Ciência Florestal
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Item A cadeia produtiva da madeira para energia(Universidade Federal de Viçosa, 2005-03-31) Fontes, Alessandro Albino; Silva, Márcio Lopes da; http://lattes.cnpq.br/5310343581017203O presente estudo buscou diagnosticar a cadeia produtiva agroindustrial da madeira para energia e sugerir iniciativas que visem, principalmente, o aumento da eficiência técnico-operacional e gerencial dos negócios da madeira, assim como a melhor coordenação entre seus atores. O trabalho tomou por referência conceitual o Enfoque Sistêmico de Produto e empregou-se a Metodologia do Programa Sebrae: Cadeias Produtivas Agroindustriais (SEBRAE, 2000), para o diagnóstico da cadeia. Para o levantamento de informações foram utilizados os métodos de pesquisa rápida: condução de entrevistas informais e semi- estruturadas com atores-chave da cadeia e a observação direta dos estágios que a compõem, associado ao uso intensivo de informações de fontes secundárias. A cadeia foi definida a partir dos principais produtos finais, lenha e carvão vegetal. Foi entrevistado um total de 40 pessoas, distribuídas igualmente nos principais segmentos da cadeia e no seu ambiente institucional, sendo estes: produtores, empacotadores, transportadores, comerciantes, distribuidores e consumidores em geral de lenha e carvão vegetal, especialistas e representantes de entidades de classe, órgãos público, entre outros. Os dados qualitativos das entrevistas infor- mais e semi-estruturadas com atores-chave da cadeia, bem como os relatos de observação direta dos seus estágios, foram compilados de forma a retratar a atual situação da cadeia agroindustrial. Os dados quantitativos foram tabulados em planilhas eletrônicas e as séries temporais analisadas, principalmente, por meio de gráficos, identificando a evolução destas ao longo do tempo. Evidenciou-se um segmento de produção bastante precário e impossibilitado de atender a um aumento da demanda de lenha e carvão no curto e médio prazo. Os estoques florestais plantados não são suficientes nem para atender à demanda atual e as novas áreas reflorestadas, anualmente, estão muito aquém do volume necessário. Somam-se a isto a baixa produtividade de muitos dos reflorestamentos já implan- tados e os baixos índices de conversão obtidos em muitas carvoarias. O segmento de comercialização e distribuição também mostrou-se bastante precário com participação de vários tipos de fornecedores e de intermediários, onde verificou- se uma baixa incidência de contratos e planejamento de mercado. Também, as perdas decorrentes do manuseio, as condições de conservação das rodovias e as longas distâncias de transporte elevam o custo do produto e diminuem o lucro do produtor. No segmento de consumo, parte significativa da lenha é consumida no setor residencial para cocção de alimentos. Outra parte considerável é transformada em carvão, consumido, principalmente, nas siderúrgicas. Estas garantem o suprimento com produção própria, realizando fomento, ou adquirindo carvão no mercado. Por fim, verificou-se que existem algumas incertezas relacionadas à cadeia produtiva da madeira para energia, principalmente em relação ao carvão vegetal, geradas por pressões ecológicas por parte da sociedade civil organizada; pela legislação, onde os grandes consumidores ficam obrigados a se auto-abastecerem; pela conjuntura interna e externa, de forma que, dadas às condições de taxa de câmbio e de comercialização externa, defini-se a competiti- vidade relativa de um redutor em relação ao outro; e, também, pelo fato de a maior parte do carvão ser destinada à siderurgia, enfrentando a concorrência do carvão mineral importado e de outros energéticos.Item A certificação florestal na indústria moveleira nacional com ênfase no Pólo de Ubá, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2005-07-18) Alves, Ricardo Ribeiro; Jacovine, Laércio Antônio Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/8779279236738059O presente estudo teve como objetivo avaliar a certificação florestal na indústria moveleira nacional e seu potencial de implantação nas empresas do pólo moveleiro de Ubá, em Minas Gerais. Consideraram-se no estudo as empresas desta indústria que possuíam a certificação de cadeia de custódia e empresas do referido pólo com experiência exportadora. Buscou-se, em ambos os casos, informações de mercado e estratégia de vendas, relacionando-as com a certificação florestal. O instrumento de coleta de dados utilizado foi o questionário. Verificou-se que a certificação constitui-se num fator de importância no processo de exportação das empresas moveleiras nacionais, propiciando uma melhoria na sua imagem perante a sociedade. O processo de certificação foi, no geral, realizado com menos de um ano, e os gastos maiores foram com a preparação da empresa. Nas empresas do pólo de Ubá, a maioria desconhecia a certificação florestal e acreditava que seus clientes a exigirão em um futuro próximo. Parte delas, no entanto, já atende, plena ou parcialmente, às exigências para certificação. Tendo em vista os resultados encontrados, pode-se concluir que os custos da certificação florestal são acessíveis e podem ser suportados pelas empresas do pólo moveleiro de Ubá. Essa certificação pode contribuir para incrementar as vendas das empresas da indústria moveleira, entre as quais as do pólo de Ubá, MG.Item A percepção sobre o uso da madeira de eucalipto pelos fabricantes do pólo moveleiro de Ubá-MG(Universidade Federal de Viçosa, 2005-07-18) Teixeira, Tatiana de Oliveira Borges; Silva, Márcio Lopes da; http://lattes.cnpq.br/4185447305612077O presente trabalho teve como principal objetivo analisar a percepção dos fabricantes do pólo moveleiro de Ubá-MG quanto à utilização da madeira de eucalipto para fabricação de móveis. A crescente restrição ambiental ao uso de madeiras provenientes de florestas nativas, exploradas de forma ilegal, e o distanciamento entre as zonas de produção e de consumo têm desencadeado profundas mudanças no setor moveleiro, que teve seu abastecimento de matéria-prima comprometido pela escassez de madeira e pelo conseqüente aumento nos seus custos de produção. Este cenário tem estimulado a utilização da madeira de reflorestamento, principalmente a de eucalipto. Com o avanço tecnológico, os problemas de algumas espécies desse gênero, como rachaduras e empenamentos, estão sendo sanados e a madeira de eucalipto tem obtido ganhos de qualidade e produtividade. Apesar disso, existe ainda uma certa resistência ao seu uso por parte dos fabricantes de móveis, onde pesam conceitos ultrapassados e mitos. Diante deste fato, elaborou-se um questionário que foi aplicado aos empresários do pólo moveleiro de Ubá que utilizam madeira maciça na fabricação de móveis, sendo 17 do segmento de sala de jantar, 21 do segmento de cama e 6 do segmento de móveis sob encomenda. Como resultado, observou-se que a maior parte dessas