Ciência Florestal

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    Uso de taninos da casca de três espécies de eucalipto na produção de adesivos para madeira
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-06-28) Silva, Rosana Vicente da; Pimenta, Alexandre Santos
    Este trabalho teve como objetivo estudar o potencial de aproveitamento das cascas de Eucalyptus citriodora, Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla e Eucalyptus pellita como fontes de taninos para a produção de adesivos, por serem os taninos de natureza fenólica e passíveis de reação com o formaldeído. A partir dessas três espécies, foi determinado o rendimento gravimétrico em sólidos totais, taninos e não-taninos, com 1, 3, 5, 7 e 9% de Na 2 SO 3 na água de extração a 100°C por três horas. Observou-se que o maior rendimento em taninos foi o de Eucalyptus citriodora e que, com o aumento da concentração de sulfito, houve aumento na extração de substâncias não tânicas, não ocorrendo na mesma proporção o aumento na extração de taninos. Antes da produção dos adesivos, os taninos passaram por modificação química prévia (sulfitação) para diminuir sua viscosidade, já que os extratos brutos possuem elevada viscosidade. Os adesivos foram preparados com uma parte de taninos sulfitados, 6% de paraformaldeído, 5% de extensor e 5% de carga. Para testar a qualidade dos adesivos, foram coladas lâminas de pinheiro brasileiro e realizados testes de resistência mecânica ao cisalhamento por tração, sob condição seca e úmida. Também foi determinada a percentagem de falha na madeira, sob condição seca e úmida. Tais resultados foram comparados ao desempenho de lâminas coladas com adesivo fenólico convencional. Foi observado que a resistência tanto da madeira seca quanto da úmida foi igual à apresentada pelo adesivo comercial, quando as lâminas foram coladas com adesivos de taninos de Eucalyptus pellita extraídos com 1% de sulfito. O restante foi inferior ao adesivo fenólico não só em relação à resistência seca e úmida, mas também quanto a falhas na madeira.
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    Influência da temperatura no desenvolvimento de Podisus distinctus (Stal) (Heteroptera: Pentatomidae), predador de lagartas desfolhadoras de eucalipto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-09-21) Silva, Evandro Pereira da; Zanuncio, José Cola
    O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar o efeito das temperaturas de 17, 21, 25, 29 e 33 o C, com variação de ± 1,0 o C; fotofase de 12:12 (luz: escuro) e umidade relativa de 65 ± 10% no desenvolvimento do predador Podisus distinctus (Stal, 1860) (Heteroptera: Pentatomidae). Esse predador foi alimentado com vagens verdes de feijão (Phaseolus vulgaris) e pupas de Tenebrio molitor L. (Coleoptera: Tenebrionidae) no laboratório de Controle Biológico do Instituto de Biotecnologia Aplicada à Agropecuária (BIOAGRO), da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Viçosa, Minas Gerais. A temperatura de 33 o C foi letal sem eclosão de ninfas de P. distinctus, indicando que o limite térmico superior desse predador encontra-se entre 29 e 33 o C. O período de incubação desse percevejo decresceu com o aumento da temperatura, sendo menor a 29 o C, com temperatura ótima a 23,7 o C. P. distinctus completou seu desenvolvimento ninfal entre 17 e 29 o C, com temperatura ótima de 26,3 o C e maior viabilidade ninfal em temperaturas intermediárias (19 e 25 o C), mostrando que a temperatura ótima para a fase o ninfal do mesmo situa-se entre 25 e 27 C. O período ninfal de P. distinctus decresceu no intervalo de 21 a 29 o C, de forma semelhante ao que ocorreu para a viabilidade. Fêmeas de P. distinctus acasaladas não apresentaram posturas férteis a 17 e 29 o C, mostrando efeito da temperatura na fecundidade desse predador. O número de ovos por postura e por fêmea foi de 30,9 ± 3,7 e de 226,2 ± 37,5 ovos a 21 o C e de 21,3 ± 2,8 e de 166,5 ± 31,9 ovos a 25 o C. As tabelas de vida de fertilidade e de esperança de vida de P. distinctus mostraram que as estatísticas para avaliar a resposta numérica desse predador variaram com a temperatura. A taxa bruta (TBR) e líquida (R o ) de reprodução variou de 40,681 a 89,248 e de 16,961 a 36,352 fêmeas/fêmea; a duração de uma geração (DG), de 63,825 a 46,704 dias; o tempo necessário para a população desse predador dobrar em número de indivíduos (TD) variou de 12,312 a 11,363 dias; a razão infinitesimal de aumento (r m ), de 0,056 a 0,061 por dia; a razão finita de aumento ( λ ) de 1,058 a 1,063 fêmeas/fêmea, adicionadas à população por dia; e a esperança de vida para a metade da população (ex 50 ), de 38,290 dias e 32,262 dias, à 21 e 25oC, respectivamente.
