Ciência Florestal
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Item O papel das reservas privadas na conservação da natureza(Universidade Federal de Viçosa, 2024-07-01) Almeida, Marcello Pinto de; Lima, Gumercindo Souza; http://lattes.cnpq.br/8673606882090076As áreas naturais protegidas (ou áreas protegidas, somente) constituem a principal estratégia de conservação in situ em escala global. Essas áreas podem ser estabelecidas sob governança privada, caracterizando uma área protegida privada (PPA, acrônimo em inglês). As PPAs ocorrem sob diferentes modelos ao redor do mundo. Assim, o presente trabalho teve como primeiro objetivo caracterizar, em termos de permanência e estabilidade, o principal tipo de PPA existente em países megadiversos, quais sejam: Austrália, África do Sul, México, Colômbia, Peru, Colômbia e Brasil. Nos capítulos subsequentes, o principal tipo de PPA existente no Brasil (Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN) foi alvo de duas análises. A primeira visou avaliar a qualidade dos fragmentos florestais protegidos por RPPNs, em Minas Gerais, por meio de métricas da paisagem (área, forma e proximidade). A segunda diz respeito à concepção de um modelo preditivo de fragilidade ambiental por meio de análise multicritério, considerando precipitação, fluxo acumulado, declividade, tipo de solo e cobertura do solo. Os resultados elucidaram o alcance temporal da proteção proporcionada pelas PPAs nos diferentes países e evidenciaram que as RPPNs constituem um dos mais sólidos mecanismos de conservação voluntária em terras privadas em todo o mundo. Em relação aos fragmentos florestais protegidos por RPPNs, as principais métricas analisadas indicaram um tamanho médio de 165 hectares e um alto grau de isolamento, condizente com o cenário de alta fragmentação existente na Mata Atlântica. O índice desenvolvido a partir da interação das métricas de paisagem demonstrou que mesmo fragmentos de tamanho reduzido podem constituir habitats de qualidade. Por último, a análise sobre a fragilidade ambiental atestou sua aplicabilidade no planejamento e manejo de trilhas em áreas protegidas, como parques e RPPNs. Ademais, o modelo preditivo proposto representa uma ferramenta replicável, podendo ser utilizada em outras áreas protegidas, especialmente aquelas situadas na Mata Atlântica. Este trabalho se propôs a investigar um tema ainda pouco explorado na literatura científica: as áreas protegidas privadas. A importância dessas áreas, em escala global e regional, foi evidenciada nos capítulos I e II, respectivamente. Assim, o fortalecimento e expansão da rede de PPAs em todo o mundo é uma estratégia imprescindível para frear o declínio da biodiversidade atualmente em curso. Além disso, como demonstrado no capítulo III, os impactos negativos oriundos da visitação em RPPNs podem ser mitigados a partir do mapeamento da fragilidade ambiental desses ambientes, em especial, das trilhas abertas ao público, que devem ser planejadas e implementadas seguindo parâmetros técnicos adequados. Palavras-chave: Áreas de conservação particular; Áreas protegidas privadas; Conservação de terras privadas; Conservação voluntária; Reserva Particular do Patrimônio Natural.Item Avaliação do manejo da visitação no Parque Nacional do Caparaó - MG(Universidade Federal de Viçosa, 2015-08-10) Almeida, Marcello Pinto de; Martins, Sebastião Venâncio; http://lattes.cnpq.br/8673606882090076Desde a década de 70, diversas iniciativas têm sido empreendidas com o intuito de promover o manejo adequado da visitação nas áreas protegidas espalhadas por todo o planeta. No Brasil, entretanto, o planejamento e desenvolvimento de ações de manejo da visitação ainda acontece de forma incipiente, contrapondo- se ao expressivo incremento de visitantes observado nas unidades de conservação brasileiras. O presente trabalho buscou comparar duas metodologias de manejo da visitação, apontando suas similaridades e particularidades, além de identificar os principais impactos ambientais negativos nos locais abertos ao uso público, adotando-se como área de estudo o Parque Nacional do Caparaó. As metodologias selecionadas, Capacidade de Carga Turística (CCT) e Número Balizador da Visitação (NBV), baseiam-se em diagnósticos ambientais preliminares para obtenção da estimativa do número de visitantes que um determinado local pode suportar, por dia, sem apresentar danos acentuados sobre os recursos naturais. Em 2014, o Parque Nacional do Caparaó registrou recorde de visitação, sendo que, neste mesmo ano, o número máximo de visitantes que a unidade recebeu em um único dia foi de 731 pessoas. Assim, a atual intensidade de visitação que ocorre no parque não excede a Capacidade de Carga Turística ou o Número Balizador da Visitação estabelecidos neste trabalho, cujos valores foram, respectivamente, 1.322 e 2.310 visitantes por dia, considerando especificamente a Trilha ao Pico da Bandeira a partir da Tronqueira. O Número Balizador da Visitação, metodologia mais recente, tem sua origem no conceito de Capacidade de Carga Turística, contudo verificam-se diversos avanços. Os fatores limitantes utilizados na estimativa do NBV, por exemplo, vagas no estacionamento e tamanho da área de camping, são menos subjetivos que os fatores de correção considerados no cálculo da CCT, por exemplo, acessibilidade e alagamento. Além disso, os fatores limitantes são mais dinâmicos que os fatores de correção, ou seja, se alteram com maior facilidade. Outra vantagem comparativa do NBV é sua abordagem mais específica. Em outras palavras, a CCT é estimada uma única vez para todo o percurso, ao passo que o NBV é estabelecido individualmente para cada fator limitante de manejo, permitindo a concepção de resultados mais fidedignos.