empresas é de pequeno porte e está no mercado há menos de dez anos. O consumo total de madeira maciça é da ordem de 987,5 m3 mensais, onde predominam as essências florestais de origem nativa. A experiência de uso da madeira de eucalipto foi constatada em 43,2% das empresas, devendo ser ressaltado que a maior parte tomou conhecimento das potencialidades do eucalipto, principalmente, através de representantes comerciais e feiras visitadas. Os principais fatores que influenciaram seu uso foram: o fato de a madeira ser proveniente de floresta plantada, ter características uniformes, além da escassez de madeira oriunda de florestas nativas. A grande maioria das empresas considera a madeira de ótima qualidade e o preço razoável. Das empresas que nunca usaram a madeira de eucalipto, 88% já ouviram falar das suas potencialidades, mas não usam porque têm pouco conhecimento sobre o assunto, faltam fornecedores, não há demanda por parte dos consumidores e consideram alto o preço dessa madeira. Conclui-se que a maioria das empresas tem interesse de usar a madeira de eucalipto no futuro, desde que elas tenham maiores informações e que o preço seja acessível.Item Absorção de fósforo por mudas: de Jacaranda- da-Bahia (Dalbergia nigra (Vell.) Fr. Allem.) e de Vinhático (Plathymemia foliolosa Benth.) na presença de Gigaspora margarita Gerd. e Taxt(Universidade Federal de Viçosa, 1996-07-26) Chaves, Lúcia de Fátima de Carvalho; Borges, Rita de Cássia Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/0758932696435975Estudou-se, em casa de vegetação e em câmara de crescimento, o crescimento e a cinética de absorção de fósforo em mudas de jacarandá- da-bahia [Dalbergia nigra (Vell.) Fr. Allem.] e de vinhático (Plathymenia foliolosa Benth.), influenciados pela inoculação com Gigaspora margarita Gerd. e Taxt. As plantas foram cultivadas em substrato, constituído pela mistura de solo, areia e vermiculita, na proporção volumétrica de 1:1:1, na ausência e na presença do fungo micorrízico vesículo-arbuscular (MVA) [G. margarita, tendo-se avaliado a altura, os pesos de matéria fresca e seca dos componentes das mudas, a absorção de nutrientes e a colonização das raízes, aos 98 dias de cultivo em vasos. Também foi estudada a cinética de absorção de fósforo (P) pelas plantas, transferidas do substrato de crescimento para solução nutritiva, utilizando-se diferentes tempos de omissão de P (12, 10, 8 e 6 dias) da solução. As mudas de jacarandá-da- bahia e de vinhático, inoculadas com G. margarita, apresentaram maiores crescimento em altura e pesos de matéria fresca e seca da parte aérea e do sistema radicular, maiores conteúdos de P, K, Ca e Mg, na parte aérea e no sistema radicular, menores valores do Vmáx., Km 6 Cmín, e maior absorção de P durante o ensaio de cinética, do que as não-inoculadas. Não houve efeito significativo (P > 0,05) dos tempos de omissão de P, sobre os parâmetros cinéticos de absorção, nem sobre as características de crescimento ou nutricionais das plantas. Gigaspora margarita foi mais eficiente na produção de mudas de jacarandá-da-bahia do que na produção de mudas de vinhático. Conclui-se que a inoculação com G. margarita permite o crescimento mais rápido de mudas de jacarandá-da-bahia e de vinhático, em razão da maior absorção de nutrientes e da maior eficiência na absorção de P.Item Agrossilvicultura com eucalipto como alternativa para o desenvolvimento sustentável da Zona da Mata de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2004-07-30) Vale, Rodrigo Silva do; Couto, Laércio; http://lattes.cnpq.br/5682291800735657O objetivo deste trabalho foi fazer uma análise da viabilidade técnica, econômica, social e ambiental da agrossilvicultura com eucalipto como uma alternativa para o desenvolvimento sustentável da Zona da Mata de Minas Gerais. A partir de um levantamento de informações do estado da arte do conhecimento e da prática da agrossilvicultura com eucalipto na Zona da Mata Mineira e de uma caracterização das condições ambientais e do uso da terra na região, definiu-se um modelo de sistema agroflorestal com eucalipto para a Zona da Mata mineira, com uma descrição detalhada do sistema. Neste sentido, o sistema agroflorestal modelizado (pecuária leiteira em sistema silvipastoril) e os seus componentes em sistema de monocultivo foram comparados quanto ao ambiente, produtividade física, por meio do índice de equivalência de área (IEA), e viabilidade econômica, por meio de uma análise financeira utilizando métodos de avaliação de projetos, como: valor presente líquido (VPL), valor anual equivalente (VAE), valor esperado da terra (VET), razão benefício/custo (B/C) e a taxa interna de retorno (TIR). Para tanto, considerou-se no presente estudo três atividades distintas: Sistema I (reflorestamento com eucalipto), Sistema II (pecuária leiteira convencional) e o Sistema III (Sistema Silvipastoril – eucalipto + pecuária leiteira). Os custos e as receitas foram estimados em Reais/ha. Por meio dos resultados obtidos verificou-se que o IEA total foi de 1,93, sendo 0,8 para o reflorestamento e 1,13 para a pecuária leiteira. Deste modo, 1 ha de consórcio equivaleria, neste caso, a 1,93 ha distribuídos entre as monoculturas de pastagem e eucalipto, com um ganho de quase 100% em área. Para todos os métodos de análise financeira utilizados, os três sistemas avaliados são economicamente viáveis. O maior VPL foi obtido com o sistema III (R$16.302,54), seguido do sistema I (R$7.223,94) e sistema II (R$6.015,27). O Sistema I apresentou a maior relação benefício/custo (3,24) enquanto a menor ficou com o Sistema II (1,28). O VET (R$25.482,97) e o VAE (R$1.904,62) foram maiores para o Sistema III, seguido do Sistema I (VET = R$12.224,86 e VAE = R$843,97) e II (VET = R$10.456,87 e VAE = R$702,76). Das atividades analisadas o Sistema II apresentou o maior TIR (52%), seguido do Sistema III e I, 27,5% e 24,8% respectivamente. Concluiu-se que, diante da caracterização dos diferentes ambientes encontrados na Zona da Mata Mineira, os sistemas silvipastoris (eucalipto + pecuária leiteira) são técnica, econômica, social e ambientalmente viáveis, indicando que o sistema silvipastoril com eucalipto representa uma alternativa para o desenvolvimento sustentável da região.Item Análise da conduta ambiental de empresas das indústrias de celulose e papel, siderúrgica e sucroalcooleira(Universidade Federal de Viçosa, 2004-03-25) Viana, Wellerson David; Jacovine, Laércio Antônio Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/6233414161516412As organizações governamentais e não-governamentais, a mídia, a sociedade civil e as instituições financeiras têm pressionado as empresas a inserirem a questão ambiental em suas atividades. Em resposta a esta questão, elas têm adotado uma série de medidas, entre elas, a implementação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), objetivando a obtenção da certificação ISO 14001. Entretanto, tais modelos não permitem