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    Compactação do solo provocada por raízes de eucalipto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-12-14) Clemente, Eliane de Paula; Novais, Roberto Ferreira de; http://lattes.cnpq.br/2755552557206161
    Avaliou-se o efeito do crescimento da raiz de eucalipto sobre a compactação do solo em amostras indeformadas de solo que sofreram pressão de crescimento de raízes de diferentes diâmetros. O principal método de estudo foi a análise micromorfológica do contato solo-raiz, à partir de seções finas de solos que sofreram compactação por raízes de 0,3; 0,9; 1,3; 2,8; 3,5; 6,4; 8,0; 9,0 e 10,2 cm de diâmetro. As seções-finas foram analisadas na área de influência direta da raiz, até 1cm de distância da superfície de contato entre raiz-solo, comparando-se com a área de menor influência da raiz, a uma distância aproximada de 3,0 cm da superfície de contato. Como método complementar, realizou-se um teste de infiltração localizada, cronometrando o tempo necessário para que uma gota d’água infiltrasse na superfície de solo compactada pela raiz comparando- se a uma área que não sofreu compactação, como referência. A compactação aumentou nos diâmetros de raiz maiores que 3,5 cm, sendo esse efeito acompanhado pela redução na infiltração de água na superfície de contato solo-raiz. A formação de fraturas de cisalhamento alinhadas, em ângulos de 45 0 em relação à superfície sugere um crescimento helicoidal da raiz de eucalipto, exercendo compressão do solo e mecanismos de tração tangenciais. A micromorfologia do contato solo-raiz mostrou feições de orientação de argila, microfraturas, cobertura superficial por hifas fúngicas e espelhamento; os valores baixos de infiltração verificados são associados a mecanismos físicos (compactação) e químicos (hidrofobicidade). A utilização de técnicas micromorfológicas e análise de imagens permitem observar e quantificar alguns efeitos da raiz de eucalipto na compactação e porosidade do solo na sua proximidade.
