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    Trilhas afetam comunidades arbóreas florestais? Dois levantamentos na Floresta Atlântica do sudeste brasileiro
    (Hoehnea, 2009-04) Eisenlohr, Pedro Vasconcellos; Melo, Maria Margarida da Rocha Fiuza de; Silva, Adriano Valentin da
    As trilhas podem influenciar a composição e a estrutura de comunidades vegetais, por causar modificações abióticas em seu local de ocorrência e proximidades. Buscando compreender o comportamento florístico e estrutural da vegetação em relação a trilhas, foram realizados dois levantamentos na Floresta Atlântica do sudeste brasileiro, no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP, e na Mata da Biologia, Viçosa, MG, utilizando critérios de inclusão e áreas amostrais idênticos. Na análise de dados, optou-se pela ANOVA e teste qui-quadrado. Houve variação na densidade e no número de indivíduos mortos em pé em ambos os levantamentos, com maiores valores na borda da trilha. Ambos os fragmentos não apresentaram relação entre distribuição de indivíduos por síndrome de dispersão e distância da trilha. Verificou-se que as trilhas exercem interferência sobre a vegetação arbórea em ambos os fragmentos e, assim, sugere-se que programas de restauração florestal passem a considerar as trilhas como fonte potencial de impacto.
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    Influência da cobertura e do solo na composição florística do sub-bosque em uma floresta estacional semidecidual em Viçosa, MG, Brasil
    (Acta Botanica Brasilica, 2005-07) Meira-Neto, João Augusto Alves; Martins, Fernando Roberto; Souza, Agostinho Lopes de
    A relação ecológica planta-luz tem sido estudada desde o início do século XX. As análises da relação da luminosidade ao nível das comunidades florestais têm se valido de medições indiretas por meio de índices de cobertura, mas sem a aplicação da fotogrametria para estimar essa cobertura. Este trabalho foi idealizado para utilizar fotogrametria do dossel, tornando-a aplicável ao estudo da luminosidade no sub-bosque herbáceo-arbustivo. Teve como objetivos estabelecer a relação existente entre espécies do estrato herbáceo-arbustivo e a cobertura do dossel e averiguar a existência de correlações entre espécies, luminosidade e variáveis pedológicas. Para tanto, foram tiradas fotografias em preto e branco nos períodos seco e chuvoso, em 100 (1 m×1 m) parcelas aplicadas para a amostragem da vegetação herbácea. Foram colhidas amostras de solo em cada parcela. A partir dos valores médios das medidas de cobertura estimada pelas fotografias dos períodos seco e chuvoso calculou-se o valor médio de cobertura para cada espécie amostrada. Por meio do teste "t" student e da Análise de Correspondência Canônica foram determinadas as relações entre as espécies, a luminosidade e as variáveis pedológicas no estrato herbáceo-arbustivo. A cobertura não foi significativamente diferente nas épocas seca e na chuvosa. Apenas três espécies, Heisteria silviani, Calathea brasiliensis e Psychotria conjugens, tiveram médias de cobertura significativamente maiores que a média amostral e outras três, Olyra micrantha, Lacistema pubescens e Pteris denticulata, tiveram médias menores. As distribuições de parcelas pelos valores de cobertura, de tamanho de clareiras e pelo número de clareiras mostraram-se similares às distribuições encontradas na literatura para outras florestas tropicais e, portanto, o método da fotogrametria revelou-se adequado para a avaliação da cobertura. Verificou-se que os teores de cálcio, magnésio e potássio estavam correlacionados positivamente entre si e negativamente aos teores de alumínio. A cobertura revelou-se correlacionada negativamente aos teores de alumínio. Foram detectados cinco grupos de espécies segundo as preferências que apresentaram aos teores de cálcio, magnésio, potássio, alumínio e a valores de cobertura. Os teores de alumínio revelaram-se os maiores determinantes da variação encontrada na vegetação de sub-bosque. As variáveis pedológicas mostraram-se mais importantes que a variação de cobertura encontrada no sub-bosque para determinar alterações estruturais no estrato herbáceo-arbustivo.
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    Estrutura fitossocióloga de um trecho de vegetação arbórea no parque estadual do rio doce - Minas Gerais , Brasil
    (Acta Botanica Brasilica, 2002-10) Lopes, Waldomiro de Paula; Silva, Alexandre Francisco da; Souza, Agostinho Lopes de; Meira Neto, João Augusto Alves
    O presente trabalho teve como objetivo estudar a estrutura de um estande de Floresta Estacional Semidecidual Submontana no Parque Estadual do Rio Doce (19o29'-19o48'S e 42o28'-42o38'W). Os indivíduos de porte arbóreo foram amostrados pelo método de quadrantes. Adotaram-se dois procedimentos distintos, dos quais um com inclusão dos indivíduos mortos e em outro não. Foram alocados 200 pontos amostrais, dispostos em 20 linhas paralelas, ao longo de uma encosta. Foram encontradas 143 espécies, pertencentes a 109 gêneros reconhecidos e 38 famílias botânicas. A análise fitossociológica demonstrou predominância das espécies Bixa arborea, Guatteria schomburgkiana, Joannesia princeps, Aparisthmium cordatum, Pseudopiptadenia contorta e Carpotroche brasiliensis. O tamanho das populações e sua distribuição pelo ambiente foram os fatores decisivos para o destaque apresentado por essas espécies, com exceção de P. contorta, que esteve representada por poucos indivíduos, contudo de grandes dimensões. As distribuições diamétricas e de alturas evidenciaram poucos indivíduos de grande porte, fato que aliado ao histórico do local, que registra um incêndio em 1967, e à baixa ocorrência de espécies associadas a ambientes climácicos, sugere que o trecho de floresta estudado encontra-se em estádio médio de sucessão secundária.