inferir o comportamento que tais empresas têm com relação à questão ambiental, ou seja, não se pode inferir qual a conduta ambiental que estas empresas adotam. Desta forma, é necessário conhecer a conduta ambiental das organizações, de forma a transparecer às partes interessadas, o seu compromisso com as questões ambientais, transformando em um efetivo comportamento gerencial. Assim, objetivou-se com este trabalho, analisar a conduta ambiental de empresas das indústrias de Celulose e Papel, Siderúrgica e Sucroalcooleira.. Os objetivos específicos foram: Identificar o posicionamento das empresas em relação à sua conduta ambiental, buscando traçar o perfil de conduta ambiental das mesmas; analisar as funções gerenciais que compõem a Matriz de Conduta Ambiental e verificar a uniformidade dos indicadores de conduta ambiental e analisar os fatores determinantes da performance ambiental. Para alcançar tais objetivos, baseou-se no modelo ECP-Ambiental (Estrutura-Conduta-Performance - Ambiental), elaborado por ABREU (2001). Para a coleta de dados, adotou-se um questionário que se baseou em uma matriz que relaciona as funções gerenciais com um conjunto de indicadores de conduta ambiental. Tais indicadores foram desenvolvidos para refletir a qualidade do gerenciamento ambiental ao longo do seu sistema de negócios, que inclui administração (geral, jurídica, financeira, recursos humanos, compras e marketing), pesquisa, desenvolvimento, produção e manutenção. Com base nessa matriz, a conduta ambiental foi classificada como: fraca, de 21 a 35 pontos; intermediária, de 36 a 49 pontos ou forte, de 50 a 63 pontos. O percentual de retorno à pesquisa foi baixo para as empresas da indústria Sucroalcooleira (7,09%) e maior para a indústria de Celulose e Papel e Siderúrgica, com 30,77% e 28,13%, respectivamente. Apesar destes percentuais serem considerados aceitáveis, segundo a Diretriz para seleção do tamanho mínimo da amostra, medianamente rigorosa, adaptada de LITLLE (1997), citado por JACOVINE (2000), os resultados deste estudo não podem ser extrapolados para as indústrias como um todo, referindo-se somente às empresas que responderam ao estudo. Desta forma, pode-se considerar a pesquisa como exploratória, permitindo um melhor conhecimento do problema e servindo de base para futuros trabalhos mais aprofundados sobre o assunto. Através dos resultados, verificou-se que as indústrias de Celulose e Papel e a Siderúrgica são as que apresentaram melhor performance ambiental, uma vez que, 87,50% das empresas de Celulose e Papel e 66,67% das empresas Siderúrgicas adotam uma conduta ambiental forte. Ao contrário, pôde-se observar que a indústria Sucroalcooleira apresentou uma menor performance ambiental, uma vez que 63,64% das empresas desta indústria apresentam uma conduta ambiental intermediária e apenas 36,36% adotam conduta ambiental forte. Ao se realizar a análise de forma individual para cada indústria, pôde-se observar claramente que a importância despendida a cada função se diferencia para cada indústria. Para as empresas da indústria de Celulose e Papel, os esforços são despendidos de forma equilibrada entre todas as funções gerenciais, com exceção da função gerencial “Administração Jurídica”, o que lhe garante uma boa performance ambiental. Para as empresas da indústria Siderúrgica, as funções “Recursos Humanos”, “Compras” e “Marketing” são as que recebem menores esforços por parte das mesmas. Para as empresas da indústria Sucroalcooleira, as funções “Recursos Humanos”, “Compras” e “Marketing”, juntamente com as funções “Administração Jurídica”, “Administração Financeira” e “Produção e Manutenção” são as que recebem menores esforços. Conclui-se que a maior performance ambiental das empresas das indústrias de Celulose e Papel e Siderúrgicas é determinada pela maior inserção internacional, seja através das exportações e seus destinos, seja pelas exigências de seus acionistas e consumidores; pela maior presença de capital estrangeiro no controle acionário destas empresas; pela maior atuação destas empresas nos mercados internacionais; e pela localização mais próxima destas empresas dos grandes centros populacionais.Item Análise da paisagem urbana e o planejamento ambiental em Anna Florência, Ponte Nova, Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-29) Lustoza, Regina Esteves; Gonçalves, Wantuelfer; http://lattes.cnpq.br/6078996095717172O presente trabalho traz um estudo de caso, abrangendo a área da antiga Usina Anna Florência, que teve como proprietária a Compania Agrícola Pontenovense. Em 1997, a referida área foi transformada em bairro de Ponte Nova, município pertencente à Zona da Mata Mineira, estando situado na microbacia hidrográfica do ribeirão dos Oratórios, tendendo a experimentar intensa transformação, no que se refere aos aspectos naturais e construtivos. A pesquisa teve como objetivo teórico, abordar três aspectos: a morfologia da paisagem urbana; a microbacia hidrográfica como unidade de planejamento; e o planejamento ambiental urbano. O estudo foi elaborado nas seguintes fases: levantamento de campo; trabalho de escritório; análise e mapeamento. Tomando como base os estudos desenvolvidos, concluiu-se que o trabalho traz subsídios e diretrizes para o planejamento e desenho ambiental urbano para municípios de pequeno e médio porte.Item Análise de fatores ergonômicos em indústrias do pólo moveleiro de Ubá, Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2003-06-27) Silva, Kátia Regina; Souza, Amaury Paulo de; http://lattes.cnpq.br/5667540961833537Os ambientes e os postos de trabalho onde são realizadas as atividades de fabricação de móveis oferecem riscos que podem vir a comprometer a saúde, a segurança e o bem-estar dos trabalhadores. Os riscos ambientais físicos, os riscos químicos e os riscos relacionados à adoção de posturas inadequadas são os riscos comumente encontrados nesses ambientes. Além do que, nas atividades de fabricação de móveis, nem sempre os postos de trabalho, as ferramentas, as máquinas e os equipamentos são adequados às condições antropométricas dos trabalhadores, e nem estes são suficientemente treinados para utilizá-los corretamente. Visando à melhoria da saúde, da segurança e do bem-estar dos trabalhadores, esta pesquisa teve como objetivo fazer uma análise dos fatores ergonômicos relacionados ao processo de fabricação de móveis em indústrias do pólo moveleiro de Ubá, MG, por intermédio do levantamento dos fatores humanos relacionados ao trabalho e das condições de trabalho; da avaliação dos fatores físicos do ambiente de trabalho: ruído, luz e temperatura; do levantamento antropométrico; e da avaliação biomecânica das atividades. Os dados referentes aos fatores humanos e às condições de trabalho foram obtidos mediante a aplicação de questionários, na forma de entrevista, e de observações do local. Os dados antropométricos foram obtidos por meio de medições de variáveis do corpo humano na posição