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    Crescimento, fotossíntese e relações hídricas de clones de eucalipto sob diferentes regimes hídricos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-28) Chaves, José Humberto; Reis, Geraldo Gonçalves dos; http://lattes.cnpq.br/2653172356519946
    O presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de identificar características fisiológicas e ou morfológicas de mudas de cinco clones de eucalipto (0063, 0321, 1250, 1260 e 1277), crescendo em tubetes plásticos de 60 ml e em tubos de PVC de 15 cm de diâmetro x 50 cm de altura, de modo a subsidiar a seleção precoce de materiais genéticos para estabelecimento em áreas com disponibilidade diferenciada de água no solo. As plantas dos cinco clones foram submetidas a diferentes regimes hídricos, quando foram avaliados, durante os ciclos de seca, a condutância estomática, transpiração foliar, temperatura foliar, potencial hídrico foliar e fotossíntese líquida, além do crescimento em diâmetro da estaca e altura total da planta, número e tamanho de folhas, área foliar, expansão foliar e a matéria seca de folhas, haste e ramos e raízes. Avaliou- se, também, a capacidade de retomada de crescimento das mudas após serem submetidas à deficiência hídrica em tubetes. Os clones 0321 e 1277 foram os mais sensíveis aos efeitos do défice hídrico em tubetes. A redução do potencial hídrico foliar nas plantas desses clones, causada pelo défice hídrico, promoveu redução no crescimento, causada principalmente pela abscisão foliar. Contrariamente, os clones 1250 e 1260 foram os menos sensíveis aos efeitos do défice hídrico, em razão de terem apresentado menor taxa transpiratória e menor consumo de água, em tubetes. Nos tubos de PVC, o clone 1277 foi, também, o mais sensível aos efeitos do défice hídrico, tendo reduzido de forma drástica o seu crescimento. Neste tipo de recipiente, o clone 1260 foi o mais resistente à deficiência hídrica, em razão de ter apresentado, de modo geral, menor taxa transpiratória. Entretanto, o clone 1277 apresentou elevada capacidade de retomada de crescimento após submetido a défice hídrico quando transplantado para recipientes maiores, em razão do desenvolvimento do seu sistema radicular. A avaliação da altura e diâmetro não se mostrou eficiente na identificação dos efeitos do défice hídrico nas plantas.
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    Um modelo para gerenciamento de florestas de eucalipto submetidas a desbaste
    (Universidade Federal de Viçosa, 2004-11-16) Dias, Andrea Nogueira; Leite, Helio Garcia; http://lattes.cnpq.br/9012244052533262
    O objetivo deste estudo foi desenvolver um modelo para auxiliar no gerenciamento de florestas a serem parcialmente submetidas a desbaste. O modelo elaborado compreende seis fases, ou componentes, sendo: diagnóstico, decisão, modelagem, prognose, regulação e pesquisa. Ele foi aplicado em dois estudos de caso. No estudo de caso 1, informações sobre área plantada, destino da produção, localização dos plantios, materiais genéticos utilizados e dados do inventário florestal servirão para subsidiar a fase de decisão. Na seqüência foi conduzida a fase de modelagem dos povoamentos, iniciando com a classificação da capacidade produtiva, através do método da curva-guia. Para os povoamentos conduzidos com desbaste, empregou-se o método dos ingressos percentuais para definir a idade técnica de desbaste (ITD), chegando-se a uma ITD de 85 meses. Para os povoamentos conduzidos sem desbaste empregou-se o modelo de Clutter, sendo ajustado separadamente por material genético e região. A fase de Prognose foi realizada através da construção de curvas de incrementos considerando diferentes classes de site, resultando em ITC (idade técnica de corte), para cada material genético. A fase de Pesquisa foi realizada no início do processo de implantação do modelo de gerenciamento na empresa, com a implantação de dois tipos de experimentos. No estudo de caso 2, foram feitas modificações em modelos de crescimento e produção usuais visando contemplar tendências de crescimento e de povoamentos sem e com a condução de desbaste. As relações funcionais resultantes foram ajustadas a dados de um experimento de desbaste. Ao desenvolver e aplicar o modelo de gerenciamento foi possível concluir que: a classificação da capacidade produtiva deve ser especifica para cada grupo material genético com algumas características semelhantes; a modelagem e posterior prognose dos povoamentos conduzidos sem desbaste deve ser realizada também separadamente para os grupos de materiais genéticos; o modelo de Clutter é adequado para a prognose dos povoamentos conduzidos sem desbaste, porém apresenta limitações para manejo de povoamentos submetidos a desbaste; o método dos ingressos percentuais é adequado para determinar a idade técnica de desbaste dos compartimentos conduzidos com desbaste; modelos de crescimento e produção para manejo de florestas submetidas a desbaste devem ser flexíveis o suficiente para resultar em diferentes tendências de crescimento pós-desbaste; as seis fases do modelo de gerenciamento proposto foram consideradas como suficientes para auxiliar as empresas que desejam migrar do manejo de um único produto para o manejo de multiprodutos.
