Ciência Florestal
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Item Caracterização das propriedades rurais do município de Viçosa-MG com ênfase na atividade florestal(Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-26) Fontes, Alessandro Albino; Silva, Márcio Lopes da; http://lattes.cnpq.br/5310343581017203O presente estudo foi realizado no município de Viçosa, Zona da Mata do Estado de Minas Gerais, e teve como objetivo caracterizar a atividade florestal neste município, comparando-a com as atividades agropecuárias tradicionais na região (milho, feijão, café e pecuária bovina). Para atingir o objetivo proposto, o trabalho foi realizado em duas etapas: etapa I – caracterização das atividades florestal e agropecuárias no município de Viçosa-MG; e etapa II – comparação entre essas atividades. Para obtenção dos dados utilizou-se um questionário, previamente elaborado e preenchido pelo autor, por meio de entrevista direta com os agricultores sorteados na amostra. O questionário foi aplicado aos produtores rurais cujas propriedades possuíam florestas plantadas e nativas. Foi amostrado um total de 63 propriedades rurais, abrangendo uma área de 2.096,95 ha. As áreas de floresta nativa e plantada, na amostra, foram de 372,00 e 260,17 ha, o que corresponde a 17,74 e 12,41% da área amostrada, respectivamente. O tipo de floresta nativa predominante foi a capoeira (67,55%), e a espécie preferida para o reflorestamento foi o eucalipto (92,68% da área reflorestada). Dos agricultores amostrados, 86,89% participaram de programas de fomento florestal, sendo o Instituto Estadual de Florestas (IEF-MG) o principal órgão de fomento (74,55% dos casos) e assistência técnica florestal (71,79% dos casos) no município. O uso médio da mão-de-obra nas fases de implantação, manutenção e colheita dos plantios florestais foi estimado em 30,21, 13,64 e 61,25 dias.homem/ha, respectivamente, totalizando 105,10 dias.homem/ha, sendo a participação da mão-de-obra familiar de 25,24%. A comercialização da madeira de reflorestamento é pouco freqüente (20,63% dos casos), e na maioria das vezes ela é vendida à vista (61,54% dos casos), sendo o tipo de venda mais comum o da madeira em pé (69,23% dos casos). O comprador, localizado fora do município em 38,46% dos casos, é quem paga pelo transporte da madeira (61,54% dos casos), sendo o produtor quem estabelece o preço (53,85% dos casos). Os custos inerentes à atividade florestal (R$/ha) foram estimados em R$419,30 para implantação; R$146,49 e R$80,34 para manutenção no primeiro e segundo ano, respectivamente; e R$2,11/m³ para colheita da madeira. Os plantios florestais, as lavouras de café e as pastagens concentram-se nas áreas de encostas, enquanto as culturas de milho e feijão ocupam os terrenos planos e férteis e pouco competem em área com os três primeiros. O número médio de empregos gerados pelo reflorestamento (eucalipto), café, milho e feijão e pela pecuária de leite e de corte foi, respectivamente, 0,042, 0,246, 0,071, 0,176, 0,042 e 0,014 emprego/ha. Os critérios de avaliação econômica adotados mostraram-se coerentes quanto à viabilidade econômica dos projetos. Porém, no que se refere aos retornos mais atrativos ao agricultor, a B/C e a TIR divergiram dos demais. O projeto de investimento que apresentou retornos mais atrativos aos produtores rurais, pelos critérios do VPL, VET e VAE foi o café, seguido dos projetos de investimento em feijão, reflorestamento com eucalipto, pecuária de leite, milho e pecuária de corte.Item A cadeia produtiva da madeira para energia(Universidade Federal de Viçosa, 2005-03-31) Fontes, Alessandro Albino; Silva, Márcio Lopes da; http://lattes.cnpq.br/5310343581017203O presente estudo buscou diagnosticar a cadeia produtiva agroindustrial da madeira para energia e sugerir iniciativas que visem, principalmente, o aumento da eficiência técnico-operacional e gerencial dos negócios da madeira, assim como a melhor coordenação entre seus atores. O trabalho tomou por referência conceitual o Enfoque Sistêmico de Produto e empregou-se a Metodologia do Programa Sebrae: Cadeias Produtivas Agroindustriais (SEBRAE, 2000), para o diagnóstico da cadeia. Para o levantamento de informações foram utilizados os métodos de pesquisa rápida: condução de entrevistas informais e semi- estruturadas com atores-chave da cadeia e a observação direta dos estágios que a compõem, associado ao uso intensivo de informações de fontes secundárias. A cadeia foi definida a partir dos principais produtos finais, lenha e carvão vegetal. Foi entrevistado um total de 40 pessoas, distribuídas igualmente nos principais segmentos da cadeia e no seu ambiente institucional, sendo estes: produtores, empacotadores, transportadores, comerciantes, distribuidores e consumidores em geral de lenha e carvão vegetal, especialistas e representantes de entidades de classe, órgãos público, entre outros. Os dados qualitativos das entrevistas infor- mais e semi-estruturadas com atores-chave da cadeia, bem como os relatos de observação direta dos seus estágios, foram compilados de forma a retratar a atual situação da cadeia agroindustrial. Os dados quantitativos foram tabulados em planilhas eletrônicas e as séries temporais analisadas, principalmente, por meio de gráficos, identificando a evolução destas ao longo do tempo. Evidenciou-se um segmento de produção bastante precário e impossibilitado de atender a um aumento da demanda de lenha e carvão no curto e médio prazo. Os estoques florestais plantados não são suficientes nem para atender à demanda atual e as novas áreas reflorestadas, anualmente, estão muito aquém do volume necessário. Somam-se a isto a baixa produtividade de muitos dos reflorestamentos já implan- tados e os baixos índices de conversão obtidos em muitas carvoarias. O segmento de comercialização e distribuição também mostrou-se bastante precário com participação de vários tipos de fornecedores e de intermediários, onde verificou- se uma baixa incidência de contratos e planejamento de mercado. Também, as perdas decorrentes do manuseio, as condições de conservação das rodovias e as longas distâncias de transporte elevam o custo do produto e diminuem o lucro do produtor. No segmento de consumo, parte significativa da lenha é consumida no setor residencial para cocção de alimentos. Outra parte considerável é transformada em carvão, consumido, principalmente, nas siderúrgicas. Estas garantem o suprimento com produção própria, realizando fomento, ou adquirindo carvão no mercado. Por fim, verificou-se que existem algumas incertezas relacionadas à cadeia produtiva da madeira para energia, principalmente em relação ao carvão vegetal, geradas por pressões ecológicas por parte da sociedade civil organizada; pela legislação, onde os grandes consumidores ficam obrigados a se auto-abastecerem; pela conjuntura interna e externa, de forma que, dadas às condições de taxa de câmbio e de comercialização externa, defini-se a competiti- vidade relativa de um redutor em relação ao outro; e, também, pelo fato de a maior parte do carvão ser destinada à siderurgia, enfrentando a concorrência do carvão mineral importado e de outros energéticos.