em pé. A avaliação biomecânica foi feita através da análise bidimensional, utilizando a técnica da filmagem do trabalhador em perfil e análise com o “software” desenvolvido pela Universidade de Michigan. Os níveis de ruído durante a jornada de trabalho foram determinados utilizando-se um dosímetro de ruído; os níveis de iluminância foram obtidos, no plano de trabalho, com auxílio de um luxímetro digital; e a sobrecarga térmica foi avaliada determinando-se o Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG). Os resultados obtidos permitiram constatar que o treinamento e a conscientização dos trabalhadores têm fundamental importância para assegurar sua saúde, segurança e bem-estar, e como conseqüência obter melhor aproveitamento e qualidade dos produtos fabricados, beneficiando empregado e empregador. Os níveis de ruído encontrados foram elevados para a maioria das atividades, ultrapassando, para uma jornada de trabalho de 9 horas, o limite de 84 dBA, valor recomendado pela Legislação Brasileira para Atividades e Operações Insalubres (Norma Regulamentadora N015 - NR 15 -, Anexo 1, Portaria 3.214 do Ministério do Trabalho e Emprego). O IBUTG médio nos setores apresentou valores abaixo do limite máximo permitido pela NR 15, Anexo 3. A iluminância encontrada foi insuficiente para a maioria dos postos de trabalho do setor de acabamento, com valores abaixo dos recomendados pela Norma Brasileira NBR 5413/92. De acordo com os dados antropométricos, os postos de trabalho apresentaram, em média, altura fora dos limites adequados. Em relação à avaliação biomecânica, nenhuma das atividades oferecia riscos de compressão do disco L5-S1 da coluna vertebral. Quanto ao risco de lesão nas articulações do corpo, as atividades de grampeamento de fundos e tampos de guarda- roupas e de montagem de portas dos mesmos apresentaram riscos de lesão para a articulação do cotovelo. O mesmo resultado foi encontrado para a atividade de “soldagem a ponto” de móveis de aço, não sendo possível a realização das atividades com segurança, sem risco de lesão.Item Análise ergonômica da produção de mudas de eucalipto em viveiro, no Vale do Rio Doce, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2004-02-25) Alves, José Urbano; Souza, Amaury Paulo deA pesquisa foi desenvolvida a partir de dados coletados em viveiro florestal no Vale do Rio Doce, MG, para estudar os fatores ergonômicos relacionados às atividades exercidas nesses ambientes, visando à melhoria da saúde, do bem-estar, da segurança, do conforto e da produtividade dos trabalhadores. Os objetivos específicos foram: levantamento antropométrico e do perfil e condições de trabalho; avaliação biomecânica e da carga de trabalho físico; análise de riscos de lesões por esforços repetitivos/LER; e caracterização dos fatores do ambiente de trabalho, sobrecarga térmica, luminosidade e ruído. Os dados foram coletados por meio de entrevistas individuais e de medições e avaliações das atividades desenvolvidas. Os resultados indicaram que os trabalhadores possuíam idade média de 32 anos e começaram a trabalhar com a idade de 15,6 anos, em média. Entre os trabalhadores, 36,0% eram casados e tinham, em média, 2,2 filhos. O tempo médio de trabalho na empresa era de 3,7 anos, no entanto, para 20,0% desses trabalhadores, o tempo era de 15,6 anos. Dos trabalhadores florestais, 64,0% aprenderam a função na própria empresa, sendo nesta o tempo igual ao na função. Em relação à saúde, 16,0% dos entrevistados afirmaram ter algum problema de saúde atualmente, do tipo alergias e problemas na coluna. Da população estudada, 24,0% freqüentavam a escola, e, dos que não estavam estudando, 72,0% tinham vontade de voltar a estudar, sendo o valor das mensalidades, o cansaço e a falta de tempo citados como os principais fatores limitantes. Os resultados antropométricos permitiram concluir que a largura máxima para os estaleiros e bancadas, para o percentil de 5%, era de 73,3 cm, enquanto a altura das bancadas e estaleiros para a população estudada, de 101 cm, no percentil 20%. A operação de maior exigência física foi o transporte de mudas para os estaleiros utilizando carrinho, apresentando valor de carga cardiovascular de 30,8%, no entanto nenhuma das atividades avaliadas apresentou valor acima do limite máximo aceitável de 40%. A maioria das atividades foi classificada como leve, com exceção das atividades de preparo de substrato; cobertura dos tubetes com vermiculita fina; transporte de mudas utilizando carrinho; e primeira seleção, as quais foram consideradas moderadamente pesadas. O transporte de muda foi a única atividade que apresentou força de compressão do disco da coluna acima da carga-limite superior, e todas as atividades avaliadas ultrapassaram essa carga recomendada em pelo menos uma fase do ciclo e em pelo menos uma articulação. Os resultados sobre o risco de lesões por esforços repetitivos permitiram concluir que todas as atividades avaliadas, exceto para a primeira seleção, foram classificadas como de alto risco. Os níveis de ruído e os valores do Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG) encontrados não ultrapassaram os limites de 85 dB(A) e 26,7 oC, respectivamente, estipulados pela Norma Brasileira dos Manuais de Legislação Atlas sobre Segurança e Medicina do Trabalho. A luminosidade encontrada foi considerada insuficiente nos postos de trabalho das atividades: embandejamento de tubetes, estaqueamento e corte de estacas, de acordo com os níveis estabelecidos pela NBR 5413, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).Item Análise hidroambiental da bacia hidrográfica da Cachoeira das Pombas, Guanhães, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-22) Tonello, Kelly Cristina; Dias, Herly Carlos Teixeira; http://lattes.cnpq.br/3844965971290638O objetivo deste trabalho foi efetuar a caracterização morfométrica e avaliar a questão hidroambiental da bacia hidrográfica da Cachoeira das Pombas, em Guanhães, Minas Gerais, visando o seu manejo. O estudo foi dividido em dois capítulos. O primeiro trata da caracterização morfométrica, obtendo-se parâmetros como área de drenagem, perímetro, coeficiente de compacidade, fator de forma, índice de circularidade, dentre outros. Para um estudo mais detalhado, procurou-se também caracterizar suas sub-bacias. Já o segundo capítulo, busca a caracterização das nascentes, quanto ao seu tipo, persistência de fluxo, estado de conservação, valores de vazão e avaliação do estado de conservação hídrico e ambiental. De forma geral, constatou-se que a área estudada possui forma alongada, com baixa densidade de drenagem, relevo forte ondulado e declividade média de 33,9 %. Quanto ao estado conservação hídrico e ambiental da bacia hidrográfica, conclui-se pela necessidade de se realizar práticas de manejo integrado dos recursos naturais, uma vez que a vazão dos cursos d’água apresentou-se desregularizada, com grandes oscilações entre as estações chuvosa e seca, além da presença de vários focos de erosão e assoreamentos.Item Análise técnica e econômica de sistemas agroflorestais em Machadinho d’Oeste, Rondônia(Universidade Federal de Viçosa, 2003-11-21) Gama, Michelliny de Matos Bentes; Silva, Márcio Lopes da; http://lattes.cnpq.br/3499005825048351Os objetivos deste estudo foram avaliar a produção, a eficiência do uso da terra, o retorno financeiro e o risco de investimento em sistemas agroflorestais (SAFs) tradicionalmente utilizados no Estado de Rondônia. Os dados dos sistemas agroflo- restais foram originários de um experimento de 15 anos, pertencente à Embrapa, instalado no Campo Experimental de Machadinho d’Oeste, no nordeste do Estado de Rondônia. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados com quatro repetições e a análise seguiu o esquema de parcelas subdivididas, estudando-se nas parcelas oito sistemas de produção e, nas subparcelas, o tempo de produção. As espécies utilizadas foram: banana (Musa sp.) - Ba, pimenta-do-reino (Piper nigrum L.) - Pm, cupuaçu (Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng.) K. Schum.) - Cp, castanha-do- brasil (Bertholletia excelsa H.B.K.) - Ca, freijó (Cordia alliodora ((Ruiz & Pav.) Oken) - Fr e pupunha (Bactris gasipaes Kunth) - Pu. Os tratamentos consistiram em sistemas agroflorestais: T1 T6 Pu, T7 Ba e T8 Ca-Ba-Pm-Cp, Pm. T2 Fr-Ba-Pm-Cp, T3 Pu-Ba-Pm-Cp; e monocultivos: T4 Ca, T5 Fr, Os dados dos sistemas agroflorestais (SAFs) foram analisados de forma comparativa com os dos monocultivos; a situação observada nos SAFs foi considerada a desejável. A eficiência do uso da terra com sistemas agroflorestais em relação aos monocultivos foi avaliada por meio da Produtividade Relativa (PR) e do Índice de Equivalência da Terra (IET). A análise financeira dos sistemas agroflorestais foi apoiada nos critérios econômicos de avaliação de projetos florestais. Os dados foram analisados a partir da formação do fluxo de caixa, incluindo os custos e as receitas ao longo do horizonte de planejamento de cada sistema de produção; a situação de maior retorno econômico foi considerada a desejável. O risco de investimento foi realizado mediante simulações feitas no software @RISK para o sistema agroflorestal com os melhores resultados financeiros. As principais conclusões foram que as espécies testadas são apropriadas para o plantio em sistemas agroflorestais multiestratos; a densidade populacional apresentou-se como fator de grande influência sobre o desempenho produtivo das espécies agrícolas; a associação de espécies não afetou o crescimento das espécies arbóreas castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa) e freijó (Cordia aliodora), sendo necessário um monitoramento a longo prazo da produção de frutos de castanha-do-brasil para melhores conclusões sobre seu comportamento produtivo; os resultados da PR e do IET mostraram que o SAF T1 Ca-Ba-Pm-Cp é a melhor alternativa de produção em relação aos SAFs T2 Fr-Ba-Pm-Cp e T3 Pu-Ba-Pm-Cp; os SAFs foram, por um período contínuo de 10 anos, a forma de uso da terra mais eficiente que os monocultivos; os custos com tratos culturais e colheita representaram mais de 70% da composição dos custos totais; a participação da mão-de-obra foi superior a 50% nas fases de preparo da área e de manutenção dos sistemas agroflorestais; todos os sistemas de produção foram economicamente viáveis, sendo T1 Ca-Ba-Pm-Cp o sistema agroflorestal com melhor desempenho financeiro; e, apesar do alto custo de implantação e manutenção, o risco de investimento neste sistema agroflorestal foi comprovadamente menor, com resultados favoráveis ao investimento, de acordo com as simulações de risco e os resultados dos indicadores financeiros aplicados.Item Análise técnica e econômica de subsistemas de colheita de madeira de eucalipto em terceira rotação(Universidade Federal de Viçosa, 2000-10-03) Moreira, Fábio Murilo Tieghi; Souza, Amaury Paulo deEste estudo foi conduzido em povoamentos de eucalipto de uma empresa florestal do Estado de São Paulo, com o objetivo central de analisar técnica e economicamente quatro subsistemas de colheita de madeira de eucalipto em terceira rotação. Os subsistemas estudados foram: subsistema 1) Feller-Buncher + Skidder + Slingshot; subsistema 2) Feller-Buncher + Slingshot + Forwarder; subsistema 3) Slingshot + Forwarder; e subsistema 4) corte semimecanizado + Forwarder. A análise técnica consistiu de um estudo de tempos e movimentos, com o objetivo de identificar e analisar os elementos do ciclo operacional de cada máquina estudada, bem como suas interrupções. Outros parâmetros técnicos determinados foram a produtividade, a disponibilidade mecânica e a eficiência operacional de cada máquina dentro de cada subsistema de colheita específico. A análise econômica consistiu na determinação dos custos operacionais, de produção e do rendimento ener- gético de cada máquina, assim como de cada subsistema de colheita como um todo. Empregou-se o delineamento em blocos, com três repetições e quatro tratamentos, perfazendo um total de 12 parcelas experimentais, em que foram avaliados os quatro tratamentos referentes aos subsistemas de colheita. Foram efetuadas análises de variância e testes de média para cada elemento parcial do ciclo, de comparar as produtividades, os custos de produção e o rendimento energético das máquinas dentro de cada subsistema, bem como para comparar os resultados totais de cada subsistema. De acordo com os estudos, concluiu-se que os subsistemas 1 e 3 apresentaram o menor e o maior custo de produção, respectivamente. Os subsistemas 2 e 4 apresentaram custos de produção muito próximos, não sendo a diferença considerada significativa. O subsistema 4 apresentou o pior rendimento energético. Em todas as etapas de cada subsistema, a produtividade das máquinas estudadas aumentou à medida que se aumentou o valor do volume médio por árvore. Todos os subsistemas de colheita estudados apresentaram potencial de melhorias em algumas das suas etapas.Item Análise técnica e ergonômica da produção de carvão vegetal de uma bateria de fornos de superfície do tipo rabo-quente(Universidade Federal de Viçosa, 2003-12-19) Faria, Manoel Marques de; Pimenta, Alexandre Santos; http://lattes.cnpq.br/2545335810279899O objetivo geral deste trabalho foi analisar os fatores ergonômicos no processo de produção de carvão vegetal em uma bateria de fornos rabo- quente, almejando uma melhoria no bem-estar, na saúde, na segurança, no conforto e na produtividade do operador de fornos de carbonização. Os objetivos específicos deste trabalho foram: 1) fazer um levantamento das condições de trabalho do operador de fornos de carbonização; 2) avaliar as características pessoais, sociais, econômicas e profissionais do operador; 3) avaliar os clima do local de t abalho (temperatura); 4) avaliar a capacidade r aeróbica do trabalhador; 5) avaliar a carga de trabalho do operador através do batimento cardíaco durante