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    Interação de fibras e elementos de vasos de polpa kraft de eucalipto com tintas de impressão offset
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-12-20) Alves, Ericka Figueiredo; Oliveira, Rubens Chaves de; http://lattes.cnpq.br/0585915733998394
    O objetivo deste trabalho foi estudar, por meio de análises térmicas e espectroscópica, o tipo de interação dos componentes anatômicos da polpa branqueada Kraft de eucalipto com tintas de impressão offset. Foi utilizado um classificador de fibras Bauer-McNett, contendo um sistema de peneiras de 20, 48, 100 e 200 mesh, afim de classificar a polpa por conteúdo de elementos anatômicos utilizando a análise de relação fibra/vaso. Após a classificação, as polpas foram nomeadas em baixa, média e alta relação fibra/vaso. Foram utilizadas três tintas de impressão offset de cor azul europa, com composição química similar e três níveis de tack: baixo, médio e alto. As análises térmicas das amostras de tintas, de polpa e da interação destas foram obtidas por Calorimetria Diferencial de Varredura no equipamento DSC-50 e pela técnica de Termogravimetria. Nas análises, observou-se que a evaporação do solvente das tintas offset ocorre com absorção de até 89 cal/g, na faixa de temperatura ambiente a 200 oC. Desta forma, o assentamento da tinta offset no processo de impressão é facilitado com o fornecimento de energia térmica ao sistema. No entanto, a degradação dos outros componentes da tinta acontece, exotermicamente, na faixa de 300 a 500 °C, o que pode causar danos no impresso, justificando, assim, a não utilização deste intervalo de temperatura durante o processo de impressão. A evaporação de água das polpas ocorre, absorvendo até 122 cal/g, na faixa de temperatura ambiente a 200 oC. No entanto, em temperaturas elevadas de 300 a 500 oC, ocorre um fenômeno exotérmico, causando danos irreparáveis à estrutura do papel devido, possivelmente, à despolimerização da cadeia de celulose com formação de levoglucosanas. A temperatura usada, para ocorrência do assentamento da tinta durante a impressão, não afetará a qualidade do papel impresso, desde de que não ultrapasse 200 oC. No entanto, a energia consumida no processo de evaporação de água da polpa será afetada pela porosidade do papel formado, sendo que os papéis mais porosos consumirão menos energia do que os papéis menos porosos. Na interação entre polpa e tinta, o assentamento do pigmento das tintas na polpa ocorre por meio de um processo espontâneo de liberação de energia (processo exotérmico), não havendo necessidade de fornecer energia na forma de calor ao papel impresso para ocorrência deste assentamento. Além disso, de acordo com os baixos valores de entalpia obtidos, este assentamento não ocorre por meio de ligações covalentes, e sim por meio de adsorções físicas (ligações de hidrogênio, forças de van der Waals, atração eletrostática) e por penetração das moléculas do pigmento das tintas nos capilares dos elementos anatômicos da polpa. Maior liberação de energia ocorrerá, durante o assentamento do pigmento das tintas na fração de polpa mais enriquecida por elementos de vasos, devido a uma maior adesão entre as tintas offset e esses elementos anatômicos. Para todas as polpas estudadas, a tinta de tack alto interage mais intensamente durante o assentamento do pigmento da tinta, causando, assim, uma maior adesão entre este tipo de tinta offset e as polpas.
