminhada de 50 m.min-1 (p = 0,01). Os valores de CCI mantiveram-se elevados para ambos os pedômetros durante os testes e o CV do PW apresentou-se estável. Em conjunto os resultados concluem que o pedômetro PW apresenta-se como ferramenta válida, precisa e com elevada reprodutibilidade para a contagem de passos em ampla faixa etária. Sua eficácia pode ser comprometida em baixa velocidade de caminhada como 33 m.min-1, entretanto, tal velocidade pode não ser usual durante o cotidiano da população. São sugeridos novos estudos em condições de cotidiano, em faixas etárias diferentes da aqui realizada, bem como com protocolos diferentes de avaliação, para uma mais adequada generalização dos resultados.