a jornada; 6) realizar o estudo do tempo consumido nas operações de carbonização; 7) fazer uma avaliação biomecânica das operações de carbonização. A metodologia empregada foi proposta por APUD (1987), COUTO (1996) e SANTANNA (1998). Pela análise das características geográfica-edafoclimáticas, do sistema de trabalho e da rotina diária, pôde-se perceber que as condições são adequadas para que o operador de fornos de carbonização desenvolva bem sua atividade laboral. Observou também que o operador de fornos de carbonização é um indivíduo jovem, mestiço, casado, com poucos filhos e poucos dependentes financeiros, baixo nível de escolaridade, estatura média de 171,40 cm e média de peso corporal de 68,40 kg. Dos entrevistados, 20% disseram ser analfabetos. Constatou-se que o operador é de origem predominantemente rural e religião católica. Além disso, registrou que os valores do índice de bulbo úmido e termômetro de globo (IBUTG) encontrados nos locais onde se desenvolveram as operações na atividade de carbonização estavam dentro dos limites estipulados pela Legislação Brasileira; não havendo sobrecarga térmica. Pelos resultados encontrados no teste do banco de Astrand, foi possível notar que o operador de fornos de carbonização possui uma boa capacidade aeróbica. Concluiu que a atividade de carbonização é considerada moderadamente pesada. Classificou também a carga de trabalho físico em cada operação em que a carga/descarga foi classifica como pesada e moderadamente pesada; barrelamento e expedição foram classificadas como moderadamente pesados; vedação, como leve. Havendo necessidade de pausas ao longo da jornada n operação de a carga/descarga. No estudo do tempo consumido em cada operação certificou- se que a operação de descarga consumiu menor tempo equivalente à 41% do total da jornada; as operações de carga e limpeza consumiram 60%; a operação de vedação é a que consumiu maior tempo correspondendo a 61,6% na jornada diária que é de 6 horas. Por meio da análise biomecânica, foi demonstrado que o limite de carga recomendado em todas as operações não seria suportado em todas as articulações pela maioria dos indivíduos. Na operação de carga, na fase de levantamento e deslocamento da tora, poderia haver risco de compressão do disco da coluna vertebral lombar 5 e sacro 1 (L5- S1), podendo causar lesão se o esforço fosse muito freqüente.Item Arborização participativa: implicações na qualidade das florestas urbanas(Universidade Federal de Viçosa, 2003-04-28) Lira Filho, José Augusto de; Gonçalves, Waltuelfer; http://lattes.cnpq.br/0760956439335303A conivência da vegetação urbana com a população e toda a infra-estrutura inserida no ecossistema urbano tem seus impactos e influências na qualidade das árvores. Especificamente no que concerne à relação entre a população e as árvores urbanas, a compreensão da convivência pacífica entre ambas passa pela necessidade de se conhecer o nível de participação popular no processo de arborização urbana, em termos de aceitação e conscientização, bem como da incidência de danos físicos causados às arvores, de origem antrópica. Nesse contexto, formulou-se a hipótese de que a qualidade das árvores urbanas está relacionada com o nível de participação popular na arborização. Para comprovação de tal hipótese, analisou-se a influência da arborização participativa sobre a qualidade das florestas urbanas no que se refere aos danos físicos nela incidentes, oriundos de causas antrópicas. Para isso, direcionou-se a pesquisa entre dois bairros periféricos de Cataguases-MG com experiências diferenciadas na arborização (participativa versus convencional), correlacionando-se com dois aspectos considerados importantes para a qualidade das árvores, ou seja, os danos antrópicos nelas incidentes, bem como o nível de participação popular na arborização. Utilizou-se a Análise Descritiva dos dados, obtidos a partir de inventário quali-quantitativo dos danos incidentes nas árvores e entrevistas direcionadas aos moradores dos bairros pesquisados, no sentido de analisar o nível de participação popular no processo de arborização urbana. Para o estudo de caso não se confirmou a hipótese testada, uma vez que a incidência de danos no bairro com experiência participativa foi maior (24%) em relação ao de arborização convencional (18%). Isso de deve ao fato de que no processo de arborização participativa há vários fatores de ordem social, econômica, cultural e psicossocial concorrentes para a garantia da qualidade das árvores. Acredita-se que haja possibilidade de a hipótese se confirmar nas situações em que o participativo se efetue de forma consistente e sistemática nas comunidades urbanas.Item Avaliação da conformidade ergonômica de cadeiras residenciais, visando ao redesign: estudo de caso do APL de Ubá e região, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2005-07-29) Costa, Fernanda Freitas; Souza, Amaury Paulo de; http://lattes.cnpq.br/5116377307441603Esta dissertação apresenta um estudo da conformidade ergonômica de cadeiras residenciais, visando ao redesign no contexto da indústria moveleira do Arranjo Produtivo local (APL) de Ubá e região. Com o objetivo de pesquisar os principais aspectos ergonômicos (conformidade dimensional dos dados antropométricos e aparência/estética) das cadeiras residenciais de madeira e tubulares da linha sala de jantar e cozinha, as mais representativas quanto a volume de vendas das empresas. Para isso, foi elaborado um formulário e estabelecidas questões orientadas, baseadas em tópicos como dados da empresa, dados de produto, critérios ergonômicos e design. A pesquisa foi realizada em 16, representando 72,72% das empresas de cadeiras. Esta pesquisa possibilitou obter dados, que, ao serem analisados e interpretados, permitiram traçar o perfil das cadeiras residências do APL em relação à conformidade dos dados antropométricos e caracterizar as empresas e as cadeiras quanto: empregos diretos, principais matérias-primas utilizadas, patente, exportação, presença de projeto de design, peças terceirizadas, modificações do produto, empilhamento do produto e variação de preços das linhas mais vendidas. Os resultados permitiram concluir: a ausência de projeto de design encontrada nas cadeiras no APL de Ubá e região foi verificada também pelo pequeno número de patentes, pela pequena participação nas exportações e pelo grande número de alterações no produto final quanto às dimensões; as dimensões das variáveis para o design de cadeiras encontradas na pesquisa estavam, em sua maioria, em desconformidade com os dados antropométricos da população brasileira, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Tecnologia (INT); o estilo estético-formal das cadeiras, em sua maioria, apresentou sinais da “cultura de cópia ou adaptação”, devido à proximidade e repetição de formas, nas que utilizam a mesma matéria-prima; e a importância dos profissionais de design de móveis, engenheiros, arquitetos e