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    Produção de madeira para geração de energia elétrica numa plantação clonal de eucalipto em Itamarandiba, MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-07-25) Müller, Marcelo Dias; Couto, Laércio; http://lattes.cnpq.br/3527822482711310
    Este trabalho teve como objetivo principal mostrar o potencial da biomassa de eucalipto para a geração de energia elétrica distribuída, por meio da simulação de um projeto piloto de reflorestamento com eucalipto. Foi implantado um experimento em áreas da ACESITA energética, no município de Itamarandiba – MG, utilizando o delineamento experimental em blocos ao acaso (3 repetições), no esquema de parcelas subdivididas (“Split Plot in time”). As parcelas foram constituídas por 5 espaçamentos iniciais de plantio e a subparcela, pelas épocas de medição (7, 12, 18 e 24 meses). A partir dos dados de produção em biomassa/hectare foi calculada a área necessária para atender a três plantas com diferentes capacidades instaladas (1MW, 5MW e 10MW). Para avaliação da viabilidade econômica, foram considerados os custos de implantação, manutenção e colheita por hectare, para cada espaçamento, nos três diferentes cenários. Em seguida foi realizada uma projeção de receitas com a comercialização de créditos de carbono. Foram estimados o VPL, o B(C)PE, a relação B/C e a TIR para a avaliação dos tratamentos. A fim de avaliar os aspectos ambientais relacionados com o sistema de manejo adotado, foram realizadas análises químicas para a determinação da quantidade de nutrientes alocados nos compartimentos das árvores (copa e fuste). A área de plantio necessária para atender a cada planta apresentou relação inversa com a densidade de plantio. A produção de eletricidade, nas condições específicas deste trabalho, se mostrou viável para os espaçamentos 3,0x0,5 e 3,0x1,0 em diferentes taxas de juros e para o espaçamento 3,0x1,5 na taxa de juros de 8%. Quando considerada a receita adicional proveniente da comercialização de créditos de carbono, observou-se um acréscimo da atratividade dos espaçamentos estudados, tornando viáveis os espaçamentos 3,0x1,5 e 3,0x2,0 (este último sendo viável somente para as taxas de juros de 8 e 10%). Com relação ao balanço nutricional da exploração da floresta aos 24 meses de idade, em todos os casos observou- se que 21 a 23% dos nutrientes estão alocados na copa, 63 a 67% estão alocados na casca e 11 a 16% estão alocados no lenho. A exploração florestal aos 24 meses de idade tem maior impacto, principalmente, na exportação de P, Ca, Mg e K (em menor proporção) que apresentam maiores concentrações na casca (93,82%, 90,81%, 96,97% e 42,5% respectivamente). Considerando o balanço nutricional, a necessidade de reposição de nutrientes, devido à exploração, foi inversamente proporcional à densidade de plantio. Considerando o sistema de exploração da madeira sem a casca, a necessidade de reposição nutricional, via fertilização, é drasticamente reduzida em função do retorno proporcionado pela manutenção da biomassa de copa e da casca no sítio florestal. Isto se constitui um indicativo de que a silvicultura com eucalipto representa um importante meio de produção de biomassa como insumo para a geração elétrica distribuída.
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    A percepção sobre o uso da madeira de eucalipto pelos fabricantes do pólo moveleiro de Ubá-MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-07-18) Teixeira, Tatiana de Oliveira Borges; Silva, Márcio Lopes da; http://lattes.cnpq.br/4185447305612077
