Ecologia

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    Quais os papéis de aves e formigas na regeneração de uma árvore ornitocórica?
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-08-11) Falcon, José Eduardo Teixeira; Schoereder, José Henrique; http://lattes.cnpq.br/9628808906574204
    O processo de dispersão de sementes é um importante passo no ciclo reprodutivo das plantas. Geralmente uma semente dispersa por um vetor primário, como uma ave, passa por eventos subsequentes que podem alterar sua probabilidade de estabelecimento, por exemplo a dispersão secundária por formigas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a contribuição relativa de dispersores primários (aves) e secundários (formigas) para a regeneração de Xylopia sericea, uma planta ornitocórica amplamente distribuída pelo Brasil. O estudo foi conduzido em um fragmento de floresta semidecídua de Mata Atlântica em Viçosa (MG) entre fevereiro/2016 e março/2017. Foi estimada a produção de diásporos disponíveis para a dispersão utilizando coletores de diásporos alocados abaixo da copa de sete plantas de X. sericea. Foram realizados levantamentos de dispersores primários e secundários por meio de observações diretas da copa e de estações de amostragens utilizando diásporos como iscas, respectivamente. Por fim, entre julho/2016 e março/2017 foi acompanhada em campo a sobrevivência e distribuição de plântulas de X. sericea produzidas por cada agente dispersor. A produção média de diásporos/árvore foi de 820 e a maioria (67,2%) caiu viável abaixo da copa. As 12 espécies de aves observadas removeram 17,4% dos diásporos na copa, sendo 60% consumidos por dispersores legítimos que dispersaram em média por 6,6 m de distância. Aves predadoras consumiram 30% dos diásporos removidos por aves, representando um custo para a dispersão, no entanto ainda com estes custos. aves podem produzir potencialmente 8,6 plântulas ao final do processo. No solo, formigas removeram 46,5% dos diásporos e foram mais importantes quantitativamente para a dispersão que aves. Foram registradas 34 espécies de formigas e 181 interações com diásporos, sendo 37,6% remoções a uma distância média de 0,33 m. Destes, a metade foi realizada por formigas potencialmente granívoras que também podem prejudicar a regeneração de plântulas. No entanto o resultado geral encontrado demonstrou que plântulas próximas a ninhos sobreviveram mais que as distantes e a dispersão secundária incorporou praticamente o dobro de plântulas ao saldo final de plântulas produzidas por dispersores (15,9). Assim, embora possa haver grande variação e custos relacionados às interações com aves e com formigas, no processo de dispersão de X. sericea, a dispersão em duas fases é bastante vantajosa para espécie.
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    Simulação de alagamento como filtro ambiental para o recrutamento de espécies árbóreas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-04-08) Paz, André Araújo da; Azevedo, Aristéa Alves; http://lattes.cnpq.br/9741745816348542
    Em áreas ciliares o alagamento nas planícies de inundação pode ocorrer em diferentes frequências e intensidades, dependendo das condições locais. Habitats às margens dos rios são mais propensos a inundações do que os mais elevados na paisagem. Este gradiente hídrico seleciona diferentes grupos de plantas de acordo com sua tolerância à inundação. No entanto, quando os rios são barrados por ações antrópicas pode ocorrer o alagamento de áreas até então nunca inundadas. As condições hídricas geradas afetarão as comunidades e determinadas espécies poderão ter sua distribuição comprometida, uma vez que suas sementes ou plantas jovens podem não suportar o alagamento. Consequentemente, pode haver perda de espécies e serviços ecossistêmicos em decorrência das novas condições impostas. Na recuperação dessas áreas ciliares há espécies indicadas para recuperar hábitats alagáveis (HA) e não-alagáveis (HA). Para testar a hipótese de que sementes e plântulas de espécies de HN não resistem a inundações prolongadas, escolhemos espécies de ambos hábitats e realizamos um experimento de inundação prolongada em sementes e plântulas por 90 dias. O alagamento afetou de forma distinta a germinação das sementes das diferentes espécies, havendo respostas semelhantes em ambos os grupos. A germinação sob alagamento foi acelerada, mas ocorreu em menor número. Ao contrário do esperado, duas espécies de HA não germinaram enquanto submersas. As plantas jovens também tiveram seu desenvolvimento comprometido pelo alagamento, diminuindo o crescimento em altura, o investimento em folhas e a taxa fotossintética. Plantas das espécies de HN foram mais prejudicadas e praticamente perderam suas raízes. A restauração ecológica de reservatórios e áreas submetidas ao alagamento temporário deve ser criteriosa e levar em conta as características das diferentes fases de vida das plantas a serem utilizadas.