ergonomistas para a melhoria das cadeiras do APL de Ubá e região, por meio do desenvolvimento de projetos de redesign, uma ferramenta importante para a busca da conformidade dos dados antropométricos com os usuários e agregação de valores estético, funcional e comercial ao produto.Item Avaliação da efetividade de manejo em seis unidades de conservação do município do Rio de Janeiro, RJ(Universidade Federal de Viçosa, 2005-07-28) Rinaldi, Rafaela Rodrigues Pereira; Lima, Gumercindo SouzaA criação de unidades de conservação (UCs) é uma das estratégias adotadas por muitos países para conter os altos índices de devastação e proteger parte dos ecossistemas existentes. Entretanto, somente a criação de unidades de conservação não basta para assegurar o patrimônio natural de uma região. É preciso promover a implementação e o manejo efetivo destas áreas, para que elas possam cumprir os objetivos pelos quais foram criadas. Este trabalho teve como objetivo fazer um diagnóstico da situação atual de seis parques no município do Rio de Janeiro, quais sejam, o Parque Nacional da Floresta da Tijuca, o Parque Estadual da Pedra Branca, o Parque Natural Municipal da Serra do Mendanha, o Parque Natural Municipal da Prainha, o Parque Natural Municipal de Marapendi e o Parque Natural Municipal Chico Mendes, de forma a caracterizar a efetividade do manejo destas UCs e gerar subsídios para apoiar a gestão e as políticas públicas. Para isso utilizou-se uma adaptação do método RAPPAM - Rapid Assessment and Priorization of Protected Area Management (Avaliação Rápida e Priorização do Manejo de Unidades de Conservação), desenvolvido pelo World Wide Fund For Nature (WWF, 2002). Para a avaliação da efetividade de manejo foram abordados 18 parâmetros: objetivos de criação; situação fundiária; demarcação física; planejamento; processo de tomada de decisão; recursos humanos; recursos financeiros e materiais; fiscalização e monitoramento; pesquisa científica; educação e interpretação ambiental, relações públicas e divulgação; uso público; proteção contra incêndios florestais; infra-estrutura; equipamentos; relação com o entorno; parcerias institucionais; conhecimento; qualidade e importância dos recursos protegidos. Cada parâmetro foi dividido em indicadores, em um total de 111. Além disso, foram avaliadas as pressões à integridade ambiental dos seis parques quanto à freqüência, nível de criticidade e tendência. Foram identificadas 20 pressões, sendo a caça, a extração de produtos não-madeireiros e a contaminação biológica as mais freqüentes e o crescimento urbano e a contaminação dos recursos naturais as com maiores níveis de criticidade e as únicas pressões que apresentaram comportamento com tendência de aumento na maioria das UCs. Quanto a efetividade de manejo, apenas o Parque Nacional da Tijuca obteve nível satisfatório de manejo, com 76,65% do total ótimo. O Parque Natural Municipal Chico Mendes obteve o segundo melhor resultado, 70,37%, sendo considerado medianamente satisfatório ou regular. Os parques Natural Municipal da Prainha, Estadual da Pedra Branca e Natural Municipal de Marapendi apresentaram nível pouco satisfatório de manejo, com 57,26%, 56,09% e 53,08%, respectivamente. Já o Parque Natural Municipal do Mendanha obteve o pior resultado, 26,97%, apresentando nível insatisfatório de manejo e constituindo os chamados “Parques de Papel”. Este resultado demonstra que as unidades de conservação do grupo analisado, exceto o Parque Nacional da Tijuca, encontram-se mal administradas pelo poder público, evidenciando a necessidade de maiores investimentos nestas áreas protegidas, essenciais para a manutenção da qualidade ambiental do município do Rio de Janeiro e para a difusão da conscientização ambiental.Item Avaliação das propriedades físicas e mecânicas de compósitos plástico-madeira fabricados por termo-compressão, com partículas de Eucalipto, Polietileno tereftalato (PET) e poliestireno (PS)(Universidade Federal de Viçosa, 2003-08-28) Costa, Dione Marcos Lima; Vital, Benedito Rocha; http://lattes.cnpq.br/1958968494514814O aumento da quantidade de resíduos sólidos produzidos nos grandes centros urbanos, particularmente aqueles derivados das indústrias de plástico, tem despertado a atenção e motivado os pesquisadores a buscar soluções, visando o seu aproveitamento para a geração de novos produtos. Hoje, a tecnologia de gerenciamento de resíduos, com enfoque na geração de novos produtos, é uma tendência mundial. Um dos materiais com grande potencialidade para ser associado à madeira, com vista à produção de painéis compostos, são o polietileno tereftalato (PET) e poliestireno (PS). Esse produto, já utilizado no exterior, tem sua importância como uma grande alternativa para a utilização de materiais reciclados a partir de resíduos de plástico, madeireiros e agrícolas. Foram produzidas e avaliadas as propriedades físicas e mecânicas de chapas compostas de partículas de madeira de E. grandis, PET e PS. O experimento foi instalado num delinamento inteiramente casualizado com 14 tratamentos e 2 repetições. Vinte e oito chapas foram produzidas com dois tipos de plásticos (PS e PET), uma espécie de madeira (E. grandis) e um nível de adesivo (8%). Os resultados obtidos foram comparados com o mínimo exigido pela norma comercial ANSI/A (1993) e analisados por Análise de covariância e de regressão. Os valores experimentais das propriedades mecânicas demonstram que as chapas mais resistentes foram aquelas fabricadas com 50% de PS aditivado (T4) e 25% de PS sem aditivo (T5). Quanto às propriedades físicas, as chapas com maior estabilidade dimensional foram aquelas fabricadas com 50% de PS e aditivo ou não (T4 e T6). A adição de PS em solução não afeta a estabilidade dimensional das chapas. A análise dos tratamentos por regressão indicou que a inclusão do PET e PS permitiu a produção de chapas com maior estabilidade dimensional, por causa dentre outros fatores, da característica hidrofóbica dos plásticos. Em contrapartida, a inclusão do PET e PS diminuiu a resistência mecânica das chapas, devido principalmente, à baixa quantidade de aditivo utilizado e a falta de uniformidade na geometria das partículas.Item Avaliação de coque pré-moldado produzido com finos de carvão e piche de eucalipto(Universidade Federal de Viçosa, 2001-04-26) Miranda, Adalberto; Pimenta, Alexandre SantosO presente trabalho teve como objetivo produzir briquetes de carvão vegetal utilizando como aglutinantes diferentes tipos de piches de madeira e, posteriormente, avaliar o efeito desses aglutinantes, da temperatura final de coqueificação, da granulometria e da proporção de piche utilizada na mistura sobre a qualidade dos briquetes. Os seguintes parâmetros foram utilizados para a produção dos briquetes: quatro tipos de piches, duas granulometrias, duas proporções, duas temperaturas finais de coqueificação dos briquetes e uma pressão de compactação. A avaliação da qualidade dos briquetes foi