    O presente trabalho teve como principal objetivo analisar a percepção dos fabricantes do pólo moveleiro de Ubá-MG quanto à utilização da madeira de eucalipto para fabricação de móveis. A crescente restrição ambiental ao uso de madeiras provenientes de florestas nativas, exploradas de forma ilegal, e o distanciamento entre as zonas de produção e de consumo têm desencadeado profundas mudanças no setor moveleiro, que teve seu abastecimento de matéria-prima comprometido pela escassez de madeira e pelo conseqüente aumento nos seus custos de produção. Este cenário tem estimulado a utilização da madeira de reflorestamento, principalmente a de eucalipto. Com o avanço tecnológico, os problemas de algumas espécies desse gênero, como rachaduras e empenamentos, estão sendo sanados e a madeira de eucalipto tem obtido ganhos de qualidade e produtividade. Apesar disso, existe ainda uma certa resistência ao seu uso por parte dos fabricantes de móveis, onde pesam conceitos ultrapassados e mitos. Diante deste fato, elaborou-se um questionário que foi aplicado aos empresários do pólo moveleiro de Ubá que utilizam madeira maciça na fabricação de móveis, sendo 17 do segmento de sala de jantar, 21 do segmento de cama e 6 do segmento de móveis sob encomenda. Como resultado, observou-se que a maior parte dessas empresas é de pequeno porte e está no mercado há menos de dez anos. O consumo total de madeira maciça é da ordem de 987,5 m3 mensais, onde predominam as essências florestais de origem nativa. A experiência de uso da madeira de eucalipto foi constatada em 43,2% das empresas, devendo ser ressaltado que a maior parte tomou conhecimento das potencialidades do eucalipto, principalmente, através de representantes comerciais e feiras visitadas. Os principais fatores que influenciaram seu uso foram: o fato de a madeira ser proveniente de floresta plantada, ter características uniformes, além da escassez de madeira oriunda de florestas nativas. A grande maioria das empresas considera a madeira de ótima qualidade e o preço razoável. Das empresas que nunca usaram a madeira de eucalipto, 88% já ouviram falar das suas potencialidades, mas não usam porque têm pouco conhecimento sobre o assunto, faltam fornecedores, não há demanda por parte dos consumidores e consideram alto o preço dessa madeira. Conclui-se que a maioria das empresas tem interesse de usar a madeira de eucalipto no futuro, desde que elas tenham maiores informações e que o preço seja acessível.
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    Estudos das causas e da prevenção da reversão térmica de alvura de polpas kraft de eucalipto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-12-19) Eiras, Kátia Maria Morais; Colodette, Jorge Luiz; http://lattes.cnpq.br/9319384789509823
    Nesse estudo foram investigadas as causas e a prevenção da reversão de alvura de polpas kraft de eucalipto. Os resultados estão apresentados em quatro capítulos independentes, a saber: 1) influência da madeira; 2) influência do processo de branqueamento; 3) influência de compostos organoclorados; e 4) influência do branqueamento com ozônio e prováveis mecanismos da reversão. No capítulo 1, foi padronizado o procedimento de medição da reversão e investigada a influência do tipo de madeira na reversão de alvura de polpas branqueadas, provenientes de cozimentos de cavacos de 100 diferentes clones de eucalipto e pré-deslignificadas com oxigênio. Treze amostras mostrando grande variação na demanda de álcali efetivo, rendimento e desempenho no estádio de oxigênio foram selecionadas e branqueadas para estudos de reversão térmica de alvura, utilizando o método Tappi UM 200, que consiste do envelhecimento acelerado das folhas de celulose em estufa à 105 ± 3 o C, por 4 h, após acondicionamento das folhas em sala climatizada, 23 ± 1 o C e 50 ± 2%, por 12 h. Concluiu-se que o teste de reversão deve ser efetuado em folhas de celulose de pH 6-7, contendo umidade de 9 a 10 %, com pelo menos dez repetições. Essas condições foram padronizadas e utilizadas em todos os quatro capítulos desta tese. A reversão de alvura variou de 2,1 a 3,6 e de 0,8 a 1,7 % ISO, dependendo do tipo de madeira, para polpas branqueadas pelas seqüências ODEDD e ODEDP, respectivamente. O conteúdo de grupos redutores da polpa decresceu de 35 para 40% no estádio final de peroxidação, em relação ao estádio final de dioxidação. Os teores de grupos carbonila e carboxila, bem como o número kappa da polpa branqueada correlacionaram-se positivamente com a reversão de alvura. A densidade básica da madeira, o consumo de álcali efetivo e o rendimento do