feita por meio de análise química imediata, determinando-se os teores de matérias voláteis, cinzas e carbono fixo, as propriedades físico-mecânicas, densidade aparente, densidade verdadeira, porosidade, carga de ruptura e poder calorífico. Os resultados mostraram que os diferentes tipos de piches utilizados como aglutinantes apresentaram diferenças significativas entre si, em função do tratamento, mas todos apresentaram condições de ser utilizados como aglutinantes. A temperatura final de coqueificação foi o parâmetro mais importante na produção de briquetes, visto que influenciou significativamente algumas propriedades, como matérias voláteis, carbono fixo e poder calorífico. Os briquetes produzidos apresentaram baixos teores de matérias voláteis e cinzas, alto teor de carbono fixo, densidades aparente e verdadeira elevadas, cargas de ruptura superiores à do carvão vegetal e poder calorífico elevado.Item Avaliação de duas rotinas de carbonização em fornos retangulares(Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-23) Arruda, Tatiana Paula Marques de; Pimenta, Alexandre Santos; http://lattes.cnpq.br/1051331306537459O presente estudo objetivou avaliar o desempenho de fornos retangulares no processo de carbonização, envolvendo duas rotinas de carbonização. As rotinas analisaram a influência de tatus e câmaras de combustão externa no processo de carbonização, analisando-se: a) umidade da lenha, tempo de ignição, tempo de carbonização, temperatura máxima média, taxa de aquecimento, temperatura final, tempo de resfriamento, rendimento volumétrico, rendimento gravimétrico, umidade do carvão, matérias voláteis, cinza, carbono fixo, poder calorífico e tiços; b) a eficiência do sistema de monitoramento térmico na aquisição de temperaturas; c) o perfil térmico do forno nas fases de carbonização e de resfriamento; d) o balanço de massa e de energia, no processo da carbonização nos fornos retangulares. As carbonizações foram realizadas em quatro fornos de alvenaria retangulares, com câmara de combustão externa, chaminé e capacidade volumétrica para 160 estéreos, instrumentados com termopares do tipo PT 100, para registrar as temperaturas. A lenha utilizada foi o clone A08, híbrido do cruzamento entre Eucalyptus grandis e Eucalyptus urophylla, com idade de sete anos, com 3 m de comprimento, densidade básica de 530 kg/m3 e diâmetro médio de 17,5 cm. Foram realizadas oito carbonizações para cada rotina. Os resultados foram interpretados a partir das análises de estatística descritiva, para obtenção dos resultados médios e da análise de variância. Para os parâmetros umidade da lenha, tempo de ignição, temperatura máxima média, taxa de aquecimento, rendimento gravimétrico e umidade do carvão, foram observadas diferenças, estatisticamente, significativas, indicando resultados diferenciados entre as rotinas estudadas. Em relação aos parâmetros tempo de carbonização, temperatura final, tempo de resfriamento, rendimento volumétrico, matérias voláteis, carbono fixo e tiço, não houve diferenças estatísticas significativas, indicando que para esses parâmetros não houve diferenças entre as rotinas. O poder calorífico superior médio do carvão vegetal para a rotina 1 foi de 6.582,84 kcal/kg e para a rotina 2 foi de 6.854,33 kcal/kg. No perfil térmico da carbonização, observou-se maior tempo de carbonização, em função do elevado teor de umidade da lenha (66% e 48%) para as rotinas 1 e 2, respectivamente. No balanço de massa e de energia, mais de 50% da energia total do sistema é perdida, havendo grande perda na conversão madeira- carvão e na queima de gases da carbonização. Conclui-se, portanto, que a rotina 2, caracterizada pelo uso das câmaras de combustão externa, é mais eficiente no controle da carbonização.Item Avaliação de impactos da visitação, capacidade de carga turística e perfil dos visitantes do Parque Estadual do Ibitipoca, Lima Duarte-MG(Universidade Federal de Viçosa, 2005-12-19) Ladeira, Alecia Silva; Ribeiro, Guido Assunção; http://lattes.cnpq.br/7917076052836072O principal objetivo deste trabalho foi a determinação da capacidade de carga turística do Parque Estadual do Ibitipoca (PEIb), tomando como base os métodos disponíveis, adaptados com os fatores locais que melhor caracterizam os impactos ocorrentes nos seguintes roteiros do parque: Circuito das Águas, Pico do Pião e Janela do Céu. A caracterização ambiental teve como suporte principal os solos, com o lançamento de 10 pontos amostrais de coleta, englobando a maioria dos geoambientes. Foram realizadas três coletas, sendo uma no interior da trilha, uma na zona intermediária e outra na zona não impactada, que serviram para avaliar o nível de interferência antrópica que as trilhas apresentam quando comparada com um gradiente intermediário e outro não impactado. O resultado encontrado para as classes texturais das trilhas do PEIb, com predominância da classe textural areia, indica que há uma limitação quanto à capacidade de pisoteio que os solos podem suportar. Assim sendo, foram considerados os seguintes fatores de correção, ligados ao solo: vulnerabilidade à erosão, relação carbono orgânico e compactação e relação carbono orgânico e densidade. As fitofisionomias dominantes no PEIb foram descritas como forma de mostrar sua importância e valor estético, bem como a presença de espécies endêmicas na região. A caracterização do perfil do visitante do PEIb foi determinada com a aplicação de questionários temáticos aos mesmos, como forma de obter parâmetros relativos ao perfil, percepção e preferência, dentro do contexto de conservação tendo o parque como enfoque principal. Foram aplicados 324 questionários em diferentes épocas do ano, desde feriados prolongados, até dias comuns, de maneira a obter o perfil de informação adequado ao nível desejado. Dentre os vários parâmetros observados salientou-se o alto grau de escolaridade dos visitantes e sua aprovação quanto à manutenção e limpeza do parque. Os três roteiros existentes foram caracterizados em relação aos diferentes geoambientes que cada um deles atravessa, com suas respectivas declividades e comprimentos, com predominância da declividade alta, ou seja, maior que 20% em todos eles, o que evidencia grande susceptibilidade à erosão. O cálculo dos fatores de correção do modelo empregado permitiu a determinação da capacidade de carga turística para cada um dos roteiros, utilizando, além dos fatores ligados ao solo o fator de correção de fechamento temporal à visitação e a capacidade de manejo do PEIb. Foram calculadas para cada roteiro a capacidade de carga física (CCF), a capacidade de carga real (CCR) e a capacidade de carga efetiva (CCE), resultando em uma capacidade de carga turística de 238 visitantes/dia, sendo 56 para o roteiro Circuito das Águas, 47 para o roteiro Pico do Pião e 135 visitantes/dia para o roteiro Janela do Céu. Os dados gerados dão subsídios técnicos à gestão do PEIb, a ser implementada à partir de 2006.