cozimento, a eficiência e seletividade da deslignificação com oxigênio, e o consumo total de oxidantes nas seqüências DEDD e DEDP não se correlacionaram com a reversão de alvura. No capitulo 2, foi avaliada a influência do processo de branqueamento na reversão de alvura de polpas de eucalipto branqueadas (90 a 90,5 % ISO) OD(PO)DD, pelas OD(PO)DP, seqüências OD HT(PO)DD, O(DC)(PO)DD, OD HT(PO)DP, O(DC)(PO)DP, OA/D(PO)DD e OA/D(PO)DP. Concluiu-se que um estádio final de peroxidação aumenta a estabilidade e a alvura da polpa. Alguns grupos oxidados presentes na polpa branqueada foram considerados a principal causa da reversão. Polpa branqueada com a seqüência (DC)(PO)DD apresentou baixa estabilidade apesar do seu baixo conteúdo de ácidos hexenourônicos e de lignina. Os estádios iniciais de ácido/dióxido de cloro a quente aumentaram a estabilidade da alvura, mas somente em seqüências sem o estádio final de peroxidação. O perfil da reversão, através dos estádios de branqueamento, mostrou tendência em aumentar a estabilidade da polpa após estádios alcalinos e de decrescer após estádios ácidos. Nos capítulos 1 e 2 foi demonstrada que as polpas branqueadas com seqüências finalizando com um estádio final de dioxidação apresentaram menor estabilidade de alvura em relação à quelas terminadas com estádio final de peroxidação. Trabalhos preliminares com várias polpas de folhosas indicaram boa correlação entre a reversão de alvura e o conteúdo de organoclorados da polpa. No capitulo 3 foi investigado o efeito do conteúdo de organoclorados da polpa branqueada na sua estabilidade de alvura. Foram produzidas polpas de eucalipto contendo diferentes teores de organoclorados utilizando-se 12 seqüências de branqueamento distintas. Concluiu-se que a reversão de alvura aumentou com a elevação do teor de organoclorados na polpa, mas esta tendência não é universal. Polpas branqueadas com seqüências contendo um segundo estádio alcalino de extração ou estádio final de peroxidação foram menos propensas à reversão, independentemente dos seus conteúdos de organoclorados. Polpas branqueadas por seqüências iniciadas com um estádio de dióxido de cloro em alta temperatura (D HT) foram mais estáveis que as iniciadas com estádio de dióxido de cloro convencional (D 0), em seqüências terminando com estádio final de dioxidação, porém o efeito da temperatura do primeiro estádio desapareceu em seqüências terminadas com estádio final de peroxidação, independentemente do teor de organoclorados da polpa. Relatos vindos da indústria dão conta de que polpas branqueadas com ozônio apresentaram baixa reversão de alvura. No capítulo 4 foi investigado o efeito do ozônio na reversão e, a partir dos resultados de análises finas da polpa por pirólise-CG/EM, foi postulado o provável mecanismo envolvido no processo polpas kraft de eucalipto. Foi verificado que a polpa branqueada pela seqüência OZ/ED(PO) teve a maior estabilidade de alvura dentre todas as avaliadas nos quatro capítulos desta tese, apresentando um número de cor posterior (NCP) de 0,06, que foi, aproximadamente, quatro vezes menor que o da polpa branqueada pela seqüência-referência OD HTD(PO) (0,22). A seqüência OZ/ED(PO) resultou em uma polpa branqueada contendo valores mais baixos de AHex ́s, lignina e número kappa e valores mais altos de grupos carbonilas e carboxilas em relação à seqüência - referência. O perfil de estabilidade de alvura da polpa branqueada pela seqüência OZ/ED(PO) revelou tendência decrescente através de todos os estádios, contrariamente ao observado para a seqüência-referência, que apresentou tendência de aumento da reversão nos estádios ácidos e diminuição nos estádios alcalinos. Quanto à distribuição das dosagens d e dióxido de cloro e ozônio na seqüência OZ/EDP, concluiu-se que deve ser utilizado um mínimo de peróxido de hidrogênio (de 1 a 2 kg/tas) e o máximo possível e necessário de dióxido de cloro; porém, o estádio de peróxido foi absolutamente imprescindível para extrair materiais oxidados por um processo nucleofílico. A análise por pirólise-CG/EM do algodão e das polpas branqueadas mostrou diferentes proporções das áreas dos espectros dos compostos aromáticos presentes nas fibras. Dispostas em ordem de proporções de aromáticos nas fibras estão as amostras de algodão < OD HTEDD < OZ/ED35 < OZ/ED15P10 < OZ/ED5P15. Porém, dispostas em ordem de reversão de alvura medida pelo NCP estão as amostras OZ/ED25P5 < OZ/ED15P10 < OZ/ED5P15 < < < OZ/ED35. Os números em subscrito indicam as dosagens de dióxido de cloro ou peróxido de hidrogênio, em kg/t de polpa seca, empregadas nos vários estádios de branqueamento. Polpas branqueadas com alta carga de dióxido (ex.: 35 kg/t polpa – OZ/ED35) apresentaram baixo teor residual de compostos aromáticos, porém baixa estabilidade de alvura, quando não-tratadas com um estádio final de peróxido alcalino. Sobre o mecanismo da reversão, postulou-se que a alta estabilidade de alvura de polpas branqueadas por seqüências contendo ozônio ocorreu pelo fato de estas demandarem excessiva dosagem de oxidantes para alcançar o resultado final de alvura do 90-91% ISO, eliminado todas as fontes iniciadoras do processo. A alta estabilidade de alvura é obtida a um alto custo, sendo que o ozônio per se não promove a estabilização de alvura. A alta carga de oxidantes utilizada, associada ao estádio final de peroxidação, que sempre existe nas seqüências com ozônio, resultou em alta estabilidade de alvura. O estádio final de peroxidação preveniu a reversão de alvura não por causa do peróxido e sim pela alcalinidade desse estádio. A alcalinidade decresceu a reversão de alvura por deixar a polpa branqueada com caráter fortemente alcalino (íons sódio). Esse caráter alcalino foi comprovado ser necessário para manter a estabilidade de alvura em testes e estabilidade de alvura versus pH ́s da polpa realizados nesse estudo. A condição alcalina minimiza as reações de hidrólise ácida de carboidratos oxidados, contendo certos grupos redutores, que iniciam o processo de reversão de alvura e geraram produtos coloridos de baixo peso molecular que são, usualmente, solúveis em água.
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    Estimativa de algumas propriedades da madeira de Eucalyptus urophylla por espectrometria
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-12-19) Abrahão, Christovão Pereira; Della Lucia, Ricardo Marius; http://lattes.cnpq.br/3470385452325199
    São escassas as referências na literatura mundial acerca da utilização da espectroscopia no UV-VIS-tNIR (200 a 1.000 nm) para predição das propriedades da madeira, apesar de os equipamentos que operam nesta faixa do espectro eletromagnético serem de custo muito inferior àqueles que operam no NIR (700-2.500 nm). O objetivo deste trabalho foi verificar a possibilidade da utilização de espectros no UV-VIS-tNIR para o desenvolvimento de modelos de calibração a serem utilizados na determinação de propriedades da madeira. Foi comprovada a existência de fortes correlações entre a reflectância da superfície da madeira sólida e sua densidade básica, sendo o mais alto coeficiente de correlação encontrado por volta de 375 nm, exatamente na região de maior absorção da energia radiante pela lignina. Foram ajustados modelos de calibração multivariados utilizando a técnica de regressão linear por componentes principais. Com o objetivo de se otimizar a capacidade de predição dos modelos de calibração foram empregadas técnicas de pré-processamento dos dados espectroscópicos, como variações na resolução espectral, filtragem polinomial e transformações matemáticas sobre a reflectância, como o cálculo da absorbância, a aplicação da função de Kubelka-Munk, a divisão pela variância, a extração da raiz quadrada e a função de Box-Cox, sucedidas ou não pelo cálculo das derivadas primeiras e segundas. Concluiu-se que é possível obter-se modelos que apresentaram R2 na validação igual a 0,89 e RMSEP igual a 5% (40,75 kg/m3) utilizando 5 componentes principais da reflectância como variáveis inde- pendentes. O método aqui empregado não forneceu bons resultados no desenvolvimento de modelos de calibração para a rugosidade, a dureza e a resistência à compressão.